O capítulo da
traição.
Diz a Palavra de
Deus que Ismael, o grande traidor, armou uma cilada contra o governador e os
homens de Deus que iriam oferecer ofertas na igreja.
Pois bem. Conforme
vimos nos capítulos anteriores, após a destruição de Jerusalém, o rei
Nabucodonosor designou Gedalias como governador dos judeus que foram deixados
na terra de Judá.
O mesmo passou a
residir em Mizpá e o profeta Jeremias passou a morar ali também. Gedalias havia
feito um juramento que não faria mal algum a eles, desde que continuassem a
servir o rei Nabucodonosor.
Pois bem. Ismael havia
jurado lealdade a Gedalias, mas essa lealdade era só de fachada, posto que esse
cidadão tramou um grande plano, violando todas as regras sagradas da lealdade,
que culminou com a morte do Governador Gedalias. O assassinato foi motivado por
ambição e orgulho.
Este ato de morte
também foi uma traição ao povo, porque traria a ira de Nabucodonosor contra o
povo cativo que ele havia poupado na guerra: “...Sucedeu,
porém, no mês sétimo, que veio Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, de
sangue real, e com ele dez homens, príncipes do rei, a Gedalias, filho de
Aicão, a Mizpá; e comeram pão juntos ali em Mizpá. E levantou-se Ismael, filho
de Netanias, com os dez homens que estavam com ele, e feriram à espada a
Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, matando assim aquele que o rei de
babilônia havia posto por governador sobre a terra...” (Versículos 1 e
2).
Acredito, que o
ato de comerem juntos o pão, descrito no versículo 1, era uma falsa forma de renovar
aquela aliança sagrada de amizade firmada no início entre o governador e o povo.
Na verdade Ismael pretendia era levar os cativos para Amom e vendê-los como
escravos. O grupo incluía mulheres, crianças e eunucos.
O ato macabro de
Ismael, não parou por aí não. No dia seguinte do assassinato do governador, ele
matou mais 70 homens de Deus, dos 80 que iam à igreja oferecer ofertas ao Deus
de Israel: “...Sucedeu, pois,
no dia seguinte, depois que ele matara a Gedalias, sem ninguém o saber, Que
vieram homens de Siquém, de Siló, e de Samaria; oitenta homens, com a barba
rapada, e as vestes rasgadas, e retalhando-se; e trazendo nas suas mãos ofertas
e incenso, para levarem à casa do Senhor. E, saindo-lhes ao encontro Ismael,
filho de Netanias, desde Mizpá, ia chorando; e sucedeu que, encontrando-os lhes
disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão. Sucedeu, porém, que, entrando eles até
ao meio da cidade, matou-os Ismael, filho de Netanias, e os lançou num poço,
ele e os homens que estavam com ele. Mas houve entre eles dez homens que
disseram a Ismael: Não nos mates, porque temos, no campo, tesouros, trigo, cevada,
azeite e mel. E ele por isso os deixou, e não os matou entre seus irmãos...” (versículos 4 ao
8).
Veja a crueldade
desse homem. Matou os servos de Deus e os jogou dentro de um poço. E depois de
cometer tamanhas crueldades, levou o restante do povo cativo, afim de escravizá-los.
(versículo 10).
Mas a covardia
desse homem não poderia ficar impune. Ao saber do ato macabro de Ismael, o exército
da Babilônia seguiu em direção ao mesmo e libertou todo o povo que ele havia
levado cativo. O covarde? Neste capítulo
ainda consegue fugir: “...Mas Ismael,
filho de Netanias, escapou com oito homens de diante de Joanã, e se foi para os
filhos de Amom...” (versículo
15).
Com vimos, a
traição sempre esteve presente desde a criação do mundo. A aliança de paz feita
entre o governador Gedalias e o povo que ficou cativo, não poderia jamais ter
sido quebrada por Ismael, posto que era a garantia de sobrevivência do povo de
Deus.
Note que, conforme
vimos no capítulo 40, o próprio profeta Jeremias resolveu ficar com Gedalias, em
Mizpá, garantindo com isso, a sobrevivência dos que escaparam da guerra.
Por isso meu amigo
e minha amiga, nunca confie em ninguém. A traição sempre estará presente aonde
houver o ser humano; não importa se você é ou não uma pessoa de Deus. Todos foram
vitimados neste capítulo, inclusive os 80 homens que iam para a igreja.
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