Enquanto o mundo todo comemora e vive hoje as
festividades do natal, deixando de lado, por conseguinte, o verdadeiro desejo
de Deus para a humanidade, já que o natal
na sua essência não tem nada a ver com o nascimento de Cristo, porque não se tem
nenhum registro oficial da data correta que o Filho de Deus teria nascido (ver publicação deste blog do dia 12/12/2013
- o verdadeiro significado do natal), trago ao amigo leitor uma dissertação
sobre o plano de Deus para salvar a humanidade.
Muitos acham uma balela, não dão crédito ao que se tem
falado sobre a salvação da alma, mas com certeza esse assunto é de suma importância
e por isso conto com a atenção do amigo internauta para a compreensão do que
será exposto seguir.
Pois bem. O Plano da Salvação Divina está exposto no
antigo e no novo testamento e é acessível a todos os que crerem e quiserem, de
livre e espontânea vontade, fazer parte dele. Neste estudo irei discorrer
exclusivamente sobre o que consta registrado no velho testamento.
Segundo a Bíblia Sagrada, Deus criou os céus, a terra
e todo o universo (Gênesis, cap. 1, vers. 01/25) e logo após criou o homem e a
mulher (Adão e Eva). Adão foi feito à imagem e semelhança de Deus. Esse
acontecimento está narrado em Gênesis, capítulo 2. Ele deu poder e autoridade a
sua criatura para dominar a terra (Gênesis, cap. 1, vers. 26).
Naquela ocasião o homem era puro, sem malícia (Gênesis
cap. 2, vers. 25) e andava na presença de Deus e, por conseguinte, obtinha todos
os benefícios da terra. Mas tudo tem o seu preço. Deus os colocou em um jardim,
chamado Éden e pôs uma árvore do conhecimento lá
no centro e disse ao homem que em tudo ele poderia tocar menos naquela árvore
proibida (Gênesis, cap. 2, vers. 8/17).
Pois bem. Como o que tudo que Deus faz é perfeito, Ele
também nos fez primoroso e nos deu o livre arbítrio. Não nos criou como um robô
para sermos manipulados. Aí, o homem, ao dar ouvido a voz do diabo, quando
parou para escutar a serpente que estava no Jardim do Éden, acabou desobedecendo
a Deus (Gênesis, cap. 03, vers. 01/07).
A partir desse momento, automaticamente transferiu o
seu poder de dominar a terra, que Deus havia lhe dado, para satanás, que
representava aquela serpente.
É bom lembrar, que Deus não fez o diabo. Lúcifer era
um anjo de luz criado por Deus e quando o mesmo ainda era anjo de luz e andava
na Sua presença, foi agraciado com parte do poder do Soberano. Ele era uma
espécie de pessoa de confiança de Deus; sendo que não lhe foram dadas três
coisas que só o Todo Poderoso tem: ONICIÊCIA, ONIPRESENÇA e ONIPOTÊNCIA.
Só Deus é Deus e além Dele não há outro ser que possa
superá-lo. Mas com o passar do tempo, satanás, através do orgulho, rebelou-se
contra Deus e queria tomar o Seu lugar. Foi a partir desse tempo que Deus retirou
a sua autoridade e o lançou para a terra, como podemos verificar em Apocalipse,
cap. 12, vers. 09.
Dessa vez, derrotado, satanás percebeu que tinha que
arrumar um jeito para obter o seu “poder/autoridade” de volta. Mas sabedor de
que nem podia e nem pode com Deus, resolveu atacar justamente quem? A criatura
que Deus havia formado na terra, ou seja, o homem, na representatividade de
ADÃO.
Ora, como já foi visto, o homem havia sido formado à
imagem e semelhança de Deus, perfeito como Ele O é, e dominante por toda a
terra. Foi aí que ele (diabo), tentou o homem, através de sua mulher (EVA),
para que também se rebelasse contra Deus, por meio da desobediência (Gênesis,
cap. 03, vers. 01/07).
Foi a partir desse episódio que veio a desgraça ao
mundo. Tudo o que acontece de mal, ou seja, doenças, fomes, guerras,
homicídios, traições, etc. Como consequência, houve uma separação entre Deus e
o homem, como podemos conferir em Gênesis, cap. 03, do vers. 22 ao 24.
Pois bem. De acordo com a Bíblia Sagrada, a única
coisa que pode separar o homem da presença de Deus, é o pecado. Até aquele
momento o Próprio Deus andava lado-a-lado do homem e este, por sua vez, não
precisava trabalhar; a mulher não sentia dores de parto e havia paz na terra.
Foi então que o Todo Poderoso se arrependeu de ter feito o homem (Gênesis, cap.
06, vers. 06 e 07).
Por haver se arrependido de ter criado o homem, Deus
mandou um dilúvio para destruir a humanidade, que naquela época estava maldita,
cheia de carnalidade, não diferente dos dias atuais (Gênesis, cap. 06, vers. 11/19).
Sendo que, o objetivo de Deus nunca foi voltar atrás em sua Palavra e O Mesmo
passou a procurar um homem em que pudesse confiar e ver a sua fidelidade para
com Ele. Foi quando encontrou NOÉ e sua família, e partir de então, resolveu
dar uma chance ao homem para que este pudesse se regenerar (Gên. cap. 7, vers.
1).
Acontece que, o homem, por ser carnal, sempre procurou
fazer coisas que desagradam a Deus e novamente continuou com as suas
iniquidades.
Após o período do dilúvio (grande enchente), existiu
um indivíduo que chamou a atenção de Deus, com a vida reta que ele tinha e por
esse motivo Deus fez um pacto com ele. Ele se chamava ABRAÃO. Esse pacto mudou
a história do povo de Israel e da humanidade (Gênesis, cap. 12, vers. 01/04).
Infelizmente, com o passar do tempo, o homem continuou
com as suas perversidades e quebrou o pacto que havia feito com Deus; mas
devido à aliança que havia sido perpetrada anteriormente com ABRAÃO, O Próprio
Deus não pôde mais acabar com a humanidade, e a partir de então, começou a
enviar vários profetas para tentar levá-lo ao arrependimento de seus pecados e
consequentemente, se converter ao Seu Senhor.
O homem, por sua vez, não deu ouvidos à voz dos
profetas que Deus enviou (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Amós, Oséias, Miquéias,
Naum, Sofonias, Habacuc, Abdia, Ageu, Zacarias, Joel, Elias, Eliseu, Jonas, Malaquias,
etc.), para que se convertesse de seus maus caminhos e infelizmente continuou
com as suas obras más, desobedecendo ao Seu Criador.
Esse é o plano de salvação que Deus elaborou no antigo
testamento para resgatar a alma do ser humano que se deixou levar pelo mundo
pecaminoso, o qual termina no Livro do Profeta Malaquias.
Diante disso, conclui-se que existem dois reinos: o de
Deus e o do diabo (O BEM E O MAL). Ou estamos em um ou estamos no outro, isso é
fato. A aliança quebrada por Adão nos fez condenados à perdição eterna, mas
Deus é tão misericordioso que deixou seu Plano de Salvação acessível a todos os
que crerem e quiserem, de livre e espontânea vontade, fazer parte dele.
Mas é bom
lembrar, que esta decisão só pode ser tomada em vida, tendo em vista que depois
que se morre, não tem mais o que se fazer. Ou a alma vai para o céu ou vai para
o inferno. Só vai para o inferno quem não aderiu ao plano salvador.
É o que tem a dizer,
Eudes Borges