O crescimento que incomoda

              Às vezes fico pensando e ao mesmo tempo revoltado com algumas coisas que acontecem no dia-a-dia e que vêm se repetindo ao longo do tempo desde a época de Jesus.

Ao iniciar o seu ministério, o Senhor Jesus o estreou sozinho, realizando o seu primeiro milagre, que foi transformar a água em vinho, em uma festa de casamento.

Logo em seguida, com o poder da Palavra e a multiplicação dos milagres que Ele realizava, logo foi necessário escolher algumas pessoas para ajudá-lo, as quais Ele os nomeou em número de doze os denominou de Apóstolos (Marcos, cap. 3, vers. 13 ao 19).

Pois bem.

A obra foi crescendo, os milagres se multiplicando e a fama de Jesus foi se propagando, a ponto de incomodar muita gente naquela época, e por conta disso quiseram prendê-lo e, por conseguinte, o matar.

Os religiosos daquela época, acometidos de inveja e de revolta (olho grande), pelo fato de o ministério de Jesus ter crescido estrondosamente de uma hora para outra, se sentiram incomodados e a todo o momento o acusavam de blasfêmia contra Deus.

Ora, chegaram até a dizer que Ele estava possuído do espírito do diabo porque libertava os possessos e expelia os demônios com autoridade (Marcos cap. 3, vers. 22).

O incômodo era tão grande por conta do crescimento do seu ministério, que até os familiares de Jesus o queriam prender, dizendo que Ele estava louco (Marcos cap. 3, versículo 21).

Veja que absurdo! Até os familiares de Jesus, incluindo a mãe Dele, se incomodaram com o crescimento de sua fama e de seu ministério, que chegaram até a inventar que o Mesmo estava doido, ou seja, fora de si.

Tanto é que saíram ao encontro Dele, a fim de interná-lo em um sanatório, mas Jesus sabendo disso, não os recebeu quando eles chegaram e não os reconheceu como sendo seus familiares (Marcos, cap. 3, vers. 31 ao 35).

Pois é meu amigo e minha amiga. O único motivo de tamanha perseguição foi a inveja. Todos os religiosos da época se incomodaram com os milagres que Jesus fez e com o crescimento estrondoso de seguidores a todo o instante, porque a igreja de Jesus crescia.

Com isso, as igrejas dos religiosos estavam ficando vazias, por conta da migração que ocorria a todo o momento para a nova doutrina pregada por Cristo.

Foi por conta disso que se insurgiram contra o nosso Senhor, com o fito de matá-lo; única e exclusivamente pela inveja de o verem crescer e pelo fato de suas igrejas estarem ficando vazias com a migração de seguidores, conforme dito acima.

Talvez você ainda não tenha percebido o motivo de tamanha perseguição contra a igreja de Cristo, mas foi por conta da inveja que fizeram o que fizeram naquela época.

Hoje a história não mudou, ou seja, não é diferente. Veja que quando nós começamos a crescer na vida, seja na parte material, seja na área espiritual, logo as perseguições começam por conta da inveja.

O nosso crescimento incomoda aqueles que não têm a capacidade de se desenvolver sozinho e por conta disso, ficam a todo o momento lançando dardos inflamáveis contra nós.

Observe que a primeira perseguição começa em nossa própria família. Assim como aconteceu com Jesus, pois a sua mãe, irmãos e irmãs foram atrás Dele para interná-lo como louco, por conta do seu crescimento, assim também acontece no nosso meio familiar.

Os incomodados logo botam as suas “garras” de fora, inventando calúnias e lançando falácias contra nós que crescemos e desenvolvemos a nossa vida a cada dia.

Mas, não devemos ficar tristes por isso e sim alegres, porque se somos perseguidos, é por que estamos no caminho certo e por isso devemos seguir em frente, orando por cada um desses invejosos que nos perseguem.

Devemos ficar cientes de que assim como perseguiram ao Senhor Jesus por conta do seu desenvolvimento espiritual, do mesmo modo perseguirão a nós também quando externarmos o nosso crescimento com as boas obras.

Diante disso, devemos prosseguir sem desanimar, crescendo cada vez mais e pedindo a Deus por cada um deles, a fim de que eles fiquem de pé para bater palmas para o nosso sucesso, ou seja, para que eles não morram sem verem a glória de Deus nas nossas vidas.

É o que tem a dizer,

Eudes Borges