sábado, 13 de fevereiro de 2016

OS VALENTES DE DAVI - A HISTÓRIA CONTADA DE UMA FORMA ATUALIZADA

Muito se tem escrito sobre a história dos valentes de Davi, mas poucos doutrinadores têm entrado em detalhes sobre esses homens e a relação que tinham com o rei. Com o intuito de esclarecer o amigo leitor, trago neste estudo, alguns fatos, de forma mais detalhada e atualizada, para mostrar a importância da lealdade e do comprometimento do ser humano de boa índole.

A história dos valentes de Davi está escrita em dois Livros da Bíblia: 1ª Crônicas e 2ª Samuel. O primeiro, elenca com mais precisão a vida dos valentes e da forma como eles serviam a Davi. Já o segundo, que foi escrito pelo Profeta Samuel, não trás maiores detalhes de suas ações.

Pois bem. Em 1ª Crônicas, cap. 10, fala dos últimos dias do reinado de Saul. Saul foi o primeiro rei da história de Israel e com o passar do tempo deixou de se submeter as ordens de Deus, desviando-se para outra religião e por conta disso foi defenestrado do trono pelo Todo Poderoso.

Ao participar de uma guerra, suicidou-se depois de se ver acuado, derrotado e sem saída. Matou-se com a espada de seu escudeiro de confiança (1ª Crônicas, cap. 10, vers. 4).

Com a morte do rei de Saul, os filisteus tomaram a cidade e habitaram nela (vers.7). Saul teve sua cabeça decapitada e colocada sobre a imagem do deus Dagon (vers. 10). É aqui que começa a história dos valentes.

Diz a Bíblia que ao saber da notícia da morte e decapitação de Saul, alguns homens que faziam parte do exército, denominados de valentes, foram atrás do corpo de Saul e o trouxeram de volta, sem a cabeça (1ª Crônicas, cap. 10, vers. 12).

Por causa da morte de Saul, Davi foi ungido e eleito o novo rei de Israel (1ª Crônicas, cap. 11, vers. 1/3). Davi cresceu em poder porque Deus era com ele e seu reinado floresceu (cap. 11, vers. 9).

A partir de então, formou o seu exército e como toda força armada precisa de líderes e comandantes de confiança, Davi elegeu trinta homens de sua total credibilidade. Eis os nomes deles (2ª Samuel, cap. 23. vers. 2/39):

Asael; Elanã; Sama; Elica; Heles; Ira; Abiezer; Mebunai; Zalmom; Maarai; Helebe; Itai; Benaia; Hidai; Abi-Albom; Azmavete; Eliaba; Jônatas; Aião; Elifelete; Eliã; Hezrai; Paarai; Igal; Bani; Zeleque; Naarai; Ira; Garebe e Urias.

Pois bem. Depois de ter formado o seu exército de confiança partiu para resgatar a arca da aliança, onde a colocou na casa de Obede-Edon (1ª Crônicas, cap. 13, vers. 5/14). Durante sua vida enfrentou várias guerras com a participação de seus valentes.

No meio dos trinta valentes, três se destacavam, eis seus nomes:

1)    JOSEBE-BASSEBETE
Diz a Bíblia em 2ª Samuel, cap. 23, vers. 8, que este comandante da guarda do exército de Davi era muito experiente com sua lança e em uma determinada guerra matou oitocentos homens com essa arma.

2)    ELEAZAR
Era o segundo na sucessão hierárquica do exercito de Davi. Ele era mestre no manuseio da espada. Tipo um espada-man.

Diz a Bíblia em 2ª Samuel, cap. 23, ver. 9/10, que esse guerreiro lutava ao lado de Davi em uma determinada guerra contra os filisteus e não se cansava. Naquele dia ele lutou tanto que teve uma espécie de câimbra na mão, a ponto de mesmo cansado, não conseguiu largar a espada. Foi o dia que Deus lhes proporcionou um grande livramento e uma vitória extraordinária.

O Terceiro comandante da guarda se chamava SAMA.
Ele era mestre em estratégia de guerra. Usava a sua inteligência de combate para pegar o inimigo em armadilhas.

Diz a Bíblia que em uma determinada guerra na cidade de Leí, o povo de Israel enfrentou os filisteus e esse comandante se infiltrou no meio da terra e matou todos os inimigos. Naquele dia também houve uma grande vitória. Deus foi honrado (2ª Samuel, cap. 23, vers. 11/12).

Esses três homens eram tão leais ao rei Davi que arriscaram suas vidas em favor do rei da seguinte forma:

Era o tempo da colheita e Davi estava na fortaleza que ficava localizada na caverna na cidade de Adulão. Adulão estava cercada pelos inimigos de Davi (Filisteus) e ficava vizinha a cidade de Belém.

Davi desejava possuir a cidade de Belém, que estava cercada pelos filisteus, admirando-a de longe, ocasião em que desejou beber a água de um poço que ficava próximo à entrada daquela cidade.

Ao ouvir Davi dizer que queria beber a água daquele poço, os três comandantes leais e fieis citados acima partiram imediatamente para atender o desejo do rei, arriscando as suas vidas perante os inimigos que rodeavam a cidade de Adulão e trouxeram o líquido precioso para ele.

Como Davi não estava com sede coisa nenhuma, já que estava em sua fortaleza e ali havia água, ao ver que os seus súditos cumpriram a missão, recusou bebê-la, achando-se indigno e a ofereceu ao Todo Poderoso como oferta de libação (2ª Samuel, cap. 23, vers. 13/17).

Veja que o próprio Davi se recusou a beber aquela água porque não necessitava dela. Ficou surpreso com a atitude daqueles homens leais que eram compromissados com o seu comandante e rei.

Hoje dificilmente se encontra uma pessoa com as qualidades de Josebe-Bassebete, Eleazar e Sama. Homens leais e obedientes que arriscavam suas vidas em favor da missão que lhes era confiada. Verdadeiros valentes que ficaram marcados e entraram para a história.

Cuida registrar, que ainda se destacaram como valentes de Davi os guerreiros Abisai, que também era nobre e mestre no manuseio de lança. Este homem em uma determinada guerra matou trezentos soldados com sua arma (2ª Samuel, cap. 23, vers. 18/19); Benaia, que também era nobre e mestre com o cajado. Este homem era muito valente e chegou a matar um leão e um gigante egípcio (2ª Samuel, cap. 23, vers. 20/23).

Estes são os feitos desses soldados valentes que demonstraram coragem, força, perseverança, fidelidade, amor e honra, sendo instrumentos de Deus para estabelecer o reinado de Davi.

O mundo está carente de pessoas com essas qualidades. A igreja do Senhor Jesus precisa de pessoas valentes como esses guerreiros que entraram para a história com os seus nomes escritos nos livros dos reis de Israel e principalmente na Bíblia Sagrada.

Hoje temos visto obreiros e pastores carentes dessa valentia, menosprezadores de seus ministérios. Não colocam força naquilo que Deus lhes confia. Relaxos, interesseiros, covardes.

A lealdade e fidelidade mencionada nos valentes de Davi não existe mais na atualidade, o que temos visto são ministros medrosos que se acovardam na primeira luta e perseguição que enfrentam.

Quem dera a obra de Deus tivesse pessoas que, a exemplo de Eleazar, não largasse a espada (missão) que lhe foi confiada e desse a sua vida em favor de seu chamado. E outras a exemplo de Josebe-Bessebete, que usasse a sua lança, que é a autoridade, para ferir o diabo, mandando-o para o seu devido lugar, que é o inferno. E para terminar, pessoas a exemplo de Sama, que fossem mestres na Palavra, para levar a salvação aos que estão perdidos no terreno do inimigo, sem medo de morrer.

Davi foi um homem honrado e feliz porque convivia com pessoas de caráter ilibado, guerreiros e valentes que fizeram sua história e são lembrados até hoje. E você? Valente ou covarde de espírito? Em que exército você se enquadra?

Eis a história dos valentes de Davi.


Eudes Borges

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A ATITUDE DE NEEMIAS FEZ COM QUE ELE NÃO ABANDONASSE A OBRA DE DEUS

Esta palavra vai para você amigo que um dia estava firme com Deus e por causa das palavras alheias, sim, por causa  da interferência de terceiro se deixou abater e hoje está caído, longe do caminho do Senhor Deus.

 Baseado na passagem descrita no Capítulo 06, do Livro do Profeta Neemias, o Espírito Santo me trouxe uma revelação e eu vou dividir com o amigo leitor com o fito de mostrar que quando a pessoa está na fé, firmada na Palavra e, por conseguinte, bem com Deus, nada e ninguém consegue detê-la.

Pois bem. Diz o texto sagrado:

"Tendo ouvido Sambalate, Tobias, Gesém, e o resto dos nossos inimigos que eu tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha nenhuma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: Vem, encontremo-nos, nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? Quatro vezes me enviaram o mesmo pedido; eu, porém, lhes dei sempre a mesma resposta. Então, Sambalate me enviou pela quinta vez o seu moço, o qual trazia na mão uma carta aberta, do teor seguinte: Entre as gentes se ouviu, e Gesém diz que tu e os judeus intentais revoltar-vos; por isso, reedificas o muro, e, segundo se diz, queres ser o rei deles, e puseste profetas para falarem a teu respeito em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá. Ora, o rei ouvirá isso, segundo essas palavras. Vem, pois, agora, e consultemos juntamente. Mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; tu, do teu coração, é que o inventas. Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos. Tendo eu ido à casa de Semaías, disse ele: Vamos juntamente à Casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; aliás, de noite virão matar-te. Porém eu disse: homem como eu fugiria?  E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei. Então, percebi que não era Deus quem o enviara; tal profecia falou ele contra mim, porque Tobias e Sambalate o subornaram. Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para que eu, assim, viesse a proceder e a pecar, para que tivessem motivo de me infamar e me vituperassem".

De acordo com o que acabamos de ler, Neemias foi um grande homem de Deus e sempre viveu na fé. Por causa isso, Deus contava com ele e lhe deu uma missão: construir o muro em torno da cidade.

Como o comportamento e as atitudes de Neemias chamavam a atenção de todos, já que este fazia a obra de Deus de todo o coração, com toda a sua força, despertou inveja naqueles que se diziam amigos do altar.Três sujeitos chamados Sambalate, Tobias, Gesém, amigos de Neemias, movidos de inveja, tentaram de toda forma parar o homem de Deus.

A primeira revolta dos invejosos foi quando souberam que Neemias havia fechado as brechas em torno do grande muro. Note que quando ficaram sabendo que não havia mais como eles ingressar na cidade pelas brechas, ficaram revoltados e armaram uma cilada para matar o profeta.

Planejaram levá-lo ao vale de Ono com o intuito de matá-lo (versículo 2). Como Neemias era um homem de Deus e estava na fé, na mesma hora percebeu que se tratava de uma cilada e mandou dizer aos invejosos que jamais iria parar o que estava fazendo para ir ao encontro de ninguém. Percebeu a cilada de satanás na mesma hora.

Ora, com isso entendemos que quando a pessoa está na fé, bem com Deus, não importa os convites que venham do mundo, não importa as palavras que ouve, nada consegue parar porque o seu espírito está voltado para a obra que Deus lhe confiou.

Tentaram parar Neemias logo depois que ele fechou as brechas, mas ele foi forte e corajoso para dizer não ao diabo. Percebeu que aquele convite não partia de Deus. Rejeitou a oferta de satanás. Será que o amigo leitor está bem espiritualmente para perceber quando uma proposta vem do diabo ou será que na primeira tentativa ele já conseguiu lhe parar? Será que existem brechas abertas em sua vida ou você já fechou todas para não ser surpreendido pelos inimigos?

O diabo não é burro, mas também não é inteligente porque se fosse não teria perdido a sua salvação. Ele vai continuar tentando até que consiga parar o homem de Deus. Note que mesmo depois das brechas terem sido fechadas ele não desistiu de Neemias e por quatro vezes mandou o mesmo convite mundano para ele e todos foram rejeitados de imediato (versículo 4).

Quantos convite você já recebeu de seus próprios familiares ou amigos com o intuito de tirá-lo da obra? Talvez as tentações estejam lhe sufocando a ponto de você estar prestes a parar a obra que lhe Deus lhe confiou. Mas saiba que se isto está acontecendo é porque o amigo leitor não está na fé, porque se estivesse, daria a mesma resposta que Neemias.

Veja que as propostas do diabo não parou por aí não. Ele não desistiu fácil de Neemias. Pela quinta vez o endemoniado Sambalate enviou uma carta, desta feita contendo uma mentira contra o homem de Deus. A carta dizia que Neemias era um mentiroso e que só estava fazendo aquela grande obra para dar um golpe de estado contra o rei, com o fito de assumir o trono.

Veja que como o diabo não havia conseguido, até então, parar o homem de Deus, usou da mentira caluniosa para intimidá-lo e jogá-lo contra o povo. A mentira mais sagaz que podia acontecer. Mas o que me chamou a atenção nesta cena foi a atitude do homem de Deus diante de mais uma intimidação. Neemias não se intimidou e respondeu a altura dizendo que tudo não passava de uma mentira fantasiosa (versículo 8).

Essa é a atitude de uma pessoa de Deus, não se abalar com as calúnias, injúrias e difamações. Se a pessoa está na fé Deus é com ela e nada lhe abala. Será que a sua reação diante dos problemas e das afrontas tem sido a mesma de Neemias? Reflita e veja se o diabo já não conseguiu lhe parar.

Todo mundo era contra Neemias porque ele estava fazendo a obra de Deus e por causa disso queriam pará-lo a todo preço. Inveja, pura inveja. Ma ele fez uma oração ao Todo Poderoso pedindo forças para que suas mãos não vacilassem (versículo 9).

Como o diabo não conseguiu lhe intimidar com as afrontas mentirosas desta vez usou um suposto crente/sacerdote chamado Semaías, amigo de Neemias que lhe propôs um plano de fuga imediata.

A sugestão de Semaías foi para que Neemias fugisse e se escondesse dentro do templo porque naquela noite os inimigos iriam tentar matá-lo (versículo 10). Mais uma armadilha do diabo com o objetivo de intimidar e parar o profeta.

É aqui que quero fazer um adendo. Note que das outras vezes as intimidações, as invejas, as mentiras e as afrontas partiram de pessoas amigas de Neemias, mas que estavam fora da igreja. Desta feita a intimidação veio de dentro da igreja, do irmão chamado Semaías.

Será que você já passou por isso? Será que esse teu" irmão da fé" não conseguiu te parar com mentiras, enganos ou até mesmo afrontas? Será que você não carrega dentro de si uma mágoa provocada por uma pessoa de dentro da igreja? Veja que Neemias foi afrontado fora e dentro da igreja, mas como era um homem de Deus soube resistir e dizer não.

Veja no versículo 11 qual foi a reação dele. Na mesma hora ele respondeu a Semaías: " homem como eu fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei...' Isso é muito forte meu nobre. Na mesma hora percebeu que tudo se passava de mais um plano diabólico para lhe parar e lhe tirar a vida. Deus lhe reveleou que Semaías havia sido subornado por Tobias e Sambalate (versículo 12). Um crente que se vendeu dentro da igreja. Que vergonha. Quantos Semaías não existem dentro das igrejas hoje em dia? Muitos. Mas Neemias era um homem guerreiro e como tal não fugiu da batalha, pelo contrário a enfrentou porque sabia que Deus o protegia

Esse é o objetivo do diabo. Parar o homem de Deus. Quanto obreiros e pastores que um dia foram escolhidos por Deus para fazer a sua obra, pregar a Palavra da Salvação Eterna e que hoje já não estão mais nessa fé? Foram parados pelo diabo e se encontram estagnados porque nunca foram nascidos do Espírito. A verdade é essa. Quando a pessoa é nascida de Deus não para, não desiste jamais, pelo contrário, parte pra cima do diabo e das adversidades porque sabe que Deus é com ela e que tem que terminar a obra que Ele lhe confiou.

Tenho encontrado crentes desviados que na primeira carta, na primeira afronta do diabo esmoreceram e desistiram da fé. Covardes, fracos de espírito, que voltaram para o mundo como se isso fosse resolver o problema dele. O verdadeiro homem de Deus não retrocede; busca forças em Deus, parte pra cima e vence as adversidades.

Essa passagem bíblica descrita em Neemias capítulo 06 serve pra mostrar a trajetória de um cristão, evangelista, obreiro e pastor comprometido com a obra que Deus lhe confiou e sobretudo com a sua salvação.

Se você parou a obra que Deu lhe confiou ou está pensando em parar, preste atenção e saiba que  essa atitude não irá resolver os seus problemas, pelo contrário, só irá piorar. Siga na mesma direção que Neemias, tome as mesmas decisões e complete a carreira que Deus lhe confiou.

É o que tem a dizer,


Eudes Borges 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO DESCRITO NA BÍBLIA

“...porque haverá, então, GRANDE TRIBULAÇÃO, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, NENHUMA CARNE SE SALVARIA; mas, POR CAUSA DOS ESCOLHIDOS, serão abreviados aqueles dias...” (Mateus, cap. 24)

A citação acima foi proferida pele Filho de Deus no Monte das Oliveira, quando palestrava para os seus discípulos.

Pois bem. O Senhor Jesus, que foi crucificado, morto e que ressuscitou e que está vivo, um dia voltará para levar os que são seus (é o que chamam de levar a sua igreja[1]), conforme podemos conferir no Evangelho de Mateus, cap. 24, vers. 29 ao 31.

Essa volta do Senhor Jesus aqui na terra se dará logo após alguns acontecimentos devastadores que inevitavelmente surgirão, daqui a algum tempo. Esses acontecimentos são chamados e conhecidos na Bíblia como o período da grande tribulação.

Essa grande tribulação se traduz em momentos nefastos que a humanidade irá viver, com consequências terríveis causadas pela natureza e pela crise da economia mundial, que virá nesse período, muito maior do que as que o mundo já enfrentou.

Deus deixou claro alguns sinais que sucedem o período da grande tribulação e da volta do Senhor Jesus para ficarmos atentos quando isso se dará (Mateus, cap. 24, vers. 3/14). Este período é para ser o dia da ira de Deus. Ele irá derramar os vasos de Sua ira sobre a terra e todos serão afetados.

De acordo com o que está escrito no Livro de Daniel, capítulo 9, versículos 26 e 27 e Jesus fez referência a ele em Mateus 24, esse período se iniciará após um líder mundial realizar um pacto de paz com o mundo por sete anos. Na metade do período de sete anos, este homem vai quebrar o pacto, interrompendo o sacrifício e a oferta de cereais, o que se refere especificamente às suas ações no templo reconstruído do futuro.

Em Apocalipse capítulo 13, vers.1/10 vemos ainda mais detalhes sobre as ações da besta e também do tempo que ela vai estar no poder. Na grande tribulação haverá dois grupos de salvos relatados nas escrituras:

1)           O primeiro se refere a alguns que não se dobrarão ao reino do anticristo e se converterão neste período.

2)   O outro será o remanescente de Israel, os 144 mil narrados nas escrituras, que também serão salvos no final da grande tribulação.

O primeiro grupo são os que vencerem a grande tribulação, por não adorarem a besta, nem a sua imagem, e também não receberem a sua marca. Eles também são os escolhidos.

O Apóstolo João no Livro de Apocalipse narra uma visão gloriosa, um grupo com vestiduras brancas, em que o próprio Senhor responde que são os que vêm da grande tribulação, os que se converteram neste período e lavaram suas vestiduras no sangue de Cristo.

Acredito que o propósito de Deus em relação a Israel na grande tribulação é promover a conversão de uma multidão de judeus que entrarão nas bênçãos do reino e experimentarão o cumprimento de todas as alianças de Israel. Serão os remanescentes dos Judeus. O segundo grande propósito da tribulação é derramar juízo sobre homens e nações descrentes.

 Se pararmos para pensar um pouco, logo notaremos que esse processo (sinais) já se iniciou, pois, as guerras, terremotos inesperados e sucessivos são notórios atualmente. A natureza está revolta mais do que antes, o amor da humanidade se esfriou, rumores de guerras são constantes, pais matando filhos e vice-versa, etc.

Jesus está prestes a voltar. Fiquemos atentos.

É o que tem a dizer,

Eudes Borges



[1] Jesus não vem buscar igreja (denominação alguma), Ele vem para levar os que serão salvos, ou seja, as pessoas que o aceitaram aqui na terra.

domingo, 31 de janeiro de 2016

DAS ATRIBUIÇÕES DO JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI

Para finalizar o estudo do procedimento do júri, é interessante discorrer sobre as atribuições do Juiz de Direito, que é o presidente do tribunal do júri.

É a ele que está incumbida a missão de dirigir a sessão plenária e ao final, respeitando a soberania dos veredictos, prolatar a sentença no processo.

Pois bem. De acordo com o Artigo 497 do CPP, são atribuições do presidente do júri:

I – regular a polícia das sessões e prender os desobedientes;  

II – requisitar o auxílio da força pública, que ficará sob sua exclusiva autoridade;

III – dirigir os debates, intervindo em caso de abuso, excesso de linguagem ou mediante requerimento de uma das partes;

IV – resolver as questões incidentes que não dependam de pronunciamento do júri;

V – nomear defensor ao acusado, quando considerá-lo indefeso, podendo, neste caso, dissolver o Conselho e designar novo dia para o julgamento, com a nomeação ou a constituição de novo defensor;

VI – mandar retirar da sala o acusado que dificultar a realização do julgamento, o qual prosseguirá sem a sua presença;

VII – suspender a sessão pelo tempo indispensável à realização das diligências requeridas ou entendidas necessárias, mantida a incomunicabilidade dos jurados;

VIII – interromper a sessão por tempo razoável, para proferir sentença e para repouso ou refeição dos jurados;

IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministério Público e a defesa, ou a requerimento de qualquer destes, a arguição de extinção de punibilidade;

X – resolver as questões de direito suscitadas no curso do julgamento;

XI – determinar, de ofício ou a requerimento das partes ou de qualquer jurado, as diligências destinadas a sanar nulidade ou a suprir falta que prejudique o esclarecimento da verdade;

XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte requerido, que serão acrescidos ao tempo desta última.  Essas são as prerrogativas do Magistrado.

Assim, conclui-se que, o procedimento do tribunal do júri é recheado de certas especialidades e peculiaridades, porque somente são absorvidos os crimes cometidos contra a vida, os quais estão incluídos: homicídio tentado ou consumado, infanticídio, aborto, induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.

Como vimos, tal procedimento tem caráter bifásico, o qual compreende uma fase preliminar, que volta-se ao julgamento da denúncia, resultando em juízo de admissibilidade da acusação e finda-se no momento da decisão de pronúncia ou da impronúncia, ou da absolvição sumária, onde denominamos de fase preparatória, seguida de uma fase definitiva, que é aquela em que é levado à plenário e tem por finalidade o julgamento da causa, transferindo-se aos jurados o exame da procedência, ou improcedência da pretensão acusatória. É a fase em que o processo passa a ser apreciado pelo tribunal do júri e é levado a julgamento em plenário.

Estudamos ainda, que o procedimento do júri é regido pelos princípios constitucionais assegurado no Artigo 5º, Inciso XXXVIII, quais sejam:

a) A plenitude de defesa, que vai além da ampla defesa;

b) O sigilo das votações, porque os vereditos dos jurados são realizados em sala especial (secreta), cujos votos são secretos.

c) A soberania dos vereditos, que importa na manutenção da decisão proferida pelos jurados acerca da autoria, materialidade e majorante. Esse princípio garante a soberania das decisões proferidas no tribunal do júri, que só poderá ser reformada, caso o julgamento tenha sido feito com provas contrárias aos autos. Somente neste caso o tribunal de justiça poderá submeter o réu a novo julgamento.

d) Por fim, a competência constitucional do júri em julgar os crimes dolosos contra a vida. Por isso, não pode o legislador infraconstitucional retirar do tribunal popular essa competência assegurada pela Lex Matter.

É o que tem a dizer,


Eudes Borges

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

QUANDO SE CASA MAL

Há na vida do ser humano decisões que são tomadas que podem comprometer o seu futuro. Na maioria das vezes, o homem ou a mulher, tomado por um desejo sexual, pode colocar em risco a sua própria vida, e em se tratando de uma pessoa comprometida com o Evangelho de Cristo, pode até colocar em risco o seu Ministério Eclesiástico.

Um exemplo de fracasso sentimental e matrimonial foi dado por um personagem da história medieval chamado Sansão. Sua biografia está registrada no Livro de Juízes, a partir do capítulo 15.

Pois bem. De acordo com a Sagrada Escritura, havia um homem na idade antiga chamado Sansão, filho de um cidadão chamado Manoá, e este era israelita. A sua mãe era estéril e não tinha filhos.  Acontece que, com o passar do tempo, sua mãe alcançou um milagre e conseguiu dar a luz a um filho e este passou a se chamar Sansão.

Pois bem. A mãe de Sansão havia feito um voto com Deus, prometendo-Lhe que em momento algum da vida de seu filho haveria de passar navalha por sobre a sua cabeça, ou seja, jamais seriam cortados os cabelos de sua cabeça.

Por conta do VOTO que sua mãe fez com Deus, Sansão se tornou uma pessoa especial e tinha uma força extraordinária como nenhum outro homem possuía naquela época.

Mas o garoto cresceu, tornou-se adulto e resolveu cometer o seu primeiro erro: Ele era israelita e se apaixonou por uma mulher filisteia. O segredo dessa história é que esses dois povos (Israel e Filisteu) eram inimigos e por esse motivo Sansão não deveria escolher por esposa uma mulher inimiga de seu povo.

Mesmo assim Sansão não observou esse detalhe e resolveu se casar com essa mulher filisteia, contrariando até mesmo a vontade de seus pais.

O casamento de Sansão foi totalmente conturbado, sendo este enganado por sua mulher, que em comum acordo com o seu povo, traiu sua confiança, relatando o seu segredo.

Diante disso, o matrimônio de Sansão foi por água a baixo. Tendo este matado mais de trinta pessoas do povo de sua mulher, foi penalizado com a retirada desta. Pois é, tomaram a mulher de Sansão e a deram para o seu melhor amigo (Juízes, cap. 15, vers. 06).

Vendo esta aberração e afronta, Sansão resolveu se vingar daquele povo e teve em seguida, como represália, o assassinato de sua mulher e de toda a sua família (Juízes, cap. 15, vers. 06).

Desta feita, viúvo, Sansão fugiu para a cidade de Gaza e resolveu ter relações sexuais com uma prostituta (Juízes, cap. 16, vers. 01).

Mais adiante conheceu outra mulher chamada DALILA, que foi a pior tragédia de sua vida. Esta mulher era a mais sagaz de todas. Infiel, maldosa e ardilosa (Juízes, cap. 16, vers. 04).

Como Sansão era usado por Deus e trabalhava em prol da comunidade Israelita, os seus inimigos tramaram contra a sua vida. Mas como era especial, por conta do voto que sua mãe fez com Deus, ninguém tinha a capacidade física de lhe deter. Por isso, aquele povo inimigo tramou dia a pós dia, a fim de construir um plano que pudesse acabar com a vida de Sansão.

Como não podiam acabar com ele, usaram a sua segunda esposa Dalila para que esta descobrisse o seu segredo e arrumasse um jeito de matá-lo.

Persuadido por esta mulher, Sansão não resistiu por muito tempo e acabou revelando o seu segredo para a mesma e esta divulgou para os seus inimigos (Juízes, cap. 16, vers. 17 e 18).

Por ter agido dessa forma, ou seja, por ter se entregado e confiado a esta mulher, Sansão deixou de ser especial e perdeu as suas forças e se tornou um homem normal. Perdeu a unção.

A partir de então, a desgraça recaiu em sua vida. Ficou cego, foi aprisionado como escravo e ridicularizado por todo o povo que zombava da sua desgraça (Juízes, cap. 16, vers. 21).

Sem outra opção a tomar em sua vida, Sansão acabou por se suicidar, levando consigo milhares de pessoas que assistiam ao seu suposto show (Juízes, cap. 16, vers. 29 e 30).

Pois bem. Fiz questão de narrar passo-a-passo a história desse homem e sua relação mal sucedida com as mulheres, para mostrar ao amigo leitor acerca da gravidade e dos malefícios que um mal casamento pode trazer para a vida de um ser humano.

Esta tragédia serve para percebermos qual é a consequência para quem se entrega completamente a uma paixão alucinada. Sansão se deu mal porque se entregou completamente a mulheres que não o merecia e que não tinham nada a ver com a fé que ele professava.

Um homem ou uma mulher pode ter a sua vida destruída por uma paixão mal resolvida. Quando a pessoa passa a viver apenas de acordo com a vontade de seu coração, deixando de lado a inteligência e a razão, acaba fazendo escolhas que podem acabar com a sua própria vida, assim como aconteceu com Sansão.

Principalmente quando esse homem ou essa mulher tem um ministério eclesiástico e é usado por Deus. Se o homem ou até mesmo a mulher fizer uma má escolha matrimonial, assim como Sansão, a sua vida correrá um sério perigo. O desejo sexual não pode estar acima da salvação e do seu ministério. Pense nisso e case-se bem.

É o que tem a relatar,


Eudes Borges.

domingo, 24 de janeiro de 2016

PROCESSO PENAL COMENTADO - JÚRI

DOS DEBATES NO TRIBUNAL DO JÚRI

Encerrada a instrução, ou seja, após as oitivas, iniciará os debates entre a defesa e a acusação. O ministério público e a defesa falarão por até uma hora e meia cada.

Se houver assistente do MP, este falará depois do Ministério Público e antes da defesa.

Se o MP ainda não estiver satisfeito poderá replicar por mais uma hora, após o pronunciamento da defesa, e em seguida a defesa também terá o mesmo prazo para a tréplica, sendo admitida ainda a reinquirição de testemunha já ouvida em plenário, conforme aduz o Artigo 476.

Vale dizer, que se houver mais de um promotor ou mais de um advogado na causa, deverão combinar entre si a divisão desse tempo, caso contrário, o juiz dividirá o tempo entre eles (§ 1º do Artigo 477).

Se houver mais de um acusado, o tempo dos debates será acrescido de mais uma hora e elevado o dobro o da réplica e da tréplica (§ 2º do artigo 477).

Um assunto importante que devemos deixar visível, é que só será admitida a utilização e leitura de documentos na hora dos debates, se estes tiverem sido juntados aos autos até três dias antes do início da sessão do julgamento e se destes forem devidamente cientificados a outra parte, conforme assegura o Artigo 479.

Concluídos os debates, o juiz perguntará aos jurados se estão satisfeitos e aptos a julgar ou se necessitam de algum esclarecimento.

Se ainda tiverem alguma dúvida, o juiz prestará esclarecimentos à vista dos autos, podendo até dar acesso dos autos aos mesmos, conforme consta no Artigo 480, §§ 1º, 2º e 3º.

Se os jurados disserem que estão aptos a julgar, estes serão recolhidos à sala secreta (sala especial), juntamente com o Juiz e as partes (MP e defesa), além do escrivão e do oficial de justiça, levando consigo o questionário de votação, que são pequenas cédulas feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo sete delas a palavra SIM e sete delas a palavra NÃO.

Na falta de sala especial o juiz determinará que o público se retire, permanecendo somente as pessoas citadas acima.

O juiz deverá advertir as partes que estas não podem perturbar os jurados, sob pena de serem retirados da sala (§ 2º, do Artigo 485), porque o voto é sigiloso.

Assim, o conselho de sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido. Os quesitos serão formulados na ordem estabelecida no Artigo 483 do CPP, quais sejam:

I – a materialidade do fato;

II – a autoria ou participação;

III – se o acusado deve ser absolvido;

IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;

V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.

Se mais de três jurados derem respostas negativas a qualquer dos quesitos I e II acima citados, estará o acusado absolvido, encerrando-se em seguida a votação. (§ 1º do artigo 483).

Mas, se mais de três jurados responderem SIM aos quesitos I e II acima narrados, será formulado o quesito com a seguinte expressão: O júri absolve o acusado?

Se os jurados na sua maioria decidirem pela condenação, deverá prosseguir a votação sobre os quesitos inscritos nos incisos IV (causa de diminuição de pena alegada pela defesa).

Ao final, todas as cédulas são verificadas pelo juiz e pelos presentes, fazendo-se constar em ata, todo o ocorrido.

É importante lembrar, que se houver mais de um acusado, ou mais de um crime, os quesitos serão formulados em séries distintas.

Todas as decisões do júri serão tomadas por maioria de votos, por isso, bastam apenas 04 dos sete votos, para se obter o resultado do julgamento.

Finda a votação, o juiz indagará das partes se estas têm requerimentos ou reclamações a fazer, devendo constar em ata (art. 484).

Ao final, o termo será assinado pelas partes e pelos jurados e pelo juiz (art. 491).
Em seguida, retornarão os jurados, o juiz e as partes para o plenário e anunciará o resultado do julgamento, proferindo a sentença na forma do Artigo 492.

Esta sentença deverá ser lida em plenário pelo juiz, antes de encerrar o julgamento.

Se absolutória, mandará proceder a soltura do acusado, caso esteja preso e revogará as medidas proferidas anteriormente nos autos.

Se o júri decidiu por condenar o réu, o juiz proferirá sentença fixando a pena base, considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegada nos debates; imporá os aumentos ou diminuições de pena, em atenção as causas admitidas pelo júri.

Decidirá sobre o estado prisional do réu, determinando se este deve ser recolhido à prisão se estiver solto, ou se deve se manter preso, caso já esteja respondendo ao processo encarcerado.

É importante esclarecer por fim que, todos os acontecimentos realizados na sessão do júri, deverão ser transcritos em ata própria, na forma do artigo 494. Desde o início, até o final da sessão, sob pena de sansões administrativas e penal conforme consta no Artigo 496.

É o que tem a dizer,

Eudes Borges

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

O PLANO DA SALVAÇÃO ETERNA DESCRITO NO NOVO TESTAMENTO

Muito se tem discutido sobre a existência do céu e do inferno. Alguns acreditam que quando a pessoa morre acaba tudo, outros, tem a convicção de que tem algum lugar no infinito reservado para o pós morte. Com o intuito de esclarecer sobre o sentido da vida e do plano de salvação elaborado por Deus, irei discorrer exclusivamente sobre o que consta registrado no novo testamento.

Segundo a Bíblia Sagrada, tudo começou quando Deus formou o primeiro homem (Adão) e a primeira mulher (Eva) e lhe deu poder e autoridade para dominar a terra (Gênesis, cap. 1, vers. 26). Os criou para que fossem obedientes, mas ambos resolveram dar ouvido a voz do diabo cometendo o primeiro pecado contra o Criador, qual seja, a desobediência (Gênesis, cap. 03, vers. 01/07).

Por ter desobedecido a Deus, a partir desse momento, o homem automaticamente transferiu o seu poder de dominar a terra, que o Criador havia lhe dado, para satanás e a partir de então, veio a desgraça ao mundo e, por conseguinte, houve uma separação entre Deus e o homem, já que o pecado é o único meio que afasta a pessoa do plano Divino (Gênesis, cap. 03, vers. 22/24).

Por várias gerações Deus enviou profetas para tentar levar o homem ao arrependimento de seus pecados e consequentemente se converter ao Seu Senhor, mas este, por sua vez, não deu ouvidos à voz dos profetas Noé, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Amós, Oséias, Miquéias, Naum, Sofonias, Habacuc, Abdia, Ageu, Zacarias, Joel, Elias, Eliseu, Jonas e Malaquias.

Havendo se esgotada todas as possibilidades que Deus determinou para viabilizar o arrependimento do homem, através dos profetas citados acima, Ele resolveu dar a última chance a humanidade, enviando o Seu Único Filho (JESUS), para pagar o preço e obter a salvação que o homem havia perdido para satanás quando passou a obedecê-lo.

Ora, conforme dissemos acima, satanás havia tomado de Adão a autoridade que Deus havia dado ao mesmo, quando ele O desobedeceu. Somente através de um sacrifício era possível Deus obter de volta essa autoridade, que até então estava em poder de seu adversário.

Foi aí que Ele resolveu sacrificar o Seu Único Filho (JESUS), que foi gerado pelo Espírito Santo, não nascido de um ato sexual, ou seja, sem pecado; nascido de uma virgem, conforme podemos ver em Lucas, cap. 01, vers. 30/35.

 A vinda do Senhor Jesus a esta terra foi para resgatar do inferno todo aquele que O aceitar como Senhor de sua vida, pois o homem já “estava predestinado” a ser lançado em um lago de fogo, conforme está escrito em Apocalipse, cap. 20, vers. 12/ 15.

Talvez você nunca tenha parado pra pensar no real sentido da vinda do Senhor Jesus a esta terra. Talvez você sinta até muita aflição quando ouve falar ou quando ver um filme que relata a história da crucificação de Jesus. Só que, com certeza, o sacrifício feito por Deus, ao enviar o Seu Filho Jesus para ser humilhado, agredido e crucificado no Monte Calvário, não foi para que hoje ficássemos emocionados e comovidos, mas sim, para que houvesse uma reflexão em cada ser humano, a ponto de o mesmo deixar de andar como “Adão” e passar a tomar posse da vida eterna, que somente está em Cristo Jesus, pois este foi o preço que Ele pagou diante do mundo e do diabo, para resgatar o ser humano do sofrimento e da morte eterna.

De acordo com a Bíblia, este foi o derradeiro ultimato que Deus ofereceu à humanidade. Não importa o que fizemos no passado, ou seja, não importa o tipo de pecado que tenhamos cometido. Se nos arrependermos de verdade e reconhecermos e aceitarmos o Senhor Jesus como o nosso Único e Exclusivo Salvador, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar (1ª Epístola de João, cap. 1, vers. 9).

Se a pessoa aceitar o Senhor Jesus, se batizar nas águas e O seguir no seu dia-a-dia, será salvo e quem não aceitar o plano da salvação que está em Jesus será condenado (Marcos, cap. 16, vers. 15/16).

É certo que existem dois reinos: o reino de Deus e o reino do diabo. Ou estamos em um ou estamos no outro, isso é fato. Por isso, todos nós somos míseros pecadores e necessitamos da misericórdia de Deus nas nossas vidas e esta misericórdia somente está em Jesus Cristo.

Quando O aceitamos, temos os nossos pecados perdoados e passamos a ter direito a Salvação Eterna da nossa alma, com os nossos nomes inscritos no Livro da Vida[1], que está sob o controle do próprio Deus lá no céu (Apocalipse, cap. 3, vers. 5, cap. 21, vers. 27. Filipenses, cap. 4, vers. 3). Por conseguinte, quem não reconhecer o sacrifício de Jesus e não O aceitar, não terá direito a Salvação Eterna e o seu nome não será inscrito no Livro da Vida (Apocalipse, cap. 13, vers. 8, cap. 17, vers. 8, cap. 20, vers. 15).

Como é notório, todos nós um dia iremos morrer. Mas a dúvida fica lançada no ar: Para onde irá a nossa alma? Será que acaba tudo quando a pessoa morre ou existe vida após a morte?

Segundo a Bíblia, existem dois caminhos: O céu, para quem aceitar o Senhor Jesus de verdade e o inferno, para quem resolver viver a sua vida aqui na terra ao seu bel prazer, sem o aceitá-lo. Quem O aceitar, entra automaticamente para o plano de salvação Divino e quando morrer, terá o direito de ir direto para o céu (Lucas, cap. 16, vers. 22; 1ª Epístola de Pedro, cap. 1, vers. 4; Filipenses, cap. 3, vers. 20 e 21).
Por outro lado, cabe registrar que, se a pessoa falecer sem aceitar o Senhor Jesus como o seu salvador, vai direto para o inferno e aguardará o dia do julgamento de Deus (Juízo Final). O inferno é mais ou menos como uma ante-sala, ou seja, uma sala de espera, para os que serão lançados no LAGO DE FOGO (segunda morte) – (Apocalipse, cap. 20, vers. 14; cap. 21, vers. 8. cap. 20, vers. 15).

Mas o inferno ainda não é o fim de tudo, ou seja, ainda não é o castigo final para os que rejeitaram o sacrifício feito pelo Senhor Jesus. Ainda tem uma paga maior, que é a segunda morte, ou seja, a morte espiritual. Está escrito que tanto o falso profeta, o diabo, seus adoradores, a morte física e o inferno serão lançados em um lago de fogo, sem direito a volta. Ali haverá choro e ranger de dentes.

Apesar disso, muitos não acreditam nesse fato bíblico e acham que isso tudo é factoide, balela, etc., mas uma coisa é certa: quem já está do outro lado da vida, com certeza está sabendo se é balela ou não. Somente quem já morreu é que sabe se é verdade ou mentira, pois já está encarando uma dessas situações: ou o céu ou o inferno, até chegar o dia do Juízo final.

Diante disso, conclui-se que existem dois reinos: o de Deus e o do diabo (O BEM E O MAL). Ou estamos em um ou estamos no outro. A aliança quebrada por Adão nos fez condenados à perdição eterna, mas Deus é tão misericordioso que deixou seu Plano de Salvação acessível a todos os que crerem e quiserem, de livre e espontânea vontade, fazer parte dele, aceitando Jesus como Seu Único e Fiel Senhor. Esta decisão só pode ser tomada em vida, tendo em vista que depois que se morre não tem mais o que fazer. Só vai para o inferno quem não aderiu ao plano salvador.

É o que tem a dizer.

Eudes Borges



[1] O Livro da Vida é um livro que somente Deus tem e que nele são anotados todos os nomes das pessoas que realmente aceitaram o Senhor Jesus Cristo e vivem uma vida reta, praticando os ensinamentos deixados por Ele. É a confirmação da vida eterna para os fiéis, após a morte física, que todos nós um dia passaremos por ela.

domingo, 10 de janeiro de 2016

ESTER – UMA MULHER DE PODER CONVINCENTE

Muito se tem falado no poder persuasivo de uma mulher. Encanto, charme, beleza, cheiro; que fenômeno é esse que deixa o homem alucinado, a ponto de fazer sua vontade? Todas essas características tinham Ester. Uma mulher extremamente formosa que encantou o coração do rei. É sobre isso que irei discorrer neste estudo.

Pois bem. No passado havia um monarca muito poderoso chamado Assuero que reinava desde a Índia até a Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias. Sua esposa se chamava Vashti. No terceiro ano do seu reinado, Assuero convidou todos os príncipes das outras províncias para lhes mostrar a riqueza e magnificência do seu reino.

Terminado esse período, o rei estendeu o convite a todo o povo de Susan, sede do trono, para grandes festejos, durante uma semana, nos jardins do palácio. Ao mesmo tempo, a rainha Vashti reunia as esposas de todos os hóspedes do rei também para grandes festas no palácio.

No sétimo dia das festividades, o rei achou que devia exibir o que possuía de mais precioso: a sua rainha. Mandou chamá-la para ressaltar sua beleza. Ao receber o chamado, porém, Vashti firmemente se recusou.

Quando os eunucos voltaram sós e transmitiram a recusa da rainha, Assuero sentiu-se desrespeitado e humilhado ante o povo. Ao saírem os convidados, consultou os seus ministros: "Que atitude devo tomar com a rebelde Vashti?" A resposta foi unânime e imediata: "Despojá-la da coroa e coroar outra esposa. A atitude dela é imperdoável. Seguindo o seu exemplo, as outras mulheres desobedecerão aos maridos e é uma vergonha para nós porque cada homem deve ser o senhor na sua casa".

Foi difícil para Assuero tomar tal decisão porque a amava muito e por esse motivo passou bastante tempo apaixonado, chorando a sua ausência. Porém, seus ministros insistiam para que fosse eleita outra rainha. Outra mulher tão bela como Vashti faria com que ele a esquecesse. Foram então postos editais em todas as províncias convocando as moças do reino para que o rei escolhesse a substituta de Vashti.

Naquele tempo havia um homem chamado Mordecai, oriundo de Jerusalém, residente em Susan. Esse homem criara como sua a filha de um tio, órfã de pai e mãe. Chamava-se Ester. Era lindíssima. Ao saber do edital, Mordecai, achando que moça alguma poderia ser mais bela do que Ester, resolveu escondê-la. Comunicando-lhe sua decisão, recomendou: "Se fores escolhida não digas que és do povo judeu". Esther prometeu obedecer, mas no íntimo desejava ser rejeitada porque não trocaria por trono algum a liberdade de escolher quem seu coração elegesse.

Sua esperança era que o rei preferisse outra moça entre tantas e tantas que lhe eram apresentadas. Mas o tempo passava sem que Assuero coroasse nova rainha. A saudade de Vashti apagava a beleza das candidatas. Nenhuma lhe agradava. Até que chegou Ester. Foi amor à primeira vista. Sete anos haviam passado desde a deposição de Vashti até que enfim Ester ocupasse o trono.

Entretanto Mordecai passava os dias andando ao redor do palácio para ter notícias da sua filha adotiva, já então rainha. Foi assim, nessas rondas, que ouviu dois eunucos confabulando sobre uma conspiração contra o rei. Imediatamente mandou comunicar a Ester. Ela tomou as providências devidas e foram punidos aqueles que tramavam derrubar Assuero. Essa atitude de Mordecai foi anotada nas "Crônicas Diárias" do reino.

Naquele tempo, a pessoa mais importante no reino, depois do rei, era Haman, que gozava de poderes especiais, recebendo honrarias, entre elas, por lei, que todo indivíduo se curvasse e se prostrasse à sua passagem. A lei era rigorosamente cumprida. Todos curvavam-se, prostravam-se, com exceção de uma pessoa: Mordecai, que não dava a menor importância a Haman.

Ao notar o desdém de Mordecai, Haman encheu-se de ódio, não somente contra ele, mas contra todos os judeus. Denunciou os judeus a Assuero, acusando-os de terem costumes próprios e não obedecerem às leis do rei e aconselhando-o a exterminá-los. Conseguiu que Assuero ordenasse em todas as províncias do reino, que todos os judeus adultos e crianças fossem executados em um só dia.

Ao ouvir a notícia da tragédia que ele próprio provocara, Mordecai correu para Ester, mandando que ela fosse suplicar ao rei piedade para o seu povo. Era uma ordem difícil de ser cumprida porque ninguém tinha o direito de entrar no pátio que precedia o salão do rei sem ser por ele convocado e quem o ousasse seria morto. Mas Mordecai insistiu e Ester criou coragem.

 Primeiro convocou seu povo, com a ajuda de Mordecai, pedindo a todos que jejuassem para ajudá-la em sua difícil missão. A seguir, vestiu-se com os paramentos reais e postou-se no pátio em frente ao salão real. Vendo-a, Assuero sorriu, acenando o cetro como sinal de que a receberia. Chamou-a para que se aproximasse. Perguntou-lhe: "O que tens, rainha Esther, qual é a tua petição? Até metade do reino te será dado". Então Ester respondeu que apenas vinha convidá-lo para um jantar em que Haman também comparecesse. O rei aceitou, rindo-se de tão simples petição.

Quando recebeu o convite, Haman rejubilou-se. Achava-se tão importante que até a rainha o distinguia, convidando-o junto com o rei. Mas disse à sua esposa e aos filhos: "tudo isto não me satisfaz enquanto vir Mordecai sentado à porta do palácio". "Então mande enforcá-lo", falaram todos. Era justamente o que aconteceria em breve, esperava Haman; não só Mordecai; mas todo o seu povo deixaria de existir.

Aconteceu que, nessa mesma noite, o rei padecendo de insônia, pediu que lhe lessem as Crônicas Diárias onde era assentado tudo o que acontecia no palácio. Ao ouvir o caso da conspiração tramada contra ele e de como Mordecai o salvara, quis saber que recompensa tinham dado a esse homem. "Nenhuma", responderam. Nesse momento chegou Haman e o rei consultou-o: "Que se fará ao homem a quem o rei está agradecido?" Pensando que esse homem só poderia ser ele, Haman propôs: "Que esse homem vista o traje real, use a coroa, monte o cavalo do rei e seja levado pelas ruas, apregoando-se: "Assim se faz ao homem a quem o rei está grato".

Então disse Assuero: "apressa-te, veste Mordecai e leva-o pelas ruas, como disseste". E Haman teve que cumprir as ordens do rei. Mas terminado o passeio pela cidade, voltou para casa furioso e contou à família o que lhe havia acontecido.

No dia seguinte, quando se realizava o banquete de Ester, com a presença do rei e de Haman, Assuero perguntou novamente: "Qual é a tua petição, rainha Ester? E qual o teu requerimento? Até metade do reino te será dado".  Ester ergueu-se para dar mais ênfase às suas palavras: "Dê-me minha vida como petição e a do meu povo como requerimento. Porque estamos vendidos, eu e meu povo, para sermos destruídos".

O rei também se levantou indignado: "E onde está aquele cujo coração o instigou a assim fazer?" E disse Ester, apontando para Haman: "O homem, o inimigo, o opressor é este".

Surpreendido e abalado por essa revelação contra o homem que ele mais prezava, Assuero retirou-se para o jardim. Então Haman atirou-se aos pés de Ester, pedindo misericórdia. Ao reentrar, Assuero, deparando com Haman ajoelhado diante de sua esposa, ficou furioso e mandou prendê-lo.

Nesse mesmo dia, a pedido de Ester, o rei revogou a lei que decretava o extermínio de todos os judeus e mandou chamar Mordecai; deu-lhe o anel que havia retirado de Haman, empossando-o na posição que o inimigo ocupara. Mordecai saiu do palácio usando o manto azul e branco, levando, na cabeça erguida, a coroa de ouro.

Seu primeiro ato como ministro foi decretar que os judeus preservassem como feriado, para sempre, os dias 14 e 15 do mês de Adar, dias esses em que a tristeza se transformou em alegria. Que os celebrassem com banquetes, troca de presentes entre a família e amigos, e dádivas aos pobres. E como nesses dias foi decidida a sorte dos judeus, os mesmos fossem chamados Purim.

Pois é. O encanto de Ester fez com que a maldição do povo se tornasse em benção. Sua beleza fenomenal e seu poder persuasivo fez com que o rei atendesse ao seu pedido e fizesse com que o seu nome ficasse registrado na história, como sendo a mulher que encantou o coração do rei.

É o que tem a dizer,


Eudes Borges.