quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Deuteronômio capítulo 32



32.1   Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca.
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 32.2   Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a relva e como gotas de água sobre a erva.
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 32.3   Porque proclamarei o nome do SENHOR. Engrandecei o nosso Deus.
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 32.4   Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.
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 32.5   Procederam corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada.
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 32.6   É assim que recompensas ao SENHOR, povo louco e ignorante? Não é ele teu pai, que te adquiriu, te fez e te estabeleceu?
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 32.7   Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de gerações e gerações; pergunta a teu pai, e ele te informará, aos teus anciãos, e eles to dirão.
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 32.8   Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou os limites dos povos, segundo o número dos filhos de Israel.
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 32.9   Porque a porção do SENHOR é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança.
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 32.10   Achou-o numa terra deserta e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a menina dos olhos.
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 32.11   Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas,
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 32.12   assim, só o SENHOR o guiou, e não havia com ele deus estranho.
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 32.13   Ele o fez cavalgar sobre os altos da terra, comer as messes do campo, chupar mel da rocha e azeite da dura pederneira,
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 32.14   coalhada de vacas e leite de ovelhas, com a gordura dos cordeiros, dos carneiros que pastam em Basã e dos bodes, com o mais escolhido trigo; e bebeste o sangue das uvas, o mosto.
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 32.15   Mas, engordando-se o meu amado, deu coices; engordou-se, engrossou-se, ficou nédio e abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação.
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 32.16   Com deuses estranhos o provocaram a zelos, com abominações o irritaram.
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 32.17   Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, dos quais não se estremeceram seus pais.
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 32.18   Olvidaste a Rocha que te gerou; e te esqueceste do Deus que te deu o ser.
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 32.19   Viu isto o SENHOR e os desprezou, por causa da provocação de seus filhos e suas filhas;
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 32.20   e disse: Esconderei deles o rosto, verei qual será o seu fim; porque são raça de perversidade, filhos em quem não há lealdade.
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 32.21   A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com seus ídolos me provocaram à ira; portanto, eu os provocarei a zelos com aquele que não é povo; com louca nação os despertarei à ira.
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 32.22   Porque um fogo se acendeu no meu furor e arderá até ao mais profundo do inferno, consumirá a terra e suas messes e abrasará os fundamentos dos montes.
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 32.23   Amontoarei males sobre eles; as minhas setas esgotarei contra eles.
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 32.24   Consumidos serão pela fome, devorados pela febre e peste violenta; e contra eles enviarei dentes de feras e ardente peçonha de serpentes do pó.
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 32.25   Fora devastará a espada, em casa, o pavor, tanto ao jovem como à virgem, tanto à criança de peito como ao homem encanecido.
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 32.26   Eu teria dito: Por todos os cantos os espalharei e farei cessar a sua memória dentre os homens,
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 32.27   se eu não tivesse receado a provocação do inimigo, para que os seus adversários não se iludam, para que não digam: A nossa mão tem prevalecido, e não foi o SENHOR quem fez tudo isto.
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 32.28   Porque o meu povo é gente falta de conselhos, e neles não há entendimento.
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 32.29   Tomara fossem eles sábios! Então, entenderiam isto e atentariam para o seu fim.
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32.30      Como poderia um só perseguir mil, e dois fazerem fugir dez mil, se a sua Rocha lhos não vendera, e o SENHOR lhos não entregara?
32.31   Porque a rocha deles não é como a nossa Rocha; e os próprios inimigos o atestam.
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 32.32   Porque a sua vinha é da vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas de veneno, seus cachos, amargos;
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 32.33   o seu vinho é ardente veneno de répteis e peçonha terrível de víboras.
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 32.34   Não está isto guardado comigo, selado nos meus tesouros?
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 32.35   A mim me pertence a vingança, a retribuição, a seu tempo, quando resvalar o seu pé; porque o dia da sua calamidade está próximo, e o seu destino se apressa em chegar.
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 32.36   Porque o SENHOR fará justiça ao seu povo e se compadecerá dos seus servos, quando vir que o seu poder se foi, e já não há nem escravo nem livre.
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 32.37   Então, dirá: Onde estão os seus deuses? E a rocha em quem confiavam?
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 32.38   Deuses que comiam a gordura de seus sacrifícios e bebiam o vinho de suas libações? Levantem-se eles e vos ajudem, para que haja esconderijo para vós outros!
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 32.39   Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e não há quem possa livrar alguém da minha mão.
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 32.40   Levanto a mão aos céus e afirmo por minha vida eterna:
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 32.41   se eu afiar a minha espada reluzente, e a minha mão exercitar o juízo, tomarei vingança contra os meus adversários e retribuirei aos que me odeiam.
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 32.42   Embriagarei as minhas setas de sangue (a minha espada comerá carne), do sangue dos mortos e dos prisioneiros, das cabeças cabeludas do inimigo.
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 32.43   Louvai, ó nações, o seu povo, porque o SENHOR vingará o sangue dos seus servos, tomará vingança dos seus adversários e fará expiação pela terra do seu povo.
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 32.44   Veio Moisés e falou todas as palavras deste cântico aos ouvidos do povo, ele e Josué, filho de Num.
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 32.45   Tendo Moisés falado todas estas palavras a todo o Israel,
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 32.46   disse-lhes: Aplicai o coração a todas as palavras que, hoje, testifico entre vós, para que ordeneis a vossos filhos que cuidem de cumprir todas as palavras desta lei.
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 32.47   Porque esta palavra não é para vós outros coisa vã; antes, é a vossa vida; e, por esta mesma palavra, prolongareis os dias na terra à qual, passando o Jordão, ides para a possuir.
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 32.48   Naquele mesmo dia, falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
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 32.49   Sobe a este monte de Abarim, ao monte Nebo, que está na terra de Moabe, defronte de Jericó, e vê a terra de Canaã, que aos filhos de Israel dou em possessão.
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 32.50   E morrerás no monte, ao qual terás subido, e te recolherás ao teu povo, como Arão, teu irmão, morreu no monte Hor e se recolheu ao seu povo,
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 32.51   porquanto prevaricastes contra mim no meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim, pois me não santificastes no meio dos filhos de Israel.
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 32.52   Pelo que verás a terra defronte de ti, porém não entrarás nela, na terra que dou aos filhos de Israel.

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