terça-feira, 21 de setembro de 2010

GUERRA OU PAZ; O QUE VOCÊ PREFERE?


Leia atentamente, antes de tirar conclusões precipitadas, pois a partir de então, irei discorrer, de forma sucinta, a cerca da história de um pai lutador, mas que teve o final feliz, e a de um filho descansado, que teve tudo do bom e do melhor, mas que teve um final desastroso. É o caso de Davi e de Salomão.

De acordo com a história, ao contrário do que aconteceu com o Rei Salomão, os inimigos do Rei Davi nunca lhe deram descanso. Isso o obrigava a manter sua fé em constante atividade. A maioria dos salmos de Davi reflete seu sofrimento.

“...Salva-me, ó Deus, porque as águas me sobem até à alma. Estou atolado em profundo lamaçal, que não dá pé; Estou nas profundezas das águas, e a corrente me submerge. Estou cansado de clamar, secou-se-me a garganta; Os meus olhos desfalecem de tanto esperar por meu Deus...”

Esses três primeiros versos do Salmo 69 refletem claramente um de seus momentos de tortura e dor. Mas, em nenhum momento o Rei Davi vacilou na fé ou perdeu sua confiança em Deus.

Já seu filho Salomão não viveu a situação do pai. Ele confessa o bem-estar de sua alma, dizendo: …o Senhor, meu Deus, me tem dado descanso de todos os lados; não há nem inimigo, nem adversidade alguma. 1ª Reis capítulo 5, versículo 4.

Dois reis, dois destinos diferentes. O primeiro gemeu por conta dos inimigos, mas manteve sua comunhão com Deus até o último dia de sua vida; o segundo gozava da prosperidade, da paz e não tinha inimigos. Mas, perdeu a fé e se afastou de Deus.

Salomão se tornou num dos maiores fracassos de toda a história bíblica. A origem do fracasso foi o seu amor por mulheres estrangeiras. Riquíssimo e famoso, não havia falta de reis e príncipes ao seu redor que lhe oferecessem suas filhas, irmãs e parentes em casamento.

As consequências desses casamentos, claramente já previstas na lei, inevitavelmente vieram sobre ele: em sua velhice suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses.

O seu coração já não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como havia sido o de Davi seu pai. Davi também havia sido polígamo, mas se limitou a tomar para si mulheres israelitas e nunca faltou em sua fidelidade ao SENHOR com respeito à idolatria.

Pois bem.

Diz o texto sagrado que Deus se indignou com Salomão por causa da sua infidelidade, e lhe apareceu novamente, pela terceira e última vez, avisando que o reino de Israel seria tirado do seu filho e dado ao seu servo, porque Salomão não havia cumprido com a sua parte da aliança feita após a dedicação do templo.

Desse modo, a conclusão do paradoxo da fé é simples:

Quanto maior e melhor é o estado de bem-estar social e espiritual, maior o risco de se acomodar na fé e perder tudo. É o retrato de Salomão.

Quanto mais intenso é o estado de lutas e provações, mais requerida é a fé e a dependência de Deus. É o retrato de Davi.

Por isso meu amigo, se Deus tem permitido a presença das adversidades na nossa vida, é para que não sejamos acomodados, pois a acomodação afasta o homem da presença de Deus e, por conseguinte, das bênçãos que Ele deixou para os valentes e determinados.

É o que tem a dizer,

Eudes Borges.

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