CAPÍTULO
26
Dando continuidade ao estudo do livro do
profeta Jeremias, adentramos no vigésimo sexto capítulo. Confesso que ao
meditar nesse capítulo fiquei estarrecido com os acontecimentos nefastos
vividos pelo profeta Jeremias.
Pude observar o quão difícil era pregar a Palavra
de Deus no período da idade média e início da contemporânea. O próprio livro de
Jeremias mostra as dificuldades que ele enfrentou para anunciar o evangelho
naquela época.
No capítulo 12 vimos que Jeremias estava
cansado de pregar a verdade e ver os rebeldes continuarem numa boa. Já no
capítulo 15 assistimos a aflição que ele passou por causa das perseguições.
Dúvidas e medo lhe assolavam. No capítulo 16, notamos o sofrimento de Jeremias
por causa da proibição de constituir família. Ali o profeta foi compelido a
conviver com a solidão. No capítulo 20, observamos a injustiça sofrida pelo
profeta, que chegou até a ser preso em um tronco e chicoteado durante 24 horas.
Agora, neste capítulo 26, versículo 8, observa-se
que ele encarou a morte por causa da Palavra de Deus: “Tendo Jeremias
acabado de falar tudo quanto o SENHOR lhe havia ordenado que dissesse a todo o
povo, lançaram mão dele os sacerdotes, os profetas e todo o povo, dizendo:
Serás morto”.
Pois bem. Deus havia dado uma ordem a
Jeremias para anunciar a palavra de arrependimento àquele povo rebelde, afim de
livrá-los do inferno e mesmo assim eles não quiseram dar ouvidos à voz do homem
de Deus.
Quando Jeremias acabou de falar, os
profetas e os sacerdotes logo o condenaram a pena de morte (versículo 11): “Então, os
sacerdotes e os profetas falaram aos príncipes e a todo o povo, dizendo: Este
homem é réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com
os vossos próprios ouvidos”.
Observe que não foram os incrédulos que conspiraram
contra ele, foram os supostos crentes que armaram contra a sua vida.
No versículo 12, Jeremias fez a sua defesa
nos seguintes termos: “Falou Jeremias a todos os príncipes e a todo o povo,
dizendo: O SENHOR me enviou a profetizar contra esta casa e contra esta cidade
todas as palavras que ouvistes”.
Diante disso, nota-se no versículo 16, que
os não crentes, ou seja, os de fora, atuaram em sua defesa com a seguinte tese:
“Então,
disseram os príncipes e todo o povo aos sacerdotes e aos profetas: Este homem
não é réu de morte, porque em nome do SENHOR, nosso Deus, nos falou”.
Diante de todo esse julgamento,
verifica-se que a sentença final só saiu no versículo 24, quando ele só escapou
da pena de morte porque Deus usou um homem chamado AICÃO, para interceder de uma
vez por todas por ele nos seguintes termos: “Porém a influência de Aicão, filho de
Safã, protegeu a Jeremias, para que o não entregassem nas mãos do povo, para
ser morto”.
Pois bem. Meditando nesse vigésimo sexto
capítulo, conclui-se que é muito triste saber que o simples fato de pregar a
Palavra, pode levar o homem de Deus à pena de morte, pelos que supostamente
professam a mesma fé.
Os que condenaram Jeremias à morte foram
os sacerdotes e profetas, ou seja, os que supostamente eram evangélicos. Graças
a Deus que pelo menos aqui no Brasil, não se tem registro de acontecimentos dessa
natureza.
Temos visto mortes de cristãos no oriente
médio por integrantes de seitas nazistas e satânicas, mas não por parte das pessoas
que professam a mesma fé no Senhor Jesus.
Que Deus nos livre dos falsos crentes.
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