sábado, 7 de abril de 2012

Tribunal de Justiça de Pernambuco em luto pela morte do Des. Romero Andrade

Foi sepultado neste sábado (7), no Cemitério Morada da Paz, o corpo do desembargador Romero de Oliveira Andrade. Aos 57 anos, servindo ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) há mais de 10 anos, ele estava internado em hospital do Recife desde 12 de fevereiro, vítima de complicações do diabetes. Aguardava na fila de transplantes um fígado novo, que não chegou a tempo.

Uma pessoa de bem com a vida, alegre e comunicativo, Romero Andrade tinha muitos amigos. Deixa viúva a Sra. Silvana de Moraes, quatro filhos e quatro netos. Seu corpo foi velado no Tribunal de Justiça, com a presença de quase todos os desembargadores, dentre os quais o corregedor-geral Frederico Neves, representando a mesa diretora do TJPE. O presidente Jovaldo Nunes, assim como o vice-presidente Fernando Ferreira, está em viagem.

Mesmo em viagem, o presidente Jovaldo Nunes tomou, por telefone, todas as providências cabíveis, externou seu pesar à viúva e aos filhos. A Mesa Diretora do TJPE estará presente à missa de 7º Dia. Sobre a morte do desembargador Romero, o presidente do Tribunal disse que “perde não somente um grande amigo, mas um colega preocupado com as coisas da Justiça”.

O vice-presidente do Tribunal, desembargador Fernando Ferreira disse sobre o colega morto: ”Foi excelente procurador de Justiça, um dos maiores quadros da Procuradoria de Justiça e, com todos os méritos, entrou para o TJPE no governo Jarbas Vasconcelos, onde se houve sempre com destaque e grande devoção. Fará falta também por sua tranquilidade”.

Já o corregedor geral, desembargador Frederico Neves, disse: ”O desembargador Romero de Oliveira Andrade ingressou no Poder Judiciário, pelo quinto constitucional, egresso do Ministério Público e soube honrar, como julgador, as tradições de independência, ética e moralidade da magistratura pernambucana”.

O ex-presidente do TJPE desembargador Jones Figueiredo fez poesia: “Romero fez de sua judicatura um símbolo de Aleluia. Encanta-se no sábado de Páscoa, deixando-nos o legado de uma justiça iluminada pela fé no resgate do homem”.
Companheiro do ilustre morto desde a infância e adolescência, quando jogavam basquete juntos, o desembargador Gustavo Lima considera a morte de Romero Andrade “uma grande perda para o judiciário, pela contribuição que deu ao Direito do Menor, por cuja legislação específica foi um dos responsáveis”.

Romero Andrade trabalhou 11 anos na Primeira Vara da Infância e Juventude, como promotor de Justiça quando era juiz o hoje desembargador Bartolomeu Bueno, que foi promovido para o TJPE quando Romero foi nomeado para a Procuradoria da Justiça. “Voltamos a nos encontrar no Tribunal, onde desenvolvemos uma amizade mais de irmãos do que de colegas”, disse.

Abatida, amparada pelos filhos e amigos, a Sra. Silvana só conseguiu dizer: “Vou sentir muita saudade”, mas os filhos, Juliana, Rodrigo, Ana Carolina e Arthur deixaram um testemunho: “Ele era um exemplo de pai, magistrado, professor, amigo, irmão, filho. Um homem de integridade e retidão. Dele colhemos os melhores ensinamentos de como encarar a vida, sempre buscando o melhor que ela tem a nos oferecer. Estamos certos de que ele jamais será esquecido”. “Vamos honrar o nome dele até o fim das nossas vidas”, completou a filha Juliana, mãe de Pedro, o grande xodó de Romero Andrade, pois era o único neto homem.

Também o advogado Célio Avelino, tio de Romero Andrade, lamentou a morte do sobrinho, que iniciou sua vida profissional como estagiário no escritório dele e com ele fez parte do Ministério Público. O sobrinho agora falecido foi para o Tribunal, enquanto ele, aposentando-se, voltou a advogar, até hoje.

Fonte: Tribunal de Justiça de Pernambuco

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