23.4 - A carta
Os
versículos 26/30 mostram o inteiro
teor da carta elaborada por Cláudio Lísias, que era o comandante da polícia de
Jerusalém na época.
A carta foi dirigida ao Governador Marcos Antônio
Félix e relatava, com riquezas de detalhes, tudo o que havia acontecido com
relação ao prisioneiro Paulo.
Eximindo-se da responsabilidade, o comandante da
guarda repassou o problema para o seu superior, no caso, o governador Félix,
para que ele deliberasse sobre o caso.
Politicamente a situação não era muito fácil, já que a
religião judaica tinha grande influência na política, como nos dias atuais.
Eles não estavam diante de um caso de corrupção ou de um crime contra a vida. A
situação era plenamente religiosa. Os dogmas da igreja velha estavam sendo afrontados
por Paulo.
Isso nos
traz uma reflexão: observe que a
própria carta de Cláudio afirmava que Paulo era inocente e que ele não havia
cometido crime algum. Mas mesmo assim a decisão foi contrária a lei.
Mesmo sabendo que Paulo era inocente, o comandante da
guarda não teve a coragem de assumir a responsabilidade que o cargo lhe impunha
e passou a bola para o governador.
Isso prova que existem muitas pessoas que estão presas
injustamente. A própria bíblia deixa claro sobre a existência de corrupção e prevaricação
no âmbito da justiça.
O oficial estava diante de uma cena real e tinha as
provas da inocência de Paulo, mas mesmo assim resolveu prevaricar e manter o
cara preso.
Que Deus nos livre do sistema que rege a administração
prisional e o poder judiciário, porque são muitos os casos de prisões ilegais e
injustas no Brasil e no mundo.
O sistema acusatório brasileiro é totalmente desumano,
arbitrário e parcial, assim como foi no caso de Paulo, lá na Judéia. Os togados
não estão nem aí se você é inocente ou não. Estão apenas preocupados em não
desagradar o sistema político, econômico e religioso, que lhes sustentam.
Que Deus nos proteja dos falsos julgadores. É esse o
pedido que faço em favor de todos nós.
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