CAPÍTULO 22
O DIREITO DE DEFESA
Como vimos no final do capítulo vigésimo primeiro, a
multidão queria de todo jeito matar Paulo. Porém, quando ele estava sendo
escoltado e chegou nas escadarias da delegacia, pediu aos soldados que lhe
desse uma oportunidade de defesa.
Os policiais, ao perceberem que Paulo também tinha a
nacionalidade judaica, não titubearam e permitiram que ele falasse abertamente
à multidão, que estava fervorosa.
Então, Paulo utilizou um longo tempo, os quais estão
narrados nos versículos 1/21, em sua
defesa, e ali contou o seu testemunho.
Relembrou aos que queriam lhe matar, que ele também já
fez esse papel no passado. Contou que foi um dos principais responsáveis pela
morte de Estevão, inclusive, que havia se apoderado das vestes dos assassinos
de Estevão.
Narrou sobre a sua trajetória anticristã e como se deu
o seu encontro com Deus no caminho de Damasco.
Justificou que como também tinha a nacionalidade
judaica, sempre respeitou a lei de Deus e que jamais teria incentivado nenhum
homem a descumprir as ordenanças de Moisés.
A sua trajetória como perseguidor de cristãos e o seu
testemunho pessoal de novo convertido, falavam por si só. Aquela perseguição
contra a sua pessoa era de se compreender, tendo em vista que Paulo já havia cometido
atrocidades daquela natureza.
A sua defesa era uma mera formalidade, já que a
sentença ele mesmo sabia qual era: a morte.
Mas ele não podia perder a oportunidade de falar de
Jesus para a multidão, por isso não perdeu tempo. O plano da salvação eterna
estava sendo explicado mais uma vez aos judeus invejosos. Desta feita, cabia a
eles aceitar ou não.
Isso nos
traz algumas reflexões: mesmo
passando pela perseguição e pelo cenário de morte, Paulo provou que havia
nascido de Deus. Não se intimidou com a circunstância adversa.
Esse é o verdadeiro milagre do novo nascimento. Só
quem nasceu da água e do Espírito tem o autocontrole de Paulo e a certeza de
que Deus é com ele.
Infelizmente temos falsos crentes que se dizem de
Deus, mas na primeira perseguição, logo jogam a toalha e caem fora da igreja.
Cristão tem que ter caráter acima de tudo e Paulo tinha de sobra.
Veja a importância do testemunho. Cristão tem que ter
testemunho de vida, de transformação. Palavras não convencem ninguém, mas o
testemunho sim. Contra fatos não há argumentos.
Se Jesus mudou a tua vida, o teu testemunho deve falar
por ti. Não existe essa de dizer que é de Deus e manter a mesma natureza do
velho eu. Quando a gente nasce de Deus, imediatamente a velha natureza morre e
passamos a ter o caráter de Jesus, da mesma forma que Paulo.
Ainda que a multidão esteja contra você, mantenha o
seu testemunho vivo e jamais negue a Jesus. Foi isso que Paulo nos ensinou
nesses versículos iniciais do capítulo vinte e um.
Nenhum comentário:
Postar um comentário