Sem medo de dizer a verdade

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 45

A grandeza que o homem almeja para si próprio.

Este é um dos menores capítulos do livro de Jeremias, contudo, uma Palavra muito forte se encontra neste tópico. O homem que procura a grandeza para si mesmo.

Pois bem. Neste capítulo Deus fala diretamente com Baruque. Baruque era uma espécie de secretário particular e amigo de Jeremias. Ele era o responsável por escrever num livro as profecias e as palavras que Jeremias determinava.

Naquela ocasião, Baruque se encontrava trabalhando para Jeremias quando essa palavra lhe foi apresentada por Deus: “...A palavra que Jeremias, o profeta, falou a Baruque, filho de Nerias, quando este escrevia, num livro, estas palavras, da boca de Jeremias, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá...” (versículo 1).

Baruque conhecia o Deus de Jeremias, o qual era o seu próprio Deus, por isso que tinha confiança em lhe dirigir as suas orações certo de que Deus o ouviria também.

Naquela ocasião Baruque estava passando por um momento de aflição: “...Ai de mim agora, porque me acrescentou o Senhor tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso...” (versículo 3).

Apesar de ser o secretário especial de Jeremias e ter presenciado com este, vários acontecimentos do povo hebreu, Baruque parecia estar preocupado com o cargo, com as coisas do mundo, ou seja, com a própria glória. Por esse motivo foi reprendido por Deus: “...E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR...” (versículo 5).

Veja que aqui o Senhor explica a Baruque que ele não deveria buscar “coisas particulares” para si próprio. Ele deveria, em primeiro lugar, estar preocupado com a vontade de Deus para a sua vida, e confiar no cuidado do Senhor. Tanto é que no mesmo versículo o Senhor afirma que irá proteger a sua vida por onde ele andasse: “...porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores...”

Pois bem. Ao meditar neste pequeno capítulo, concluímos que na igreja do Senhor existem muitos Baruques. Quantos são os pastores, os obreiros, os presbíteros, evangelistas e até mesmo os membros, que estão preocupados com a sua própria glória? Centenas deles.

A igreja está cheia de pessoas assim. Ocupantes de cargos, mas que estão preocupadas em obter vantagens para si, ou seja, estão pensando em si mesmas.

Devemos atentar para a recomendação que o Próprio Senhor Jesus nos deixou em Mateus 6, 33, onde diz: “que devemos buscar em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua Justiça que, naturalmente, as demais coisas nos seriam acrescentadas”.

Tome muito cuidado com isso, porque se você não atentar para essa observação, a tua queda será inevitável: “...isto diz o Senhor: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra...” (versículo 4).

Graças a Deus que Baruque não caiu nesse engano. Ele simplesmente passou por um momento difícil e logo recobrou a razão, já que de fato era um homem de Deus e que inspirava confiança. E você como tem agido?

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 44

Quando o crente sente falta dos prazeres do mundo.

Já no Egito, os hebreus remanescentes mais uma vez não se humilharam diante de Deus: “...Não se humilharam até ao dia de hoje, nem temeram, nem andaram na minha lei, nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e diante de vossos pais...” (versículo 10).

Deus queria que aquele povo se humilhasse diante de Sua presença para assim poder livrá-los daquele sofrimento. Contudo, não deram ouvidos.

Diante disso, Deus mais uma vez virou o rosto para os soberbos: “...Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu ponho o meu rosto contra vós para mal, e para desarraigar a todo o Judá...” (versículo 11).

Foi anunciado que eles iriam morrer de fome e de forma violenta: “...E tomarei os que restam de Judá, os quais puseram os seus rostos para entrarem na terra do Egito, para lá habitar e todos eles serão consumidos na terra do Egito; cairão à espada, e de fome morrerão; consumir-se-ão, desde o menor até ao maior; à espada e de fome morrerão; e servirão de execração, e de espanto, e de maldição, e de opróbrio...” (versículo 12).

Mesmo recebendo a Palavra, mais uma vez rejeitaram a direção do Altar: “...quanto à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não obedeceremos a ti...” (versículo 16).

Ao invés de se humilharem perante o Senhor Deus, jogaram na cara de Jeremias que quando estavam no mundo, adorando os outros deuses pagãos eram mais felizes do que naquela ocasião: “...Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum. Mas desde que cessamos de queimar incenso à rainha dos céus, e de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos consumidos pela espada e pela fome...” (versículos 17 e 18).

Pois bem. É aqui que quero aprofundar um pouco na Palavra.

Veja quão rebeldes eram o povo. A história mostra que a rebeldia sempre esteve aliada aos hebreus. O mesmo acontece hoje. Eles não reconhecem Jesus Cristo como sendo o Filho de Deus, O Messias.

Talvez o amigo leitor pergunte: e o que é que eu tenho a ver com isso? Tudo! Olhe para a história da sua vida. Veja se você não foi ou ainda é essa pessoa soberba, rebelde e destemida.

Quantos são os crentes que hoje sentem falta dos prazeres do mundo? A maioria.

Viver em Cristo significa renúncia, sacrifício, humildade e os evangélicos não atentam para esse detalhe. Consequência? Quando vêm as adversidades, os problemas e as perseguições, logo bate a saudade do tempo em que estavam no mundo.

Assim se comportavam os hebreus. Eles disseram na cara de Jeremias que eram mais felizes quando estavam no mundo, adorando outros deuses, do que quando serviam ao Deus de Israel. Vejam que ingratos, que burros.

A palavra que Jeremias deus para eles, naquela época, a qual se encontra no versículo 23, hoje vai para você meu amigo e minha amiga, que vive se perguntando sobre o porquê de tanto sofrimento em tua vida: “...Porque queimastes incenso, e porque pecastes contra o Senhor, e não obedecestes à voz do Senhor, e na sua lei, e nos seus testemunhos não andastes, por isso vos sucedeu este mal, como se vê neste dia...”.

A resposta está aí. Você vive queimando incensos para os deuses deste mundo e ainda se pergunta porque sofre tanto? Ora meu amigo e minha amiga, use a inteligência e deixe de ser soberbo. Se arrependa imediatamente de seus pecados e se volte de fato e de verdade para o Senhor Jesus Cristo.

Não importa se você está dentro ou fora da igreja. Não se esconda atrás dessa bíblia gigante ou do teu título eclesiástico. A verdade é que se você não nascer da água e do Espírito, não será salvo e não terá paz.

A morte física e espiritual te espera daqui há algum tempo, caso você continue agindo como os hebreus remanescentes.

sábado, 14 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 43

A força dos soberbos.

Com vimos no capítulo anterior, o povo de Israel (os remanescentes de Judá), de livre e espontânea vontade, procurou o profeta Jeremias supostamente arrependidos de seus pecados e dispostos a obedecerem a ordem que viesse de Deus, através do profeta.

Por conta disso, Deus havia se arrependido de castigá-los e prometera perdoá-los e livrá-los do mal, desde que NÃO VOLTASSEM AO EGITO. Isso tinha ficado bem claro e todos haviam dito que iriam obedecer.

Pois bem. Agora, depois de ouvirem a pregação de Jeremias acerca do que eles deveriam fazer para obterem o livramento de Deus, vemos que surgem dois personagens satânicos que levaram o povo a rejeitarem a direção dada por Deus e, por conseguinte, desobedecerem.

Esses cidadãos se chamavam Azarias e Joanã. A bíblia deixa claro que eles eram soberbos e por conta disso, persuadiram o povo a rejeitarem a proposta de Deus, em detrimento à volta ao Egito: “...E sucedeu que, acabando Jeremias de falar a todo o povo todas as palavras do SENHOR seu Deus, com as quais o SENHOR seu Deus lho havia enviado, para que lhes dissesse todas estas palavras, Então falaram Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de Careá, e todos os homens soberbos, dizendo a Jeremias: Tu dizes mentiras; o Senhor nosso Deus não te enviou a dizer: Não entreis no Egito, para ali habitar...” (versículos 1 e 2).

Pois é meu amigo e minha amiga. Antes estavam dispostos a obedecerem a voz de Deus; agora resolveram dar ouvidos à voz dos soberbos Azarias e Joanã. À unanimidade voltaram a terra do Egito, inclusive o profeta Jeremias: “...Aos homens, e às mulheres, e aos meninos, e às filhas do rei, e a toda a alma que Nebuzaradã, capitão da guarda, deixara com Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã; como também a Jeremias, o profeta, e a Baruque, filho de Nerias; E entraram na terra do Egito, porque não obedeceram à voz do Senhor; e vieram até Tafnes...” (versículos 6 e 7).

Como se vê, até o profeta Jeremias, que deu a direção ao povo, deixou se corromper por Azarias e Joanã, posto que também foi com eles à terra do Egito, conforme está bem claro no versículo 7.

Pois bem. Revoltado, Deus apareceu para Jeremias, já na terra do Egito, anunciando-lhe o despejo de Sua cólera perante eles: “...Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, em Tafnes, dizendo: Toma na tua mão pedras grandes, e esconde-as no barro, no forno que está à entrada da casa de Faraó, em Tafnes, perante os olhos dos homens de Judá, E dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu enviarei, e tomarei a Nabucodonosor, rei de babilônia, meu servo, e porei o seu trono sobre estas pedras que escondi; e ele estenderá a sua tenda real sobre elas. E virá, e ferirá a terra do Egito; entregando para a morte, quem é para a morte; e quem é para o cativeiro, para o cativeiro; e quem é para a espada, para a espada. E lançarei fogo às casas dos deuses do Egito, e queimá-los-á, e levá-los-á cativos; e vestir-se-á da terra do Egito, como veste o pastor a sua roupa, e sairá dali em paz. E quebrará as estátuas de Bete-Semes, que está na terra do Egito; e as casas dos deuses do Egito queimará a fogo...” (versículos 8 ao 13).

Não sobraria pedra sobre pedra. A ordem era Nabucodonosor destruir todos os soberbos. Chuva de fogo iria cair sobre aquela cidade egípcia.

Conforme a história mostra, o povo de Israel sempre foi rebelde, soberbo e idólatra. O tempo nos mostra que eles sempre deixaram de adorar o Deus Criador dos Céus e da Terra, para adorar os deuses pagãos deste mundo e isso sempre irritou ao Soberano.

A soberba sempre teve força no meio do povo de Israel, fazendo com que houvesse uma separação entre eles e o Altíssimo. Neste caso, preferiram voltar ao Egito para comerem nas mãos do Faraó, posto que passaram a habitar em Tafnes, terra dos deuses pagãos, a qual seria destruída com uma chuva de fogo, anunciada nos versículos 12 e 13.

O tempo passou e a história se repete. A soberba continua influente no meio do povo evangélico, afastando-os cada vez mais da presença de Deus. 

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 42

O capítulo do arrependimento e da promessa.

Depois de terem passado tantos sofrimentos nas guerras, no cativeiro e na perseguição de Ismael vista no capítulo 41, o povo remanescente de Judá resolveu pedir a ajuda do profeta Jeremias, para que interviesse por eles perante o Senhor.

Uma atitude de desespero e de arrependimento tomou aquele povo: “...Então chegaram todos os capitães dos exércitos, e Joanã, filho de Careá, e Jezanias, filho de Hosaías, e todo o povo, desde o menor até ao maior, E disseram a Jeremias, o profeta: Aceita agora a nossa súplica diante de ti, e roga ao Senhor teu Deus, por nós e por todo este remanescente; porque de muitos restamos uns poucos, como nos veem os teus olhos...” (versículos 1 e2).

Pois é. Foram pedir clemência ao profeta Jeremias. Demostraram arrependimento e disposição em fazer uma aliança de servidão e de obediência à Palavra de Deus: “...Para que o Senhor teu Deus nos ensine o caminho por onde havemos de andar e aquilo que havemos de fazer. Então eles disseram a Jeremias: Seja o Senhor entre nós testemunha verdadeira e fiel, se não fizermos conforme toda a palavra com que te enviar a nós o Senhor teu Deus. Seja ela boa, ou seja má, à voz do Senhor nosso Deus, a quem te enviamos, obedeceremos, para que nos suceda bem, obedecendo à voz do Senhor nosso Deus...” (versículos 3, 5 e 6).

Movido pelas palavras até então sinceras e verdadeiras do povo, Jeremias resolveu interceder pelo povo, perante o Senhor: “...E disse-lhes Jeremias, o profeta: Eu vos tenho ouvido; eis que orarei ao Senhor vosso Deus conforme as vossas palavras; e seja o que for que o Senhor vos responder eu vo-lo declararei; não vos ocultarei uma só palavra...” (versículo 4).

Pois bem. O que mais me marcou nesse capítulo foi saber que Deus, após ver a atitude sincera e verdadeira do povo, se arrependeu de ter feito eles passarem por toda aquela prova e voltou atrás: “...Se de boa mente ficardes nesta terra, então vos edificarei, e não vos derrubarei; e vos plantarei, e não vos arrancarei; porque estou arrependido do mal que vos tenho feito...” (versículo 10).

Ora, temos visto e ouvido falar que Deus não é homem para que minta e nem filho do homem para que se arrependa. Isto está escrito em Números 23. Mas aqui o Próprio Deus falou isso para Jeremias: que havia se arrependido de ter feito mal àquele povo rebelde. Isso é muito glorioso meu amigo!

Não vou entrar nesse debate, porque a direção do Espírito Santo neste capítulo quadragésimo segundo é voltada para o arrependimento do povo rebelde e a promessa de Deus, o que implica em garantia constitucional transcrita na Palavra de Deus, isso é glorioso!

Deus se arrependeu de ter imposto o castigo e estendeu as mãos em direção ao povo afim de livrá-los do mal. Chego até a me arrepiar de tão forte que é essa Palavra.

O povo estava disposto a se livrar da rebeldia e passaram, então, a seguir a orientação advinda do Altar da fé genuína. Consequência? A promessa de Deus na vida deles.

Pois bem. Deus aceitou o arrependimento do povo e lhes assegurou livramento e uma série de vitórias em suas vidas: “...Não temais o rei de babilônia, a quem vós temeis; não o temais, diz o SENHOR, porque eu sou convosco, para vos salvar e para vos livrar da sua mão. E vos concederei misericórdia, para que ele tenha misericórdia de vós, e vos faça voltar à vossa terra...” (versículos 11 e 12).

A promessa era essa: livramento e prosperidade. Vida nova a partir de então. Mas tudo isso dependia de uma condição: OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE DEUS. Eles tinham que ficar ali naquela terra, sendo obedientes. Se quebrassem a aliança e voltassem para o  Egito, as consequências seriam danosas: “...Mas se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra, não obedecendo à voz do Senhor vosso Deus, Dizendo: Não, antes iremos à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali ficaremos, Nesse caso ouvi a palavra do Senhor, ó remanescente de Judá: Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Se vós absolutamente propuserdes a entrar no Egito, e entrardes para lá habitar, Acontecerá que a espada que vós temeis vos alcançará ali na terra do Egito, e a fome que vós receais vos seguirá de perto no Egito, e ali morrereis...” (versículos 13 ao 1).

Havia uma condição sene qua non para o povo: Eles não deveriam jamais pensar em voltar para o Egito.

Pois bem. Ao meditar neste capítulo vimos que se houver um arrependimento sincero e verdadeiro por parte do ser humano, é possível fazer com que Deus tenha misericórdia de nós, a ponto de fazê-LO se arrepender do castigo imposto, trazendo-nos uma nova vida.

A misericórdia e bênçãos de Deus decorrem da obediência à Sua Palavra e Direção. Observem que o povo estava pagando o preço em face da rebeldia à Palavra do Altíssimo, posto que haviam quebrado a aliança feita no passado, em detrimento de uma falsa fé idólatra.

Mas os remanescentes foram inteligentes e usaram a fé racional: resolveram reconhecer que sem Ele não eram nada, por isso, alcançaram a misericórdia do Deus Pai.

Se você meu amigo e minha amiga se encontra pagando o preço por causa da desobediência, acredite, esta palavra te assegura uma chance, uma saída. Deus quer que você se arrependa de seus pecados e se volte para Ele hoje mesmo.

Assim como houve uma saída para os remanescentes de Judá, há uma saída para você também. Você acabou de ver neste capítulo. Basta apenas você se arrepender dos pecados e voltar para os braços do Pai. Ele está só esperando um gesto teu. Aproveita enquanto ainda há tempo.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 41



O capítulo da traição.

Diz a Palavra de Deus que Ismael, o grande traidor, armou uma cilada contra o governador e os homens de Deus que iriam oferecer ofertas na igreja.

Pois bem. Conforme vimos nos capítulos anteriores, após a destruição de Jerusalém, o rei Nabucodonosor designou Gedalias como governador dos judeus que foram deixados na terra de Judá.

O mesmo passou a residir em Mizpá e o profeta Jeremias passou a morar ali também. Gedalias havia feito um juramento que não faria mal algum a eles, desde que continuassem a servir o rei Nabucodonosor.

Pois bem. Ismael havia jurado lealdade a Gedalias, mas essa lealdade era só de fachada, posto que esse cidadão tramou um grande plano, violando todas as regras sagradas da lealdade, que culminou com a morte do Governador Gedalias. O assassinato foi motivado por ambição e orgulho.

Este ato de morte também foi uma traição ao povo, porque traria a ira de Nabucodonosor contra o povo cativo que ele havia poupado na guerra: “...Sucedeu, porém, no mês sétimo, que veio Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, de sangue real, e com ele dez homens, príncipes do rei, a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá; e comeram pão juntos ali em Mizpá. E levantou-se Ismael, filho de Netanias, com os dez homens que estavam com ele, e feriram à espada a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, matando assim aquele que o rei de babilônia havia posto por governador sobre a terra...” (Versículos 1 e 2).

Acredito, que o ato de comerem juntos o pão, descrito no versículo 1, era uma falsa forma de renovar aquela aliança sagrada de amizade firmada no início entre o governador e o povo. Na verdade Ismael pretendia era levar os cativos para Amom e vendê-los como escravos. O grupo incluía mulheres, crianças e eunucos.

O ato macabro de Ismael, não parou por aí não. No dia seguinte do assassinato do governador, ele matou mais 70 homens de Deus, dos 80 que iam à igreja oferecer ofertas ao Deus de Israel: “...Sucedeu, pois, no dia seguinte, depois que ele matara a Gedalias, sem ninguém o saber, Que vieram homens de Siquém, de Siló, e de Samaria; oitenta homens, com a barba rapada, e as vestes rasgadas, e retalhando-se; e trazendo nas suas mãos ofertas e incenso, para levarem à casa do Senhor. E, saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de Netanias, desde Mizpá, ia chorando; e sucedeu que, encontrando-os lhes disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão. Sucedeu, porém, que, entrando eles até ao meio da cidade, matou-os Ismael, filho de Netanias, e os lançou num poço, ele e os homens que estavam com ele. Mas houve entre eles dez homens que disseram a Ismael: Não nos mates, porque temos, no campo, tesouros, trigo, cevada, azeite e mel. E ele por isso os deixou, e não os matou entre seus irmãos...” (versículos 4 ao 8).

Veja a crueldade desse homem. Matou os servos de Deus e os jogou dentro de um poço. E depois de cometer tamanhas crueldades, levou o restante do povo cativo, afim de escravizá-los. (versículo 10).

Mas a covardia desse homem não poderia ficar impune. Ao saber do ato macabro de Ismael, o exército da Babilônia seguiu em direção ao mesmo e libertou todo o povo que ele havia levado cativo.  O covarde? Neste capítulo ainda consegue fugir: “...Mas Ismael, filho de Netanias, escapou com oito homens de diante de Joanã, e se foi para os filhos de Amom...” (versículo 15).

Com vimos, a traição sempre esteve presente desde a criação do mundo. A aliança de paz feita entre o governador Gedalias e o povo que ficou cativo, não poderia jamais ter sido quebrada por Ismael, posto que era a garantia de sobrevivência do povo de Deus.

Note que, conforme vimos no capítulo 40, o próprio profeta Jeremias resolveu ficar com Gedalias, em Mizpá, garantindo com isso, a sobrevivência dos que escaparam da guerra.

Por isso meu amigo e minha amiga, nunca confie em ninguém. A traição sempre estará presente aonde houver o ser humano; não importa se você é ou não uma pessoa de Deus. Todos foram vitimados neste capítulo, inclusive os 80 homens que iam para a igreja.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 40

O poder da escolha.

Como vimos no capítulo anterior, Jerusalém foi totalmente tomada pelo exército babilônico, ocasião em que parte do povo foi assassinada e outra parte foi levada cativa.

Jeremias, homem de Deus, obteve livramento da parte do Soberano e foi levado por Nebuzaradã para a prisão de guerra.

   Neste capítulo, depois de ter passado todo aquele período de guerra, Jeremias obteve a liberdade: “...E o Senhor o trouxe, e fez como havia falado; porque pecastes contra o Senhor, e não obedecestes à sua voz, portanto vos sucedeu isto. Agora, pois, eis que te soltei hoje das cadeias que estavam sobre as tuas mãos...” (versículos 3 e 4).

Posto em liberdade, Jeremias tem uma decisão a tomar: ficar naquela cidade ou partir para outro lugar e refazer a sua vida: “...se te apraz vir comigo para babilônia, vem, e eu cuidarei de ti, mas se não te apraz vir comigo para babilônia, deixa de vir. Olha, toda a terra está diante de ti; para onde parecer bom e reto aos teus olhos ir, para ali vai...” (versículo 4).

Veja que essa decisão não era fácil. A cidade estava toda destruída e a Babilônia seria a alternativa mais lógica para ser a moradia de Jeremias.

Contudo, ele resolveu ficar em Mizpá: “...Assim veio Jeremias a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá; e habitou com ele no meio do povo que havia ficado na terra...” (versículo 6).

Essa era a direção de Deus. Jeremias deveria ficar com Gedalias, que foi nomeado governador da cidade de Judá, logo depois da invasão babilônica.

A intenção era facilitar a reocupação do povo judeu na terra dessolada. Daí o motivo da permanência de Jeremias ao lado de Gedalias.

É importante salientar, que além da liberdade, Jeremias ganhou alimento para o caminho e um presente do capitão da guarda: “...E deu-lhe o capitão da guarda sustento para o caminho, e um presente, e o deixou ir...” (versículo 5).

O poder de escolha levou Jeremias a Mizpá, lugar onde todos os judeus voltaram posteriormente para a grande colheita: “...então voltaram todos os judeus de todos os lugares, para onde foram lançados, e vieram à terra de Judá, a Gedalias, a Mizpá; e recolheram vinho e frutas do verão com muita abundância...” (versículo 12). 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 39

Este capítulo mostra inicialmente, com detalhes, como o exército babilônico conseguiu entrar em Jerusalém e tomar a cidade santa. Mas dois detalhes espirituais chamam a atenção neste trigésimo nono capítulo:

 a) o cumprimento da Palavra de Deus acerca da destruição da vida do rei Zedequias e de sua família;

b) a ordem que o diabo deu aos seus “cavalos” para não atingirem Jeremias, o homem de Deus.

Pois bem. Conforme vimos no capítulo 34, versículos 20 e 21, Deus anunciou, por meio de Jeremias, que o rei Zedequias seria preso e que toda a sua família seria morta diante de seus olhos e este fato aconteceu justamente nos versículos 5, 6 e 7 deste capítulo: “...mas o exército dos caldeus os perseguiu, e alcançou a Zedequias nas campinas de Jericó; e eles o prenderam, e fizeram-no subir a Nabucodonosor, rei de babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e o rei o sentenciou. E o rei de babilônia matou em Ribla os filhos de Zedequias, diante dos seus olhos; também matou o rei de babilônia a todos os nobres de Judá...”.

O versículo 7 mostra ainda que Zedequais ficou cego, provando, assim, que a Palavra de Deus não volta atrás: “...E cegou os olhos de Zedequias, e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo a babilônia...”

Observe que ele foi alertado várias vezes por Jeremias, antes da invasão babilônica, que deveria se consertar, pois a cegueira espiritual era um entrave em seu reinado. Mas mesmo assim, não quis dar ouvidos à voz do profeta e por isso perdeu tudo e terminou cego.

Por sua vez, o que me chamou mais a atenção foi o poder de Deus na vida de quem O serve. Note que nos versículos 11 e 12 o próprio diabo, representado pelo rei da Babilônia (que era o invasor da cidade santa), deu ordem para que ninguém fizesse mal a Jeremias: “...mas Nabucodonosor, rei de babilônia, havia ordenado acerca de Jeremias, a Nebuzaradã, capitão da guarda, dizendo: Toma-o, e põe sobre ele os teus olhos, e não lhe faças nenhum mal; antes como ele te disser, assim procederás com ele...”.

Note que o diabo ainda deu ordem para que os soldados obedecessem a Jeremias. Isso é muito forte! Quando a pessoa é de Deus até o diabo é obrigado a reconhecer isso e confessar publicamente.

Todos pagaram o preço da desobediência, exceto o homem de Deus. Isso quer dizer meu amigo e minha amiga, que quando a pessoa não tem “rabo preso” com o diabo, ninguém pode detê-la.

O diabo é obrigado a confessar que você é de Deus e ainda mais, ele dá ordem aos seus “cavalos” para que não lhe toque, porque há impedimento legal. O poder de Deus o impede de agir contra os que são do Altíssimo. Aleluia!

Ao final deste capítulo chegamos a conclusão de que por uma só ação demoníaca, um foi atingido e o outro não. Zedequias teve o mal que merecia e Jeremias o bem que lhe é direito, mal nenhum lhe sobreveio.

E você meu amigo, qual será o teu final? A cegueira de Zedequias ou o livramento de Jeremias? Depende de tua condição espiritual.

sábado, 30 de setembro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 38


O homem de Deus no fundo do poço.

No capítulo anterior vimos que Jeremias foi lesionado, preso em um tipo de prisão especial, que ficava localizada no pátio da guarda real e condenado a comer um pão por dia, durante um longo período.

Agora, o trigésimo oitavo capítulo nos mostra mais uma dura passagem na vida do profeta Jeremias, tendo em vista que foi jogado em uma cisterna com lama até o pescoço e sem água, não obstante a prisão do capítulo 37.

Pois bem. Conforme já discorremos nos capítulos iniciais, Jeremias foi um profeta que viveu entre os anos 627 e 587 antes de Cristo e foi chamado ao ministério profético ainda muito jovem, com 13 anos de idade. Deus viu em sua pessoa alguém capaz de ser obediente à Sua voz. Por quarenta anos ele pregou sobre os pecados e as loucuras que Judá cometia. Em resumo: foi um homem muito usado por Deus.

Mas mesmo sendo um homem íntegro, honesto e escolhido por Deus, teve mais esse momento amargo em sua vida, simplesmente por falar a verdade. Ele não tinha medo de nada, era um incômodo para a liderança de Israel. Sua palavra, vinda do Senhor, denunciava os pecados e a injustiça cometidos especialmente por aqueles que deveriam ser responsáveis pela vida espiritual do povo.

Jeremias foi incumbido por Deus para dizer a Zedequias, rei de Israel, e a todo o povo que a cidade seria sitiada e tomada por Nabucodosor, rei da Babilônia. Porém, como a profecia não agradava aos interesses particulares de ninguém, o profeta foi repudiado, injustiçado e lançado no fundo de uma cisterna: “...assim diz o Senhor: O que ficar nesta cidade morrerá à espada, de fome e de pestilência; mas o que sair aos caldeus viverá; porque a sua alma lhe será por despojo, e viverá. Assim diz o SENHOR: Esta cidade infalivelmente será entregue na mão do exército do rei de babilônia, e ele a tomará...” (versículos 02 e 3).

Pois é. Por causa disso, perseguiram o profeta e o jogaram dentro de um poço. E o pior, o poço estava cheio de lama. Poço este, cheio de ódio, de amargura, de mágoas, de tristeza, de maldades, de calúnias e de contendas: “...então tomaram a Jeremias, e o lançaram na cisterna de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; e desceram a Jeremias com cordas; mas na cisterna não havia água, senão lama; e atolou-se Jeremias na lama...” (versículo 6).

Veja se não é mesmo assim que acontece, meu amigo e minha amiga: Quando estamos fazendo uma grande obra tentam jogar lama em nós, para tentar nos parar, desanimar, desistir, para tirar o nosso foco daquilo que Deus nos confiou.

A Bíblia usa a figura da lama para falar de situações difíceis, especialmente aquelas relacionadas com o pecado.

A vida é cheia de altos e baixos e em algumas vezes, somos jogados por outras pessoas dentro de cisternas e ficamos atados sem poder nos mover diante das calúnias, das injustiças e das agressões. Outras vezes, somos nós mesmos que entramos nas cisternas com nossas próprias pernas.

Quero deixar claro que existem muitos tipos de cisternas em nossas vidas e que nos deixam atolados na lama. Há a cisterna do pecado, do medo, da depressão, da dívida, da murmuração, da crise familiar, do problema conjugal, etc.

Quem está na lama, por qualquer razão, precisa de ajuda para sair de lá. Era o caso de Jeremias. Deus ouviu a voz do profeta dentro daquele poço, ainda que sem forças para pronunciar palavras com a sua boca, Deus ouvia o seu coração e enviou até aquele poço um homem chamado Ebede-Meleque, que significa “servo do rei”. Este homem foi até o poço e lançou uma corda para tirar Jeremias de lá (versículos 7 ao 13).

Pois é. Jeremias foi retirado com uma corda feita de panos e roupas velhas. Essa corda representa a alma ferida do profeta pela incompreensão, pela injustiça, pelas marcas da rejeição, pelas indiferenças, pelas maldades alheias.

Diz a Bíblia que Ebede-Meleque mandou que ele colocasse a corda entre as axilas e sob os pés. Isso significa dizer que Jeremias estava exausto por causa do peso da lama.

Pois é meu amigo e minha amiga. Quando estamos dentro do poço sufocado pelas lamas da vida só tem duas direções para se olhar: para cima e para baixo. Se olhares para baixo só verás lama e não verás saída, mas se olhares para cima verás a Gloria de Deus e o livramento na tua vida.

Por isso, olhe para cima e verás os céus abertos sobre vós e o azul da força de Deus, uma nova esperança. Ele te tira de dentro de qualquer poço desse mundo.

Jeremias era um ungido de Deus, mas infelizmente também esteve no fundo do poço. Foi traído e quase teve sua vida ceifada. Por isso, não estranhe a situação que você está passando, tempos ruins virão para todos nós, faz parte da vida.

Toda dor pela qual passamos, toda tristeza, são oportunidades que Deus nos dá para usarmos a fé. São ações de Deus para moldar o nosso caráter. Depende de nós escolhermos que efeitos essas coisas terão em nossas vidas. Os problemas podem nos trazer pra perto de Deus ou podem nos afundar em um poço de morte. Depende da reação de cada um.

Liberte-se da cisterna em que estás preso. Saia da lama. Use sua fé e saia do fundo do poço. Olhe para o alto. A luz que está na entrada da cisterna é a que vai mudar sua vida! Jesus Cristo. Sempre.