Sem medo de dizer a verdade

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 41



O capítulo da traição.

Diz a Palavra de Deus que Ismael, o grande traidor, armou uma cilada contra o governador e os homens de Deus que iriam oferecer ofertas na igreja.

Pois bem. Conforme vimos nos capítulos anteriores, após a destruição de Jerusalém, o rei Nabucodonosor designou Gedalias como governador dos judeus que foram deixados na terra de Judá.

O mesmo passou a residir em Mizpá e o profeta Jeremias passou a morar ali também. Gedalias havia feito um juramento que não faria mal algum a eles, desde que continuassem a servir o rei Nabucodonosor.

Pois bem. Ismael havia jurado lealdade a Gedalias, mas essa lealdade era só de fachada, posto que esse cidadão tramou um grande plano, violando todas as regras sagradas da lealdade, que culminou com a morte do Governador Gedalias. O assassinato foi motivado por ambição e orgulho.

Este ato de morte também foi uma traição ao povo, porque traria a ira de Nabucodonosor contra o povo cativo que ele havia poupado na guerra: “...Sucedeu, porém, no mês sétimo, que veio Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, de sangue real, e com ele dez homens, príncipes do rei, a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá; e comeram pão juntos ali em Mizpá. E levantou-se Ismael, filho de Netanias, com os dez homens que estavam com ele, e feriram à espada a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, matando assim aquele que o rei de babilônia havia posto por governador sobre a terra...” (Versículos 1 e 2).

Acredito, que o ato de comerem juntos o pão, descrito no versículo 1, era uma falsa forma de renovar aquela aliança sagrada de amizade firmada no início entre o governador e o povo. Na verdade Ismael pretendia era levar os cativos para Amom e vendê-los como escravos. O grupo incluía mulheres, crianças e eunucos.

O ato macabro de Ismael, não parou por aí não. No dia seguinte do assassinato do governador, ele matou mais 70 homens de Deus, dos 80 que iam à igreja oferecer ofertas ao Deus de Israel: “...Sucedeu, pois, no dia seguinte, depois que ele matara a Gedalias, sem ninguém o saber, Que vieram homens de Siquém, de Siló, e de Samaria; oitenta homens, com a barba rapada, e as vestes rasgadas, e retalhando-se; e trazendo nas suas mãos ofertas e incenso, para levarem à casa do Senhor. E, saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de Netanias, desde Mizpá, ia chorando; e sucedeu que, encontrando-os lhes disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão. Sucedeu, porém, que, entrando eles até ao meio da cidade, matou-os Ismael, filho de Netanias, e os lançou num poço, ele e os homens que estavam com ele. Mas houve entre eles dez homens que disseram a Ismael: Não nos mates, porque temos, no campo, tesouros, trigo, cevada, azeite e mel. E ele por isso os deixou, e não os matou entre seus irmãos...” (versículos 4 ao 8).

Veja a crueldade desse homem. Matou os servos de Deus e os jogou dentro de um poço. E depois de cometer tamanhas crueldades, levou o restante do povo cativo, afim de escravizá-los. (versículo 10).

Mas a covardia desse homem não poderia ficar impune. Ao saber do ato macabro de Ismael, o exército da Babilônia seguiu em direção ao mesmo e libertou todo o povo que ele havia levado cativo.  O covarde? Neste capítulo ainda consegue fugir: “...Mas Ismael, filho de Netanias, escapou com oito homens de diante de Joanã, e se foi para os filhos de Amom...” (versículo 15).

Com vimos, a traição sempre esteve presente desde a criação do mundo. A aliança de paz feita entre o governador Gedalias e o povo que ficou cativo, não poderia jamais ter sido quebrada por Ismael, posto que era a garantia de sobrevivência do povo de Deus.

Note que, conforme vimos no capítulo 40, o próprio profeta Jeremias resolveu ficar com Gedalias, em Mizpá, garantindo com isso, a sobrevivência dos que escaparam da guerra.

Por isso meu amigo e minha amiga, nunca confie em ninguém. A traição sempre estará presente aonde houver o ser humano; não importa se você é ou não uma pessoa de Deus. Todos foram vitimados neste capítulo, inclusive os 80 homens que iam para a igreja.

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