Sem medo de dizer a verdade

terça-feira, 23 de novembro de 2021

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 22 - SEGUNDA PARTE

 22.1 - Nunca abra mão de seus direitos

 

Os versículos 22/30 relatam que depois que Paulo fez a sua defesa e contou todo o seu testemunho de conversão, a multidão não se deu por satisfeita e mesmo assim continuou a pedir a morte de Paulo.

 Começaram a jogar suas capas para o alto com muita poeira e o comandante da guarda ordenou que recolhessem Paulo à prisão, e lá o violentasse com açoites.

 Entretanto, Paulo não era um qualquer. Era um homem instruído, que sabia de seus direitos, e quando estava prestes a ser amarrado para em seguida ser espancado pelos policiais, dentro da cela, imediatamente reivindicou o seu direito.

 Ele era um cidadão romano por nascimento e sabia que nenhum romano poderia ser condenado sem o devido processo legal. Por isso gritou dizendo: “é lícito bater em um cidadão romano sem estar condenado”?

 O versículo 26 nos mostra que quando o centurião ouviu isso, tremeu na base e questionou se Paulo não estava blefando.

  Ora, Paulo havia dito nas escadarias da prisão, perante a multidão, que era um cidadão judeu, e como agora dizia que era romano?

 Pois bem. Como já vimos no decorrer do livro de Atos, Paulo era judeu de nascimento, e também tinha o título de cidadão romano. Título que foi comprado por seus pais, comerciantes bem sucedidos na cidade de Tarso na Cicília da Pisídia (atual Turquia). Portanto Paulo era um Judeu com cidadania Romana, ou seja, tinha dupla nacionalidade.

 Quando o centurião ouviu que Paulo era um cidadão romano, tremeu na base e foi jogar a responsabilidade no colo do comandante da guarda, que por sua vez, mandou cessar toda e qualquer violação dos direitos humanos sobre a vida de Paulo.

 No dia seguinte, mandou soltar Paulo da cadeia imediatamente, para que fosse apresentado diante dos sacerdotes, no Sinédrio. Condenar Paulo sem o devido processo legal iria custar caro para a polícia. A injustiça foi a princípio, reparada.

 Isso nos traz uma reflexão: você viu a importância de lutar por seus direitos? Não aceite sofrer calado. Reaja em situações que você tenha a consciência que está sendo injustiçada.

 Tem muita gente sendo violentada diariamente e não tem a coragem de colocar a boca no trombone, de denunciar, de falar o que tem que ser falado. Prefere apanhar calado, ao invés de reivindicar a sua cidadania romana, como fez Paulo.

 Quantas pessoas ainda sofrem caladas, lutam em silêncio contra seus próprios demônios, dia após dia, usando do sorriso e da simpatia para blindar os amigos e parentes?

 Um erro não pode justificar o outro. Se você está sendo ameaçada, violentada ou agredida, denuncie; procure os seus direitos e coloque esses soldados romanos na cadeia.


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