Sem medo de dizer a verdade

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um Amor Maior que tudo


Não se sabe qual era o alvo pretendido, mas certa vez, umas bombas caíram em cima de um orfanato de missionários numa aldeia vietnamita. Um missionário e duas crianças morreram na hora e muitas ficaram feridas, inclusive uma menina de oito anos de idade.

Os habitantes pediram socorro a uma aldeia vizinha que tinha contato por rádio com forças americanas. Um médico da marinha e uma enfermeira chegaram de jipe trazendo apenas maletas de primeiros socorros. Constataram que o caso mais grave era o da menina, que se não fossem tomadas as providências imediatas, morreria de choque ou perda de sangue.

Era imperativa uma transfusão de sangue, e procurou-se um doador com o mesmo tipo sanguíneo. Os americanos não tinham aquele tipo de sangue, mas muitos órfãos que não tinham sido feridos poderiam ser doadores.

O médico conhecia algumas palavras em vietnamita e a enfermeira tinha noções de francês. Usando uma mistura das duas línguas e muitas gesticulações, tentaram explicar aos assustados meninos, que se não recolocassem o sangue perdido, a menina morreria. Então, perguntaram se alguém queria doar o sangue.

A resposta foi um silêncio de olhos arregalados. Finalmente uma mão levantou-se timidamente. Deixou-se cair e levantou de novo.

Ah, obrigado! – Disse a enfermeira em francês – Qual é o seu nome? O garoto respondeu: Heng. Deitaram-no, então rapidamente na maca, esfregaram álcool em seu braço e espetaram a agulha na veia. Durante esses procedimentos, Heng ficou imóvel.

Passado um momento, deixou escapar um soluço e cobriu depressa o rosto com a mão livre. Está doendo Heng? – perguntou o médico. O garoto balançou a cabeça numa negativa, mas daí a um pouco escapou outro soluço e mais uma vez ele tentou disfarçar. O médico tornou a perguntar se doía, ele balançou a cabeça que não.

Mas os soluços se tornaram num choro declarado, silenciosos, olhos apertados, o punho na boca para estancar os soluços. O médico e a enfermeira ficaram preocupados. Alguma coisa obviamente estava acontecendo.

Nesse instante, chegou uma enfermeira vietnamita enviada para ajudar. Vendo a aflição do menino, falou com ele, ouviu a resposta e tornou a falar com voz mansa.

O garoto Heng parou de chorar e olhou surpreso para a enfermeira vietnamita. Ela confirmou com a cabeça e uma expressão de alívio estampou-se no rosto do menino. Então ela disse aos americanos: “Ele achou que estava morrendo. Entendeu que vocês pediram para dar todo o sangue dele para a menina poder viver”. E por que ele concordou com a doação? - Questionou o médico.

A enfermeira vietnamita repetiu a pergunta para Heng, que simplesmente respondeu: Maior amor não há, que dá a vida por uma amiga.

Pois bem.

Como nos mostrou essa pequena historinha. Seja em qualquer situação, o amor é sempre a melhor solução. O maior valor nesta vida é poder doar, pois, o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo foi o maior doador universal que já existiu em todos os tempos.

Por amor à humanidade, Ele se entregou e doou o seu sangue por todos nós, não importando a religião que tenhamos ou o crédulo religioso que tivermos. Por isso, devemos sempre amar o nosso próximo como a nós mesmos, pois se agirmos dessa maneira, como o Pai nos ensinou, certamente a sociedade será transformada para melhor.

Deus abençoe a todos os homens e mulheres de paz e de boa vontade.

Eudes Borges.

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