Sem medo de dizer a verdade

quarta-feira, 30 de junho de 2010

A Armadura de Deus


“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.” (Efésios 6.13).

Nessa passagem bíblica, o apóstolo Paulo nos ensina como vestir essa armadura e, consequentemente, manter-se firme e inabalável nos dias maus. A verdade é que os dias maus sempre vêm porque vivemos em um mundo mau, cheio de ódio, maldade, inveja e tudo o que não presta. Somente quando temos uma resistência pessoal, uma armadura que vem de Deus, podemos resistir a esses dias e nos proteger diante das tempestades e vendavais.

Quando você se rende ao Senhor Jesus como único Senhor e Salvador, aceita o plano da salvação. A primeira providência que se deve tomar é buscar o Espírito Santo, o Espírito do Senhor Jesus. Antes de subir aos céus, disse Jesus aos discípulos: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.” (João 14.16-18)

O outro Consolador é o Espírito Santo, a pessoa de Deus que vem sobre aqueles que se entregam ao Senhor Jesus. A pessoa pode ter sido a mais cruel e perversa desse mundo, mas um dia ela ouviu a Palavra de Deus, aceitou, se rendeu e se converteu.

Obviamente que, uma vez que você se rende a Jesus, tem o direito e pode até apelar ou requerer de Deus esse direito porque foi Ele quem prometeu. Você pode falar: “Deus-Pai, o Teu Filho, o meu Senhor Jesus prometeu dizendo que Ele iria para Ti, e que enviaria outro Consolador que é o Espírito Santo, e eu não recebi ainda. Eu quero recebê-Lo.” Faça essa oração com essas palavras simples e o Espírito Santo certamente virá sobre ti.

Deus abençoe a todos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

História das Copas do Mundo


De quatro em quatro anos, seleções de futebol de diversos países do mundo se reúnem para disputar a Copa do Mundo de Futebol.

A competição foi criada pelo francês Jules Rimet, em 1928, após ter assumido o comando da instituição mais importante do futebol mundial: a FIFA

A primeira edição da Copa do Mundo foi realizada no Uruguai em 1930. Contou com a participação de apenas 13 seleções, que foram convidadas pela FIFA, sem disputa de eliminatórias, como acontece atualmente. A seleção uruguaia sagrou-se campeã e pôde ficar, por quatro anos, com a taça Jules Rimet.

Nas duas copas seguintes (1934 e 1938) a Itália ficou com o título. Porém, entre os anos de 1942 e 1946, a competição foi suspensa em função da eclosão da Segunda Guerra Mundial.

Em 1950, o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo. Os brasileiros ficaram entusiasmados e confiantes no título. Com uma ótima equipe, o Brasil chegou à final contra o Uruguai. A final, realizada no recém construído Maracanã (Rio de Janeiro - RJ) teve a presença de aproximadamente 200 mil espectadores. Um simples empate daria o título ao Brasil, porém a celeste olímpica uruguaia conseguiu o que parecia impossível: venceu o Brasil por 2 a 1 e tornou-se campeã. O Maracanã se calou e o choro tomou conta do país do futebol.

O Brasil sentiria o gosto de erguer a taça pela primeira vez em 1958, na copa disputada na Suécia. Neste ano, apareceu para o mundo, jogando pela seleção brasileira, aquele que seria considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.

Quatro anos após a conquista na Suécia, o Brasil voltou a provar o gostinho do título. Em 1962, no Chile, a seleção brasileira conquistou pela segunda vez a taça.

Em 1970, no México, com uma equipe formada por excelentes jogadores (Pelé, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres entre outros), o Brasil tornou-se pela terceira vez campeão do mundo ao vencer a Itália por 4 a 1. Ao tornar-se tricampeão, o Brasil ganhou o direito de ficar em definitivo com a posse da taça Jules Rimet.

Após o título de 1970, o Brasil entrou num jejum de 24 anos sem título. A conquista voltou a ocorrer em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada pelo artilheiro Romário, nossa seleção venceu a Itália numa emocionante disputa por pênaltis. Quatro anos depois, o Brasil chegaria novamente a final, porém perderia o título para o pais anfitrião: a França.

Em 2002, na Copa do Mundo do Japão / Coréia do Sul, liderada pelo goleador Ronaldo, o Brasil sagrou-se pentacampeão ao derrotar a seleção da Alemanha por 2 a 0.

Em 2006, foi realizada a Copa do Mundo da Alemanha. A competição retornou para os gramados da Europa. O evento foi muito disputado e repleto de emoções, como sempre foi. A Itália sagrou-se campeã ao derrotar, na final, a França pelo placar de 5 a 3 nos pênaltis. No tempo normal, o jogo terminou empatado em 1 a 1.

Este ano (2010), pela primeira vez na história, a Copa do Mundo está sendo realizada no continente africano (África do Sul). E hoje (28/06/2010), o Brasil já passou para as quartas de final, após derrotar o Chile por 3 X 0 e irá enfrentar, no dia 02/07, a poderosa seleção da Holanda, que diga-se de passagem, vem obtendo um aproveitamento de 100% até aqui.

Em 2014, a Copa do Mundo será realizada no Brasil. O evento retornará ao território brasileiro após 64 anos, pois foi em 1950 que ocorreu a última copa no Brasil.

Os campeões de todos os tempos:
Uruguai (1930) / Itália (1934) / Itália (1938) / Uruguai (1950) / Alemanha (1954) / Brasil (1958) / Brasil (1962) / Inglaterra ( 1966) / Brasil (1970) / Alemanha (1974) / Argentina (1978) / Itália (1982) / Argentina (1986) / Alemanha (1990) / Brasil (1994) / França (1998) / Brasil (2002), Itália (2006).

Esperamos que o Brasil consiga constar o Hexacampeonato, para assim comprovar de uma vez por todas, que é a melhor seleção do planeta.

Eudes Borges

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Voê já beijou seu filho hoje?


Certo dia, um homem estava correndo e, de repente, um estranho trombou nele e disse: Oh, desculpe-me, por favor”, esta foi sua reação. O outro também disse: “Ah, desculpe-me, simplesmente nem te vi”.

Os dois homens foram muito educados um com o outro, apesar de serem estranhos. Despediram-se e cada um foi para o seu lado.
Naquela mesma tarde, o mesmo homem estava lendo um livro quando seu filho parou ao seu lado, tão em silêncio que nem percebeu. Foi quando se virou e deu-lhe uma bronca: “Saia do meu caminho garoto!” Tudo de maneira ríspida e com certa braveza.

Seu Filho foi saindo com o coração partido. Nem imaginava como havia sido rude com ele. Quando foi deitar-se, pôde sentir a voz calma de Deus dizendo-lhe: “Quando falava com um estranho, quanta cortesia você usou! Mas com seu filho, a criança que você ama, nem sequer se preocupou. Olhe o chão da sala, que verá algumas flores perto da porta. São flores que ele trouxe para você, ele mesmo as escolheu: a cor-de-rosa, a amarela e a azul. Ele ficou quietinho para não estragar a surpresa, e você nem viu as lágrimas nos olhos dele”.

Nesse momento, o homem se sentiu pequeno e agora seu coração era que derramava lágrimas. “Fui ao quarto de meu filho e ajoelhe ao seu lado, e o acordei, dizendo: acorde filhinho, estas são as flores que você pegou para mim? Ele sorriu e disse: “Eu as encontrei embaixo da árvore, peguei porque as achei tão bonitas como você. Sabia que iria gostar, especialmente da azul”.

Foi quando lhe respondi: te amo filhinho, e gostei das flores, especialmente a azul.
Emocionado, o garoto respondeu: “Ah, papai, não tem problema, eu te amo mesmo assim”.

Pois bem.

Você já parou pra pensar que, se morremos amanhã, a empresa para qual trabalhamos poderá facilmente nos substituir em uma questão de dias? Mas as pessoas que nos amam, a família que deixamos para trás, sentirão essa perda para o resto de suas vidas? E nós raramente paramos para pensar nisso? Às vezes colocamos nossos esforços em coisas menos importantes que nossa família, as pessoas que nos amam, e não nos damos conta do que realmente estamos perdendo.

Perdemos o tempo de ser carinhoso, de dizer um “eu te amo”, um obrigado, de dar um sorriso ou dizer o quanto cada pessoa é importante para nós. Ao invés disso, muitas vezes agimos com dureza, e não percebemos o quanto isso machuca os nossos queridos. Que a cada ação nossa em relação aos nossos familiares, amigos ou desconhecidos, possa ser afetuosa e recheada de carinho. Conforme está escrito: Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela; Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama; Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; (Efésios cap. 5. v. 25, 28 e 29).

Deus abençoe.

Eudes Borges

terça-feira, 22 de junho de 2010

O PERDÃO


Certa vez um rapaz que ia muito mal na escola. Suas notas e comportamento eram uma decepção para os seus pais que, como bons cristãos, sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido.

Um belo dia, o bom pai lhe propôs um acordo: “Se você, meu filho, mudar o comportamento, dedicar-se aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular para a faculdade de medicina, lhe darei então um carro de presente”.

Por causa do carro, o rapaz mudou da água para ovinho. Passou a estudar como nunca, a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação: sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma conversão sincera, mas apenas do interesse em obter o automóvel.

Isso era mau. O rapaz seguia os estudos e aguardava o resultado dos seus esforços. Assim, o grande dia chegou. Fora aprovado para o curso de medicina. Para comemorar o feito, o pai convidou a família e os amigos para uma festa. O rapaz tinha por certo que na festa o pai lhe daria o automóvel.

Quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou às mãos uma caixa de presente.

Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresa, o presente era uma bíblia.

O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada disse. A partir daquele dia, o silêncio e a distância separaram pai e filho. O jovem se sentia traído, e agora lutava por ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no campus da universidade. Raramente mandava notícias à família.

O tempo passou, ele se formou, conseguiu um emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que um dia, o velho muito triste com a situação, adoeceu, não resistiu e faleceu.

De volta à sua casa, o rapaz, por ocasião do sepultamento do pai, que ele nunca perdoara, foi guardar a Bíblia na estante e notou que havia um envelope dentro dela. Ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque. A carta dizia: “Meu filho querido, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para você; escolha o que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: A Bíblia Sagrada. Nela aprenderás o amor de Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência”.

Cheio de remorso, o filho caiu em profundo choro.

Pois bem.

Ao ler essa historinha, logo chegamos percebemos como é triste a vida dos que não sabem conversar e perdoar. Isto leva a erros terríveis e a um fim ainda pior.

Quantas pessoas nesse mundo agem exatamente dessa maneira, como acabamos de ler nesta historinha. Pessoas como essas que só pensam no bem material, e desprezam o bem maior, que o é o amor e o perdão. Porque quem ama, consegue perdoar. Pense nisso, passe a analisar a sua vida e veja o que você tem feito de agradável a DEUS, se você tem perdoado a quem lhe fez mal, como o próprio Jesus nos ensinou em sua palavra: Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, (Mateus cap. 5. V. 44). Talvez, se olhar com cuidado vai ver que há um “cheque” escondido, para você também.

Deus abençoe a todos.

Eudes Borges

domingo, 20 de junho de 2010

Qual será o tipo do seu Ministério?


“Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará; Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. (1ª Coríntios, capítulo 3, do versículo 12 ao 15).

Todos nós, que um dia aceitamos o Senhor Jesus como o Nosso Senhor e Salvador, temos um Ministério dado por Ele. Não importa o nosso jeito de ser; se somos tímidos ou fervorosos; se sabemos nos expressar ou não; se temos estudo ou não. O que importa, é que cada um de nós temos um Chamado, ou seja, um Ministério.

Deus, quando nos tirou do banco da Igreja e nos escolheu para fazermos a Sua Obra, com certeza, Ele se preocupou em nos dá a condição para desempenharmos o Seu Trabalho Evangelístico. Mas, com certeza, nem todos somos iguais. Há diferenças estrondosas em cada um de nós.

Conforme relatado acima, a Bíblia afirma, que existem seis tipos de Ministérios: Ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. O primeiro, que é o ouro, é o mais valioso, pois jamais perde o seu valor. Nem a alta temperatura consegue destruí-lo, pelo contrário, deixa-o mais refinado e mais valioso ainda.

O segundo, que é a prata, é um pouco menos valioso que o primeiro, mas mesmo assim, tem uma qualidade respeitada.

O terceiro, que são as pedras preciosas, também tem seu valor elevado, e é de durabilidade incontestável.

Já os demais, que são: madeira, feno e palha, diferentemente dos três primeiros, não têm durabilidade. Basta vir uma pequena fagulha para acabar com eles. O fogo, não o deixa permanecer. Pode observar. O fogo, em um curto período de tempo, consegue destruir a madeira, o feno e a palha, só deixando as cinzas.

Assim é com o nosso Ministério, com certeza, fazemos parte de um desses seis tipos citados acima. Não adianta correr, é bíblico. Quem vai mostrar a quais tipos pertencemos, É O TEMPO.

Pois é, o tempo serve pra mostrar quem é quem. Se somos ouro, prata ou pedras preciosas, permaneceremos firmes e fiéis para sempre, venha o que vier, aconteça o que acontecer. Mas se somos madeira, palha ou feno, com certeza, quando vierem as provações da nossa fé; quando vierem as perseguições e o momentos difíceis, não permaneceremos no Ministério que Deus nos confiou.

Na mesma passagem bíblica, está escrito também, que se permanecermos firmes, fiéis e inabaláveis, receberemos o Galardão de Deus, mas se a nossa obra se queimar e não permanecermos firmes naquilo que Deus nos chamou, sofreremos os danos, e você já sabe quais são.

Por isso meu amigo e minha amiga internauta, quero deixar essa meditação para cada um de vós. A começar por mim. Qual será o tipo do nosso Ministério? Ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha? Não adianta responder precipitadamente, pois somente o tempo irá mostrar quem é quem. Somente o tempo irá revelar

Acredito, que quando uma pessoa é mesma nascida de Deus, não importa o que aconteça, não importa o que ela vê ou ouve, o que importa, é que a vida dela com Deus, estará sempre em primeiro lugar, e ela fará de tudo para permanecer inabalável, honrando a Deus, para ser honrada por Ele também.
Deus abençoe a todos.

Eudes Borges

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A Oração do Pai Nosso que faz efeito


A maioria das pessoas tem feito preces e orações que não surtem efeitos em suas vidas, porque tais orações não condizem com o que realmente deve ser feito.

Quando oramos ou fazemos uma prece ao Senhor Deus, devemos sempre fazer com fé e com sinceridade, sem utilizar de religiosidade, para que a oração ou prece seja ouvida e atendida por Ele.

Desse modo, temos percebido, ao longo dos anos, que as pessoas não entendem e não sabem se comunicar com Deus, como realmente deveria.

A oração dominical, também conhecida como a Oração do Pai Nosso, está descrita na Bíblia Sagrada, no Novo Testamento, mais precisamente no Evangelho de São Mateus, Capítulo 6, do Versículo 5 ao 13.

É justamente esse ponto que vamos debater e tentar mostrar ao amigo internauta, que a maioria das pessoas não sabe orar como convém.

Pois bem.

Antes de iniciarmos a oração ou prece, devemos observar algumas advertências deixadas pelo Senhor Jesus, quais sejam:

Ele falou, que quando alguém for fazer uma oração, não deve agir como um hipócrita ou fariseu, gritando no meio da praça ou da rua, chamando a atenção dos outros, para que estas vejam e fiquem zombando, chamando de louco o orador (vers. 5).

Advertiu ainda, que antes de se iniciar a oração/prece, a pessoa deve se reservar no seu quarto ou em local apropriado, para que a referida oração seja feita sem que ninguém atrapalhe (vers. 6).

Recomendou também o Senhor, que não devemos utilizar de palavras repetidas, como se fôssemos religiosos, pois Deus não se agrada de palavras repetidas, porque Ele sabe de tudo o que necessitamos (vers. 7 e 8).

Por fim, Ele deixou um modelo de oração, para que nós iniciemos a nossa conversa diária com Deus, nos seguintes termos (Evangelho de São Mateus, Capítulo 6, do Versículo 9 ao 13):

9- Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10- venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
11- o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
12- e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
13- não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

Assim sendo, ao analisar ao pé da letra a oração do Pai Nosso deixada na Bíblia, logo destacaremos alguns aspectos que devemos perceber e praticar, para que a oração seja ouvida e respondida por Deus e seus efeitos se vislumbrem nas nossas vidas, são eles:

a) Primeiro, devemos ter a consciência de que Deus é nosso Pai e que habita nos céus e que o nome Dele é Santo.

b) Em segundo plano, devemos prestar a atenção, de que o Reino de Deus virá sobre nós, com suas respectivas bênçãos, se permitirmos que a vontade Dele prevaleça na nossa vida e não a nossa própria vontade prevaleça (vers. 10).

c) Na citada oração, está caracterizado ainda, que não devemos ficar ansiosos com o dia de amanhã, nem tampouco avarentos, pois Ele nos dará condições suficientes de obtermos o pão de cada dia, ou seja, o alimento que precisamos no dia-a-dia (vers. 11).

d) No versículo 12, Ele deixa claro, que só teremos o perdão dos nossos pecados, se perdoarmos primeiro os nossos maus feitores, ou seja, não adianta pedir perdão a Deus se você não consegue perdoar a quem lhe fez mal.

e) Por fim, Devemos pedir a misericórdia Dele para que não venhamos cair nas tentações mundanas e não sejamos escravos do pecado, pois toda a honra, glória, louvor e adoração pertencem a Ele e a mais ninguém.

Diante disso, chegamos à conclusão, que devemos ficar atentos para ver se realmente estamos praticando ou não, cada versículo que a oração do Pai Nosso nos ensina, pois do contrário, não passarão apenas de palavras vazias jogadas ao vento, sem serem merecedoras das respostas divinas.

Deus abençoe a todos.

Eudes Borges

terça-feira, 15 de junho de 2010

A TORRE DE BABEL


De acordo com a Bíblica Sagrada, no Livro de Gênesis, capítulo 11, do versículo 01 ao 09, a Torre de Babel foi construída na cidade da Babilônia, pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar seus nomes. A decisão era fazê-la tão alta que alcançasse o céu. Esta soberba provocou a ira de Deus, que para castigá-los, confundiu-lhes as línguas e os espalhou por toda a Terra .

Do que extraímos do texto bíblico, percebe-se, de logo, que a arrogância do homem era tão grande, que sua intenção era chegar até o céu, para que os seus nomes ficassem marcados na história da humanidade. Mas, quando Deus viu que a empáfia desses homens estava demasiada, Ele resolveu acabar com essa construção, confundiu-lhes a linguagem e os dispersou pelo mundo a fora. A partir de então, cada um foi para um lado falando línguas diferentes. Ficaram confusos e já não se entendiam mais.

Ainda de acordo com o texto bíblico, a Torre de Babel começou a ser construída em uma época em que o mundo inteiro falava a mesma língua. Com o fim desse episódio, entende-se, a origem das muitas línguas faladas no mundo.

Por outro lado, de acordo com a história, naquela época, Babel era a capital do império babilônico, era uma cidade-estado extremamente rica e poderosa. Era também um centro político, militar, cultural e econômico do mundo antigo. Segundo os arqueólogos, atualmente, ainda restam no sul da antiga Mesopotâmia, ruínas de torres que se ajustam perfeitamente à torre de Babel descrita pela Bíblia.

Muitos arqueólogos relacionam o relato bíblico da Torre de Babel com a queda do famoso templo-torre de Etemenanki, na Babilônia, depois reconstruído pelo rei Nabucodonosor II. Dizem também, que a torre foi um zigurate, uma construção piramidal escalonada, que continha o templo que homenageava o deus Marduk.

A Bíblia não descreve, mas de acordo com o Livro das Torres, a Torre de Babel era composta por oito andares, e tinha uma altura aproximada de 91,6m (noventa e um metros e sessenta centímetros) e foi construída em torno dos anos 1792 - 1750 a.C.

Ainda de acordo com a história, durante o governo do Rei Nabucodonosor II, que reinou entre os anos de 612 e 539 a.C, a civilização babilônica vivenciou o auge do desenvolvimento arquitetônico, representado pela construção das muralhas que protegiam a cidade, os luxuosos palácios e os jardins suspensos da Babilônia, admirado como uma das sete maravilhas do mundo antigo. As ruínas da Babilônia estão a 160 km a sudoeste de Bagdá, capital do Iraque.

Desse modo, podemos concluir, que de acordo com o relato bíblico e com os fatos históricos narrados acima, a construção da Torre de Babel demonstrou a astúcia do homem, que queria chegar ao céu (pensando este que poderia), e isso foi o bastante para provocar a ira de Deus, que enviou um vento intenso, derrubando completamente o referido projeto arquitetônico, confundindo-lhes a linguagem, fazendo com que todos fossem dispersos pelo mundo a fora. Diante disso, como ninguém entendia mais ninguém, tiveram que parar a construção do ambicioso projeto de chegar ao céu.

Por isso meu amigo internauta, jamais deixe o orgulho entrar em seu coração, pois esse sentimento é maligno e faz mal para o coração e para o relacionamento social do ser humano.

Deus abençoe a todos.

Deixe o seu comentário.

Eudes Borges

domingo, 13 de junho de 2010

O JOVEM PASTOR E SEUS MAUS TESTEMUNHOS

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito Santo diz às igrejas” (Apocalipse, cap. 3, v. 22).

Em certa cidade, havia um jovem que resolveu largar tudo para servir ao Seu Senhor. Ele abandonou a sua casa, a sua família, sua vida, para fazer a obra de Deus no Altar. Esse jovem, antes de iniciar a sua vida pastoral, vivia convidando as pessoas para ir até a igreja, afirmando que o Deus dele salvava, curava, libertava, prosperava, em fim, dizia que se a pessoa largasse o mundo pecaminoso e passasse a servir ao Deus dele, a vida daquela pessoa iria mudar.

Já dentro da igreja e fazendo a obra Desse Senhor, o jovem pastor começou a entrar em contradição e a mostrar que realmente o que ele falava no altar, o que ele pregava e ensinava as suas ovelhas, ele mesmo não colocava em prática.

Na igreja ele era um, fora dela era outro totalmente diferente. Casado, sua esposa também não dava bom testemunho, pois igualmente ao seu marido e agora pastor, ambos davam péssimos exemplos aos que realmente lhes conheciam fora da igreja.

Todas as vezes que esse jovem pastor estava de folga e ia visitar a sua família, que, diga-se de passagem, não servia ao Deus daquele jovem pastor; todas às vezes esse jovem pastor dava um mau testemunho e se fazia passar como uma pessoa derrotada, que precisava da ajuda daqueles parentes incrédulos.

A mãe e o pai daquele jovem pastor, sempre viviam questionando sobre o poder que o Deus desse jovem pastor tinha, pois, em todas as vezes que os seus pais os viam, esse jovem pastor sempre estava pedindo ajuda financeira aos mesmos.

Quando esse jovem pastor chegava de sua viagem, nunca trazia um presente, uma ajuda financeira para a sua mãe, pelo contrário, ele sempre estava lhe pedindo uma passagem de ônibus; sempre estava pedindo uma comida, etc. Sua mãe, “coitada”, por viver uma vida destruída, com brigas no casamento e por não ter uma condição financeira muito boa, em muitas das vezes, não tinha nenhuma comida pra lhe dar. Mas quando isso acontecia, esse jovem pastor ia jantar na casa de sua irmã, que também não servia ao mesmo Deus desse jovem pastor.

Quando esse jovem pastor ia embora, tanto a sua mãe, seu pai e todas as suas irmãs, ficavam comentando sobre o mau testemunho desse pastor. Todos eles diziam: “Esse jovem pastor parece que vive passando fome, pois quando chega em nossa casa só pensa em comida, parece que está morrendo de fome, e quando nós damos comida ao mesmo, quando ele acaba de comer, vai embora e nem agradece pelo prato de comida que recebeu”.

Todos os familiares incrédulos desse jovem pastor ficam comentando sobre o mau testemunho dele e afirmam: “ao invés desse jovem pastor trazer algo para nós, para nos mostrar que realmente o Deus dele prospera e abençoa, pelo contrário, é ele que nos pede algo”. “Ele é quem devia vir com presentes pra dar aos pais, aos familiares e não pedir ajuda”. “Que Deus e esse?” “Eu nunca quero servir ao Deus desse pastor”. “Eu nunca quero ser igual a ele”. “Se ser crente é assim, eu prefiro morrer incrédula”.

São comentários desse tipo que faz com que a má fama desse pastor se espalhe entre a vizinhança incrédula e façam com que todos sejam “vacinados” contra o Deus desse jovem pastor, pois todos ficam sabendo do mau comportamento desse jovem pastor e quando ele vai embora ficam zombando dos demais irmãos que também servem ao mesmo Deus do jovem pastor.

Até hoje esse jovem pastor ainda não reconheceu que suas atitudes perante os seus familiares e toda a sua vizinhança incrédula ou não, são totalmente contrárias ao que ele ensina em sua igreja. E se ele não mudar de comportamento, o Próprio Deus dele vai fazer alguma coisa pra que o Nome Dele não seja envergonhado aqui na terra. Seja por quem for, tenha o título que tiver; o Nome do Senhor Jesus não pode ser ridicularizado pelos que supostamente O serve.

Esse jovem pastor está enquadrado na repreensão que Deus deixou em Ezequiel capítulo 34, do versículo 01 ao 10. E se ele não se converter dos seus maus caminhos e não nascer de novo (João, cap. 3 v. 7), com certeza, Deus não permitirá que esse mau testemunho permaneça na sua obra e lhe mostrará, através do tempo (1ª Coríntios cap. 3, v. 10 ao 17), que Ele é Deus e acima Dele não há outro e nem ninguém.

Apesar de tudo, o escritor dessa pequena historinha tem certeza, que não possui autoridade espiritual suficiente para estar escrevendo essa mensagem para esse jovem pastor, pois o escritor sabe ainda, que tem que respeitar as autoridades espirituais superiores (Romanos 13, v. 01), mas tocado e incomodado pelo Espírito Santo, o escritor foi obrigado a elaborar essa historinha, para poder mostrar a esse jovem pastor que ele tem que mudar, pois o seu mau testemunho fora da igreja, perante os seus familiares e a vizinhança, tem feito com que o Nome do Senhor Jesus e o da Igreja que ele serve, sejam ridicularizados.

O escritor já pediu perdão ao Senhor Jesus por ter feito essa mensagem a uma autoridade espiritual superior a dele, e Ele (Deus), com certeza, já o perdoou (1ª João, cap. 1, v. 9) e também viu que a intenção do escritor foi tentar mostrar a esse jovem pastor, como realmente deve se comportar perante os crentes e incrédulos, ou seja, dentro e fora da igreja (1ª Timóteo, cap. 4, v. 11 ao 16).

Com certeza, nós que servimos a Deus, somos visados o tempo todo pelas pessoas que são incrédulas. Elas estão querendo somente uma coisinha só pra nos acusar e criticar a nossa fé, e se dermos motivos, esses tais continuarão a difamar o Nome do Senhor Jesus, por isso, temos que vigiar e ficar atentos.

Que Deus possa tocar no coração desse jovem pastor, através dessas palavras, pois tenho a absoluta certeza que ele tem os frutos do Espírito Santo (Gálatas cap. 5, v. 22 e 23) e irá aceitar essa mensagem como vindo da parte de Deus e que ao mesmo tempo, vai lhe ajudar em toda a sua vida e em seu Ministério.

“O que despreza a palavra, a ela se apenhora, mas o que teme o mandamento, será galardoado” (Provérbios 13, versículo 13).

Deus abençoe a todos que entenderam o recado que foi dado através desta mensagem, inclusive ao jovem Pastor.

Escritor: Eudes Borges

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A Federação Brasileira e suas Competências


O Brasil adotou a forma de Governo, como sendo o modelo republicano e o sistema de Governo como sendo o Presidencialismo, assim como a forma de Estado, o Federalismo. A princípio, é relevante destacar, que a forma federativa ou federação é uma Forma de Estado caracterizada pela existência de duas ou mais ordens jurídicas, que incidem concomitantemente sobre o mesmo território, sem que se possa falar em hierarquia entre elas, mas em campos de diferentes atuação.

De acordo com o Artigo 1º da Constituição, a República Federativa do Brasil está firmada sobre os seguintes fundamentos: soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

Sem esses fundamentos, a forma federativa brasileira inexistirá, haja vista estar firmada sobre um estado democrático de direito, onde todo o poder emana do povo, que o exerce por meio do sufrágio, através do voto, elegendo, assim, os seus representantes políticos, que por sua vez, cuidarão da administrarão desses entes federativos, e estarão, por conseguinte, obrigados a assegurar esses fundamentos da República Federativa, sob pena da quebra do estado democrático de direito, assegurando pela Lei maior.

Vale registrar, que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil está elencada no Artigo 18 da Constituição, e é formada pela União, Estados, Municípios e pelo Distrito Federal, todos autônomos, mas submissos à Lei maior da Federação.

Nessa organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, todo poder emana do povo, e este é delegado, de forma democrática e nos termos da constituição, ao Executivo, Legislativo e ao Judiciário, que o exerce, de forma harmônica, nos termos do Artigo 2º.

Vale dizer ainda, que cada ente federativo recebe da constituição, um rol extenso de competências, cabendo à União cuidar das matérias de interesse geral (nacional), aos Estados cuidar de matéria de interesse regional, aos Municípios cuidar de matéria de interesse local e ao Distrito Federal cuidar de matéria de interesse local, nos termos dos Artigos 24, 146 e 155 da Constituição da República.

Desse modo, podemos afirmar, que a Federação Brasileira está firmada sob o regime democrático de Direito, assegurada pela Lei maior da República, que é a Constituição, que garante uma segurança jurídica na ordem interna, ente os respectivos entes da federação, através da organização político-administrativa, fazendo com que os fundamentos e princípios básicos assegurados pela referida constituição, sejam postos em prática, para que o povo, que é o detentor do poder, seja beneficiado, com a consequente organização social, político, administrativa, voltada para a coletividade e o desenvolvimento da nação.

O SISTEMA FUNCIONAL DOS PODRES DA REPÚBLICA

O sistema funcional dos Poderes da República é o denominado tripartite, ou seja, está configurado pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, conforme dito acima. A constituição da República é quem define o grau de competência desses poderes. Essas competências, estão submetidas ao princípio da reserva legal.

AS FUNÇÕES E COMPETÊNCIAS DO PODER EXECUTIVO:
As funções do poder Executivo Federal, previstas na constituição, são numerosas e complexas e compreendem grande parte das atribuições da União. Entre elas destacam-se: executar as leis e expedir decretos e regulamentos; prover cargos e funções públicas; promover a administração e a segurança públicas; emitir moeda; elaborar o orçamento e os planos de desenvolvimento econômico e social nos níveis nacional, regional e setoriais; exercer o comando supremo das forças armadas; e manter relações com estados estrangeiros.

Além das amplas e abrangentes funções executivas, o presidente tem poder legislativo em alguns casos, como o veto a leis aprovadas pelo Congresso Nacional (Artigo 84, Inciso V) e a edição de medidas provisórias com força de lei de aplicação e execução imediatas (Art. 62 da CR).

AS FUNÇÕES E COMPETÊNCIA DO PODER LEGISLATIVO
No sistema brasileiro, o poder legislativo é exercido pelo Congresso Nacional no âmbito federal, pelas assembléias legislativas nos estados federados, e pelas câmaras municipais, ou de vereadores, nos municípios. Formado pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, o Congresso Nacional tem como função específica elaborar e aprovar as leis do país, e como tarefa mais importante controlar os atos do executivo e impedir abusos pela fiscalização permanente. Suas atribuições, procedimentos e organização constam de seus regimentos internos e da constituição.

A constituição de 1988 devolveu ao Congresso Nacional a representatividade e o poder de controlar o executivo. A Competência maior do Poder Legislativo é elaborar as Leis, na forma do Artigo 59 da CR.

AS FUNÇÕES E COMPETÊNCIAS DO PODER JUDICIÁRIO / CONTROLE DAS LEIS
No sistema brasileiro, o judiciário detém o poder de fiscalizar o executivo e o legislativo, mas é fiscalizado pelo Conselho Nacional de Justiça (Artigo 203/B, § 4º em diante da CR). Tem por função aplicar a lei a fatos particulares e, por atribuição e competência, declarar o direito e administrar justiça.

O controle das Leis é afeto ao Judiciário, que julga se determinada Lei é constitucional ou não e determina a sua retirada do ordenamento jurídico, se esta for declarada inconstitucional.

Breve preâmbulo de como é feito esses controle:
O Poder Legislativo apresenta o Projeto de Lei (PL), em seguida discute esse projeto, vota e o aprova.

Em seguida, esse projeto, depois de passar pelas diversas comissões internas do Legislativo e pelo plenário do mesmo, é aprovado e encaminhado ao Poder Executivo, que é o detentor da competência de sancionar, promulgar e publicar as leis, nos termos do Artigo 84, Inciso IV, da Constituição da República.

A partir de então, ou seja, depois de obedecer ao rito legal, esse projeto passa a se tornar Lei e entra no ordenamento jurídico, causando os seus efeitos da incidência, no caso concreto.

Mas, se essa Lei estiver eivada de ilegalidade, ou seja, for considerada inconstitucional, o meio legal de a mesma ser questionada é através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, que quem detém da competência de processar e julgá-la, é o Poder Judiciário, quando for provocado, fazendo assim o controle das Leis.

Pois bem.

Desse modo, os atos normativos infra-constitucionais, por sua vez, devem estar em concordância com a Constituição, não podendo contrariar nem as exigências formais impostas pela própria Constituição para a edição de normas, nem o conteúdo nela escrito. Nesse contexto, a principal garantia da superioridade (supremacia, primazia) da Constituição são exatamente os mecanismos de controle de constitucionalidade, que permitem afastar a aplicação de uma norma incompatível com texto constitucional. Assim nasce o sistema de Controle das Leis, que é o mesmo de dizer controle da Constitucionalidade.

Explicando melhor:
O controle de constitucionalidade, refere-se ao modo como, no país, é averiguada a adequação das normas infra-constitucionais com o disposto na Constituição. É regulado pela Lei n 9.868/99. O controle de constitucionalidade brasileiro, é misto, porque admite o controle concentrado e difuso.

No controle concentrado, apenas um órgão do poder judiciário é competente para julgar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, nos termos do Artigo 102 da Constituição. É o que denominamos de Competência originária. É competência do Supremo Tribunal Federal processar e julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação Declaratória de Constitucionalidade, nos termos do Inciso I, do Artigo 102 da Constituição. Aqui a competência é absoluta.

Já no controle difuso, qualquer juiz ou tribunal poderá resolver incidentalmente sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do ato ou lei, quando do julgamento de um determinado caso concreto.

O sistema de Controle Jurisdicional utiliza do Direito Constitucional Comparado alguns modos para o exercício do controle de constitucionalidade, são eles:

a) Controle por via de exceção, incidental ou concreto - O Controle por via de exceção é próprio do controle difuso. Por ele, cabe ao próprio interessado, quando apresenta sua defesa num caso concreto, suscitar a inconstitucionalidade. A declaração não é o objeto principal do litígio, mas como o próprio nome está dizendo, é uma questão incidente surgida num caso concreto.

Na via de exceção, a declaração da inconstitucionalidade constitui uma questão prejudicial, que deve ser sanada, pois dela depende a solução da causa principal do litígio. Não é ainda declaração de inconstitucionalidade de lei em tese, mas tão-somente declaração de inconstitucionalidade num caso concreto. É importante destacar também, que a decisão proferida pelo juiz, na via de exceção, gera efeito apenas entre as partes, não fazendo, desse modo, coisa julgada perante terceiros. Para tanto, seria necessário que a questão chegasse até o Supremo Tribunal Federal, através de recurso extraordinário, nos termos do art. 102, inciso III e alíneas, da Constituição.

A decisão que declara a inconstitucionalidade no caso concreto é apenas declaratória, não impedindo que outros órgãos do judiciário apliquem a respectiva lei, pelo menos até que o Senado Federal, por resolução, suspenda a sua executoriedade (art. 52, X, CR). O efeito da decisão no caso concreto é ex tunc, ou seja, fulmina a relação jurídica firmada entre as partes desde o início (retroage).

É bom lembrar, que nesse caso, a lei continua eficaz e aplicável em todo o território nacional, pois como já foi dito acima, necessária se faz a manifestação do Senado Federal, para suspender a sua executoriedade.

b) Controle por via de ação, principal ou abstrato - diferentemente da via de exceção, no controle abstrato, o fim primeiro da ação é a própria declaração de inconstitucionalidade ou constitucionalidade, conforme o caso. Não há um caso concreto de onde surge uma questão incidente, porque o único objeto da ação já é a inconstitucionalidade da lei em tese. Não interessa, portanto, que haja previamente uma lide entre particulares. A ação surge por si mesma para expurgar do ordenamento jurídico a norma que se encontra em desacordo com a Constituição.

A declaração de inconstitucionalidade já é, por assim dizer, o pedido da ação. O art. 103 da CR arrola as partes legitimadas a propor a ação declaratória de inconstitucionalidade: "I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; V- o Governador de Estado; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; e VIII - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional".

Dentro ainda do controle abstrato, existe a Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (ADI), que consistente de intervenção federal em algum Estado, ou Estado em Município, caso haja descumprimento das exigências do art. 34, III, alíneas "a" a "e", da CR. Só pode ser proposta pelo Procurador-Geral da República ou pelo Procurador de Justiça do Estado, conforme o caso.

Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC): Está prevista no art. 102, Inciso I da CR. Quem é competente para julgar e processar originariamente a ação declaratória consoante o art. 102, I, "a", da CR, é o Supremo Tribunal Federal. O mesmo dispositivo traz as hipóteses em que caberá a medida, a saber, lei e ato normativo federal.

Propositadamente, não quis o constituinte destinar a ação declaratória às leis e atos normativos estaduais. O art. 13, da Lei 9.868/99, arrola as partes legítimas para propor a referida ação, que são o Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados e o Procurador-Geral da República.

A finalidade da ação declaratória de constitucionalidade é pôr fim a uma série de decisões referentes a questões constitucionais em processos concretos. Dessa maneira, havendo decisões controvertidas em casos concretos, proferidas em diferentes unidades da federação, por exemplo, a referida ação teria a finalidade de estancar esses debates, através de uma decisão definitiva.

A decisão proferida pelo Supremo, quer confirme a inconstitucionalidade, quer declare constitucional a lei ou o ato normativo federal, tem efeito erga omnes, assim dispõe o art. 102, § 2º, subjugando, por conseguinte, todos os órgãos do Poder Judiciário, bem como o Poder Executivo.

Além de vincular àquela decisão todos os órgãos do Judiciário, o próprio Supremo também estará vinculado a ela, haja vista tratar-se de coisa julgada material, impedindo até mesmo a inaplicabilidade de uma eventual ação rescisória.

Eudes Borges.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

EVANGÉLICOS CONTRA A FIFA


A Associação de Pastores Evangélicos do Paraguai (Apep) expressou em nota, no último dia 08/06/2010, sua desaprovação quanto às normas vigentes na FIFA, sobre as proibições de manifestações religiosas e que também serão válidas na Copa do Mundo da África do Sul.

A Apep, que reúne quase 1.800 pastores evangélicos cristãos, informou em comunicado, sobre sua postura, logo após receber correspondências e ligações telefônicas de diferentes países, nas quais expressam a preocupação pela suposta proibição de orar durante o Mundial da África do Sul.

O referido documento menciona ainda, que tal proibição é atribuída ao presidente da FIFA, Joseph Blatter, que, segundo o texto, "teria manifestado que a oração incentiva a violência".

De acordo com citado documento, a Apep sustenta: "...que a oração nunca foi motivo para incentivar a violência" e que a mesma "incentiva a amizade, a fraternidade, a unidade, a tolerância e a paz"....

Continua ainda o citado texto: "...Também recebemos a denúncia, de que a FIFA proibiria, por exemplo, que um jogador mostre uma camisa com alguma inscrição relacionada a sua fé....".

Arguiu ainda a referida Associação, em seu documentário, que esta atitude é inadmissível, porque atenta contra a liberdade religiosa e a liberdade de consciência, direitos consagrados em todas as Constituições Nacionais dos cinco continentes.

Conclui a presente nota, que os pastores evangélicos paraguaios, cujo país participará pela quarta vez consecutiva de um Mundial, solicitaram encarecidamente às autoridades da FIFA, no caso em que as denúncias em que eles fizeram sejam verídicas, que a FIFA deixe sem efeito as supostas proibições da oração e expressão de fé durante a competição.

Pois bem.

A luz da verdade, o ser humano é propício a realizar uma mistura nas coisas em que estão em sua volta. Acredito, que uma pessoa sábia, racional, consciente e equilibrada, saberá sempre distinguir as cosas boas e as coisas más, ou seja, o que é racionalidade e o que é fanatismo.

Atualmente, vivemos em um mundo em que há diversidades de opiniões, crenças, gostos, etc. Há lugares (Estados/Países) em que a democracia é a máxima e serve de albergue para o bom convívio e o progresso sócio-intelectual da humanidade, mas percebemos que também há lugares em que a ditadura, a censura e a imposição, é tida como a única solução para se colocar um freio na liberdade de expressão, perante uma sociedade dita como desenvolvida.

No mundo há quem acredite em Deus, e também há quem não acredite; há quem pratique uma religião “a’ e quem pratique uma religião “b”, mas todos somos seres humanos, com as desigualdades que nos são peculiares.

Por esse motivo, cada um deve agir da maneira como quiser, desde que não agrida a opinião e o pensamento do seu próximo, ou seja, do outro.

Por isso, entendo, que essa atitude tomada pelo representante maior da comunidade futebolística (FIFA), em tentar proibir que alguém faça uma oração no gramado do campo de futebol ou demonstre a sua posição religiosa, com certeza, é uma atitude contrária a pacificação, a convivência e a harmonização social.

Tudo aquilo que é imposto, é desagradável. Cada um é o que é, já dizia uma adágio popular. Nos tempos modernos, não é inteligente as pessoas criarem uma discussão por tão pouco. A liberdade religiosa, de expressão, de crença é albergada por quase todas as constituições existentes no mundo.

É bem verdade, que ninguém é obrigado a aceitar a crença, o gosto ou a religião de ninguém, mas todas as religiões devem ser devidamente respeitadas, dentro do padrão social em que se vive.

Por outro lado, acredito, sem sombra de dúvidas, que há certo exagero, por parte de alguns religiosos, que tentam a todo o momento, mostrar ao mundo o seu credo religioso, e esse exagero já chegou e se instalou nos estádios de futebol, com as atitudes exageradas de alguns jogadores, que tentam empurrar, “de goela abaixo”, o deus que eles supostamente servem.

Não devemos misturar as coisas, futebol com religião, isso não tem nada a ver. Deus não está ligado ao futebol e nem o futebol a Deus, por isso, se a pessoa se diz um jogador profissional, consequentemente ele deve se submeter às regras que lhes são estabelecidas, com o clube ou com a confederação que dita as regras gerais.

Se essa situação não for regulada, a coisa pode tomar um rumo tão incerto e preocupante, podendo chegar até a haver conflitos entre alguns jogadores de divergentes religiões ou até mesmo por parte da torcida de distintas religiões.

Assim sendo, vejo essa imposição da FIFA como salutar e preocupante ao mesmo tempo.

Preocupante, porque a imposição colocada pela FIFA, não é vista nesse caso como um bom caminho a se seguir, em respeito ao princípio da liberdade de expressão, de crença e de religião, mas legalmente é válida, tendo em vista de que a referida instituição tem legitimidade e competência absoluta, para regular as regras referentes ao futebol, assim como ao que acontece dentro do campo.

Salutar, porque serve de alerta para que os jogadores tenham mais cautela, quando forem demonstrar ao mundo, a religião que professam, pois ninguém é obrigado a aceitar a minha ou a sua religião, em obediência ao princípio do livre arbítrio.

Se os jogadores forem mais pensantes e mais sábios, verão que têm os vestiários para eles fazem as suas respectivas orações, pois lá a FIFA não tem competência para se intrometer na vida pessoal de cada um.

É o que tenho a dizer sobre o caso FIFA.

Eudes Borges