quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os que temem a Deus

O temor do Senhor jamais será uma realidade em nós, enquanto prevalecerem o egoísmo e as ambições pessoais. É preciso haver, de fato e de verdade, uma total renúncia do nosso querer; um desprendimento fora do normal, para que isso aconteça.

Aliás, esta é a grande luta que travamos a cada instante; a velha batalha entre a carne e o Espírito, conforme o apóstolo Paulo afirma: "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer." Galátas 5.16,17

Essa luta passa a não existir mais, quando há um profundo temor ao Senhor, que foi a marca registrada nos corações de homens como Davi e Jó.

Davi - A Bíblia fala que:"O Senhor buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo..."1 Samuel 13.14

Daí podemos verificar de imediato, que o Senhor procura homens e mulheres para a realização do Seu propósito, de Sua vontade; alguém, enfim, em quem Ele possa confiar responsabilidades aqui neste mundo. Essas pessoas, tão desejadas por Deus, precisam ser tementes a Ele.

Davi foi uma dessas pessoas, que teve o privilégio de provar isso na ocasião em que era perseguido injustamente pelo rei Saul.

Davi recusou-se a matá-lo nas duas oportunidades que Deus lhe concedeu, simplesmente porque considerava que apesar de estar endemoninhado, Saul era um ungido do Senhor.

Quer dizer, Davi não se lançou contra a vida do seu inimigo número um, porque temia Aquele que o havia ungido rei sobre Israel.

Ora, que atitude mais relevante teria um homem do que esta? Isso demonstrou para Deus o caráter de Davi, e essa foi a razão pela qual o Senhor falou a respeito dele: "Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade." Atos 13.22

Que cada um de nós esteja com o coração voltado para o Senhor Jesus e que Ele faça a Sua santa vontade em nossa vida.

Tenho certeza de que Deus continua procurando pessoas como Davi, neste século, para fazer maiores maravilhas do que fez com o próprio Davi.

Se debaixo da Lei implacável, Davi foi o que foi, imagine sob a Graça do Espírito e autoridade e o poder do Nome de Jesus, o que não faria!

Pois bem.

Não precisamos ficar na dependência de ninguém. Temos a chamada, o Nome de Jesus, o Espírito Santo, a Palavra de Deus, e o que nos falta ainda? Nada. Absolutamente nada. O que precisamos é ter sempre um coração verdadeiramente temente a Deus!

Da mesma forma cabe salientar, que  o livro de Jó inicia do seguinte modo: "Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal." Jó 1.1.

Jó dispensa qualquer comentário a respeito do seu caráter. A sua vida era gloriosa aos olhos de Deus. Quando acabavam os banquetes que os seus filhos promoviam, ele, com cuidado paterno e espiritual, os santificava:"Chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim fazia Jó continuamente." Jó 1.5

Por aí verificamos o temor a Deus por parte deste homem. E esta atitude o fez ser glorificado pelo próprio Deus diante de satanás.

A pessoa comum, quando lê o livro de Jó, observa apenas o que ele possuía e a sua perda, inclusive a dos filhos e da saúde, e depois o seu ganho em dobro. Mas o homem espiritual observa, sobretudo, o seu caráter diante de Deus.

É muito importante observar o comportamento de Jó nos momentos de aflição. Não faltaram, por exemplo, os amigos dos bons tempos, que lhe abandonaram ou aconselhavam a tomar as mais diversas atitudes, dentre as quais, a de abandonar o seu Deus.

A paciência de Jó só foi possível, devido a sua grande confiança no Criador a quem se mostrava fiel em todos os momentos.

Assim considerando, que a partir de então, analisemos nossas vidas à luz da vida de Jó, para que também possamos ser glorificados pelo nosso Deus.

É o que tem a dizer,

Eudes Borges

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