Sem medo de dizer a verdade

sábado, 11 de junho de 2011

A CONSCIÊNCIA DEPOIS DA MORTE


Considerando que, a partir do momento em que fizemos a escolha de entregar a nossa vida ao Senhor Jesus e tentar viver de acordo com a Sua Palavra, devemos sempre crescer na graça e no conhecimento da Salvação Eterna (2ª Epístola de Pedro, cap. 3, do versículo 14 ao 18);

Considerando ainda, que devemos sempre aprender da Verdade, que é a Palavra de Deus, para ensinarmos aos que necessitam de uma direção (Provérbios 1, do versículo 2 ao 7);

Considerando também, que quando resolvemos entregar a nossa vida para evangelizar, temos a obrigação de anunciar a Palavra da Salvação aos que estão perdidos (1ª Coríntios, cap. 9, versículos 16 ao 17);

Considerando mais, que a Palavra de Deus é a fonte de todo o nosso sistema de crença (Efésios cap. 01, versículo 13);

Considerando, outrossim, que nunca devemos ter a intenção de agradar a homens, mas sempre agradar a Deus, procurando sempre colocar em prática, a revelação bíblica que o Espírito Santo nos dá (Gálatas cap. 1, versículos 10 ao 12);

Considerando, igualmente, que de acordo com a Bíblia, devemos procurar nos apresentar diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2ª Timóteo, cap. 2, versículo 15);

Considerando por fim, que em sendo a Salvação Eterna a fonte da nossa esperança, já que quando partirmos dessa vida iremos, sem sombra de dúvidas, para o Seio de Abraão ou para o inferno (1ª Coríntios cap. 15, versículo 19), achei importante, fazer um pequeno estudo, para tentar entender, de acordo com o que a Bíblia tem pra me mostrar, se quando a pessoa morrer, terá a sua consciência apagada, não se lembrando das coisas que passou nesta vida,  ou se levará consigo a sua consciência plena, se lembrando, assim, das coisas que viveu nesta vida.

Pois bem.

Antes de tudo, quero deixar claro, que este pequeno estudo não tem nada a ver com fanatismo ou espírito de religiosidade. Não. Mil vezes não!!!

Este estudo tem o condão de tentar levar ao nosso ser, o conhecimento das coisas espirituais, já que se somos de Deus, devemos sempre nos ocupar com as coisas condizentes com a Palavra de Deus, e é justamente isso que quero trazer ao amigo leitor, ou seja, a reflexão acerca do que a Bíblia tem a nos dizer, acerca da consciência após a morte.

Depois desta explanação toda acima, para tentar deixar claro que o assunto a ser discutido neste estudo é apenas com o intuito de alimentar a nossa alma com os alimentos espirituais, assim como tentar esclarecer o que ocorre com a nossa alma após a morte, porque queira você ou não, um dia iremos morrer, e com certeza nos depararemos com essa realidade, passemos então a pergunta: Quando a pessoa morre, a mente dela é apagada ou a pessoa se lembra de alguma coisa?

Pois bem.

De acordo com a Palavra de Deus, quando a pessoa morre, não perde a consciência das coisas que ela aprendeu e viveu aqui na terra. Pois é. Não importa pra onde a alma dela vá. Se para o céu ou para o inferno, não se perde a consciência, senão vejamos:

Há uma passagem bíblica no Livro de Lucas, no capítulo 16, do versículo 19 ao 31, onde deixa claro, que tanto os que vão para o Seio de Abraão, assim como os que vão para o inferno, não perdem a consciência, ou seja, se lembram de tudo o que viveu aqui nessa terra pecaminosa.

Assim está escrito: Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.  Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”.

Só até aqui já bastava pararmos o estudo, pois está claro e evidente, que tanto no inferno quanto no céu, a consciência está ativada.

Veja que o rico foi parar no inferno pelas suas más atitudes e não perdeu a consciência, pois se lembrava de toda a sua vida na terra, até dos irmãos e da família. Pediu para que Abraão mandasse anjos avisar aos seus familiares para não cometerem os erros dele, a fim de não pararem no inferno como ele havia estado (versículos 27 e 28).

Veja que ele se lembrava de tudo. Assim, a sua consciência estava viva, mesmo estando no inferno.

Aí você me pergunta: e no céu? Não vi o mendigo dizer nada nessa passagem bíblica. Ora meu amigo, eu lhe respondo: Abraão estava aonde? No inferno ou no céu? Logicamente que Abraão está no céu e foi de lá que ele relembrou ao rico o que ele havia feito na vida pecaminosa que o mesmo tinha aqui na terra.

Observe que Abraão, nesta ocasião já estava morto, no céu, e não perdeu a sua consciência, pois relembrou ao rico o que ele havia feito na terra (versículo 25).

Assim, está caracterizado, que a pessoa não perde a consciência quando morre, pois os dois mortos (Abraão e o rico), ambos debatiam acerca do que aconteceu quando estavam vivos.

Há ainda outra passagem bíblica que comprova que a pessoa não perde a consciência quando morre. Está registrada em 1ª Samuel, Capítulo 28.

Diz a referida passagem bíblica, que certo dia, Saul com medo de ir para guerra sem saber se iria vencê-la, resolveu consultar o Profeta Samuel, que naquela época já havia falecido, a fim de que este lhe dissesse o que fazer.

De acordo com essa passagem bíblica, Saul, já naquela época já havia sido rejeitado por Deus, em face de suas más obras.

Assim está escrito: “Sucedeu, naqueles dias, que, juntando os filisteus os seus exércitos para a peleja, para fazer guerra contra Israel, disse Aquis a Davi: Fica sabendo que comigo sairás à peleja, tu e os teus homens. Então, disse Davi a Aquis: Assim saberás quanto pode o teu servo fazer. Disse Aquis a Davi: Por isso, te farei minha guarda pessoal para sempre. Já Samuel era morto, e todo o Israel o tinha chorado e o tinha sepultado em Ramá, que era a sua cidade; Saul havia desterrado os médiuns e os adivinhos. Ajuntaram-se os filisteus e vieram acampar-se em Suném; ajuntou Saul a todo o Israel, e se acamparam em Gilboa. Vendo Saul o acampamento dos filisteus, foi tomado de medo, e muito se estremeceu o seu coração. Consultou Saul ao SENHOR, porém o SENHOR não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. Então, disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher que seja médium, para que me encontre com ela e a consulte. Disseram-lhe os seus servos: Há uma mulher em En-Dor que é médium. Saul disfarçou-se, vestiu outras roupas e se foi, e com ele, dois homens, e, de noite, chegaram à mulher; e lhe disse: Peço-te que me adivinhes pela necromancia e me faças subir aquele que eu te disser. Respondeu-lhe a mulher: Bem sabes o que fez Saul, como eliminou da terra os médiuns e adivinhos; por que, pois, me armas cilada à minha vida, para me matares? Então, Saul lhe jurou pelo SENHOR, dizendo: Tão certo como vive o SENHOR, nenhum castigo te sobrevirá por isso. Então, lhe disse a mulher: Quem te farei subir? Respondeu ele: Faze-me subir Samuel.  Vendo a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher disse a Saul: Por que me enganaste? Pois tu mesmo és Saul. Respondeu-lhe o rei: Não temas; que vês? Então, a mulher respondeu a Saul: Vejo um deus que sobe da terra. Perguntou ele: Como é a sua figura? Respondeu ela: Vem subindo um ancião e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou. Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir? Então, disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se desviou de mim e já não me responde, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso, te chamei para que me reveles o que devo fazer. Então, disse Samuel: Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o SENHOR te desamparou e se fez teu inimigo? Porque o SENHOR fez para contigo como, por meu intermédio, ele te dissera; tirou o reino da tua mão e o deu ao teu companheiro Davi. Como tu não deste ouvidos à voz do SENHOR e não executaste o que ele, no furor da sua ira, ordenou contra Amaleque, por isso, o SENHOR te fez, hoje, isto. O SENHOR entregará também a Israel contigo nas mãos dos filisteus, e, amanhã, tu e teus filhos estareis comigo; e o acampamento de Israel o SENHOR entregará nas mãos dos filisteus. De súbito, caiu Saul estendido por terra e foi tomado de grande medo por causa das palavras de Samuel; e faltavam-lhe as forças, porque não comera pão todo aquele dia e toda aquela noite”.
Pois é. Observe que o Profeta Samuel já estava morto nesta época, e acredito, que como ele foi um homem de Deus, estava no céu.

Mas, após ter sido invocado por Saul, falou com o mesmo e disse que Deus havia tirado o seu reinado e que o seu fim seria trágico (do versículo 15 ao 19).

Veja mais uma vez, que ele não perdeu a sua consciência e se lembrava do que Saul havia feito aqui na terra, batendo até um papo com o mesmo, lhe repreendendo acerca de sua rebeldia para com Deus.

Quero deixar claro, que a Bíblia não diz aqui que o Profeta Samuel estava no céu ou no inferno, mas sim que ele estava morto. Acredito, que por ele ter sido um homem de Deus, logicamente estava no céu, mas não perdeu a sua consciência e se lembrava de tudo.

Pois é meu amigo. É a lógica da coisa, pois de que nos adiantaria lutar tanto aqui na terra, procurando fazer a vontade de Deus, nos desviando do mal, para quando morrer apagar tudo?

Acredito, que logicamente, quando morrermos, (se formos salvos), iremos receber um novo corpo, um corpo celestial (1ª Coríntios, cap. 15, do versículo 35 ao 49), mas não uma nova mente, uma vez que já obtivermos o milagre do novo nascimento aqui na terra, quando tivemos um encontro com Deus e fomos batizados com o Espírito Santo.

A Bíblia diz ainda, que por termos alcançado a Salvação, obteremos um corpo celestial igual ao dos Anjos, incorruptível, haja vista que já fizemos jus a Salvação (com a pureza da vida reta).

Pra finalizar o nosso tema, veja o que está escrito no Livro de Apocalipse, no capítulo 19 do versículo 11 ao 15: Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.

Se você leu com atenção, o Espírito Santo certamente lhe revelou o segredo desta passagem, qual seja: Todos nós um dia, quer salvos ou não, iremos passar pelo julgamento de Deus, o denominado Juízo Final (versículos 11 e 12).

Ali serão abertos livros, que são os registros de nossas atitudes aqui na terra (versículo 12). Nesse momento, Deus julgará um a um, relembrando a todos, o que os mesmos fizeram aqui na terra, caracterizando, por conseguinte, que a mente estará ativa e a consciência plena mesmo depois de morto, pois este julgamento se dará na eternidade.

Veja que nessa hora passará um filme relembrando tudo o que o ser humano fez aqui na terra. Isso é muito forte cara!!! Chego até a arrepiar só de ler esta passagem bíblica.

A diferença é que os que aceitaram o Senhor Jesus aqui em vida, terão o Próprio como Advogado e serão absolvidos pelo sangue que Ele derramou na cruz. Mesmo assim, terão as suas obras expostas na hora, caracterizando, assim, que a consciência do ser humano estará viva e relembrada, mas sendo este absolvido e confirmado o seu passaporte para a Vida Eterna.

Enquanto que os que não forem achados inscritos no Livro da Vida, serão lançados no lago de fogo, a saber, a segunda morte, ou seja, a morte espiritual, pagando, assim, o preço de não terem aceitado o Senhor Jesus como o Seu Único e Suficiente Salvador. Mas mesmo assim, observe que serão mostrados no livro as suas atitudes, caracterizando, assim, mais uma vez, que a pessoa não perde a consciência, pois lhe será mostrado tudo, como que fosse num painel atormentador.

Por isso, entendo ser salutar este debate, pois sem dúvida alguma, cedo ou tarde, saberemos se isso é verdade ou não, pois a morte se aproxima de nós a cada dia, uma vez que cada dia vivido por nós, é um dia a menos que temos aqui na terra. Preste atenção nisso e coloque as suas barbas de molho.

Diante do exposto, está comprovado biblicamente, que quando a pessoa morre não perde jamais a consciência.

O que fica aqui na terra é a matéria, ou seja, este corpo corrupto, podre e pecaminoso, mas o que aprendemos aqui, com certeza, levaremos conosco quando morrermos, seja para o inferno ou para o Seio de Abraão (que é o céu, a Nova Jerusalém citada na Bíblia), e um dia essas lembranças serão novamente mostradas, servindo como uma espécie de testemunha de acusação contra os que forem infiéis ao Deus Vivo.

É o que tem a dizer,

Eudes Borges











20 comentários:

Fabiano Maidana disse...

Vou orar por vc pq a tua interpretação da parabola do lázaro está toralmente errada e oposto do que diz a palavra !

Anônimo disse...

Discordo do conteúdo deste blogue.

Em uma parábola, pode-se dar nomes aos personagens. Não há uma regra literária que proíba ou mesmo condene o uso de nomes próprios em uma parábola, sendo que o objetivo desta é apenas ensinar uma lição moral e não servir de doutrina.

O fato de Jesus ter dado nome aos personagens não indica que ambos existiram e que o relato seja literal. “Sendo uma alegoria, os personagens não podem ser reais, por isso cremos, que nem o rico nem lázaro existiram. Se a declaração fosse real, nela haveria idéias pagãs, conceitos de tradição talmúdica e metáforas judaicas”

Jesus contou esta história após uma seqüência de parábolas; por que este único relato não o seria? Com base nas melhores regras de interpretação do texto, se no mesmo bloco de assunto ( – Lucas 15 a 17:10 – perícope) há uma séria de parábolas, é claro que a do rico e Lázaro também o é!

Comentaristas crêem que este relato de Lucas 16:19-31 é uma parábola, entre eles: Hastings, Rand, Smith, Davis, Angus, entre muitos. Vamos a algumas citações:

“A narrativa por certo não foi engendrada por Jesus para a circunstância que a motivou. Isto porque há casos análogas e paralelos na literatura rabínica, e o Prof. Gressman os identifica como de origem egípcia, representados principalmente pelo conto SI-USIRE, o qual relata, com o realismo de quem conhece os segredos do além, como um mendigo de Mênfis, queimado sem honras, foi visto vestido de linho real no reino de Osíris, enquanto um homem rico que recebera suntuoso sepultamento na terra fora conduzido ao Hades.” – William Manson, The Gospel of Luke, The Moffatt New Testament Commentary (Harper and Brothers), pág. 190.

continua...

Anônimo disse...

“Não há, na parábola, o propósito de dar informações acerca do mundo invisível. Nela é mantida a idéia geral de que a glória e a miséria depois da morte são determinadas pela conduta do homem antes da morte; mas os pormenores da história são extraídos das crenças judaicas relacionadas com a situação de almas no Sheol, e devem ser entendidas de conformidade com essas crenças. As condições dos corpos dos personagens são atribuídas a almas a fim de nos permitir compreender o enredo da narrativa.” – Rev. Alfred Plummer, Critical and Exegetical Commentary on the Gospel According St. Luke – New York – Scribners – 1920, pág. 393.

“Não há evidência clara de que os judeus nos dias de Jesus cressem num estado intermediário, e é inseguro ver nesta expressão [seio de Abraão] uma referência a tal crença.” – Sailer Mathews, art. “Seio de Abraão”, Dictionary of the Bible, James Hastings, pág. 6.

Smith, em seu conhecido dicionário bíblico, conclui: “É impossível firmar a prova de uma importante doutrina teológica numa passagem que reconhecidamente é abundante em metáforas judaicas.” – Dr. William Smith, Dictionary of the Bible, vol. 2, pág. 1038.

Edershein, em seu livro Life and Times of Jesus the Messiah, afirma categoricamente que a doutrina da vida além da morte não pode ser extraída desta parábola.

Diz um outro autor evangélico:

“Coisas omitidas da narrativa: o sangue que faz remissão, a graça que perdoa os arrependidos e a fé que descansa numa obra expiatória.” – S. E. Mc Nair. Guia do Pregador, vol. 1, pág. 36

O estudioso Charles L. Lewis, (evangélico) pondera:

“Não se admite, como pretendem muitos, que o seio de Abraão seja uma expressão figurativa da mais elevada felicidade celestial, pois o próprio Abraão em pessoa aparece na cena. Se, pois, ele próprio se acha presente numa cena literal, é incorreto usar seu seio, ao mesmo tempo, em sentido figurativo. Se seu seio é figurado, então o próprio Abraão também o é, e também a narrativa inteira” – Charles B. Ives, The Bible Doctrine of the Soul, 1877, págs. 54 e 55.

“Jesus serve-Se da concepção e crença comuns de Seu povo, a respeito de um estado intermediário entre a morte e a ressurreição final, para, num diálogo sublime e simbólico mantido no mundo invisível entre Abraão e o rico…” – Sátilas Amaral Camargo, Ensinos de Jesus Através de Suas Parábolas, pág. 165.

Conforme exposto pelo Professor Pedro Apolinário, “Bloomfield declarou com segurança: ‘Os melhores co¬mentadores, tanto antigos, como modernos, com razão consideram-na uma parábola’”.

Como pôde ver, não estamos mal assessorados… O relato de Lucas 16, quando examinado pormenorizadamente, evidencia claramente que o mesmo deve se tratar de uma parábola; caso fosse literal, muitos absurdos (um “espírito” sente sede, proximidade entre o Céu e o inferno a ponto de os mortos poderem conversar, Abraão seria o intercessor ao invés de Jesus, Deus não está presente no Céu, etc) teriam de ser aceitos como doutrina.

Analisando a parábola

continua...

Anônimo disse...

É oportuno deter-nos em alguns aspectos da narração de Jesus a fim de que compreendamos se a mesma era literal ou seria apenas uma ilustração. O objetivo de Cristo certamente não era dar um estudo sobre a morte, pois Ele acreditava ser esta um “sono” (cf. João 11:11-14). Se o Senhor tivesse o propósito de falar acerca do mundo dos mortos teríamos de aceitar que:

Verso 23: o inferno está tão próximo do paraíso que de lá os ímpios podem enxergar os justos, inclusive conversar com eles;

Verso 24: um espírito bebe água, possui dentes e língua. Na verdade, isto mais parece um corpo humano do que um “espírito” (não poderia ser um corpo espiritual, pois a ressurreição ainda não ocorreu – cf. Verso 31);

Versos 24 e 27: Abraão é o intercessor entre Deus e os homens, ao invés do Senhor Jesus (ler 1 Timóteo 2:5);

Verso 25: Lázaro foi salvo por ser pobre, ou seja, pelas suas obras (ver Efésios 2:8 e 9);

Há na história contada por Jesus outros aspectos que nos levam a crer que a mesma não era literal: (1) por que a presença de Deus não foi notada no Céu, sendo que Ele está lá? (2) Se o “seio de Abraão” é o lugar para onde vão os salvos por ocasião da morte, para onde foram aqueles que morreram antes de Abraão sendo que ele morreu uns dois mil anos antes de Jesus ter vindo? (antes de Abraão morrer, muitos já não existiam…).

Sendo assim, é impossível crer na existência de um inferno com base na parábola do Rico e Lázaro.

Cristo apenas usou uma crença popular da época a fim de ensinar aos seus ouvintes que uma pessoa não irá para o Céu por ser rica, pois os fariseus achavam que aqueles que eram prósperos eram abençoados por Deus e os pobres, amaldiçoados (leia João 9:1-3).

Jesus inverteu os papeís para mostrar que a riqueza não é uma prova de que Deus está no comando da vida de alguém ou indicação de que esta pessoa será salva. E que a pobreza não determina a perdição.

E, a principal lição do Senhor está no final da parábola: “Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” Lucas 16:31. Se a pessoa não ouvir e crer na mensagem de Moisés e dos profetas (em todo o Antigo Testamento), não será convencida de que precisa ser salva mesmo que ressuscite uma pessoa dos mortos.

continua...

Anônimo disse...

Extrair da parábola algo além do que ela quer ensinar é desconsiderar o contexto bíblico e a opinião majoritária (não que isso seja fundamento para uma verdade) de que Lucas 16:19-31 não é uma prova de que existe um “inferno”. É apenas um relato parabólico
Vejamos agora a outra passagem bíblica


Em 1 Samuel 28 vemos narrado o encontro do rei Saul com o espírito do já morto, Samuel, através de uma médium em En-Dor. Você não acha que essa passagem apóia o espiritismo, que crê na comunicação dos vivos com os mortos?

realmente muitos usam esse texto como base para dizer que a Bíblia aponta que a comunicação das almas dos mortos com os vivos é algo possível. Mas será que é isso mesmo que o texto aponta? Será que uma análise aprofundada desse texto ainda faz dele um apoio à doutrina espírita? Vejamos algumas considerações sobre esse texto antes de tirarmos qualquer conclusão:

Já de início vemos o rei Saul descumprindo uma lei que Deus havia dado em “Dt 18. 11-12: …nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR…”. Pessoas que faziam esse tipo de “comunicação” com mortos eram consideradas uma abominação a Deus e consultá-las era afrontar a Deus. Isso por um simples fato: Não há possibilidade desse tipo de comunicação. A comunicação que dizem que fazem com as almas dos que já morreram é, na verdade, feita com demônios enganadores. Por isso era proibida por Deus.

Isso mostra o quão longe de Deus o rei Saul estava. E por causa dessa distância da vontade de Deus, vemos que Deus não mais lhe respondia. “Consultou Saul ao SENHOR, porém o SENHOR não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas.” (1Sm 28. 6).

Saul, totalmente distante da vontade de Deus, resolve, por conta própria, fazer aquilo que não agradava a Deus: Consultar médiuns. Até aqui talvez você ainda não esteja convencido se Saul conversou ou não com o espírito do profeta Samuel. Vejamos se esse encontro realmente aconteceu ou se foi uma farsa demoníaca:

– No final do referido texto (1 Sm 28) vemos que Saul foi procurar a médium totalmente sensibilizado fisicamente e emocionalmente e, por isso, foi presa ainda mais fácil da enganação. Observe que ele estava em um jejum prolongado e totalmente mexido emocionalmente: “De súbito, caiu Saul estendido por terra e foi tomado de grande medo por causa das palavras de Samuel; e faltavam-lhe as forças, porque não comera pão todo aquele dia e toda aquela noite.” (1Sm 28. 20)

continua...

Anônimo disse...

– A tal médium já recebe de Saul a dica de com “quem” ele queria falar, facilitando a enganação demoníaca. “Então, lhe disse a mulher: Quem te farei subir? Respondeu ele: Faze-me subir Samuel.” (1Sm 28. 11).

– A médium diz espantada a Saul que estava vendo a Samuel. Mas, na verdade, fica mesmo muito assustada com a presença do rei Saul ali, pois ele havia eliminado de Israel vários médiuns pouco tempo antes e estava disfarçado (1Sm 28. 3). “Vendo a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher disse a Saul: Por que me enganaste? Pois tu mesmo és Saul.” (1Sm 28. 12)
– A médium diz que viu Samuel, mas Saul não viu nada, ficando totalmente à mercê de qualquer enganação, seja da médium, seja de demônios. “Respondeu-lhe o rei: Não temas; que vês?” (1Sm 28. 13).

– A médium faz uma descrição óbvia da figura de Samuel (um ancião de capa); e Saul “entende” que é Samuel. Mais uma vez friso: Saul não via nada, apenas era conduzido pela médium, sendo presa fácil. “Perguntou ele: Como é a sua figura? Respondeu ela: Vem subindo um ancião e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou.” (1Sm 28. 14). Observe quão desequilibrado estava Saul, pois, apenas “entendendo” que era Samuel já se prostrou com o rosto em terra.

– A coisa piora a partir de agora. [Considerando] que fosse Samuel quem falava pela médium, vemos que esse Samuel agia à parte de Deus, pois Deus havia desaprovado a conduta de Saul e não lhe respondia, mas esse Samuel respondia. O verdadeiro profeta Samuel sempre falava da parte de Deus e agora depois de morto não falaria mais da parte de Deus? Teria Samuel resolvido por si próprio falar a Saul sem o consentimento de Deus? O mundo espiritual estaria uma bagunça que fugia do controle de Deus?

– O tal “Samuel” faz profecias erradas, mostrando claramente que não vinha da parte de Deus e que, na verdade, era um demônio (limitado na presciência e enganador). Ele revela que Saul e seus filhos morreriam no dia seguinte, entregues nas mãos dos filisteus (v. 19). Isso não acontece. Muitos dias se passam e Saul e [alguns] de seus filhos morrem em batalha [diferente do que o tal “Samuel” tinha dito em 1 Sm 28. 19]

“Entretanto, os filisteus pelejaram contra Israel, e, tendo os homens de Israel fugido de diante dos filisteus, caíram feridos no monte Gilboa. Os filisteus apertaram com Saul e seus filhos e mataram Jônatas, Abinadabe e Malquisua, filhos de Saul.” (1Sm 31. 1-2). Em 2 Sm 2.8 vemos que Isbosete, filho de Saul, não morreu na batalha, sobreviveu a ela. “Abner, filho de Ner, capitão do exército de Saul, tomou a Isbosete, filho de Saul, e o fez passar a Maanaim” (2Sm 2. 8). Assim, a palavra do tal “Samuel” que a médium consultava estava errada.

– Profecias que não se cumprem apontam para falsos profetas. “Sabe que, quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.” (Dt 18. 22). Samuel, em vida, era profeta verdadeiro de Deus. Após a sua morte viraria um falso profeta? Não! Esse tal “Samuel” que a médium entrevistava não era Samuel! Era um demônio disfarçado.

continua...

Anônimo disse...

– A morte de Saul foi também conseqüência da consulta que fez a uma médium, demonstrando a desaprovação de Deus. Se Deus realmente falasse por intermédio da alma do já morto Samuel, por que Saul teria pecado em consultá-lo? “Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante e não ao SENHOR, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.” (1Cr 10. 13-14)

– Para finalizar, deixo aqui o link de um artigo que escrevi sob o título: Para onde vai nossa alma depois que morremos? Nele explico a impossibilidade de contato entre mortos e vivos, biblicamente.

https://www.esbocandoideias.com/2011/08/vida-apos-a-morte-para-onde-vai-a-alma.html


Concluindo: Não houve conversa alguma com o verdadeiro profeta Samuel que já estava morto, pois isso é uma impossibilidade mencionada claramente na Bíblia.

Fim...

Unknown disse...

Então eu morro vou pro céu... e uma pessoa querida não.. e como fica se minha mente não for apagada, isso seria uma tortura,

DC Sidinei disse...

Se os críticos dizem que não teremos consciência do nosso passado, pq, então, deveremos nós todos comparecer ao tribunal de Cristo? Em 2Co.5.10, é para esquecer de tudo ou lembrar de tudo o que fizemos de bom ou de mal através do corpo? Ah! Sei! Vão dizer que é uma parábola ou uma alegoria de Paulo né? Voltem a classe de discipulado, para que aprendam as doutrinas fundamentais da bíblia! Que igreja é essa que vcs frequentam?

Unknown disse...

ótima matéria

Unknown disse...

Rapaz esse comentário sumobre samuel
Tá errado nao era samuel era um demônio que subiu da terra. Te provo isso no mesmo texto ok.

Regiano Costa disse...

É o que eu penso.

SEM MEDO DE DIZER A VERDADE disse...

Isso seria burrice meu amigo. Falta de lógica.

SEM MEDO DE DIZER A VERDADE disse...

Fica Tranquilo meu amigo, os demônios se disfarçam o tempo todo. Morrer sem Cristo, há uma enorme chance de se tornar um demônio, que nada mais é do que um soldado do diabo. Os demônios também não perdem a consciência.

Unknown disse...

Jamais acreditaria assim e olha meu amigo eu leio a biblia desde meu periodo infante mas se por desventura eu acreditasse assim, me tornaria espirita e com muita honrades

Katynha disse...

Vigia irmão você tá precisando ...quantas bobagens você relatou ,confundindo a todos que crêem na Palavra de Deus.Orai e vigiai porque o inimigo está a espreita. ..Matéria horrorosa😯


SEM MEDO DE DIZER A VERDADE disse...

Então na sua opinião Apocalipse 20 é mentira? Quando você estiver diante do trono de Deus; quando se abrirem os livros e forem passadas as tuas obras aqui na terra, então você vai estar com o teu HD zerado, sem lembrar de nada? Deus não vai jogar na tura cara as tuas obras porque a tua consciência depois da morte não existe? É muita infantilidade espiritual da tua parte amigo ou amiga. Na verdade quem é você? homem ou mulher? Teu perfil é muito estranho, já começa por aí. O que é Unknown? Você se esconde em um perfil dúbio. A Palavra de Deus tem lógica e sentido, pois se assim não fosse o que estaríamos fazendo aqui? Somos meros robôs? Fica com Deus e que a tua visão espiritual se abra.

SEM MEDO DE DIZER A VERDADE disse...

Então na sua opinião Apocalipse 20 é mentira? Quando você estiver diante do trono de Deus; quando se abrirem os livros e forem passadas as tuas obras aqui na terra, então você vai estar com o teu HD zerado, sem lembrar de nada? Deus não vai jogar na tura cara as tuas obras porque a tua consciência depois da morte não existe? É muita infantilidade espiritual da tua parte amigo ou amiga. Na verdade quem é você? homem ou mulher? Teu perfil é muito estranho, já começa por aí. O que é Unknown? Você se esconde em um perfil dúbio. A Palavra de Deus tem lógica e sentido, pois se assim não fosse o que estaríamos fazendo aqui? Somos meros robôs? Fica com Deus e que a tua visão espiritual se abra.

I-van Oliveira disse...

Parábola? Isso nunca foi uma parábola.Jesus usava parábolas para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías 6:10, mas as explicava somente aos discípulos, conforme Mateus 13:13,14. Se fosse uma parábola certamente haveria uma explicação, principalmente por se tratar de uma passagem com muitos contrastes.Sobre a consciência da alma o texto é perfeito e acrescento Apocalipse 6:9,10 onde os salvos clamam por justiça contra aqueles que os mataram por causa da palavra de Deus.

I-van Oliveira disse...

É o que penso também. A palavra diz que não haverá mais tristeza nem prato. Para Deus é perfeitamente possível nos fazer viver com a lembrança sem que haja a tristeza. Isso nunca foi uma parábola simplesmente por que não há a explicação aos discípulos.