OBREIRO OFICIAL

31/12/2017

UMA BREVE RETROSPECTIVA DE 2017 E O ATO DE AGRADECER

Enfim chegamos ao término de 2017. Neste ano tivemos momentos de turbulência, é claro, mas acima de tudo, alcançamos grandes vitórias.

Deus nos livrou de muitos males; a maioria deles, nem pudemos perceber. Atravessamos o ano com saúde e finalmente concluímos mais um ciclo. Muitos sequer tiveram esse privilégio e partiram para eternidade.

Em janeiro aprendemos que Deus não fica devendo nada para ninguém e que não precisamos ficar olhando para o passado. A visão da fé é voltada para frente, em direção ao alvo (Jesus).

Fevereiro nos mostrou que não necessitamos nunca nos acomodar e nem tampouco baixar a cabeça para as adversidades e para as afrontas diárias. Agir como o apóstolo Paulo, intrépido e sem medo, para que Deus possa nos usar.

Ah, Março! Você nos fez ver a importância do esforço, como condição sine qua non para alcançarmos a salvação eterna. A salvação como primeiro plano, isso é tudo para que não possamos ser rejeitados por Deus.

Abril foi um mês de turbulência para a sociedade trabalhadora. O novo governo impôs uma série de perdas a todos nós que lutamos para desenvolver o país. A reforma trabalhista foi imposta de goela abaixo. São as adversidades da vida.

Graças a Deus que maio chegou trazendo um aprendizado. Jeremias foi nosso companheiro de fé até novembro. Aprendi muito com as mensagens do profeta, a ponto de ser renovado espiritualmente e fortalecido na fé. Não me deixei ser levado pela malícia de Jacó. Mantive minha identidade de nascimento e jamais a trocarei por nada.

Finalmente dezembro chegou mostrando que nem toda peleja que enfrentamos é nossa. Isso é muito importante já que existem pelejas que são nossas, ou seja, aquelas que provocamos de forma desnecessárias, mas tem pelejas que são de Deus, ou seja, igual a mostrada no capítulo 20 de 2ª crônicas.

Não tem macumba que possa vitimar um ungido do Senhor, os que são batizados com o Espírito Santo: “...Não há feitiçaria que tenha poder contra Jacó, nem magia alguma contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem realizado...” (Números 23:23).

Podem fazer a macumba que for; jamais te atingirá. Pelo contrário, alcançará a vida daquele que se levantar contra ti. Foi isso que Deus nos revelou durante o mês de dezembro.

Hoje, exatamente às 12h e 30min do último dia do ano de 2017, venho apresentar essa mensagem como forma de agradecimento, justamente no momento em que as pessoas estão se preparando para tão somente pedir a Deus.

Eu creio que é o momento de AGRADECER AO SENHOR por mais uma etapa da nossa vida que foi cumprida; agradecê-lo por estar vivo, por ter concluído esse ciclo.

 As festas, as comemorações, os gastos, os preparos para a grande noite da virada, são superficiais e passageiros. Em instantes estaremos ingressando no novo ano e essa deve ser a sua consciência: agradecer a Deus por mais uma conquista.

Está escrito em 2ª Pedro capítulo 3, versículo 8 “que um dia para Deus é como mil anos e mil anos como um dia”. Logo, concluímos que o calendário de Deus não é o nosso. Não se deixe levar pelos acontecimentos do mundo, creia que existe um Deus que tudo pode e que tudo vê.

Com essas breves considerações, está feita a retrospectiva de 2017, que por sua vez, está com os seus minutos contados.

Que nessa nova viagem que iremos embarcar em 2018 possamos concluí-la integralmente com saúde, fé, e, acima de tudo, com Deus em primeiro lugar.

Obrigado Senhor por mais um ano de vida. Feliz ano novo meus amigos.

20/12/2017

QUANDO A PELEJA É DE DEUS

Atualmente estamos vivendo tempos difíceis. A falta de amor, de respeito ao próximo é notória, sendo esse o fator essencial para tantas traições e enganos.

A vida não está nada fácil. E apesar de tudo, mesmo a pessoa estando dentro da igreja, sendo considerada evangélica, não está livre das tribulações.

As vezes a pessoa está passando por um momento difícil, onde o medo e a angustia são seus únicos companheiros.

Pois bem. Ontem estava lendo o capítulo 20 de 2ª Crônicas e vi algo muito forte e que me chamou a atenção. Deus falou comigo e me revelou algo, que neste momento gostaria de dividir com o amigo leitor. Trata-se do problema de Josafá.

Diz a história que Josafá estava cercado por inimigos e prestes a ter seu reinado tomado pelos povos amonitas e pelos sírios. A perda total e a morte eram inevitáveis, já que uma multidão de inimigos cercou Israel (2ª Crônicas cap. 20, vers. 1 e 2).

Ocorre que, quando a pessoa está bem com Deus, pode vir quem vier; pode se levantar quem quiser que não prevalece contra quem é de Deus.

Foi o caso de Josafá. Sabendo da emboscada armada pelos inimigos, Josafá teve medo e se pôs a buscar ao Senhor, apregoando um jejum em todo o reino de Judá (2 Crônicas 20, v3).

Todo o povo atendeu ao chamado de Josafá e na mesma fé, buscaram a resposta no altar de Deus: “...E pôs-se Josafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do Senhor, diante do pátio novo. E disse: Ah! Senhor Deus de nossos pais, porventura não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão há força e potência, e não há quem te possa resistir. Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo Israel, e não a deste para sempre à descendência de Abraão, teu amigo? ...” (2ª Crônicas 20, v. 5-7)

A resposta de Deus veio imediatamente: “...Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá; assim o Senhor vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus; Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco...” (2ª Crônicas, 20, vers. 15 e 17).
                                
É aqui que quero discorrer acerca do tema. Meu amigo e minha amiga, o que está escrito no versículo 15 é muito forte. Aqui Deus deixou claro que aquela peleja era Dele e não de Josafá.

Isso nos faz crer que existem pelejas, ou seja, problemas que são nossos, mas existem problemas/pelejas que são de Deus. Foi o que aconteceu no presente caso. A vitória veio em seguida e todos os inimigos de Josafá foram derrotados. É o que se confere nos versículos 22 e 30 do mesmo capítulo.

Quando a pessoa está bem com Deus, não deve temer a nada e a ninguém, pois o Soberano é seu protetor. Toda pessoa que se levantar contra o ungido do Senhor, torna-se maldito e, por conseguinte, tem Deus como adversário.

Isso é muito importante, pois como dito, existem pelejas que são nossas, ou seja, aquelas que provocamos de forma desnecessárias, mas tem pelejas que são de Deus, ou seja, igual a essa mostrada no capítulo 20 de 2ª crônicas.

Quando você não provoca ninguém e mesmo assim é vítima de inveja, de injustiça, pode ter certeza meu amigo, essa peleja é de Deus e se você cobrar isso Dele, como o povo cobrou com Josafá, a resposta vem imediatamente.

A Palavra de Deus não muda e nem pode ser invalidada. É uma questão de fé inteligente. Se buscar e crer, tem-se a resposta, é o que está escrito na parte final do versículo 20, do mesmo capítulo 20 de 2ª Crônicas: “...Crede no Senhor vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis...”

12/12/2017

QUANDO A MACUMBA NÃO PEGA

Um dia desses estava atendendo uma pessoa na igreja e percebi o desespero da mesma, porque me dizia ela que estava sendo vítima de uma macumba (feitiçaria). Falava essa pessoa que estava na igreja há algum tempo, que era batizada nas águas e que desconfiava que sua vizinha estava fazendo macumba para ela, já que os resultados maléficos estavam começando a aparecer em sua vida.

Na mesma hora percebi que alguma coisa estava errada, posto que, é impossível a pessoa que é batizada com o Espírito Santo, que é nascida de Deus, ser vítima de obra de macumba. Tinha certeza de que ela não tinha essas características citadas acima e por isso entendi o seu desespero.

Diante disso, fui buscar uma direção na Palavra de Deus, ocasião em que li a passagem que está escrita em Números, capítulo 23, onde assegura, categoricamente, que tal fato é impossível acontecer na vida de quem tem pacto com Deus. É justamente sobre isso que irei discorrer neste presente estudo.

Pois bem. Diz a bíblia que havia um indivíduo chamado Balaque, rei de Moabe, inimigo do povo de Israel. Balaque representava, naquela época, o próprio diabo, já que usou de seu poder para tentar destruir os filhos de Deus.

Existia também um profeta velho chamado Balaão, que se perdeu no tempo e virou mercenário.

Sabendo que Balaão teria se transformado em um profeta velho, Balaque (o diabo) o procurou por diversas vezes para atentar contra os filhos de Deus. De início, Balaão negou-se a ir, mas, depois que Balaque enviou uma delegação mais honrosa de príncipes e aumentou sua oferta, o ganancioso profeta finalmente aceitou ir.

O intuito de Balaque era amaldiçoar o povo de Israel, através do profeta velho Balaão.

Ocorre que, como dito, quem é de Deus, jamais será vítima do diabo. Aquele que tem um pacto com Deus, não tem macumba que pegue, pelo contrário, a maldição proferida se torna em benção.

Pois bem. Naquela ocasião, Balaão seguiu com Balaque para o monte, com o fito de fazer a macumba combinada, quando Deus o obrigou a desfazer aquele feitiço e, por conseguinte, a abençoar o seu povo: “...Então Balaque lhe disse: Rogo-te que venhas comigo a outro lugar, de onde o verás; verás somente a última parte dele, mas a todo ele não verás; e amaldiçoa-mo dali. Assim o levou consigo ao campo de Zofim, ao cume de Pisga; e edificou sete altares, e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar...” (Números 23:13,14.

Balaão foi pago para amaldiçoar o povo, mas Deus converteu aquela maldição em benção. Ele foi obrigado a contrariar o macumbeiro Balaque, com palavras abençoadoras para o povo de Deus: “...Então proferiu a sua parábola, e disse: Levanta-te, Balaque, e ouve; inclina os teus ouvidos a mim, filho de Zipor. Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar...” (Números 23:18-20).

Isso é muito forte meu amigo e minha amiga! Deus era com aquele povo e por isso não podia permitir que aquela macumba tivesse efeito na vida deles.

É importante ainda salientar, que Deus é soberano e não leva em conta os nossos pecados do passado. Não importa o que fizemos no passado, Ele nos perdoa, se de fato nos arrependermos e nos entregarmos para Ele.

Veja que Ele não olhou para os pecados de Jacó: “...Não viu iniquidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó; o Senhor seu Deus é com ele, e no meio dele se ouve a aclamação de um rei...” (Números 23:21).

Da mesma forma, Ele não olha para o nosso passado. O que Ele leva em conta é o presente, ou seja, a nossa condição atual.

Você é uma benção, não perca essa visão espiritual. Foi Ele quem nos tirou do Egito (do mundo pecaminoso) e nos deu força de um touro selvagem para lutar contra o diabo: “...Deus os tirou do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem...” (Números 23:22).

Não fique olhando para o passado e nem com medo de macumba (feitiçaria), pois está escrito que não há macumba que pegue na vida daquele que têm compromisso com Deus, dos que são batizados com o Espírito Santo: “...Não há feitiçaria que tenha poder contra Jacó, nem magia alguma contra Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas Deus tem realizado...” (Números 23:23).

Diante do exposto, conclui-se que quando Deus abençoa alguém, já era. Não tem mal que possa invalidar essa benção. O diabo não prevalece contra o ungido do Senhor.

O que eu falei para aquela senhora quando a atendi eu escrevo agora para o amigo leitor que tem algum receio acerca da macumbaria: macumba não pega na vida de quem tem compromisso e comunhão com Deus. Se Deus te escolheu e te ungiu, já era para o diabo.

Podem fazer a macumba que for; jamais te atingirá. Pelo contrário, alcançará a vida daquele que se levantar contra ti.

Israel foi abençoado por Deus e por isso Balaque não podia amaldiçoá-lo e nem Balaão.

06/12/2017

O QUE LEVA O SER HUMANO A SE AFASTAR DE DEUS

Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então nos últimos dias voltarás para o Senhor teu Deus, e ouvirás a sua voz (Deuteronômio 4, v. 30).

Tenho observado, ao longo do tempo, o comportamento dos cristãos e em minhas anotações pude verificar alguns fatores relevantes que levaram os ditos evangélicos a perderem a fé e, por conseguinte, distanciarem-se do Senhor Jesus.

Pois bem. Existem duas maneiras de a pessoa se aproximar de Deus e passar a ser um fiel seguidor da doutrina de Cristo. A primeira e a mais incomum, é a aproximação pelo amor.

São raros os casos em que a pessoa resolve por conta própria entregar sua vida para Jesus, sem querer nada em troca. Em minhas anotações, esse número de evangélicos chega a 5%.

Entram nesse percentual aquelas pessoas que nascem no meio evangélico e que quando crescem continuam, por convicção própria, no caminho da salvação.

Esse pequeno grupo de pessoas, não condicionam a aceitação da Palavra como moeda de troca. Não, simplesmente têm a convicção de que o amor de Cristo é a solução para a sua vida e por isso se entregaram unicamente por amor ao Soberano.

A segunda e a mais comum, é a aproximação pela dor.  Pois é. A maioria dos cristãos de hoje e de sempre aceitaram o Senhor Jesus como seu Salvador porque estavam ou estão passando por um problema, seja de ordem familiar, de doença, financeiro, sentimental, espiritual, etc.

A dor e o sofrimento foram os motivos cruciais para aproximá-los de Deus. Pois chegaram diante Dele com interesse no que Ele tem e não no que Ele é.

Sabedoras de que Jesus cura, liberta, prospera e salva, esse grupo majoritário de evangélicos resolvem “entregar” suas vidas para Ele, em troca da solução de seus problemas.

 Sempre foi assim. Pode observar que aonde Jesus ia pregando o evangelho da salvação, a multidão o seguia, não porque ele era bonito ou exclusivamente o salvador, mas pelo simples fato de terem conhecimento dos milagres que Ele operava nas pessoas.

A fama de Jesus ia aumentando por onde Ele passava e, por conseguinte, o número de seguidores, dentre os quais se destacavam os enfermos, os possessos de espíritos malignos, etc.

Hoje a história não mudou. Existem milhares de igrejas evangélicas e poucos seguidores da doutrina de Cristo.

Os 95% estão superlotando as igrejas, unicamente motivados pelos interesses particulares, pois sabem que Jesus opera milagres e pode mudar o sofrimento deles. Veem isso nas vidas das outras pessoas diariamente, através dos testemunhos.

Acontece que o tempo é o maior inimigo dessa maioria esmagadora de crentes. Jesus nunca esteve alheio a esse fato e por conseguinte, não é escravo e nem empregado de quem quer que seja. Por isso a maioria desse grupo não dura muito tempo, pelo simples fato de não obterem a solução de seus problemas de forma imediata, no tempo deles.

Diante da demora, a desilusão, a decepção e a impaciência fazem com que eles não permaneçam na igreja por muito tempo, levando-os ao afastamento, já que não são nascidos de Deus e não tiveram um encontro real e verdadeiro com o Senhor Jesus.

Esse grupo de evangélicos (os 95%), não estão na igreja em busca do dono da benção, estão na igreja em busca das bênçãos do dono e como elas na maioria das vezes demoram a chegar, o afastamento de Deus é a única solução.

Somente os que são nascidos da água e do Espírito, ou seja, os que tiveram um encontro com Deus permanecem e sem sombra de dúvidas, são os 5% que vieram por amor e mais 5% dos 95% que vieram pela dor, totalizando 10%.

Quem não teve um encontro com Deus e não foi batizado com o Espírito Santo, dificilmente obterá a salvação, já que não permanecerá no caminho da fé até o fim de sua vida e esse número de salvos diz respeito ao dízimo da igreja do Senhor, ou seja, somente 10% entrarão no Reino dos Céus quando partir desta vida.

Diante do exposto, conclui-se que o principal motivo que leva o ser humano a se afastar de Deus é a ausência do novo nascimento e do encontro com Ele; é fazer parte dos 95% que vieram pela dor.

E você vai vir pelo amor ou pela dor? 

02/12/2017

QUANDO SE PERDE A VISÃO ESPIRITUAL E NÃO MAIS SE VIVE PELA FÉ

É muito comum vermos nas igrejas pessoas que um dia chegaram com a vida destruída, com problemas no casamento, na saúde, na vida sentimental, familiar e financeira e com o passar do tempo, depois de serem curadas e de estarem bem financeiramente, perdem a visão da fé.

No início, quando os problemas eram constantes e a pessoa não tinha nada, usava a fé, conseguia enxergar com os olhos espirituais e fazia de tudo para ela, pelo povo e pela igreja, mas com o passar do tempo essa visão espiritual foi ficando turva a ponto de a pessoa ficar totalmente cega espiritual. Foi o que aconteceu com Hadassa, que se tornou Ester.

A bíblia mostra que Ester se chamava Hadassa e que ela era uma hebreia de nascimento: “...Havia então um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita, Que fora transportado de Jerusalém, com os cativos que foram levados com Jeconias, rei de Judá, o qual transportara Nabucodonosor, rei de babilônia. Este criara a Hadassa (que é Ester, filha de seu tio), porque não tinha pai nem mãe; e era jovem bela de presença e formosa; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha...” (Ester cap. 2, versículos 5 ao 7).

Ela era uma moça virgem, criada por seu tio Mordecai ou Mardoqueu, como muitos falam e vivia com o seu povo hebreu. Foi escolhida rainha, em substituição a rainha rebelde Vasti: “...E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti...” (Ester 2:17).

Pois bem. Para não se declarar judia, apresentou-se como Ester e assim foi escolhida a nova rainha. Até aqui Ester vivia de forma normal para com o seu povo e principalmente para com o seu tio e ex-curador Mardoqueu. Mas, com o passar do tempo, o poder, a riqueza e a luxúria lhes sobrevieram a cabeça, fazendo com que ela se esquecesse de onde saíra e de quem era antes.

O comportamento de Ester mudou completamente, pois não mais falava com o seu tio e ex-curador Mardoqueu e passou a mandar recados ao invés de ir pessoalmente falar com ele. Não sabia ela que a situação a partir do capítulo 3 iria mudar e a coisa iria ficar feia.

Pois bem. Como dito, ela se chamava Hadassa e havia se apresentado ao rei com o nome de Ester, logicamente que a mando do seu tio Mardoqueu, para que ninguém soubesse de sua naturalidade, já que era hebreia, povo que estava no cativeiro babilônico.

Viveu vários anos como se fosse Ester, esquecendo de sua origem hebreia, com medo de ser descoberta. Abandonou, assim, a fé original, deixando a cegueira espiritual dominar a sua vida. As riquezas do palácio lhe encheram os olhos.

Tempos depois o rei Assuero, agora marido de Ester, através de uma lei, decretou a morte de todos os judeus, sem exceção. Ora, não sabia o rei que sua mulher era uma hebreia, já que ela nunca o havia dito: “...E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens...” (Ester 3:13).

Revoltado com a inércia de Ester, Mardoqueu se dirigiu ao palácio, mesmo arriscando a sua própria vida, para falar com ela: “...Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo clamor; E chegou até diante da porta do rei, porque ninguém vestido de saco podia entrar pelas portas do rei. E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a sua lei chegava, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos estavam deitados em saco e em cinza...” (Ester 4:1-3).

Observe que quando Ester ficou sabendo que Mardoqueu, seu tio e ex-curador estava vestido de pano de saco em frente ao palácio, ela, ao invés de ir até ele para falar pessoalmente e se juntar ao movimento de fé, mandou suas empregadas levar roupas novas: “...Então vieram as servas de Ester, e os seus camareiros, e fizeram-na saber, do que a rainha muito se doeu; e mandou roupas para vestir a Mardoqueu, e tirar-lhe o pano de saco; porém ele não as aceitou...” (Ester 4:4).

Note que ele não aceitou as roupas novas. Não se travava de um mendigo. Ele não estava ali para pedir roupas novas. Estava vestido de pano de saco por uma causa espiritual, estava usando a sua fé, contra aquele plano diabólico, convertido em lei.

Logicamente que ela sabia o significado “do vestir o pano de saco”, já que era judia e foi criada com essas práticas religiosas, mas até este capítulo ela havia perdido a visão espiritual e, por conseguinte, se corrompido pelas riquezas e luxúrias do palácio.

Mais uma vez vemos que Ester, ao invés de ir novamente falar com Mardoqueu, mandou mais um empregado seu falar com ele, ao invés de ir pessoalmente: “...Então Ester chamou a Hatá (um dos camareiros do rei, que este tinha posto para servi-la), e deu-lhe ordem para ir a Mardoqueu, para saber que era aquilo...” (Ester 4:5). Essa foi a prova de que ela havia se esquecido do significado do luto do pano de saco. A cegueira espiritual deixa a pessoa assim mesmo.

Ela agora tinha mensageiros, ao invés de falar pessoalmente com o seu povo. Que absurdo! Ficou utilizando aquele sistema de mensagens sem fio; recados por recados. “...veio, pois, Hatá, e fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu; Então falou Ester a Hatá, mandando-o dizer a Mardoqueu; E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester...” (Ester 4:9, 10 e 12).

Veja que absurdo. O poder lhe sobreveio a cabeça, a ponto de não mais receber um parente seu. Quantas pessoas não agem da mesma forma?

Revoltado com a atitude de Ester, Mardoqueu mandou um recado duro e decisivo para ela: “...Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester: Não imagines no teu íntimo que, por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus...” (Ester 4:13).

Ela pensou que o simples fato de estar no palácio iria salvar a sua vida. Mardoqueu refrescou a memória de Ester e a fez lembrar que ela também iria morrer porque igualmente era judia.

A cegueira espiritual de Ester até este momento, não a deixava enxergar o risco de morte que ela mesma também estava correndo. O decreto de morte era para todos, sem exceção.

Foi justamente a partir do versículo 15, após perceber que o decreto também iria lhe alcançar, que Ester recobrou o juízo e voltou a viver pela fé. O final dessa história é que a situação mudou e o povo hebreu não foi aniquilado, mas o intuito deste estudo é mostrar que até aqui Ester perdeu a visão espiritual e se deixou contaminar pelas riquezas do palácio.

Quero deixar registrado que Ester foi uma mulher extraordinária e foi usada por Deus para salvar o povo judeu da morte, naquela época, mas até o capítulo 4 vemos que ela havia perdido a visão espiritual, em face das riquezas do palácio e havia dado as costas para o seu povo e principalmente para o homem que a havia criado. Achava que a lei não iria lhe alcançar pelo simples fato de ser rainha.

A reflexão deste estudo é no sentido de que não devemos nos deixar envolver pelas riquezas do palácio. Deus a havia colocado ali, naquela posição, com o intuito de livrar o povo da morte, como de fato aconteceu, mas ela havia perdido essa visão e isso não invalidaria os planos de Deus. Com certeza Ele iria enviar outro para tal missão, caso ela não se arrependesse e não voltasse à sensatez.

Quantas pessoas não vivem o mesmo dilema de Ester? No passado, quando estavam na miséria, cheias de problemas, eram humildes e usavam a fé, mas agora, quando conseguiram prosperar; estando em uma posição social boa, deram as costas para a obra de Deus e para as cosais que envolvem a fé?

Pessoas nessas condições, estão cegas espiritualmente, e não conseguem perceber o risco que estão correndo.

O diabo tem um plano contra o povo de Deus e a todo tempo vai provocar situações que lhe dê condições de concretizar esse plano e Deus escolheu você para ser usado por Ele com o fito de aniquilar esse plano satânico. Se você perder essa visão espiritual e se deixar contaminar pelas riquezas do palácio, Ele vai colocar outro em teu lugar, pode acreditar.

Graças a Deus que Ester recobrou o juízo e a visão espiritual. E você; em qual situação se encontra? Cego ou saudável espiritualmente? As riquezas do palácio te contaminaram ou você ainda está vivendo pela fé? Reflita.