OBREIRO OFICIAL

26/11/2017

A TROCA DE IDENTIDADE

“Atribuir-se a terceiro falsa identidade para obter vantagem em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem”.

Hoje estava lendo a Bíblia e Deus falou comigo. Mostrou-me a história de Jacó, que com certeza explica o motivo do sofrimento de muitas pessoas que estão com as vidas destruídas, pagando um preço por causa de um erro cometido no passado.

Pois bem. A história mostra que Isaque teve dois filhos, o primeiro se chamava Esaú e o segundo Jacó. Diz ainda o manuscrito que havia uma tradição religiosa denominada “ O PASSAR DA BENÇÃO”. Era uma espécie de consagração que o filho mais velho recebia do pai. Através da imposição de mãos se transferia a benção de Deus para o referido primogênito.

Como dito, Isaque era pai de Esaú e de Jacó, respectivamente, e de acordo com a tradição religiosa, quando Isaque estivesse prestes a morrer, deveria passar a benção de Deus para o seu filho mais velho Esaú.

Ocorre que, Esaú era um cara que não dava valor as cosias espirituais professadas pelo pai. Não levava a sério e por isso, não dava valor ao direito de primogenitura.

Por sua vez, Jacó, ao contrário de Esaú, dava muito valor as promessas advindas da fé de seu pai Isaque e, percebendo que seu irmão desprezava esse direito de ser abençoado pelo pai, agiu de forma trapaceira e desonesta, com o fito de “roubar essa benção”.

Pois bem. Essa história começa a ser contada no Capítulo 27 do Livro de Gênesis: “...Quando Isaque já estava velho, e se lhe enfraqueciam os olhos, de maneira que não podia ver, chamou a Esaú, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho! Ele lhe respondeu: Eis-me aqui!    Disse-lhe o pai: Eis que agora estou velho, e não sei o dia da minha morte; toma, pois, as tuas armas, a tua aljava e o teu arco; e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça; e faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; a fim de que a minha alma te abençoe, antes que morra...” (Gênesis 27, 1 ao 4).

Aqui é chegado o momento da transmissão da benção. Isaque estava cego e prestes a morrer e mandou seu filho mais velho lhe preparar uma oferta para a cerimônia da transmissão da benção.

Ocorre que, ao ouvir a conversa, a mãe de Jacó lhe orientou para que o mesmo trapaceasse seu irmão, fazendo-se passar por ele, com o fito de receber a imposição das mãos e a tão esperada benção de Deus em sua vida.

Cuida registrar, que havia uma diferença física entre os dois irmãos, mas mesmo assim, Jacó e sua mãe, aproveitando-se da cegueira do abençoador, armaram uma trapaça para que o mesmo se passasse por ele, usando pelos de animais em seu corpo.

Aconteceu aqui a troca de identidade, motivo da desgraça de Jacó: “...Disse então Rebeca a Jacó, seu filho: Eis que ouvi teu pai falar com Esaú, teu irmão, dizendo:   Traze-me caça, e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante do Senhor, antes da minha morte.    Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te ordeno: Vai ao rebanho, e traze-me de lá das cabras dois bons cabritos; e eu farei um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta; e levá-lo-ás a teu pai, para que o coma, a fim de te abençoar antes da sua morte. Respondeu, porém, Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú, meu irmão, é peludo, e eu sou liso. Porventura meu pai me apalpará e serei a seus olhos como enganador; assim trarei sobre mim uma maldição, e não uma bênção. Respondeu-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim caia essa maldição; somente obedece à minha voz, e vai trazer-mos. Então ele foi, tomou-os e os trouxe a sua mãe, que fez um guisado saboroso como seu pai gostava. Depois Rebeca tomou as melhores vestes de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho mais moço;  com as peles dos cabritos cobriu-lhe as mãos e a lisura do pescoço;  e pôs o guisado saboroso e o pão que tinha preparado, na mão de Jacó, seu filho. E veio Jacó a seu pai, e chamou: Meu pai! E ele disse:  Eis-me aqui; quem és tu, meu filho? Respondeu Jacó a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te, pois, senta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe. Perguntou Isaque a seu filho: Como é que tão depressa a achaste, filho meu? Respondeu ele: Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro. Então disse Isaque a Jacó: Chega-te, pois, para que eu te apalpe e veja se és meu filho Esaú mesmo, ou não. chegou-se Jacó a Isaque, seu pai, que o apalpou, e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú. E não o reconheceu, porquanto as suas mãos estavam peludas, como as de Esaú seu irmão; e abençoou-o. No entanto perguntou: Tu és mesmo meu filho Esaú? E ele declarou: Eu o sou. Disse-lhe então seu pai: Traze-mo, e comerei da caça de meu filho, para que a minha alma te abençoe: E Jacó lho trouxe, e ele comeu; trouxe-lhe também vinho, e ele bebeu. Disse-lhe mais Isaque, seu pai: Aproxima-te agora, e beija-me, meu filho. E ele se aproximou e o beijou; e seu pai, sentindo-lhe o cheiro das vestes o abençoou, e disse: Eis que o cheiro de meu filho é como o cheiro de um campo que o Senhor abençoou. Que Deus te dê do orvalho do céu, e dos lugares férteis da terra, e abundância de trigo e de mosto; sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; sejam malditos os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem..” (Gênesis 27, vers. 6 ao 29).

Ele se passou por Esaú, com o fito de receber a benção que era de seu irmão. Trocou sua identidade e, como consequência, pagou muito caro por isso, como veremos a seguir.

Pois bem. Logo depois da trapaça, chegou o seu irmão Esaú e ficou sabendo do ocorrido, tendo recebido a seguinte informação do pai: “...Tão logo Isaque acabara de abençoar a Jacó, e este saíra da presença de seu pai, chegou da caça Esaú, seu irmão; e fez também ele um guisado saboroso e, trazendo-o a seu pai, disse-lhe: Levantate, meu pai, e come da caça de teu filho, para que a tua alma me abençoe. Perguntou-lhe Isaque, seu pai: Quem és tu? Respondeu ele: Eu sou teu filho, o teu primogênito, Esaú. Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou caça e ma trouxe? Eu comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito. Esaú, ao ouvir as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai! Respondeu Isaque: Veio teu irmão e com sutileza tomou a tua bênção. Disse Esaú: Não se chama ele com razão Jacó, visto que já por duas vezes me enganou? tirou-me o direito de primogenitura, e eis que agora me tirou a bênção. E perguntou: Não reservaste uma bênção para mim? Respondeu Isaque a Esaú: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido. Que, pois, poderei eu fazer por ti, meu filho? Disse Esaú a seu pai: Porventura tens uma única bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a voz, e chorou...” (Gênesis 27, 31/38).

Chorou amargamente Esaú, prometendo matar o seu irmão Jacó, por causa da fraude cometida por ele: “...Esaú, pois, odiava a Jacó por causa da bênção com que seu pai o tinha abençoado, e disse consigo: Vêm chegando os dias de luto por meu pai; então hei de matar Jacó, meu irmão...” (Gênesis, 27, 41).

Aqui começou a desgraça na vida de Jacó. Com a morte de seu pai, Esaú jurou lhe matar, obrigando-o a fugir da aldeia.

Pois bem. É aqui que quero mostrar as consequências da troca de identidade. A partir desse momento, a vida de Jacó nunca mais foi a esma. Teve que viver como fugitivo. Nunca mais teve paz.

O orgulho, a prepotência e o engano eram seus companheiros, já que mentiu para o pai, com o fito de roubar a benção do seu irmão.

Tanto é que anos mais tarde, depois de sofrer perambulando pelas terras alheias, pagando o preço na vida financeira e sentimental, já que trabalhou feito escravo para se casar com sua esposa amada (Raquel), Deus resolveu lhe dar uma chance, já que o mesmo havia recebido a benção de primogenitura, ainda que de forma indevida.

No capítulo 32, Deus aparece para ele. A Bíblia mostra a ocorrência de uma luta entre Jacó e um Anjo. Ora, entende-se que esse anjo era o Próprio Deus. Jacó lutou fisicamente com esse anjo durante toda a noite e já ao amanhecer, o anjo lhe deu um golpe, que rompeu os ligamentos da coxa: “...Quando este viu que não prevalecia contra ele, tocou-lhe a juntura da coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, enquanto lutava com ele...” (Gênesis 32, 25).

Jacó sabia que aquele homem era Deus e por isso não queria deixa-lo ir embora, sem antes receber o perdão e a benção: “...Jacó, porém, respondeu: Não te deixarei ir, se me não abençoares...” (Gênesis 32, vers. 26).

Ora, o problema de Jacó era com Deus e não com o homem. Ele tinha que se resolver com Deus primeiro. Tanto é que o anjo lhe perguntou quem ele era e o mesmo respondeu: JACÓ (Gênesis 32, vers. 27).

Observe que até aqui ele se passava por Esaú, mas agora ele revelou seu nome correto. Deus sabia o nome dele, mas queria que ele falasse a verdade, já que havia mentido para o pai, com o fito de receber a benção do irmão. Ele havia trocado a identidade.

Aqui ele resolveu o problema dele com Deus e como consequência, teve o nome mudado pelo Próprio Deus: “...Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido...” (Gênesis 32, versículo 28).

Pois é meu amigo e minha amiga, quando o nosso problema é com o homem ou com o diabo, é fácil de resolver, pois temos Deus com parceiro para nos ajudar e nos dar a vitória; mas quando o nosso problema é com Deus, aí fica impossível de resolver.

Com Deus ninguém pode e somente a Sua misericórdia, associada ao arrependimento do homem, pode trazer a resposta e a solução Divina.

O problema de Jacó era contra Deus, quando ele trocou a sua identidade para obter a benção do irmão e por isso ele tinha que se resolver com o Soberano, do contrário, não iria vencer nunca.

A partir daí a sua vida mudou. Com a resolução do problema dele com Deus e com o recebimento de um novo nome, Israel, o antigo Jacó, passou a ser de fato e de verdade abençoado. Reatou sua vida com o irmão e teve dias de paz e de vitórias: “...Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram...” (Gênesis 33, v.4).

Com isso meu caro leitor, aprendemos que a troca de identidade, que é “atribuir-se a terceiro falsa identidade para obter vantagem em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem”, traz sérios prejuízos para a vida do trapaceador. Seja você mesmo. Jamais tente enganar ninguém. Veja que Jacó teve o incentivo de sua própria mãe, mas se tivesse caráter não cometeria mencionado crime.

Somente quando se arrependeu e resolveu seu problema com Deus, teve a resposta para o seu sofrimento.

Tenho certeza que não há problemas sem causa, motivo pelo qual, deixo essa reflexão para que você veja se o motivo do teu sofrimento não é o mesmo de Jacó, a troca de identidade. Pense nisso.

18/11/2017

BREVES RELATOS SOBRE A TRAJETÓRIA DO INSTITUTO DO DIVÓRCIO NO BRASIL

Quando Deus criou o homem e a mulher (teoria da criação), ele instituiu o casamento. É o que consta no Livro de Gênesis, capítulo 2.

A partir de então, foi instituída no mundo a relação matrimonial. A orientação era para que esse relacionamento fosse indissolúvel, custe o que custar. A mulher não tinha vez e sempre deveria ser submissa ao homem, em prol desse relacionamento, ainda que falido fosse.

Mas nem tudo é eterno e, por conseguinte, haveria de surgir uma fórmula de pôr fim a esse relacionamento, quando o mesmo viesse a fracassar e a convivência a dois se tornasse incompatível. Foi aqui que surgiu o instituto da dissolução matrimonial, objeto do presente estudo.

Pois bem. O instituto do divórcio nada mais é do que o rompimento do vínculo conjugal reconhecido pela lei. Ele rompe o vínculo matrimonial, permitindo um novo casamento dos cônjuges divorciados. Põe termo ao casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso, mas não modifica os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.

Com o fito de esclarecer melhor as diretrizes do mencionado instituto, vou discorrer, de forma sucinta, o surgimento do mesmo no direito brasileiro.

Pois bem. No Brasil, vemos que a história nos mostra que foram quase dois séculos de luta pela emancipação do Brasil como Estado Democrático de Direito e pelas garantias dos direitos individuais. Como o casamento foi instituído pela lei da igreja, como vimos no antigo testamento (Gênesis, cap. 2), a luta foi intensa, com relação à igreja católica, para que houvesse uma maneira aceitável de romper com os casamentos falidos.

No Brasil Império, por exemplo, inúmeras foram as tentativas de redução do poder da Igreja em matérias do Estado e já no Brasil República, de diminuição da interferência do Estado na vida privada.

Em 1822, com a proclamação da independência e a instauração da monarquia (1822-1899), o Brasil permaneceu sob influência direta e incisiva da Igreja, em matéria de casamento. O Decreto de 03.11.1827 firmava a obrigatoriedade das disposições do Concílio de Trento e da Constituição do Arcebispado da Bahia, consolidando a jurisdição eclesiástica nas questões matrimoniais.

Já em 1861, no Brasil Império, houve a primeira flexibilização da Igreja Católica. O Decreto 1.144, de 11.09.1861 regulou o casamento entre pessoas de religião dissidente, de acordo com as prescrições da respectiva religião. A inovação foi passar para a autoridade civil a faculdade de dispensar os impedimentos e a de julgar a nulidade do casamento. No entanto, admitia-se apenas a separação pessoal.

Com a proclamação da república, em 15 de novembro de 1889, enfim, houve a separação oficial entre a Igreja e o Estado e a necessidade de regular os casamentos. Contudo, com a persistência da realização exclusiva do casamento católico, foi expedido novo Decreto, nº 521, em 26 de junho de 1890, dispondo que o casamento civil, deveria preceder as cerimônias religiosas de qualquer culto.

A partir daqui foi disciplinada a separação de corpos, sendo indicadas as causas aceitáveis: adultério; sevícia ou injúria grave; abandono voluntário do domicílio conjugal por dois anos contínuos; e mútuo consentimento dos cônjuges, se fossem casados há mais de dois anos.

No ano de 1893, o Deputado Érico Marinho apresentou no Parlamento a primeira proposição divorcista. Em 1896 e 1899, renovava-se a tentativa na Câmara e no Senado e, sete anos após, ou seja, em 1900, o deputado provincial Martinho Garcez ofereceu projeto de divórcio vincular. A proposição foi rejeitada; a influência da igreja era plena.

Finalmente, em 1901, o jurista Clóvis Beviláqua apresentou, após seis meses de trabalho, seu projeto de Código Civil. Duramente criticado pelo então senador Rui Barbosa e por vários juristas, seu projeto sofreu várias alterações até sua aprovação em 1916. É o tão conhecido código civil de 1916.

Pois bem. Tal como no direito anterior, permitia-se o término da sociedade conjugal somente por via do desquite, amigável ou judicial. É a tão conhecida separação de corpos.

A sentença do desquite apenas autorizava a separação dos cônjuges, pondo termo ao regime de bens, entretanto, permanecia o vínculo matrimonial. A enumeração taxativa das causas de desquite foi repetida: adultério, tentativa de morte, sevícia ou injúria grave e abandono voluntário do lar conjugal (art. 317). Foi mantido o desquite por mútuo consentimento (art. 318).

Trinta e três anos mais tarde a indissolubilidade do casamento tornou-se preceito constitucional na Carta Magma de 1934 e com a nova Constituição de 1937 reiterou que a família é constituída pelo casamento indissolúvel, sem se referir à sua forma. O mesmo preceito foi repetido nas constituições de 1946 e de 1967.

Ainda na vigência da Constituição de 1946, várias tentativas foram feitas no sentido da introdução do divórcio no Brasil, embora que de modo indireto. Seria acrescentada uma quinta causa de anulação do casamento por erro essencial, consistente na incompatibilidade entre os cônjuges, com prova de que, após decorridos cinco anos da decretação ou homologação do desquite, o casal não restabelecera a vida conjugal.

Mais adiante, já nos meados do ano de 1969, surgiu a Emenda Constitucional nº 1/69, outorgada pelos chefes militares, onde previa que qualquer projeto de divórcio somente seria possível com a aprovação de emenda constitucional por dois terços de senadores e de deputados.

No ano de 1975 foi apresentada outra emenda constitucional, a de nº 5, permitindo a dissolução do vínculo matrimonial após cinco anos de desquite ou sete de separação de fato. Em sessão de 8 de maio de 1975, a emenda obteve a maioria de votos, porém insuficientes para atingir o quórum exigido de dois terços. Mais uma tentativa fracassada. A igreja tradicional venceu mais essa batalha.

Finalmente, em 1977, o divórcio foi instituído oficialmente no Brasil, através da emenda constitucional número 9, regulamentada pela lei 6.515, que entrou em vigor no dia 27 de dezembro do mesmo ano. De autoria do senador Nelson Carneiro, a nova norma foi objeto de grande polêmica na época, principalmente pela influência da igreja católica sobre o Estado. A inovação permitia extinguir por inteiro os vínculos de um casamento e autorizava que a pessoa casasse novamente com outra pessoa.

Pois bem. Como vimos, até o ano de 1977, quem casava, permanecia com o vínculo jurídico para o resto da vida. Caso a convivência fosse insuportável, poderia ser pedido o desquite, que interrompia com os deveres conjugais e terminava com a sociedade conjugal; os bens eram partilhados e acabava a convivência sob mesmo teto, mas nenhum dos dois poderia recomeçar sua vida ao lado de outra pessoa cercado da proteção jurídica do casamento. Nessa ocasião o regime de comunhão de bens era total.

Até aqui a sociedade brasileira obteve um grande avanço, mas ainda não era o que se pretendia, porque a mencionada lei do divórcio, concedeu a possibilidade de um novo casamento, mas somente por uma vez.

O desquite passou a ser chamado de separação e permanecia como um estágio intermediário até a obtenção do divórcio. Foi com a Constituição de 1988 que passou a ser permitido divorciar e recasar quantas vezes fosse preciso, conforme discorremos nas linhas a seguir.

Inicialmente, a Constituição de 1988, em seu artigo 226, estabelecia que o casamento civil poderia ser dissolvido pelo divórcio, mas desde que cumprida a separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos.

 Merece destaque especial, o § 3º da Constituição e seu regulamento no Código Civil de 2002, que reconheceu outras formas de constituição familiar, além da via do casamento, incluindo o reconhecimento de uniões estáveis (o que não é objeto do presente estudo).

Ocorre que, uma alteração legislativa precisava ser feita, ocasião em que entrou em vigor a Lei 7.841, que revogou o art. 38 da Lei do Divórcio, eliminando a restrição à possibilidade de divórcios sucessivos. Agora não havia restrição a dissolução matrimonial e nem limitação a possibilidade de se casar quantas vezes fossem necessárias para se obter a felicidade.

A sociedade evoluiu e o direito não poderia ficar para trás, até que no ano de 2007 entrou em vigor a Lei 11.441/2007, onde estabeleceu que o divórcio e a separação consensuais podem ser requeridos por via administrativa. É conhecido como divorcio extrajudicial, onde se dispensa a necessidade de ação judicial, bastando que as partes compareçam assistidas por um advogado, a um cartório de notas e apresentar o pedido. Exceto quando o casal possuir filhos menores de idade ou incapazes e desde que não haja litígio.

Finalmente em 2010 foi promulgada a PEC do Divórcio, modificando, totalmente, o § 6º do art. 226 da Constituição Federal. A partir dessa modificação constitucional, o casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, sendo suprimido o requisito de prévia separação judicial por mais de um ano ou de comprovada separação de fato por mais de dois anos. Aprovado, finalmente, o divórcio direto no Brasil.

Diante do exposto, é de observar, que a trajetória do instituto do divórcio no Brasil tramitou de forma lenta e com muito trabalho, já que a igreja tradicional sempre teve muita influência no parlamento e no campo judicial brasileiro, mesmo após a proclamação da república, quando houve a separação entre a igreja e o estado e a necessidade de regular os casamentos.

O direito deve caminhar com a sociedade. Aonde há sociedade, ali deve estar o direito para regular os conflitos interpessoais. Por isso, os nubentes não poderiam ficar reféns de um matrimônio falido, em nome da preservação da família.

Logicamente que haveria de se legalizar a dissolução conjugal, para que ambos os nubentes pudessem seguir tocando suas vidas, em busca da felicidade, tendo a possibilidade de constituir novo matrimônio, já que vivemos em um estado democrático de direito, sendo dever do Estado garantir o respeito das liberdades civis, dos direitos humanos e as liberdades fundamentais, através do estabelecimento de uma proteção jurídica.

É o que se tem a discorrer sobre a matéria

14/11/2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS COMPLETO

Em 24 de abril de 2017, iniciei o estudo do livro do Profeta Jeremias. Durante sete meses meditei capítulo por capítulo e publiquei neste blog, com intervalo de dias, os resumos dos capítulos dentro daquilo que Deus me revelou.

 Hoje, 14 de novembro de 2017, transcrevo abaixo, o conteúdo do estudo completo, de forma compilada, para assim, difundir o evangelho, de fé em fé, colaborando, de alguma forma, com o crescimento espiritual do amigo leitor.

Ressalto, que é fundamental o amigo leitor acompanhar e conferir em sua bíblia sagrada todos os eventos mencionados neste estudo, para juntos compartilharmos do alimento que vem do céu.

CAPÍTULO 1

Pois bem. Uma coisa me chamou a atenção logo no início: Naquela ocasião, o povo de Israel estava no quinto mês do exílio babilônico. Sofrimento, dor e angustia assolavam a todos, pois haviam se afastado do caminho do Senhor.

Não tinha um homem que usasse a fé para mudar aquela situação, já que o povo havia dado as costas para Deus e por isso sofriam.

Mas, apesar de tudo isso, havia um escolhido: Jeremias. Homem que Deus o designara para pregar a sua Palavra aos rebeldes. Essa escolha ocorreu mesmo antes de ele nascer: “...antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Então disse eu: Ah, Senhor DEUS! Eis que não sei falar; porque ainda sou um menino. Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás. Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor. E estendeu o Senhor a sua mão, e tocou-me na boca; e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca; Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares...” (vers. 5/10). Isso foi o que mais me chamou a atenção. Deus escolhe o seu servo mesmo antes de ele existir.

No versículo terceiro Deus falou ao profeta Jeremias e mostrou a sua boa, perfeita e agradável vontade.

Mesmo sem querer ser usado por Deus, a princípio o profeta retrucou e tentou se esquivar da responsabilidade eclesiástica, alegando que não tinha capacidade espiritual para cumprir tal mister. Mas quando Deus escolhe uma pessoa não tem para ninguém. Ele o capacita e dá condições de a pessoa fazer a sua obra. O escolhido faz a diferença, ninguém pode com ele.

Por isso meu amigo e minha amiga, a Palavra de Deus nesse início de estudo nos revela que quem é escolhido de Deus é e acabou. Este permanece firme e forte até o fim desta vida.

Todavia, quem não é escolhido, não permanece. Pelo contrário, dá muito trabalho na igreja até que venha ser expurgado pelo Espírito Santo. (v. 5/10).

O primeiro capítulo nos mostra também que a pessoa que se afasta de Deus paga o preço da rebeldia. Naquela ocasião o povo estava longe da presença de Deus e por isso o Próprio havia falado com Jeremias que iria castigar os rebeldes: “...E veio a mim a palavra do Senhor segunda vez, dizendo: Que é que vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para o lado do norte. E disse-me o Senhor: Do norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra. Porque eis que eu convoco todas as famílias dos reinos do norte, diz o Senhor; e virão, e cada um porá o seu trono à entrada das portas de Jerusalém, e contra todos os seus muros em redor, e contra todas as cidades de Judá. E eu pronunciarei contra eles os meus juízos, por causa de toda a sua malícia; pois me deixaram, e queimaram incenso a deuses estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos...” (v. 13/16).

É verdade meu nobre. Quem se afasta de Deus automaticamente se aproxima do diabo e, por conseguinte, se torna Seu inimigo. Assim estava o povo de Israel no quinto mês do exílio na Babilônia.

Com isso, aprendi neste primeiro capítulo, que Deus quer que você obreiro, pastor, bispo, seja lá o título que tiver, pregue a verdade, o que a Palavra diz, sem mais, mais; sem fábulas ou ajeitadinhos. Não prevarique, pois você é um escolhido.  Ele quer que sejamos verdadeiros pregadores tal qual ele falou pra Jeremias.


CAPÍTULO 2

Dando continuidade ao estudo, adentramos no capítulo segundo e de pronto percebemos uma revolta de Deus para com o seu povo. Há uma visível indignação de Deus para com os hebreus, que por sua vez havia lhe virado as costas e se tornado idólatras.

É muito revoltante saber que depois que Deus abençoa o homem e depois que este está bem; depois que o tempo passa, o mesmo se esquece de Deus. Dói na alma saber disso!

A pior ingratidão que possa ocorrer é a pessoa se esquecer de onde Deus lhe tirou. O povo de Israel estava assim. Deus lhes tirou do Egito, lhes deu vitórias nas guerras, lhes deu terras, bênçãos e o tempo fez aquela geração nova se esquecer de tudo isso.

Deus, revoltado com tamanha ingratidão fez o profeta Jeremias lembrá-los de todas as bênçãos que eles obtiveram quando estavam sob a sua direção: “...E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o Senhor: Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava. Então Israel era santidade para o Senhor, e as primícias da sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor. Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó, e todas as famílias da casa de Israel; Assim diz o Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem de mim, indo após a vaidade, e tornando-se levianos? E não disseram: Onde está o Senhor, que nos fez subir da terra do Egito, que nos guiou através do deserto, por uma terra árida, e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra pela qual ninguém transitava, e na qual não morava homem algum? E eu vos introduzi numa terra fértil, para comerdes o seu fruto e o seu bem; mas quando nela entrastes contaminastes a minha terra, e da minha herança fizestes uma abominação...” (versículo 1 ao 7).

Que injustiça! Quanta ingratidão dos hebreus: “...Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, ainda que não fossem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua glória por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz o Senhor. Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas...” (versículos 11/13).

Trazendo para os dias atuais, logo verificamos que a história se repete. Deus muda a vida da pessoa e lá na frente ela se esquece de onde saiu e abandona a fé. Peço a Deus todos os dias em minhas orações para que isso não ocorra comigo.

E o pior de tudo, os pastores daquela época prevaricavam diariamente e deixavam o povo cair na idolatria. As igrejas de hoje estão assim também. Pastores que só pensam em dinheiro; homens fraudulentos, gananciosos que deixaram o evangelho genuíno de lado, fazendo com que o povo caia na idolatria mundana: “...os sacerdotes não disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheciam, e os pastores prevaricavam contra mim, e os profetas profetizavam por Baal, e andaram após o que é de nenhum proveito...” (v. 8).

Essa era a revolta de Deus naquela ocasião e Jeremias foi escolhido para exortar o povo e mudar aquela situação nefasta. Mas, ninguém queria nada com Deus. A idolatria era manifesta e inabandonável. A abdicação das cosias de Deus era comum, por isso a revolta do Soberano.

Por isso meu amigo e minha amiga, eu te faço essas perguntas: quer abandonar a fé? Vai deixar o Senhor? Saiba que irás pagar o preço. A pessoa que retrocede na fé e deixa o evangelho, vai gemer. Vai pagar caro: “...agora, pois, que te importa a ti o caminho do Egito, para beberes as águas de Sior? E que te importa a ti o caminho da Assíria, para beberes as águas do rio? A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mal e quão amargo é deixares ao SENHOR teu Deus, e não teres em ti o meu temor, diz o Senhor DEUS dos Exércitos...” (versículos 18 e 19). O povo de Israel pagou caro por ter abandonado a Deus naquela época. 

Cuidado meu amigo, isso é muito sério.  Não brinque com Deus. Se você brincar com o diabo você terá Deus como aliado para vencê-lo, mas se o teu problema for com Deus, você estará perdido, não haverá ninguém capaz de te ajudar. Muita atenção, não brinque.

Deixar a Deus é se tornar um baalin, é se tornar um idólatra. Não faça isso; não cometa os mesmos erros que o povo de Israel cometeu. É o que Jeremias está nos dizendo neste capítulo 2.  

CAPÍTULO 3

Continuando com o estudo do livro do profeta Jeremias, chegamos ao terceiro capítulo e o Espírito Santo me mostrou que Deus sempre apresenta uma chance ao pecador.

Apesar de você está vivendo na prática do pecado, de ter se tornado um idólatra, Ele resolve hoje te dar mais uma chance: “...vai, pois, e apregoa estas palavras para o lado norte, e dize: Volta, ó rebelde Israel, diz o Senhor, e não farei cair a minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o Senhor, e não conservarei para sempre a minha ira. Somente reconhece a tua iniquidade, que transgrediste contra o Senhor teu Deus; e estendeste os teus caminhos aos estranhos, debaixo de toda a árvore verde, e não deste ouvidos à minha voz, diz o Senhor ...”  (versículos 12 e 13).

Ele só quer que você somente reconheça que é pecador, largue o pecado, se arrependa e volte para os Seus braços. (v. 13).  Assim se encontrava o povo de Israel naquela época.

Mesmo assim Deus mandou o profeta Jeremias anunciá-los que, apesar de eles terem dado as costas para o Senhor, de terem se tornado idólatras e rebeldes, Ele está de braços abertos à espera do pecador que se arrepende. Isso é muito forte meu amigo! O capítulo 3 exaustivamente só toca nesse ponto.

Por isso, essa palavra vai para você que está no pecado, que deixou a obra de Deus e que está no mundo. Reconheça que você precisa do perdão de Deus e volte para Ele urgentemente, antes que seja tarde demais.

Temos visto muitos ex-crentes na mesma situação que os hebreus se encontravam naquela época: orgulhosos, rebeldes, cheios de iniquidades e que insistem em permanecer no erro. Deus é misericordioso e quer mudar essa situação que assola a tua vida. Chega de ser cabeça dura, aproveita a oportunidade que se chama hoje. Jesus não esqueceu de você, apesar de você ter se esquecido Dele.

O capítulo terceiro termina com esse apelo do profeta Jeremias para que o pecador se arrependa e volte para os braços do Pai. E você vai ficar de fora?

CAPÍTULO 4

Dando andamento ao estudo do livro do profeta Jeremias, hoje estive meditando no quarto capítulo. Esse capítulo é todo voltado para você que não quer dar ouvidos à voz do Espírito Santo e que insiste em ficar longe Dele.

Ele, através dessa Palavra, manda dizer que o mal virá sobre tua vida. As desgraças cairão na tua família, na tua casa. A tua vida financeira não irá para frente, se é que já não está totalmente destruída.

Por causa da tua rebeldia Deus permitiu que um leão, que nesta Palavra representa o diabo, desgraçasse toda a tua vida. Os versículos 6, 7 e 8 são claros. A ira de Deus se acende contra os rebeldes e desviados: “...Arvorai a bandeira rumo a Sião, fugi, não vos detenhais; porque eu trago do norte um mal, e uma grande destruição. Já um leão subiu da sua ramada, e um destruidor dos gentios; ele já partiu, e saiu do seu lugar para fazer da tua terra uma desolação, a fim de que as tuas cidades sejam destruídas, e ninguém habite nelas. Por isto cingi-vos de sacos, lamentai, e uivai, porque o ardor da ira do Senhor não se desviou de nós...”.

Existem muitas pessoas que não entendem ou não querem entender, que o motivo do sofrimento que está passando em suas vidas é justamente causado pelo afastamento entre ela e Deus. Ela procura resposta e não acha, mas Deus está respondendo através desta Palavra.

Jeremias anunciou ao povo rebelde todas essas desgraças que sobreviriam sobre eles. Hoje Ele anuncia a você. A Palavra de Deus não mudou, quem mudou foi você. Fique atento.

Deus, através desta mensagem, quer que você se arrependa e lave o seu coração dessa podridão espiritual que você se encontra: “...Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva; até quando permanecerão no meio de ti os pensamentos da tua iniquidade? ...” (versículo 14).

Se limpa dessa malícia, desses maus pensamentos, dessa prostituição espiritual, desse orgulho.

Ele quer habitar em tua vida novamente. Lembra de quando Ele te chamou e te escolheu? Você era sadio na fé. Não havia malícia. É isso que Ele quer hoje de você, que te purifiques (v. 14).

Deixa de ser cego. O teu mal proceder e as tuas obras más, fizeram vir sobre ti essas coisas, esses problemas.  A tua calamidade que é amarga atinge até o próprio coração.

Diante do exposto, conclui-se que o capítulo 4 de Jeremias trouxe duas revelações:

Mostrou o motivo do teu sofrimento e o que de pior ainda está por vir, caso você continue rebelde.

A segunda. Que há uma saída. Que Deus quer que você limpe o seu coração e deixe essa malícia de lado, para que Ele volte a habitar em tua vida, acabando de uma vez por todas com esse sofrimento. A escolha é sua.



CAPÍTULO 5

Prosseguindo com o estudo do livro do profeta Jeremias, vamos meditar hoje no quinto capítulo. Nesse capítulo Deus mostra a sua indignação para com os profetas e sacerdotes.

Como é sabido, naquela ocasião o povo estava exilado na Babilônia. A Palavra de Deus era escassa. A culpa era de quem? Dos líderes espirituais, dos profetas e sacerdotes que tinham a obrigação de levar a Palavra de Deus para todos.

Pois bem. Quando Deus escolhe uma pessoa para ser obreiro, pastor ou bispo, há de se observar que não há mais volta. O ministério do homem de Deus deve ser desenvolvido diariamente. Tem que haver uma preparação espiritual todos os dias.

A consagração e a santificação são elementos indispensáveis para que a autoridade espiritual esteja apta para ajudar o povo e fazer a obra de Deus. O pastor deve dá a vida pelas ovelhas. Essa é a missão que vem do alto.

Naquela ocasião, os líderes espirituais haviam se desviado do caminho do Senhor, mesmo estando dentro da igreja: “...negaram ao Senhor, e disseram: Não é ele; nem mal nos sobrevirá, nem veremos espada nem fome. E até os profetas serão como vento, porque a palavra não está com eles; assim se lhes sucederá...” (versículos 12 e 13).

 Eles haviam se pervertido e não mais estavam na fé. Tornaram-se fariseus. Pregavam da boca para fora, mas não praticavam nada, pelo contrário, eram fraudulentos e enganadores: “...os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto? ...” (versículo 31).

Hoje em dia não é diferente. Temos visto pastores falsos; homens enganadores. Na igreja se apresentam como homens de Deus, mas fora do altar são piores que os incrédulos.

Com isso o povo fica à mercê do diabo, sem direção e, como consequência, acaba se pervertendo, e se tornam baalins.

A cena hoje se repete. O que se tem são pastores picaretas, enganadores e falsos. Milhares de “ministérios” criados para enganar o povo. Esse é o panorama da atual igreja de Cristo. Não há nenhuma diferença dos dias atuais para aqueles dias vividos no capítulo 5 de Jeremias. Deus continua revoltado com todos os falsos sacerdotes.

Por isso, meu amigo pastor e obreiro. Você que é um desse falsos sacerdotes, pagará caro, pois Deus abomina o profeta estelionatário, que enriquece às custas da Palavra de Deus e que prevarica no seu ministério: “...Como uma gaiola está cheia de pássaros, assim as suas casas estão cheias de engano; por isso se engrandeceram, e enriqueceram; Engordam-se, estão nédios, e ultrapassam até os feitos dos malignos; não julgam a causa do órfão; todavia prosperam; nem julgam o direito dos necessitados. Porventura não castigaria eu por causa destas coisas? diz o Senhor; não me vingaria eu de uma nação como esta?...” (versículos 27 ao 29).

Aqui vai o alerta de Deus para nós que fazemos a Sua obra: não prevariquemos, sejamos verdadeiros pregadores para não nos tornarmos os falsos sacerdotes constantes no capítulo 5. Esta é a revelação do quinto capítulo.

CAPÍTULO 6

Continuando com o estudo, mais precisamente no sexto capítulo, a revelação foi a seguinte: Disciplina.

Deus, através de Sua Palavra, traz disciplina para o seu povo. Assim está escrito: “...aceita a disciplina ó Jerusalém, para que eu não me aparte de ti; para que eu não te torne em assolação e terra não habitada...” (versículo 8).

Pois bem. O povo de Israel em toda a sua trajetória sempre foi indisciplinado. Faziam as coisas do jeito deles. Não queriam obedecer às regras e as ordens que vinham do alto. Essa indisciplina lhes custou caro porque pagavam desastrosamente com a colheita dos frutos da desobediência. Era justamente isso que Deus mandou Jeremias pregar para eles, a disciplina.

Hoje, ao meditar nessa Palavra, o Espírito Santo fala conosco e manda exortar você que é indisciplinado. O Reino de Deus é constituído por ordem e decência. Quem não aceita essas duas exigências automaticamente não obterá a salvação.

Você que é indisciplinado, que gosta de bagunça e não aceita ordens, saiba que Deus está te exortando e mandando você se corrigir.

As igrejas estão cheias de pessoas indisciplinadas, pérfidas e desobedientes. A desordem está instituída na igreja. Pessoas que chegam atrasadas na reunião, que não ficam em silêncio na hora do culto; homens e mulheres que estão longe de Deus por causa da indisciplina e, como consequência, estão colhendo o castigo da desobediência, com os males descritos no versículo 19: “...Ouve tu, ó terra! Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às minhas palavras, e rejeitam a minha lei...”

Para que uma pessoa obtenha sucesso em tudo que fizer, tem que seguir a disciplina; na vida é assim. No quartel tem disciplina, na escola, no trabalho, em casa e por que não na igreja? Lógico que tem que ter. Todos sabem disso, mas preferem viver na desordem.

Isso não é bom meu amigo e minha amiga. Preste atenção. Deus está falando sobre isso. A Palavra de Deus nesse capítulo é voltada para exortar o povo de Israel que vivia na indisciplina, essa era a pregação de Jeremias.

Hoje Jeremias está falando a mesma coisa com você que é indisciplinado. Acorda e te corrige, para que Deus possa te perdoar e habitar em tua vida. Não adianta ir à igreja orar e fazer tudo errado. É perda de tempo.

Disciplina, essa é a ordem do dia.

CAPÍTULO 7

Avançando no estudo do livro do profeta Jeremias, chegamos ao sétimo capítulo. A Palavra de Deus neste tópico vai para você que se diz ser uma pessoa de Deus, ou seja, um cristão. Sim, para você que frequenta a igreja. Esta Palavra não é para os que são incrédulos e estão fora da igreja.

Você que frequenta a igreja e quando coloca os pés do lado de fora fica fazendo tudo de errado. É o que chamamos de “crente raimundo”, aquele que está com um pé na igreja e o outro no mundo. É você mesmo que não tem um compromisso sério com o Senhor Jesus, apesar de estar frequentando a igreja.

Você que se esconde atrás da bíblia, vai para a igreja só para os outros saberem que você é “evangélico”, mas que na verdade não tem nada de Deus. Saiba que o simples fato de você estar frequentando uma igreja não quer dizer nada. O templo não vai te proteger de nada.

Não adianta dizer que vai à igreja e continuar com um pé no mundo. Deus não aceita isso, pelo contrário, foi justamente contra esse tipo de prática que Ele mandou Jeremias se levantar: “...Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este...” (versículo 4).

Pois bem. Com a propagação dos ministérios, o mundo se encheu de igrejas com modismos, adaptadas ao ser humano. Igrejas corrompidas com o anúncio de um evangelho falso e isso com o intuito de angariar adeptos.

Pessoas que envergonham o nome de Jesus, com práticas mundanas e libertinas, mesmo estando dentro das igrejas: “...Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Porventura furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes...” (versículos 8 e 9).

 Deus está à procura de cristãos convertidos. Se você não se converter e resolver continuar brincando com Ele e brincando de igreja, saiba que o seu fim está previsto nos moldes dos versículos 13 ao 15: “...Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o Senhor, e eu vos falei, madrugando, e falando, e não ouvistes, e chamei-vos, e não respondestes, Farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló. E lançar-vos-ei de diante de minha face, como lancei a todos os vossos irmãos, a toda a geração de Efraim...”

Observe que no versículo seguinte Deus proíbe até os pastores sérios e verdadeiros de interceder por você que tem esse comportamento vergonhoso, por você que brinca de igreja e que não toma vergonha na cara: “...Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me supliques, porque eu não te ouvirei...” (versículo 16).

Cabe ainda lhe informar que não adianta você oferecer sacrifícios de ofertas grandiosas na igreja, tentando mostrar que pode comprar a Deus, porque Ele não é mercadoria que está à venda, pelo contrário, Ele é o dono de todo ouro e de toda a prata. Não precisa de você pra nada.

A tua oferta suja não vai mudar a tua vida. Você precisa se converter e deixar de envergonhar o nome de Jesus: “...Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei carne. Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem. Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante. Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito, até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias madrugando e enviando-os. Mas não me deram ouvidos, nem inclinaram os seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz, e fizeram pior do que seus pais. Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão. E lhes dirás: Esta é a nação que não deu ouvidos à voz do Senhor seu Deus e não aceitou a correção; já pereceu a verdade, e foi cortada da sua boca...” (versículos 21 ao 28).

Veja que o povo de Israel estava pervertido naquela época. Estavam na igreja adorando o Senhor e ao mesmo tempo adoravam outros deuses babilônicos e, o pior, colocavam as imagens deles dentro da igreja: “...porque os filhos de Judá fizeram o que era mau aos meus olhos, diz o Senhor; puseram as suas abominações na casa que se chama pelo meu nome, para contaminá-la...” (versículo 30). Que absurdo!

Hoje não é diferente. A história se repete. Há pessoas que estão na igreja adorando a Deus e tem em suas casas um ídolo para adorar. Você que está nessa situação, pensa que a igreja vai te salvar? Estás completamente enganado. Se não se consertar com Deus, vai pagar caro; não brinque com isso.

Essa é a Palavra de Deus para você que está na igreja e que insiste em fazer tudo errado. Conserte-se. O capítulo sétimo de Jeremias é muito forte e nos revela essa exortação Divina.

Que Deus tenha misericórdia de nós.

CAPÍTULO 8

Dando prosseguimento ao estudo do livro do profeta Jeremias, hoje iremos meditar no oitavo capítulo. Aqui me veio a seguinte revelação: falar para os “desviados”.

Pois bem. Você meu amigo e minha amiga que está desviado do caminho do Senhor. Essa Palavra é toda para você. Deus quer saber quando você vai voltar à sensatez e vai Tê-lo novamente como seu Senhor. Ele faz essa pergunta nos versículos 4 e 5: “...dize-lhes mais: Assim diz o Senhor: Porventura cairão e não se tornarão a levantar? Desviar-se-ão, e não voltarão? Por que, pois, se desvia este povo de Jerusalém com uma apostasia tão contínua? Persiste no engano, não quer voltar...”.

É muito comum hoje em dia vermos pessoas que outrora estavam na fé, na igreja; pessoas que se davam 100% para Deus e que com o passar do tempo foram esfriando na fé e saíram da presença Dele e da igreja.

Estão fora da igreja e se tornaram até inimigas de Deus. Não querem nem mais ouvir falar da Palavra. Existem centenas de milhares assim. São as brasas que com o passar do tempo viraram carvão e que hoje são opositoras ao evangelho.

Talvez o amigo leitor seja uma dessas pessoas. Outrora vivia na fé, mas com o passar do tempo se tornou um carvão e se encontra perdido e sem direção. É com você que Deus está falando e te perguntado por quanto tempo ainda você vai continuar no engano, longe Dele? (releia os versículos 4 e 5).

O povo de Israel também se encontrava nessa situação em que você está. Essa era a revolta de Jeremias naquela época.

Talvez você se ache uma pessoa tão inteligente; aquela que se acha a dona da verdade e que já não dá mais ouvido a Palavra de Deus, porque na sua cabeça só você está certa e as outras pessoas estão erradas.

Se você é essa pessoa, se você está nessa situação, saiba que és a pessoa mais pobre e miserável que existe na terra. Você será envergonhado por ter rejeitado a Palavra do Senhor. É verdade, está escrito no versículo 9: “...Os sábios são envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles? ...

Deixa de ser cabeça dura. Deus quer que você se torne humilde e volte para Ele urgente. Ele não quer o teu mal, pelo contrário, está te exortando, através desta mensagem, porque Ele te ama e quer te salvar. Usa a inteligência.

A rebeldia só vai te conduzir à perdição, porque Deus é Deus sem você, mas você sem Deus não é nada. Nós é que precisamos Dele e não Ele de nós.

Deixa de ser cabeçudo e volta logo para os braços do Teu Pai. Ele está te esperando, conforme vimos no versículo 5.

CAPÍTULO 9 – PRIMEIRA PARTE

Continuando com o brilhante estudo, hoje meditaremos no capítulo nono. Gostaria de ressaltar, que excepcionalmente, dividirei este capítulo em duas partes, trazendo duas revelações que Deus me deu. A primeira se trata de um alerta que devemos ter com os amigos e irmãos.  

Pois bem. Há pessoas que confiam demasiadamente em amigo ou em seu próprio irmão de sangue e por esse motivo tem se dado mal. Existem amizades tão íntimas a ponto de a pessoa levar o amigo para sua intimidade familiar. Isso é um erro fatal.

Não se deve levar amigos para dentro de casa, nem tão pouco contar as intimidades ou segredos para ele. A inveja é um câncer que corrói o ser humano, sendo nesse caso, inevitável nessa suposta amizade íntima.

  A inveja está sempre presente no campo das amizades e tem levado muitas pessoas a destruição. Existe pessoa que empresta o cartão de crédito para o amigo, cometendo, com isso, um ato não inteligente, que lhe levará, com certeza, ao prejuízo financeiro e ao final dessa suposta amizade.

Meu amigo e minha amiga, Deus é claro em Sua Palavra: “não confie em ninguém”: “...Guardai-vos cada um do seu próximo, e de irmão nenhum vos fieis; porque todo o irmão não faz mais do que enganar, e todo o próximo anda caluniando. E zombará cada um do seu próximo, e não falam a verdade; ensinam a sua língua a falar a mentira, andam-se cansando em proceder perversamente. A tua habitação está no meio do engano; pelo engano recusam conhecer-me, diz o Senhor...” (versículos 4 ao 6). Amigo de verdade só Jesus.

Da mesma forma você não deve confiar em seu irmão de sangue, porque também não é inteligente, pelos mesmos motivos constantes nos versículos 04 ao 06.

O mundo hoje está tomado pelo mal, estamos vivendo os últimos dias. Ninguém quer ver o bem do outro. A falsidade impera entre os seres humanos. A pessoa se faz de amigo na frente da outra, mas basta ela dar as costas que o falso se revela com seus desejos e atitudes malignos.

Irmão contra irmão, ninguém mais se respeita, por isso esse alerta bíblico. O profeta Jeremias é muito claro nessa palavra e pede para termos muito cuidado com nossos amigos e irmãos.

Desconfie sempre e nunca permita que ele invada a tua privacidade e intimidade familiar, pois essa é a direção de Deus para todos nós neste dia.

Que Deus nos abençoe e nos livre dos falsos amigos.

CAPÍTULO 9 – SEGUNDA PARTE

Como dito no estudo anterior, Deus me mostrou duas revelações neste nono capítulo do livro do profeta Jeremias. A primeira referiu-se ao cuidado que devemos ter com nossas amizades e irmãos. A segunda, que explanarei a seguir, vai para os soberbos.

Pois é meu amigo e minha amiga, a segunda mensagem que o capítulo nono nos traz é direcionada a você que se acha o cara. Isso mesmo, essa palavra é para você que confia única e exclusivamente na força do teu braço e não reconhece que aquilo que você tem, quem te deu condições de ter foi Deus.

Existem pessoas que se acham tão inteligentes, pessoas que pelo simples fato de terem alcançado o patamar mais alto da vida; que hoje estão bem financeiramente, bem na sociedade e se gloriam nessa condição, esquecendo que a vida dela depende única e exclusivamente de Deus.

Deus manda te dizer, através desta mensagem, que você é a criatura mais miserável que existe nessa terra: “...Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que castigarei a todo o circuncidado com o incircunciso. Ao Egito, e a Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cantos do seu cabelo, que habitam no deserto; porque todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração...” (versículos 23 ao 26).

A saúde que você tem, o dom de ganhar dinheiro, tudo isso vem de Deus. Se Ele quiser hoje mesmo você pode ser vítima de um enfarto fulminante e toda a tua riqueza e fama de nada valerá. Você é tão néscio e sem noção que não parou para pensar nisso. O ser humano não é nada.

Você que está nessa condição, que tem essas características, precisa urgentemente conhecer a Deus. Essa é a glória que você deve almejar: “...Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor...” (versículo 24).

O desejo de Deus é salvar a tua alma e você deve buscar esse entendimento e deixar a cegueira espiritual que te assola.

Se você se gloria na força do teu braço, na tua riqueza, ou na tua inteligência, saiba que você está perdido: “...Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que castigarei a todo o circuncidado com o incircunciso...” (versículo 25).

A soberba, o orgulho, a arrogância e a avareza pertencem ao diabo e, por conseguinte, os que são assim, estão do lado dele.

Deus está te dando ama chance de mudar, cabe a você querer, antes que seja tarde demais.

Esse foi o recado de Deus para os israelitas daquela época, repassado pelo profeta Jeremias, no final do capítulo 9. Revelação esta que acabo de dividir com você.

Que Deus abençoe.

CAPÍTULO 10

Prosseguindo com o estudo do livro do profeta Jeremias, dissertarei hoje sobre o décimo capítulo. Nesse capítulo a mensagem é voltada para dois grupos de pessoas: os que adoram imagens e os que fabricam.

Pois bem. Desde a criação do homem, Deus vem tendo dor de cabeça com sua criatura. A Palavra de Deus diz que Ele criou o homem para que este viesse lhe servir e lhe adorar, mas com o passar do tempo o homem se tornou rebelde e abandonou a Deus e passou a adorar imagens.

Deus é Espírito e importa que seus adoradores O adore em espírito e em verdade. Ninguém ver Deus fisicamente e nem pode tocá-Lo, por isso a dificuldade de o ser humano adorá-Lo como único Senhor.

É preciso, para a maioria, ter alguma coisa palpável para adorar e acreditar como Deus ou como intermediário. É aqui que entra a idolatria.

A pessoa mesmo sabendo que é errado prefere se curvar diante de um pedaço de madeira ou de gesso, fazendo desse objeto seu deus, ao invés de adorar unicamente ao Deus vivo e soberano, que é Espírito.

O idólatra é tão cego, espiritualmente falando, que não consegue enxergar que aquele pedaço de madeira ou de gesso em forma de deus, não pode nem ajudar a ele mesmo, já que precisa de ajuda do homem para se locomover.

A bíblia diz que os ídolos são como espantalhos em pepinal e não podem falar e nem andar, nem tão pouco fazer o bem, já que não passam de objetos: “...São como a palmeira, obra torneada, porém não podem falar; certamente são levados, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, nem tampouco têm poder de fazer bem...” (versículo 5).

Por isso meu amigo, se você é uma pessoa que adora imagem, saiba que estás cometendo o pecado mais severo contra Deus. Se há uma coisa que mais desagrada a Deus, a ponto de deixá-Lo irritado e revoltado, é o pecado da idolatria.

No passado os hebreus adoravam bezerros de ouro, hoje, no cristianismo, a igreja corrupta vive da exploração da fé dos incautos, da comercialização de imagens, levando o povo ao pecado da idolatria, com adoração de imagens de santos, que na verdade não têm nada de santo, pois não passam de objetos feitos pelas mãos do homem.

Mas, os que fabricam esses objetos também serão punidos conforme consta nos versículos 14 e 15: “...Todo o homem é embrutecido no seu conhecimento; envergonha-se todo o fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida é mentira, e nelas não há espírito. Vaidade são, obra de enganos: no tempo da sua visitação virão a perecer...”.

De acordo com a Palavra de Deus, só há um único nome que liga a pessoa a Ele. Esse nome é Jesus Cristo. Quem crê O adora em espírito e jamais se sujeita se curvar diante de imagem.

Não tem santo antonio, aparecida ou seja lá o nome que for. Nenhum desse vai te conduzir à Deus, já que não passam de objetos, criaturas formadas pelo homem.

Saia do engano, não seja cúmplice da igreja católica, que sabe que adorar imagem é pecado e mesmo assim leva a pessoa ao erro que mais causa revolta em Deus. A bíblia dos católicos é a mesma do evangélico, mas mesmo assim eles insistem em permanecer no erro.

Está escrito que a idolatria leva o ser humano ao inferno e com certeza você não vai querer ir parar lá.

Essa palavra é para você que diz que acredita em Deus, mas faz uma fezinha nas imagens. Acorda! O Espírito Santo, através dessa mensagem, está abrindo os teus olhos; você não terá a desculpa de dizer que não foi avisado quando morrer e tiver de prestar contas diante de Deus.

Esta é a revelação do décimo capítulo. Não se trata de intolerância religiosa, trata-se da verdade constante na Bíblia Sagrada. Que Deus possa ter lhe feito entender.

CAPÍTULO 11

Dando continuidade ao estudo do livro do profeta Jeremias, já chegamos ao décimo primeiro capítulo e hoje essa palavra vai para você que já foi oliveira verde e que agora não passa de uma folha seca: “...denominou-te o Senhor oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos, mas agora à voz de um grande tumulto acendeu fogo ao redor dela e se quebraram os seus ramos...” (versículo 16).

Você que já foi muito usado por Deus, já ganhou muitas almas para Jesus. No passado você se predispôs a fazer a obra de Deus; era uma pessoa muito ligada à igreja, aos obreiros, aos pastores, enfim, era pau para toda obra, como se diz no adágio popular.

Lembra de quando Deus te escolheu? Lembra do voto que você fez de ser usado por Ele e de fazer a diferença? O espírito Santo habitou em ti, capacitando-te para a Sua Obra.

Você orava pelas pessoas e estas eram curadas e abençoadas por Deus. Você era um vaso de honra. Ah, que tempo bom! Mas o tempo foi passando e a paixão se esfriou. Hoje a tua vida se encontra vazia, sem rumo e sem direção. A malícia foi entrando, fazendo de você um vaso quebrado, uma oliveira seca.

Deus, através dessa mensagem, está fazendo passar um filme na tua cabeça, trazendo-te as lembranças dos bons tempos que viveste na presença Dele.

O diabo hoje te humilha e rir da tua cara e você nem coragem tem para agir. Onde foi parar aquela folha verde de antes? Será que você vai deixar a situação piorar para reconhecer que que estás caído?

Volta logo para os braços do Pai. Permite que Ele te transforme novamente naquela oliveira verde de antes. Lembre-se que a folha seca só serve para ser queimada, diferente da folha verde, que tem vida.

Jesus é a vida e, por conseguinte, quer te dar a vida; quer fazer você voltar a dar frutos.

A Palavra de Deus nesse capítulo é toda voltada para você que era folha verde e que se tornou uma folha seca. Independentemente se você largou a igreja ou se ainda permanece dentro dela.

Presta muita atenção! Deus quer te usar e reacender a chama do teu ministério novamente. A folha só pode voltar a ficar verde se estiver ligada ao ramo (Jesus). Você é que tem que se auto avaliar e ver se realmente vale a pena continuar sendo folha seca.

Esta é a direção de Deus para a tua vida. A revelação desse 11º capítulo.

CAPÍTULO 12

Continuando com o estudo bíblico, hoje iremos discorrer sobre o décimo segundo capítulo. Aqui Jeremias apresenta a sua queixa. É o capítulo da revolta do homem de Deus.

Pois bem. Cansado de ver as injustiças acontecerem diariamente com os que andavam dignamente, já que os que aborreciam ao Senhor continuavam numa boa, sem castigo, Jeremias se revoltou e resolveu cobrar de Deus uma atitude.

Percebendo que o julgo era desigual, resolveu abrir a boca em seu próprio favor: “...Justo serias, ó SENHOR, ainda que eu entrasse contigo num pleito; contudo falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos os que procedem aleivosamente? Plantaste-os, e eles se arraigaram; crescem, dão também fruto; chegado estás à sua boca, porém longe dos seus rins. Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês, e provas o meu coração para contigo; arranca-os como as ovelhas para o matadouro, e dedica-os para o dia da matança. Até quando lamentará a terra, e se secará a erva de todo o campo? Pela maldade dos que habitam nela, perecem os animais e as aves; porquanto dizem: Ele não verá o nosso fim...” (versículos 1 ao 4). É aqui que quero adentrar no detalhe da Palavra.

Pois bem. Meditando nesses versículos, logo chegamos à conclusão que o tempo passou e a história não mudou. Há muito se tem ouvido falar que estamos vivendo os últimos dias e que aquelas pessoas que não querem nada com Deus vão padecer e pagar o preço do afastamento e da rebeldia.

Na prática isso não tem acontecido e aos olhos humanos até parece que os que não têm um compromisso sério com Deus estão se dando bem, em detrimento dos que servem a Jesus e têm uma vida separada e privada das coisas da terra.

É muito comum vermos evangélicos se queixar com Deus com esse tipo de comparação, ou seja, colocando-se em julgo desigual com os incrédulos.

Jeremias também passou por isso. Cansou de fazer o bem, de ser aquele cara direitinho e se comparou com os que não queriam nada com Deus. Deixou de olhar para a sua vida e passou a olhar para a vida dos outros, como muitos se encontram hoje em dia.

Pois é. Até parece justo, mas isso não agrada a Deus e não deve ser levado em conta por nós que servimos a Ele. Observe que quando Jeremias acabou de fazer a oração de revolta, na mesma hora Deus lhe respondeu dizendo que ele era um fraco e que não deveria estar olhando para a vida dos outros: “...Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os cavalos? Se tão-somente numa terra de paz estás confiado, como farás na enchente do Jordão? ...” (versículo 5).

Pensar dessa forma é agir como um derrotado. O Próprio Deus o advertiu dizendo que se ele estava cansado por estar competindo com a pessoa que anda a pé, como ele poderia competir com a que vai a cavalo? (releia o versículo 5).

É verdade meu amigo. O pensamento de quem serve a Deus tem que estar lá na frente e não atrás. Não pode jamais o servo do Senhor estar se comparando com os incrédulos. Isso é um pensamento colocado pelo diabo para atingir a sua fé. Não permita que isso torne a ocorrer em sua vida.

Se você está cansado por estar enfrentado esse probleminha que insiste em ficar na tua vida, como irás suportar uma aflição maior amanhã? Foi isso que Deus falou pra Jeremias no versículo 5.

Não fique olhando para a vida dos outros. Na hora que você olha para a vida deles, você esquece da sua. Pode acreditar, não há injustiça da parte de Deus. Todos que não querem nada com Ele irão pagar caro, ainda nessa vida, isso é fato.

Essa palavra é para abrir os teus olhos espirituais. Deus está te dizendo para nunca se colocar em julgo desigual com os incrédulos. Você é de Deus e pronto. Não deixe que o diabo contamine a sua fé.

Deixe a vida os outros de lado e viva a sua. Cuide de você.

CAPÍTULO 13

Continuando com o estudo do livro do profeta Jeremias, iremos discorrer sobre o décimo terceiro capítulo.

Pois bem. Um alerta foi dado por Deus através do profeta, a todos os israelitas que só queriam saber da luxúria e da prostituição: “...Assim também eu levantarei as tuas fraldas sobre o teu rosto; e aparecerá a tua ignomínia...” (versículo 26).

O povo estava perdido e havia se tornado prostituto, tanto espiritual, quanto carnal. A luxúria e as traições conjugais eram constantes. A igreja sabia disso e não fazia nada.

Jeremias, usado por Deus, resolveu enfrentar essa situação, através da Palavra de Deus: “...Já vi as tuas abominações, e os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição sobre os outeiros no campo; ai de ti, Jerusalém! Até quando ainda não te purificarás? ...” (versículo 27).

Por isso meu amigo e minha amiga, a palavra desse capítulo é para você que se encontra nessa mesma situação. Você que leva uma vida toda na promiscuidade. Sim, essa palavra é para te fazer conhecer a verdade.

Você só quer saber de baladas, das noitadas. Você não faz outra coisa a não ser curtir a vida com mulheres nos bares e motéis.

A prostituição tomou conta de tua vida a ponto de você se achar o cara, achar que estar arrebentando. Deus não se agrada disso. O diabo é teu parceiro, se é que a ficha ainda não caiu.

Você talvez seja uma pessoa casada, um pai de família ou uma mulher mãe de filhos e não toma vergonha nessa cara. Saiba que não há pecado que não venha ser revelado. Um dia a tua casa vai desmoronar.

O próprio Deus vai permitir que a tua vergonha venha ser escandalosa: “...Assim também eu levantarei as tuas fraldas sobre o teu rosto; e aparecerá a tua ignomínia...” (versículo 26). Pare para pensar. Essa palavra é para você. Te conserta. Deus quer te salvar. O tempo está passando e amanhã pode ser tarde demais.

A revolta de Deus no capítulo 13 era essa: contra os adúlteros, a luxúria e a prostituição.  E você vai continuar no erro?

CAPÍTULO 14

Prosseguindo com o estudo do livro de Jeremias, chegamos ao décimo quarto capítulo.

Esse capítulo mostra a grande seca que assolou a terra naquele tempo e, por conseguinte, revela o grande sofrimento do povo.

Diz a Palavra que Deus enviou uma tremenda seca, fazendo com que além da fome, viesse sobre o povo um enorme prejuízo financeiro.

O s fazendeiros, os produtores, os empresários da época, todos foram afetados e amargaram um tremendo prejuízo.

Jeremias, homem de Deus, tentou interceder por três vezes em favor do povo para que o Soberano mandasse chuva à terra, mas não obteve resposta positiva: “...Posto que as nossas maldades testificam contra nós, ó Senhor, age por amor do teu nome; porque as nossas rebeldias se multiplicaram; contra ti pecamos. Ó esperança de Israel, e Redentor seu no tempo da angústia, por que serias como um estrangeiro na terra e como o viandante que se retira a passar a noite? Por que serias como homem surpreendido, como poderoso que não pode livrar? Mas tu estás no meio de nós, ó Senhor, e nós somos chamados pelo teu nome; não nos desampares. Assim diz o Senhor, acerca deste povo: Pois que tanto gostaram de andar errantes, e não retiveram os seus pés, por isso o Senhor não se agrada deles, mas agora se lembrará da iniqüidade deles, e visitará os seus pecados. Disse-me mais o Senhor: Não rogues por este povo para seu bem. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor, e quando oferecerem holocaustos e ofertas de alimentos, não me agradarei deles; antes eu os consumirei pela espada, e pela fome e pela peste. Então disse eu: Ah! Senhor DEUS, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada, e não tereis fome; antes vos darei paz verdadeira neste lugar. E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam. Portanto assim diz o Senhor acerca dos profetas que profetizam no meu nome, sem que eu os tenha mandado, e que dizem: Nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome, serão consumidos esses profetas. E o povo a quem eles profetizam será lançado nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da espada; e não haverá quem os sepultem, tanto a eles, como as suas mulheres, e os seus filhos e as suas filhas; porque derramarei sobre eles a sua maldade. Portanto lhes dirás esta palavra: Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia, e não cessem; porque a virgem, filha do meu povo, está gravemente ferida, de chaga mui dolorosa. Se eu saio ao campo, eis ali os mortos à espada, e, se entro na cidade, estão ali os debilitados pela fome; e até os profetas e os sacerdotes percorrem uma terra, que não conhecem. Porventura já de todo rejeitaste a Judá? Ou repugna a tua alma a Sião? Por que nos feriste de tal modo que já não há cura para nós? Aguardamos a paz, e não aparece o bem; e o tempo da cura, e eis aqui turbação. Ah! Senhor! conhecemos a nossa impiedade e a maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti. Não nos rejeites por amor do teu nome; não abatas o trono da tua glória; lembra-te, e não anules a tua aliança conosco. Porventura há, entre as vaidades dos gentios, alguém que faça chover? Ou podem os céus dar chuvas? Não és tu, ó Senhor nosso Deus? Portanto em ti esperamos, pois tu fazes todas estas coisas...” (do versículo 7 ao 22).

O povo estava sendo penalizado por haver dado as costas para Deus. Até que eles se arrependessem e voltassem para Ele, não haveria mudança do clima. Essa era a condição.

Pois bem. Trazendo para os dias de hoje, a revelação que Deus me dá nessa Palavra é a seguinte:

Essa palavra vai para você que está desviado do caminho do Senhor. Sim, para você que um dia já foi evangélico e que abandonou a fé e que hoje está aí pagando o preço da rebeldia.

Porque você se afastou de Jesus, a seca sobreveio em tua vida. Hoje você está na miséria, desempregado, passando dificuldades financeiras. As portas financeiras para você estão fechadas e nada dá certo em tua vida.

Deus está falando contigo e te fazendo enxergar que você se encontra no período da seca por causa da tua rebeldia, por você ter se afastado Dele.

Saiba que nenhum pastor, obreiro ou bispo pode fazer nada por você. Não tem oração que te tire dessa situação. Veja que Jeremias orou três vezes pelo povo e mesmo assim não houve resposta do céu.

Somente você pode sair desse buraco. Volta para Jesus, pois somente essa atitude muda a tua vida.

Hoje você está vivendo de favor, sendo humilhado e envergonhado. Jesus é o caminho e você sabe disso. Acorda! Se revolta contra essa situação que a tua terra voltará a receber as chuvas do céu, como antes.

CAPÍTULO 15

Avançando no estudo do livro do profeta Jeremias, aportamos no capítulo 15. A Palavra desse decimo quinto capítulo vai para você homem ou mulher de Deus que está vivendo dias de aflição e perseguição.

É muito comum o homem de Deus enfrentar dificuldades pelo caminho e viver dias de dúvidas, de questionamentos internos, a ponto de ficar sem forças e sem coragem de seguir adiante.

Quanto mais a pessoa é usada por Deus, quanto mais ela usa a fé, o diabo se levanta. Isso é fato.

Mas eu costumo dizer que o diabo só possui dois tipos de movimentos: ele se levanta para cair.

Assim se encontrava Jeremias naquela época. Estava sendo perseguido por causa de sua fé: “...Ai de mim, minha mãe, por que me deste à luz homem de rixa e homem de contendas para toda a terra? Nunca lhes emprestei com usura, nem eles me emprestaram com usura, todavia cada um deles me amaldiçoa...” (versículo 10).

Ora meu amigo e minha amiga. Você sabe que não está em pecado. A tua consciência não te acusa em nada, mas os problemas, as lutas e as perseguições são muitas. A tua fé está abalada por casal disso; as tuas forças estão faltando e você já começou permitir a entrada da dúvida, do conflito.

Essa palavra é para você que se encontra nessa situação. Deus está mandando te dizer que Ele vai te fortalecer e fará com os teus inimigos te dirija à súplica, ou seja, se curvem diante de você: “...Disse o Senhor: De certo que o teu remanescente será para o bem; de certo, no tempo da calamidade, e no tempo da angústia, farei que o inimigo te dirija súplicas...” (versículo 11). Todos eles amanhã irão bater palmas para o teu testemunho.

Você é uma pessoa de Deus e nada pode te parar. Deus manda te dizer que você é como um forte muro de bronze. Os teus inimigos pelejarão contra ti, mas não prevalecerão, porque Ele é contigo: “...E eu te porei contra este povo como forte muro de bronze; e pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo para te guardar, para te livrar deles, diz o Senhor. E arrebatar-te-ei da mão dos malignos, e livrar-te-ei da mão dos fortes...” (versículos 20 e 21).

Essa era a aflição de Jeremias, hoje a tua, mas o Deus é o mesmo e não falha. Fique atento, os dias difíceis vão passar porque Deus é contigo.

Essa é a revelação do décimo quinto capítulo.

CAPÍTULO 16

Dando continuidade ao estudo, abordaremos hoje o décimo sexto capítulo.

O capítulo se inicia com uma ordem direta de Deus que afetou a vida pessoal de Jeremias. Deus o proibiu de constituir família. Isso mesmo, Jeremias foi proibido por Deus de se casar e de ter filhos.

Pois bem. Como se percebe, naquela ocasião o povo de Deus estava sofrendo com a dor do exílio. Encontravam-se exilados na babilônia e, por conseguinte, perverteram-se com adorações à ídolos.

Aquela terra estava corrompida e por esse motivo, Deus proibiu Jeremias de ser pai e de constituir família naquele lugar. Jeremias teria que pagar o preço da solidão do amor: “...E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar...” (versículos 1 e 2).

Mas, a revelação desse capítulo reside nos versículos 17 e 18, onde diz: “...porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; não se escondem da minha face, nem a sua maldade se encobre aos meus olhos. E primeiramente pagarei em dobro a sua maldade e o seu pecado, porque profanaram a minha terra com os cadáveres das suas coisas detestáveis, e das suas abominações encheram a minha herança...”

Pois bem. A Palavra de Deus diz que os olhos Dele estão sobre todos os seres humanos. Ninguém esconde nada Dele. Não há nada que o ser humano faça que Deus não tenha conhecimento. É justamente sobre isso que pesam esses versículos.

Esta palavra vai para você que está cometendo coisas erradas; essas coisas que só você e a outra pessoa (partícipe) sabem. Mais ninguém sabe dos pecados que você está cometendo. Você aparenta ser uma pessoa honesta, de bem na frente dos outros, mas quando está só e quando não tem ninguém por perto, você faz coisas que até o diabo duvida.

É com você mesmo que Deus está falando. Você dá uma de crente, de evangélico, mas às escondidas você engana os outros. Você rouba o seu patrão, rouba os seus funcionários.

Isso mesmo, o Soberano está mandando te dizer que Ele está vendo tudo isso. Não adianta achar que todo mundo é otário e só você é sabido. É com você que trai a sua esposa ou você que trai o seu companheiro. Deus tudo vê. Você vai pagar caro: “...E primeiramente pagarei em dobro a sua maldade e o seu pecado, porque profanaram a minha terra com os cadáveres das suas coisas detestáveis, e das suas abominações encheram a minha herança...” (versículo 18).

Não pense que você vai ficar impune. A justiça de Deus vai te alcançar. Todos os teus erros e enganos irão ser revelados e colherás os frutos desse plantio maligno.

A Palavra de Deus nesse capítulo é nesse sentido. Acorda! Larga o engano e te conserta, antes que seja tarde demais. Os olhos de Deus tudo veem, essa é a revelação do décimo sexto capítulo.

CAPÍTULO 17 – PRIMEIRA PARTE

Avançando no estudo do livro do profeta Jeremias, hoje irei dissertar sobre a primeira parte do décimo sétimo capítulo. 

Nessa primeira parte, a Palavra é dirigida a você que deixou de utilizar a inteligência, a razão, em detrimento dos sentimentos do coração: “...enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? ...” (versículo 9).

A bíblia diz que o coração é mais enganoso que todas as coisas e desesperadamente corrupto. Ele se desespera em prol dos sentimentos de corrupção; Ele é mais mentiroso que a própria mentira (releia o versículo 9).

Tenho visto pessoas perderem tudo por causa dos sentimentos do coração; por terem tomado decisões sentimentais dirigidas pelo coração enganador e que hoje se encontram completamente arrasadas, arrependidas e com suas vidas destruídas.

Pessoas que abandonaram a fé por causa de um amor por um homem ou por uma mulher do mundo, ou seja, por outra pessoa que professava uma fé diversa da sua.

Você que deixou a obra de Deus, a igreja para se relacionar com pessoas que só queriam ter relação sexual e nada mais e que depois de alguns minutos de prazer, levou um chute nas nádegas. Tudo por obedecer a voz do coração enganador.

É meu amigo. O coração é terra desconhecida. Não pague para ver. É nele que reside os sentimentos e como sabemos, os sentimentos militam contra a razão.

Você que obedece cegamente a voz do teu coração, sendo uma pessoa sentimental e que não obedece à voz da consciência, saiba que tua vida nunca irá andar pra frente. Serás sempre uma presa fácil do pecado e te tornarás escrava do corrupto.

A Palavra de Deus diz ainda que Ele esquadrinha o coração e sabe de todos os nossos pensamentos e punirá cada um segundo as obras do seu coração: “...Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações...” (versículo 10).

Você colherá os frutos das obras do teu coração. É isso que queres para tua vida? Deus está te dizendo que só serás bem-sucedido se obedeceres a voz da consciência, da razão. Obedece para que Ele possa ser teu parceiro.

Cuidado com os sentimentos do coração, este é o recado de Deus para todos nós nesse início do décimo sétimo capítulo. Em seguida falaremos mais sobre outro ponto importantíssimo desse mesmo capítulo.

CAPÍTULO  17 - SEGUNDA PARTE

Prosseguindo com o estudo do livro do profeta Jeremias, abordaremos hoje a segunda parte do décimo sétimo capítulo. Nessa segunda parte falarei sobre os que têm os nomes escritos no chão.

Uma palavra muito forte e esclarecedora se encontra escrita no versículo 13: “Ó SENHOR, Esperança de Israel! Todos aqueles que te deixam serão envergonhados; o nome dos que se apartam de mim será escrito no chão; porque abandonam o SENHOR, a fonte das águas vivas”.

Pois bem. Como escrevi em estudos anteriores, há um plano de Deus para salvar a humanidade. No início Ele criou o homem para que este o servisse. Veio à tentação no Jardim do Éden e essa aliança foi quebrada. Ali ocorreu o primeiro homicídio (Caim matou Abel).

Para reatar essa aliança, o Velho Testamento conta que Deus enviou, durante um longo período da história do homem médio, vários profetas com o fito de trazer a salvação (Noé, Abraão, Isaias, etc.), mas todas as tentativas foram frustradas porque em todas, o homem quebrou o pacto.

Diante disso, por não haver mais o que fazer, Deus resolveu dar a última chance à humanidade, fazendo a derradeira e eterna aliança, através de Jesus Cristo, com o sacrifício feito na cruz.

A partir desse sacrifício, foi reatada a aliança que havia sido quebrada no Jardim do Éden. Toda pessoa que aceitar Jesus como Seu Único Senhor, terá o nome escrito no livro da vida e, por conseguinte, a salvação da alma quando morrer.

Todavia, o que Jeremias registrou no versículo 13 é muito forte. Quem aceitou essa última aliança feita pelo Senhor Jesus e O abandonar, terá o nome escrito no chão e não mais no livro da vida.

Quando se escreve no chão, o vento, a chuva e o tempo apaga, ou seja, não tem durabilidade. Assim será com quem quebrar a aliança que foi feita na cruz. A vergonha e a humilhação lhes serão companheiras. Essa é a recompensa para os traidores.

Quem tem o nome escrito no chão, vai ser pisado, não se perpetuará no tempo e não obterá a alvação quando morrer. A chuva, o vento, a adversidade lhes derrubará e não haverá espaço para os tais, na memória do tempo.

A revelação de Jeremias é clara ao afirmar a diferença entre os que têm os nomes escritos no livro da vida e os que têm os nomes escritos no chão.

E você, onde seu nome está escrito?

CAPÍTULO 18

Dando continuidade ao estudo bíblico, chegamos ao décimo oitavo capítulo. Aqui trataremos do VASO DO OLEIRO.

Deus pediu para que Jeremias fosse até a casa do oleiro para ele observar como se fazia o vaso. Ao chegar lá, Jeremias percebeu que o oleiro estava trabalhando na construção de um vaso e de repente aquele vaso se estragou nas mãos daquele profissional.

Mas o oleiro não desistiu e tornou a fazer daquele vaso estragado, um novo vaso seguro, segundo a sua vontade: “...Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer...” (versículos 2 ao 4).

Com isso Deus estava dizendo a Jeremias que da mesma forma que o oleiro havia feito, assim Ele poderia fazer daquele povo rebelde um povo mudado e feliz.

Meu amigo e minha amiga. Essa palavra é muito forte e vai exclusivamente pra você que já foi um vaso bom e útil, mas que agora se encontra quebrado.

O tempo, as dificuldades e o orgulho fizeram de ti um vaso de desonra. Deus está dizendo nessa palavra que Ele é o oleiro e quer fazer de ti um vaso novo: “...Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel...” (versículos 5 e 6).

Lembra do tempo que estavas na igreja; quando você era usado por Ele para evangelizar? Naquele tempo você era esse vaso de honra, um vaso bom, mas hoje como estás?

Olha no vaso quebrado e inútil que te tornaste. Os filhos de Israel também haviam se transformado em vaso de desonra, mas Deus, que é o oleiro, mandou Jeremias pregar para eles que havia uma saída, que tinha uma solução, que existia possibilidade de todos se salvarem.

O mesmo, Deus está falando para você. Há uma saída, um conserto para a tua vida; há jeito para você, basta apenas um gesto teu, que é permitir que o oleiro te restaure.

Não continue na maldade, como permaneceu aquele povo. Depois que eles ouviram a pregação de Jeremias, forjaram armadilhas para prender o profeta, levando-o à prisão.

Eles resolveram continuar sendo vasos de desonra e você, qual vaso será? O Oleiro tem espaço na tua vida para te consertar?

CAPÍTULO 19

Dando andamento ao estudo do livro do profeta Jeremias, chegamos ao décimo nono capítulo, que fala da BOTIJA QUEBRADA.

Deus querendo revelar aos sacerdotes aquilo que Ele iria fazer com aquele povo rebelde, pediu para Jeremias comprar uma botija nova e em seguida convocar os anciãos e os sacerdotes e levá-los até um lugar denominado Tofete. 

Tofete ficava fora de Jerusalém e era o lugar onde os macumbeiros/espíritas faziam suas oferendas, com sacrifícios de crianças para os demônios.

A razão de Deus ter mandado Jeremias levar os anciãos e os sacerdotes àquele lugar, de posse de uma botija nova, era justamente mostrar para eles o que iria acontecer com o povo idólatra e com aquela cidade maldita: “...Assim disse o SENHOR: Vai, e compra uma botija de oleiro, e leva contigo alguns dos anciãos do povo e alguns dos anciãos dos sacerdotes; E sai ao Vale do Filho de Hinom, que está à entrada da porta do sol, e apregoa ali as palavras que eu te disser; E dirás: Ouvi a palavra do Senhor, ó reis de Judá, e moradores de Jerusalém. Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei um mal sobre este lugar, e quem quer que dele ouvir retinir-lhe-ão os ouvidos. Porquanto me deixaram e alienaram este lugar, e nele queimaram incenso a outros deuses, que nunca conheceram, nem eles nem seus pais, nem os reis de Judá; e encheram este lugar de sangue de inocentes. Porque edificaram os altos de Baal, para queimarem seus filhos no fogo em holocaustos a Baal; o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem me veio ao pensamento. Por isso eis que dias vêm, diz o Senhor, em que este lugar não se chamará mais Tofete, nem o Vale do Filho de Hinom, mas o Vale da Matança. Porque dissiparei o conselho de Judá e de Jerusalém neste lugar, e os farei cair à espada diante de seus inimigos, e pela mão dos que buscam a vida deles; e darei os seus cadáveres para pasto às aves dos céus e aos animais da terra. E farei esta cidade objeto de espanto e de assobio; todo aquele que passar por ela se espantará, e assobiará por causa de todas as suas pragas. E lhes farei comer a carne de seus filhos e a carne de suas filhas, e comerá cada um a carne do seu amigo, no cerco e no aperto em que os apertarão os seus inimigos, e os que buscam a vida deles...” (versículos 1 ao 9).

Pois bem. Depois de ter mostrado aos que lhe acompanhava, a maldade que eles estavam cometendo diariamente, já que haviam deixado a fé hebraica, em detrimento da fé espírita, Deus mandou Jeremias quebrar a botija, como sinal de destruição: “...Então quebrarás a botija à vista dos homens que forem contigo...” (versículo 10).

Com isso, o Soberano estava mostrando aos sacerdotes corruptos que todos eles iriam ser destruídos. Aquela botija representava o povo, os sacerdotes e aquela cidade.

Ora meu amigo e minha amiga. O que se extrai dessa palavra é que Deus está falando conosco e nos alertando. Sim, com o povo que se chama cristão e que inconscientemente está prevaricando na fé ou que conscientemente está se corrompendo espiritualmente, passando a adorar os deuses desse mundo.

Os prazeres, as riquezas, a avareza e a idolatria, têm conduzido muitos crentes ao vale de Tofete, sem que estejam percebendo.

Nós somos a botija referida nesse capítulo e Tofete representa o lugar onde estamos habitando diariamente e os pecados que cometemos.

Deus está trazendo um alerta para todos nós.      Se não tomarmos juízo Ele vai fazer conosco o mesmo que Jeremias fez com aquela botija.

Tenho a absoluta certeza que nenhum de nós queremos continuar sendo essa botija quebrada. Então, que venhamos tomar juízo e nos consertar, antes que seja tarde demais.

CAPÍTULO 20

Avançando com o estudo do livro do profeta Jeremias, trataremos hoje do vigésimo capítulo, que fala sobre O SOFRIMENTO DO SERVO DE DEUS.

  Como vimos, até aqui Jeremias foi um profeta escolhido por Deus mesmo antes de nascer. Escrevi sobre isso no primeiro capítulo. Deus o escolheu e o capacitou para fazer a sua obra, antes mesmo de ele ser gerado no ventre da mãe (cap. 01, v. 1 ao 10).

Pois bem. Durante toda a sua vida Jeremias foi usado por Deus para pregar a Sua Palavra e, ao longo da história, enfrentou muitas dificuldades.  Agora, já no capítulo 20, vemos o deserto que ele encarou por ter simplesmente pregado a verdade aos que lideravam a igreja naquela época.

Depois de ter levado os sacerdotes e os anciãos até Tofete, que era o lugar onde os espíritas ofereciam sacrifícios aos demônios, juntamente com a concordância desses líderes religiosos; depois de ter sido revelado o segredo da botija quebrada, um dos filhos do sacerdote Imes, chamado Posur, colocou Jeremias preso ao tronco, como se fosse escravo e o feriu com chicotadas durante um dia: “...E Pasur, filho de Imer, o sacerdote, que havia sido nomeado presidente na casa do SENHOR, ouviu a Jeremias, que profetizava estas palavras. E feriu Pasur ao profeta Jeremias, e o colocou no cepo que está na porta superior de Benjamim, na casa do Senhor...” (versículos 1 e 2).

Muitas dores e sofrimentos foram os companheiros de Jeremias. Não aguentava mais ser tão ferido e humilhado por simplesmente ser esse escolhido do Senhor. Logo lhes sobrevieram esses pensamentos: “de que adianta ser um escolhido para sofrer? Deus me escolheu só para me ver sofrer?” Essa era a revolta de Jeremias.

Por não mais aguentar tamanha injustiça e sofrimento, Jeremias amaldiçoou o dia do seu nascimento e pediu pra si a morte: “...Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz. Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho; alegrando-o com isso grandemente. E seja esse homem como as cidades que o Senhor destruiu e não se arrependeu; e ouça clamor pela manhã, e ao tempo do meio-dia um alarido. Por que não me matou na madre? Assim minha mãe teria sido a minha sepultura, e teria ficado grávida perpetuamente! Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza, e para que os meus dias se consumam na vergonha?...” (versículos 14 ao 18).

Antes, havia orado para que todos os seus inimigos e perseguidores viessem morrer, mas Deus não atendeu a sua prece e por isso ele amaldiçoou o dia de seu nascimento e pediu para morrer: “...Persuadiste-me, ó Senhor, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu, e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim. Porque desde que falo, grito, clamo: Violência e destruição; porque se tornou a palavra do Senhor um opróbrio e ludíbrio todo o dia. Então disse eu: Não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer, e não posso mais. Porque ouvi a murmuração de muitos, terror de todos os lados: Denunciai, e o denunciaremos; todos os que têm paz comigo aguardam o meu manquejar, dizendo: Bem pode ser que se deixe persuadir; então prevaleceremos contra ele e nos vingaremos dele...” (versículos 7 ao 10).

Pois bem. Meditando nessa palavra, chego até a chorar. Como pode uma pessoa ser escolhida por Deus para fazer a obra e passar por tudo isso? Há explicação para uma cosia dessa? Por que Deus permitiu que Jeremias fosse ridicularizado e levado ao tronco, padecendo como um escravo?

Ora! Meditei sobre o assunto e o Espírito Santo me mostrou a passagem que está escrita em Romanos, capítulo 9, versículo 20: “...Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? "Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: ‘Por que me fizeste assim...”.

Aos olhos humanos pode ser até incompreensível as aflições sofridas por Jeremias no capítulo 20, mas a bíblia não é um livro comum, ela é a Palavra de Deus e como tal, revela-se através do Espírito. Se Ele permitiu que Jeremias sofresse tanto por causa da Palavra é porque Ele quis e pronto. Não podemos questionar. Está claro em Romanos 9.

Entendo que a Palavra de Deus deve ser pregada independentemente das circunstâncias vividas pelo pastor, pelo obreiro ou pelo evangelista.

É bem verdade que aqui no Brasil temos a liberdade de culto, a liberdade de evangelizar e de pegar a Palavra de Deus, por isso acredito que dificilmente passaremos por algum tipo de sofrimento semelhante ao de Jeremias.

Isso me faz refletir e saber que não estamos pregando nem 10% do que Jeremias pregou naquela época, por casa do nosso comodismo e das facilidades de culto que temos aqui no Brasil.

Tenho certeza que Deus não escolhe nenhum servo para sofrer. As adversidades decorrem de cada lugar ou situação a que é dirigida a palavra da salvação.

Jeremias sofreu e mesmo assim não desistiu da fé, pelo contrário, prosseguiu confiante naquele que lhe escolhera: “...Mas o Senhor está comigo como um valente terrível; por isso tropeçarão os meus perseguidores, e não prevalecerão; ficarão muito confundidos; porque não se houveram prudentemente, terão uma confusão perpétua que nunca será esquecida. Tu, pois, ó Senhor dos Exércitos, que provas o justo, e vês os rins e o coração, permite que eu veja a tua vingança contra eles; pois já te revelei a minha causa. Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor; pois livrou a alma do necessitado da mão dos malfeitores...” (versículos 11 ao 13).

Diante do exposto, conclui-se que por mais que a pessoa esteja passando por problemas ou dificuldades por causa do evangelho, jamais deve amaldiçoar o dia do seu próprio nascimento.

Se você, amigo leitor, está vivendo os dias de Jeremias não abandone a fé, não jogue a toalha. Saiba que Deus não é nenhum louco. Se Ele te escolheu para fazer a obra Dele é porque Ele está contigo, independentemente da situação. Confia Nele que a tormenta vai passar. Não há mal que dure para sempre.

CAPÍTULO 21

Ainda discorrendo sobre o estudo do livro do profeta Jeremias, meditaremos hoje no décimo primeiro capítulo, que traz a seguinte pergunta: A VIDA OU A MORTE?

Pois bem. Uma palavra de decisão consta nesse capítulo. Aqui Deus expõe dois caminhos a se seguir e determina que o ser humano faça a sua escolha: “A este povo dirás: Assim diz o SENHOR: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte” (versículo 8).

Pois é meu amigo e minha amiga. A lei da natureza, imposta pelo Senhor, traz cinco fases para todos os seres vivos, quais sejam: NASCER, CRESCER, REPRODUZIR, ENVELHECER E MORRER. Quando estudamos ciência na escola, apreendemos sobre essas fazes, que dizem respeito aos seres vivos.

Pois bem. Por que foi necessário tocar nesse assunto? Teria alguma coisa a ver com o tema do nosso estudo? A reposta é sim. Explico:

A palavra contida nesse capítulo 21 vai para todos nós, seremos humanos, que nos encontramos na segunda fase à quarta fase da lei natural citada. Para todos que têm condições mentais de discernir o bem e o mal.

Você que tem pleno conhecimento do bem e do mal. É com você mesmo que Deus está falando. Há um sentido de vida para todo o ser humano. Ninguém vem a esse mundo por acaso.

Até aqui você não quis saber da palavra da salvação e vive totalmente alheio à vontade de Deus e não está nem aí para a chegada da quinta fase da lei da natureza citada.

Você já parou para pensar e tentou saber para onde vai a sua alma quando morreres? A morte é inevitável para todos os seres humanos, pois faz parte da lei da natureza instituída por Deus na 5ª fase referida.

Observe que nesse vigésimo primeiro capítulo, o povo de Israel havia virado as costas para Deus e vivia de acordo com sua vontade; seguiam os prazeres do mundo, da mesma forma que você hoje.

Jeremias foi usado por Deus para trazer esse ultimato e mesmo assim eles não deram ouvidos. O mesmo Deus está falando para você hoje. Escolhe a vida para seres bem-sucedido.

Se você continuar na rebeldia, escolhendo o caminho da morte, saiba que está escrito no versículo 4 que Ele fará com que você retroceda em todos os momentos de tua vida. Enquanto você viver, não terá sossego e não prosperará em nada: “....

Saiba que há vida após a morte e você vai poder conferir isso quando se deparar com a quinta e última fase da lei da natureza.

Somente os que já morreram se depararam com essa realidade e já souberam que não se trata de mera ficção religiosa.  Os que não entregaram suas vidas para Jesus até a quarta fase da lei da natureza, já tiveram, com certeza, a dor da decepção e estão nas trevas nesse exato momento.

Escolhe a vida para teres Deus como teu sócio e jamais serás decepcionado nessa vida e principalmente quando se deparares com a 5ª fase da lei da natureza. Não faça como o povo de Israel que escolheu o caminho da morte. Use a inteligência.

CAPÍTULO 22

Avançando com o estudo, chegamos ao vigésimo segundo capítulo. Nesse tópico Jeremias se dirigiu única e exclusivamente aos poderosos da cidade.  Entrou na casa do rei de Judá e o advertiu sobre as coisas erradas que ele e os que detinham cargo de comando e de poder estavam praticando contra os pobres e os trabalhadores.

Eles eram corruptos e enganadores e não pagavam os direitos dos trabalhadores. Cresciam às custas dos empregados e isso irritava a Deus.

Diante dessa injustiça sofrida pelo povo, Deus mandou Jeremias os advertir para que parassem de afligir os trabalhadores.

Por isso, meu amigo e minha amiga, a palavra contida nesse capítulo 22 não é direcionada a qualquer um, ela é endereçada exclusivamente aos que detém cargo de comando ou de poder perante a sociedade.

Sim, para você que é empregador, para você que é presidente da república, governador, prefeito ou que tenha um cargo de chefia: “...assim diz o SENHOR: Desce à casa do rei de Judá, e anuncia ali esta palavra...” (versículo 1).

 Observe que Jeremias não falou para qualquer um, falou para o rei. Hoje, Deus está falando com você que não paga os direitos de seus trabalhadores: “...Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos, sem direito! Que se vale do serviço do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário...” (versículo 13).

Você que tem crescido financeiramente as custas da roubalheira, da fraude e do engano. Seu empregado morre de trabalhar e você não lhe paga o que é de direito. Deus condena a tua atitude.

Estamos vivendo e presenciando o maior caso de corrupção em nosso país. Todos os dias assistimos denúncias escandalosas de roubo e de corrupção por parte dos que detém cargo de comando.

Os reis desse país estão sangrando os cofres públicos, matando os direitos dos trabalhadores, tal qual nos tempos de Jeremias: “...Mas os teus olhos e o teu coração não atentam senão para a tua ganância, e para derramar o sangue inocente, e para levar a efeito a violência e a extorsão...” (versículo 17).

Talvez você que está lendo essa mensagem faça parte de um esquema semelhante ao que narramos, ou até mesmo não faça parte disso, mas é um empresário que tem crescido às custas dos direitos de seus empregados. Sim, você não paga os direitos deles e sonega até o fundo de garantia e o repasse do INSS.

Saiba que tanto você quanto esses corruptos políticos terão a paga que merecem: “Como se sepulta um jumento, assim o sepultarão; arrastá-lo-ão e o lançarão para bem longe, para fora das portas de Jerusalém” (versículo 19).

A Palavra de Deus não falha e se está escrito que você vai ser sepultado igual ao jumento pode acreditar, isso vai acontecer contigo.

Você até dá uma de crente, mas na verdade pratica tais irregularidades. Saiba que cedo ou tarde a Justiça de Deus vai te alcançar.

Que essas palavras tenham servido para alertá-lo a ponto de haver um arrependimento sincero e verdadeiro, fazendo com que você volte a praticar o que é certo e de direito.

Se você quer conhecer a Deus pratique a justiça, julgue a causa do aflito e do necessitado, ou seja, faça o que é correto. Respeite os direitos dos que lhes são subordinados. Não roube o trabalhador: “...reinarás tu, só porque rivalizas com outro em cedro? Acaso, teu pai não comeu, e bebeu, e não exercitou o juízo e a justiça? Por isso, tudo lhe sucedeu bem. Julgou a causa do aflito e do necessitado; por isso, tudo lhe ia bem. Porventura, não é isso conhecer-me? – diz o SENHOR...” (versículos 15 e 16).

Somente dessa maneira se conhece a Deus. Fica na paz.

CAPÍTULO 23

Prosseguindo com o estudo do livro do profeta Jeremias, analisaremos agora o vigésimo terceiro capítulo. Este capítulo é voltado contra os falsos pastores, falsos profetas e falsos sacerdotes.

Pois bem. Ultimamente temos visto a igreja do Senhor Jesus completamente contaminada com falsos pastores: “...Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! – Diz o SENHOR...” (versículo 1).

O engano, a mentira e a falsa pregação tem sido o alimento dado por esses falsos pastores diariamente em seus cultos.

Deus está iroso com relação a esses falsos pregadores. Não se fala mais em salvação. O que se tem é uma pregação voltada para o dinheiro e para a libertinagem comportamental.

Da mesma forma temos visto falsos profetas. Eles estão contaminados pelo vômito do diabo: “...Pois estão contaminados, tanto o profeta como o sacerdote; até na minha casa achei a sua maldade, diz o SENHOR...” (versículo 11).

Quantos pastores, presbíteros e evangelistas adulteram dentro das igrejas? Muitos. Pregam facilidades para que o povo não se converta: “...Mas nos profetas de Jerusalém vejo coisa horrenda; cometem adultérios, andam com falsidade e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam cada um da sua maldade; todos eles se tornaram para mim como Sodoma, e os moradores de Jerusalém, como Gomorra...” (versículo 14)

A Palavra de Deus nesse capítulo nos alerta e nos ensina a não darmos ouvidos aos tais: “...Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do SENHOR...” (versículo 16).

Tal qual no tempo de Jeremias, hoje não é diferente. A corrupção material e espiritual se instalaram nas igrejas.

Importa ressaltar que os crentes sérios têm a garantia de que a punição para esses pervertidos ocorrerá sem falta: “...não se desviará a ira do SENHOR, até que ele execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias, entendereis isso claramente...” (versículo 20. Deus tudo vê.

Ele é Deus de perto e de longe: “..Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? – diz o SENHOR; porventura, não encho eu os céus e a terra? – diz o SENHOR...” (versículos 23 e 24).

Por isso, a solução para não se cair no engano desses falsos pastores e profetas está na análise da Palavra de Deus. Não devemos nos guiar em tudo o que é pregado na igreja. Temos que pesar suas palavras na balança da fé racional e conferir na Bíblia, a fim de verificar se a pregação está ou não desvirtuada ou partida de um contexto isolado.

Tome muito cuidado com supostas revelações, isso é muito perigoso: “...Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração? Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do meu nome, por causa de Baal...” (versículos 26 e 27)

 Existem muitos charlatões que estão destruindo vidas de pessoas incautas através de revelações mentirosas. Saiba que Deus é contra isso: “...Portanto, eis que eu sou contra esses profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu companheiro...” (versículo 30).

A Palavra de Deus é a bússola do cristão. Se você quer buscar resposta para o teu problema e quer uma direção para a tua vida, abra a bíblia e medite com prazer. Ela é a boca de Deus que vai falar contigo em todas as ocasiões.

Cuidado com os falsos pastores e falsos profetas. Essa é a direção de Deus contida nesse vigésimo terceiro capítulo. Que Deus nos livre desses loucos.

CAPÍTULO 24

Dando andamento ao estudo do livro do profeta Jeremias, concluiremos hoje o vigésimo quarto capítulo.

Neste capítulo Deus revelou a Jeremias a existência de dois cestos de figos. Um cesto contendo figos bons e outro cesto contendo figos estragados, impróprios para o consumo: “...Fez-me ver o SENHOR, e vi dois cestos de figos postos diante do templo do SENHOR, depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os ferreiros de Jerusalém e os trouxe à Babilônia. Tinha um cesto figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro, ruins, que, de ruins que eram, não se podiam comer...” (versículos 1 e 2)

Observe que Deus levou Jeremias para um determinado lugar e o fez enxergar esses dois tipos de figos. Essa revelação foi para que Jeremias soubesse o que iria acontecer com aquele povo que havia sido levado cativo pelo rei Nabucodonosor, para a Babilônia, por ter abandonado a fé no Deus de Israel.

Pois bem. Como já discorremos nos capítulos anteriores, Deus permitiu que os hebreus fossem feitos cativos porque eles haviam lhe traído, em detrimento dos deuses pagãos. Mas, como em todo o lugar do mundo, no meio daquele povo hebreu haviam pessoas boas e más; pessoas que não se corromperam e, por conseguinte, não deixaram de servir ao Senhor e existiam também pessoas más, que tinham abandonado a fé no Deus vivo e estavam servindo e adorando aos deuses dessa terra.

Deus mostrou isso a Jeremias e lhe disse que iria tomar duas atitudes: A primeira era agir favoravelmente na vida dos bons que não tinham se corrompido. Prometeu mudar aquela situação de cativeiro e lhes dá a vitória, trazendo-os de volta a sua terra natal: “...A mim me veio a palavra do SENHOR, dizendo: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus. Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei. Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração...” (versículos 4 ao 7)

A segunda atitude a ser tomada pelo Soberano era destruir todos os figos ruins, ou seja, os traidores e corruptos que haviam abandonado a fé Nele. Esse grupo de pessoas iria pagar o preço da traição e do abandono: “...Como se rejeitam os figos ruins, que, de ruins que são, não se podem comer, assim tratarei a Zedequias, rei de Judá, diz o SENHOR, e a seus príncipes, e ao restante de Jerusalém, tanto aos que ficaram nesta terra como aos que habitam na terra do Egito. Eu os farei objeto de espanto, calamidade para todos os reinos da terra; opróbrio e provérbio, escárnio e maldição em todos os lugares para onde os arrojarei. Enviarei contra eles a espada, a fome e a peste, até que se consumam de sobre a terra que lhes dei, a eles e a seus pais...” (versículos 8 ao 10).

Em resumo Deus mostrou que os figos bons iriam ter uma chance, enquanto que os figos estragados iriam ser exterminados.

Pois bem. O que essa Palavra tem a ver conosco? Tudo. A Palavra de Deus não muda. Ele é Deus do passado, do presente e do futuro. Essa palavra nos diz exatamente o que vai acontecer com a humanidade.

A sociedade é constituída por dois tipos de figos: OS BONS E OS RUINS. Os bons são os verdadeiros cristãos que não se contaminaram com os deuses desse mundo e ainda guardam a fé no Deus vivo, servindo a Jesus. A esse grupo Deus está dizendo que cuidará dele e que haverá salvação.

Todavia, com relação aos figos ruins e estragados, que são todos que rejeitaram o sacrifício da cruz e que servem aos deuses desse mundo e que não querem um compromisso com Deus, serão castigados e receberão a recompensa que merecem, conforme se verifica nos versículos 8 ao 10 citados.

Pois é meu amigo e minha amiga. A revelação que Jeremias teve de Deus neste vigésimo quarto capítulo foi essa: A salvação para os figos bons e a condenação para os figos estragados. Que tipo de figo você é? Responda para si mesmo.

CAPÍTULO 25

Percorrendo com o estudo do livro do profeta Jeremias, discorreremos hoje sobre o vigésimo quinto capítulo.

Certamente você deve saber o que é um cálice de vinho. Há pessoas que se embriagam com o vinho; outras faz dele uma bebida diária na hora do almoço; enquanto que algumas o bebem em momentos especiais.

O que muitos não sabem é que existe um cálice de vinho do Senhor que é amargo e que causa angústia e sofrimento.

Nesse vigésimo quinto capítulo Deus fez todo o povo de Israel saber da existência desse vinho e os fez experimentar: “...Porque assim me disse o SENHOR, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do vinho do meu furor e darás a beber dele a todas as nações às quais eu te enviar...” (versículo 15).

Aqui começou a revoltada Deus para com aquele povo rebelde, idólatra e traidor. Durante os capítulos anteriores Deus usou Jeremias para anunciar a palavra da salvação e de arrependimento. Agora, no capítulo 25, Ele começa a dar de beber do seu vinho a todos os rebeldes e traidores.

Está escrito que todos foram obrigados a tomar do vinho do Senhor e que não podia haver recusa: “...se recusarem receber o cálice da tua mão para beber, então, lhes dirás: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tereis de bebê-lo...” (versículo 28).

Pois bem. Trazendo para os dias atuais, temos que essa palavra é voltada para todos que se encontram na rebeldia, na idolatria e nos prazeres desse mundo.

Todos que se encontra nessa situação, tal qual aquele povo do passado, provarão do cálice de vinho do Senhor. Não pense que é brincadeira. A Palavra de Deus é séria e irreversível. O cálice de vinho do Senhor é amargo e danoso, não duvide.

Talvez você seja até um admirador de vinho tinto, seco, suave, de mesa ou seja o tipo que for e nunca tenha ouvido falar no cálice de vinho do Senhor. Saiba que se você não se converter, cedo ou tarde será obrigado a prová-lo.

Assim como aquele povo tomou, não tenha dúvida que você também irá tomá-lo. Está escrito. Não haverá escapatória nem para os pastores. Não pense que o título de bispo, pastor, presbítero irá livrá-lo da prova desse vinho: “...não haverá refúgio para os pastores, nem salvamento para os donos dos rebanhos. Eis o grito dos pastores, o uivo dos donos dos rebanhos! Porque o SENHOR está destruindo o pasto deles...” (versículos 35 e 36).

O cálice de vinho do Senhor. Essa é a palavra contida no vigésimo quinto capítulo. Que Deus nos livre dessa prova.

CAPÍTULO 26

Dando continuidade ao estudo do livro do profeta Jeremias, adentramos no vigésimo sexto capítulo. Confesso que ao meditar nesse capítulo fiquei estarrecido com os acontecimentos nefastos vividos pelo profeta Jeremias.

Pude observar o quão difícil era pregar a Palavra de Deus no período da idade média e início da contemporânea. O próprio livro de Jeremias mostra as dificuldades que ele enfrentou para anunciar o evangelho naquela época.

No capítulo 12 vimos que Jeremias estava cansado de pregar a verdade e ver os rebeldes continuarem numa boa. Já no capítulo 15 assistimos a aflição que ele passou por causa das perseguições. Dúvidas e medo lhe assolavam. No capítulo 16, notamos o sofrimento de Jeremias por causa da proibição de constituir família. Ali o profeta foi compelido a conviver com a solidão. No capítulo 20, observamos a injustiça sofrida pelo profeta, que chegou até a ser preso em um tronco e chicoteado durante 24 horas.

Agora, neste capítulo 26, versículo 8, observa-se que ele encarou a morte por causa da Palavra de Deus: “...Tendo Jeremias acabado de falar tudo quanto o SENHOR lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, lançaram mão dele os sacerdotes, os profetas e todo o povo, dizendo: Serás morto...”

Pois bem. Deus havia dado uma ordem a Jeremias para anunciar a palavra de arrependimento àquele povo rebelde, afim de livrá-los do inferno e mesmo assim eles não quiseram dar ouvidos à voz do homem de Deus.

Quando Jeremias acabou de falar, os profetas e os sacerdotes logo o condenaram a pena de morte: “...então, os sacerdotes e os profetas falaram aos príncipes e a todo o povo, dizendo: Este homem é réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com os vossos próprios ouvidos...” (versículo 11).

Observe que não foram os incrédulos que conspiraram contra ele, foram os supostos crentes que armaram contra a sua vida.

No versículo 12, Jeremias fez a sua defesa nos seguintes termos: “...Falou Jeremias a todos os príncipes e a todo o povo, dizendo: O SENHOR me enviou a profetizar contra esta casa e contra esta cidade todas as palavras que ouvistes...”.

Diante disso, nota-se no versículo 16, que os não crentes, ou seja, os de fora, atuaram em sua defesa com a seguinte tese: “...Então, disseram os príncipes e todo o povo aos sacerdotes e aos profetas: Este homem não é réu de morte, porque em nome do SENHOR, nosso Deus, nos falou...”

Diante de todo esse julgamento, verifica-se que a sentença final só saiu no versículo 24, quando ele só escapou da pena de morte porque Deus usou um homem chamado AICÃO, para interceder de uma vez por todas por ele nos seguintes termos: “...Porém a influência de Aicão, filho de Safã, protegeu a Jeremias, para que o não entregassem nas mãos do povo, para ser morto...”

Pois bem. Meditando nesse vigésimo sexto capítulo, conclui-se que é muito triste saber que o simples fato de pregar a Palavra, pode levar o homem de Deus à pena de morte, pelos que supostamente professam a mesma fé.

Os que condenaram Jeremias à morte foram os sacerdotes e profetas, ou seja, os que supostamente eram evangélicos. Graças a Deus que pelo menos aqui no Brasil, não se tem registro de acontecimentos dessa natureza.

Temos visto mortes de cristãos no oriente médio por integrantes de seitas nazistas e satânicas, mas não por parte das pessoas que professam a mesma fé no Senhor Jesus.

Que Deus nos livre dos falsos crentes.

CAPÍTULO 27

Continuando com o estudo do livro do profeta Jeremias, finalmente chegamos ao vigésimo sétimo capítulo.

Queria enfatizar que trarei neste capítulo um assunto meio que polêmico, mas com certeza muito forte e que vai ajudar os que realmente creem na Palavra de Deus como ela é e não como eles querem.

Enfatizo que poucos pastores têm coragem de enfrentar um tema dessa natureza, motivo que leva este autor a abrir o campo dos comentários, para que o amigo leitor possa explanar a sua opinião sobre a direção contida neste capítulo.

Trata-se da entrega de poder ao inimigo dos hebreus para que este os oprimisse e os tornassem seus escravos. A bíblia diz taxativamente, no versículo 6, que Deus chamou Nabucodonosor de servo: “...Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam...”.

Pois bem. Nabucodonosor foi considerado o rei mais poderoso do império babilônico. Foi o carrasco do povo hebreu e mesmo assim foi considerado servo do Deus Vivo.

A história mostra que ele destruiu o templo de Deus e arrasou Jerusalém, conforme se vê em 2ª Reis, capítulo 25, versículo 8 ao 10: “...No sétimo dia do quinto mês, do ano décimo nono de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém. E queimou a Casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; também entregou às chamas todos os edifícios importantes...”.

Consta ainda em Daniel, capítulo 3, que ele construiu uma imagem de ouro para que todos o adorasse, ocasião em que por causa da recusa, mandou jogar na fornalha, Mesaque, Sadraque e Abedenego, todos servos de Deus.

Diz a bíblia ainda, no capítulo 4 de Daniel, que Nabucodonosor padeceu de uma doença mental justamente por causa da perseguição que fazia ao povo hebreu: “...No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves...”.

Enfim, esse cara era de todo inimigo do povo de Deus. Mas o que teria levado Deus a fazer do inimigo de seu povo, um servo Seu? Por qual motivo, causa ou circunstância, Deus resolveu tirar a benção de seu povo, as conquistas centenárias, para dar ao rei considerado inimigo de seu povo? Consta lá em Jeremias 27, nos versículos 6 ao 8 que isso aconteceu: “...Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam. Todas as nações servirão a ele, a seu filho e ao filho de seu filho, até que também chegue a vez da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis o fizerem seu escravo. Se alguma nação e reino não servirem o mesmo Nabucodonosor, rei da Babilônia, e não puserem o pescoço debaixo do jugo do rei da Babilônia, a essa nação castigarei com espada, e com fome, e com peste, diz o SENHOR, até que eu a consuma pela sua mão...”.

A resposta é simples meu amigo: Quando os escolhidos rejeitam a benção, o inimigo toma posse dela. Naquela ocasião os hebreus haviam rejeitado as bênçãos, quando traíram a Deus e passaram a adorar outros deuses pagãos.

Deus permite que as bênçãos rejeitadas pelos seus servos passem para os incrédulos e neste caso Ele mesmo a retirou e a deu ao seu algoz.

Deus fez do incrédulo e adversário Nabucodonosor um possuidor das bênçãos que eram de seus escolhidos. Fez dele seu servo, em detrimento dos escolhidos. Isso é muito forte e ao mesmo tempo polêmico, porque certos pastores tidos como teólogos/orgulhosos não aceitam essa passagem bíblica como sendo real e por isso a deixam de fora de suas pregações.

Isso é muito sério. Nabucodonosor foi chamado de servo de Deus. Não vou avançar na biografia de Nabucodonosor porque o intuito deste estudo é voltado para o capítulo 27 do livro do profeta Jeremias, estudo este que estou concluindo diariamente, mas farei em outra ocasião e já adianto que ele terminou se convertendo depois de ter sido curado de sua doença mental (Daniel 4, versículos 36 e 37): “...Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza. Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba...”.

Diante do exposto, conclui-se que esta palavra é voltada única e exclusivamente para o povo evangélico. Sim, para você que professa uma fé no Deus Vivo. Se você trair a Deus e O abandonar, você irá se tornar escravo do incrédulo, do diabo.

Deus vai fazer do teu inimigo servo Dele para que você se torne seu escravo. O que você conquistou quando estava na fé, vai ser repassado para o teu inimigo, assim como Ele fez nos versículos 6, 7 e 8.

O inimigo do povo hebreu que se tornou servo de Deus. A retirada das bênçãos das mãos dos escolhidos para as mãos do inimigo. Essa é a revelação contida nesse vigésimo sétimo capítulo.

CAPÍTULO 28

Meditando neste capítulo, vê-se que ele mostra exaustivamente uma guerra ministerial entre dois supostos homens de Deus. Hananias e Jeremias.

Diz a bíblia nos versículos 3 e 4, que o profeta Hananias reuniu todo o povo na igreja e começou a profetizar que coisas boas iriam acontecer aos judeus. Pregava que dentro de dois anos Deus iria acabar com o sofrimento que eles estavam passando por causa do exílio babilônico.

O intuito dessa pregação era para que todo o povo reconhecesse Hananias como sendo um profeta verdadeiro, um homem de Deus, já que é muito comum, quando se está passando por momentos de dificuldades, a pessoa se agradar com uma palavra de conforto e de otimismo.

Foi isso que Hananias fez. Proferiu palavras de conforto, em nome do Senhor, com o intuito de que todos acreditassem na sua profecia falaciosa.

Ao ouvir essas palavras, o também profeta Jeremias, objeto deste estudo, percebeu que aquilo se passava apenas de uma encenação mentirosa e logo rebateu com a seguinte afirmação: “...Amém! Assim faça o SENHOR; confirme o SENHOR as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do SENHOR e todos os exilados. Mas ouve agora esta palavra, que eu falo a ti e a todo o povo para que ouçais: Os profetas que houve antes de mim e antes de ti, desde a antiguidade, profetizaram guerra, mal e peste contra muitas terras e grandes reinos. O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do SENHOR...”.  

Na mesma hora o profeta mentiroso quebrou o colar do pescoço de Jeremias e continuou predizendo, desta feita, sob a alegação mentirosa de que dentro de dois anos quebraria o jugo do rei Nabucodonosor (que era o carrasco dos hebreus e servo de Deus, como vimos no capítulo 27), fazendo com que todo o povo deixasse de ser escravo e voltasse para as suas respectivas terras (versículos 10 e 11). Ouvindo isso, Jeremias foi embora revoltado.

Mas sabemos que Deus é Vivo e que jamais se tornará omisso com relação as coisas que acontecem em Seu nome. Na mesma hora mandou Jeremias voltar à igreja e anunciar a Sua Palavra ao mentiroso Hananias, diante de todos, nos seguintes termos: “...Disse Jeremias, o profeta, ao profeta Hananias: Ouve agora, Hananias: O SENHOR não te enviou, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o SENHOR: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o SENHOR...”.

Pois bem. Conforme Jeremias anunciou, só podemos saber se uma pessoa é de Deus, através de seus frutos, ou seja, quando o que ela está falando em nome de Deus vier a se confirmar.

Isso é muito sério porque a maioria dos crentes não têm observado esse detalhe e passam a acreditar em todas as baboseiras que são pregadas nas igrejas. É bíblico, só acredite se aquilo que o bispo, pastor ou obreiro está falando é verdade se a Palavra pregada se cumprir na tua vida.

O versículo final do capítulo 27 comprova que Jeremias era um homem de Deus e que as palavras que saíam de sua boca eram verdadeiras porque eram advindas do Senhor.  Observe que o que ele profetizou contra Hananias aconteceu. Hananias morreu no mês de julho daquele mesmo ano.

Pois bem. Essa Palavra vem justamente abrir os nossos olhos espirituais a fim de que não caiamos nas armadilhas dos mensageiros do diabo que se encontram infiltrados dentro das igrejas evangélicas.

Bispos, pastores, obreiros e evangelistas que pregam heresias em nome do Senhor, levando os incautos ao engano. Tem-se visto, em grande escala, igrejas cheias de pregações agradáveis, generosas, com o intuito exclusivo de angariar adeptos.

Tais pastores não passam de falastrões, verdadeiros Hananias, que irão pagar com a vida, por causa das palavras agradáveis e mentirosas que falam em nome do Senhor.

Aquele povo estava vivendo dias cruéis, dias de exílio e de sofrimento, por isso estavam sensíveis as palavras agradáveis do pastor Hananias. Mas as coisas não são como queremos, elas são do jeito de Deus, ou seja, como Ele quer.

Se Deus permitiu que o seu povo passasse por todo aquele sofrimento exílico, foi porque eles estavam colhendo o fruto de seu próprio plantio, ou seja, estavam pagando o preço da rebeldia, por terem virado as costas para Deus, como já estudamos nos capítulos anteriores.

Não seriam palavras agradáveis que iria mudar aquele sofrimento. Da mesma forma meu amigo e minha amiga, não são palavras deleitosas que vão mudar a tua situação. A tua vida só vai mudar através da fé. É esse o instrumento de guerra do cristão, que muda toda e qualquer situação.

Por isso, não caia nos enganos de Hananias. Meça as palavras do suposto homem de Deus e lembre-se: se a Palavra vier da parte de Deus ela tem que se cumprir na tua vida; do contrário, é apenas heresia de Hananias.

CAPÍTULO 29

Adentramos agora no capítulo da promessa Divina. O capítulo que fala da sorte e da sinceridade. A carta de Jeremias aos exilados.

Dor e sofrimento eram companheiros do povo hebreu no tempo do exílio babilônico. Diante disso, Deus ordenou que Jeremias enviasse uma carta ao povo, para que deixassem de lamentar e tocassem suas vidas para a frente.

A ordem era para que eles edificassem casas e constituíssem famílias naquele lugar, porque ainda teriam que conviver com o exilio por um período de 70 anos, conforme se vê nos versículos 5 ao 10: “...Edificai casas e habitai nelas; plantai pomares e comei o seu fruto. Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais. Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz. Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhadores, que sempre sonham segundo o vosso desejo; porque falsamente vos profetizam eles em meu nome; eu não os enviei, diz o SENHOR. Assim diz o SENHOR: Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar...”.

O povo havia deixado de orar e de buscar a Deus, tendo em vista a falta de tempo ou até mesmo o esfriamento espiritual, devido os problemas deixados pelo cativeiro.

Mas o que realmente poderia mudar aquela situação depois dos setenta anos de cativeiro anunciados pelo Senhor?

O Próprio Deus ordenou que eles voltassem a orar e a buscá-LO, porque só assim, teriam suas orações ouvidas e atendidas: “...então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei...” (versículo 12). Esse era o ponto de partida para a mudança. A volta da comunhão com Deus.

O povo buscava a Deus da boca para fora, ou seja, apenas com palavras vazias e por isso não havia resposta: Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”. (versículo 13).  Essa era a preocupação de Deus. Que o seu povo voltasse a ter comunhão de verdade com ele. Tinha que ser de todo o coração e não apenas com palavras vazias.

A sorte daquele povo havia se tornado em azar, já que tinham se afastado do Deus Vivo. E era justamente isso que Deus queria mudar, a sorte deles: “Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio”. (versículo 14).

Pois bem. O que isso tem a ver conosco? A resposta é: tudo. Explico.

Quando a pessoa se afasta de Deus as consequências são danosas, tanto na parte espiritual, quanto no que concerne a vida material. Tudo começa a dar errado, já que o cristão deixa de ter Deus como seu “sócio”, digamos assim.

Ela sai do esconderijo o Altíssimo e já não descansa mais na sombra do Onipotente, tornando-se vulnerável aos ataques do diabo.

A sorte de estar do lado de Deus, torna-se em azar, por a mesma se encontrar, por conseguinte, fora desse esconderijo. Por isso, o esfriamento espiritual, o desânimo e a perda da fé, fazem com que a pessoa já nãos ore mais e não mais busque mais a Deus como antes.

Há pessoas que se afastam da fé e até continuam fazendo suas orações, mas essas orações não passam de palavras vazias jogadas ao vento, que não chegam ao céu e por isso não obtêm a resposta Divina.

Era justamente assim que se encontrava o povo de Israel na época do exílio. Estavam pagando o preço por terem se afastado de Deus e porque já não mais oravam e nem buscavam a Deus de todo o coração, com toda a sua força.

Se você meu amigo e minha amiga se encontra nessa situação; já nem ora mais ou se ainda faz orações, mas não obtêm a resposta, saiba que Deus está prestes a te socorrer e mudar a sorte da tua vida. Basta apenas você reconhecer que precisa de ajuda, voltar a buscá-LO de todo o teu coração, que Ele está pronto para te responder. É o que conta nos versículos 12, 13 e 14.

Ele prometeu tirar aquele povo do exílio num prazo de 70 anos. Eu não sei o tempo que vai durar para que Ele mude a tua sorte e te tire dessa situação nefasta, mas uma coisa é certa, Ele só vai te socorrer se você seguir essa instrução deixada nos versículos 12, 13 e 14: “...então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte...”.

CAPÍTULO 30

A palavra contida nesse trigésimo capítulo é direcionada a você que está passando por tribulações e que está enfermo.

Se você é um cristão de verdade e está sofrendo por causa de perseguições. Se já tiraram tudo o que você possuía e mesmo assim ainda continuas sem perspectivas de melhoras, saiba que Deus já tomou as providências e está te dizendo que todos os que te devoram serão devorados.

A hora dos teus opressores chegou. Essa afirmação está contida no versículo 16: “...Por isso, todos os que te devoram serão devorados; e todos os teus adversários serão levados, cada um deles para o cativeiro; os que te despojam serão despojados, e entregarei ao saque todos os que te saqueia...”.

Pois bem. Se até aqui você ainda não tinha obtido uma resposta, uma direção, a Palavra de Deus chega a tua vida, trazendo a garantia de dias melhores. Deus irá restituir tudo o que você perdeu.

Todavia, se você está enfermo e vem padecendo com uma doença incurável, saiba também que a resposta de Deus chegou à tua vida. A Palavra contida no versículo 17 é clara: “...porque te restaurarei a saúde e curarei as tuas chagas, diz o SENHOR...”.

Deus criou o ser humano à Sua imagem e semelhança. Você nasceu perfeito, sem problemas e agora essa doença se instalou em teu corpo e você vai aceitar essa situação?

Não creia que é provação, pois Deus jamais provará seu filho com uma doença. Se você que é um ser humano falho e pecador jamais provaria o seu filho com uma doença, imagine Deus. É uma questão de lógica.

Existem alguns crentes perturbados pelo fanatismo que aceitam a doença como uma provação e até utilizam a passagem do livro de Jó para justificar a enfermidade em seu corpo. Enganam-se. Não está escrito em lugar nenhum do livro de Jó que Deus o provou com doenças. As enfermidades que assolaram o corpo de Jó foram colocadas pelo diabo e nunca por Deus. Leia o capítulo 2, versículos 1 ao 7, de Jó, onde diz: “...Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles apresentar-se perante o SENHOR. Então, o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? Respondeu Satanás ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. Perguntou o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa. Então, Satanás respondeu ao SENHOR: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face. Disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida. Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça...”.

É justamente aqui que os pastores covardes se firmam para ludibriar os crentes incautos. Ao invés de usarem o dom da cura, por meio da fé, para curarem os enfermos, assim como Cristo fez, eles preferem o caminho da facilidade e do comodismo com as afirmações mentirosas de que se trata de uma provação.

Imagina se Deus iria provar um filho seu com um câncer, ou com outra doença qualquer? Lógico que não! Se assim fosse eu jamais queria servir a um deus mal como esse.

As doenças surgem no corpo do ser humano por diversos fatores: a) por motivo biológico; b) por relaxamento do próprio ser humano que não cuida da saúde como deveria; c) pela presença de um mal, como foi no caso de Jó.

Os pseudos pastores sabem disso e mesmo assim preferem continuar no comodismo e no engano. É justamente por isso que estou aqui para te dizer, fundamentado na Palavra de Deus, que se você não aceitar essa doença e partir para cima dela, por meio da fé, lhe está assegurada a cura, em nome de Jesus, conforme consta no versículo 17.

A palavra de Deus é nesse sentido, cabe a você acreditar ou não.

CAPÍTULO 31

Dando continuidade ao estudo do livro do profeta Jeremias, chegamos ao trigésimo primeiro capítulo.

O interessante é que o capítulo inteiro mostra as novas promessas de Deus para os filhos de Israel, que ainda se encontravam no cativeiro babilônico, mas o que mais marcou foi justamente o versículo 16, que diz: “...Reprime a tua voz de choro e as lágrimas de teus olhos; porque há recompensa para as tuas obras, diz o Senhor, pois os teus filhos voltarão da terra do inimigo...”.

Pois bem. Naquele tempo o povo de Deus ainda estava no cativeiro. Choro e ranger de dentes eram comuns em suas vidas. Eles estavam pagando o preço da rebeldia.

Viraram as costas para Deus e por isso o sofrimento. Mas mesmo assim, Deus, usando de sua misericórdia, estendeu suas mãos para eles e lhes dirigiu a Palavra, prometendo cessar aquele sofrimento.

Hoje, talvez seja você que está no cativeiro. Tua vida está destruída. Nada de bom acontece contigo. Você já foi um servo de Deus, mas devido as adversidades, foi atingido pelo exu do tempo.

Sim, o tempo conseguiu te parar e hoje você não é mais um vencedor. A tua família foi alcançada pelo mal; teu filho está sendo vítima das drogas; a prisão é sua companheira.

Que diferença de cativeiro há entre o teu e o do povo de Israel? Somente o nome, talvez.  Saiba que assim se encontrava o povo de Deus naquela época e Ele apareceu para lhes resgatar.

A promessa hoje é voltada para você. Deus está te dizendo que há uma há saída para essa situação. Ele está mandando você parar de chorar, enxugar as lágrimas dos olhos e partir pra cima da situação. Chorar não resolve problemas.

A Promessa deste capítulo é de recompensa. Ele está dizendo que vai tirar o teu filho do mundo das drogas, da prisão, enfim, da babilônia. A maior injustiça é a igualdade. Saiba que você não é igual aos outros.

Além do mais, a bíblia não é para ser lida como um livro de história qualquer; é para ser meditada, já que é a Palavra de Deus e o que ela está nos revelando neste trigésimo primeiro capítulo é que você é escolhido(a) de Deus, por isso, tem que haver diferença na tua vida. Não se comporte igual aos outros, pois a promessa é para você.

O choro pode durar uma noite, mas a alegria e a recompensa vêm ao amanhecer. Esta é a direção de Deus para a tua vida. Enxuga as lágrimas e age a fé.

CAPÍTULO 32

Quando o homem de Deus não entende a Sua Palavra.

Este capítulo mostra que Jeremias recebeu uma missão de Deus, que era comprar um terreno, escriturar e selar esse documento. “...Eis que Hanameel, filho de Salum, teu tio, virá a ti dizendo: Compra para ti a minha herdade que está em Anatote, pois tens o direito de resgate para comprá-la.Veio, pois, a mim Hanameel, filho de meu tio, segundo a palavra do Senhor, ao pátio da guarda, e me disse: Compra agora a minha herdade que está em Anatote, na terra de Benjamim; porque teu é o direito de herança, e tens o resgate; compra-a para ti. Então entendi que isto era a palavra do Senhor.Comprei, pois, a herdade de Hanameel, filho de meu tio, a qual está em Anatote; e pesei-lhe o dinheiro, dezessete siclos de prata. E assinei a escritura, e selei-a, e fiz confirmar por testemunhas; e pesei-lhe o dinheiro numa balança.E tomei a escritura da compra, selada segundo a lei e os estatutos, e a cópia aberta...” (versículos 7 ao 11).

Jeremias ficou sem entender tal direção, já que, aos olhos humanos não tinha sentido algum aquela ordem, porque foi dada justamente no momento em que a cidade estava totalmente cercada pelos inimigos. “...Ora, nesse tempo o exército do rei de babilônia cercava Jerusalém; e Jeremias, o profeta, estava encerrado no pátio da guarda que estava na casa do rei de Judá...” (versículo 2).

Mas mesmo assim, quando a pessoa está bem com Deus, ela obedece. Não importa a ordem que venha do altar (bíblia), ela obedece e pronto! Foi assim que agiu Jeremias. Deu cumprimento a ordem Soberana e comprou o terreno, dentro do procedimento legal.

Pois bem. Mesmo sem entender o motivo da ordem, resolveu dobrar os joelhos e buscar a resposta Divina sobre essa direção, a princípio sem sentido. “...E depois que dei a escritura da compra a Baruque, filho de Nerias, orei ao Senhor, dizendo: Ah Senhor DEUS! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder, e com o teu braço estendido; nada há que te seja demasiado difícil...” (versículos  16 e 17).

Ao ouvir a oração de Jeremias, imediatamente o Senhor respondeu-lhe, assegurando-lhe que aquela compra era a garantia de uma segunda chance que Ele estava dando ao povo de Israel. “...Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo: Eis que eu sou o Senhor, o Deus de toda a carne; acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim? ...” (versículos 26 até o 44).

Mesmo vivendo na rebeldia, por isso que estavam pagando o preço da invasão e domínio babilônico; o Senhor estava lhes dando uma segunda chance de voltar para aquela terra um dia. “...E alegrar-me-ei deles, fazendo-lhes bem; e plantá-los-ei nesta terra firmemente, com todo o meu coração e com toda a minha alma. Porque assim diz o Senhor: Como eu trouxe sobre este povo todo este grande mal, assim eu trarei sobre ele todo o bem que lhes tenho declarado. E comprar-se-ão campos nesta terra, da qual vós dizeis: Está desolada, sem homens, sem animais; está entregue na mão dos caldeus. Comprarão campos por dinheiro, e assinarão as escrituras, e as selarão, e farão que confirmem testemunhas, na terra de Benjamim, e nos contornos de Jerusalém, e nas cidades de Judá, e nas cidades das montanhas, e nas cidades das planícies, e nas cidades do sul; porque os farei voltar do seu cativeiro, diz o Senhor...” (versículos 41 ao 44).

Pois é meu amigo e minha amiga. Quem nunca passou por isso? Quem nunca ficou sem entender uma ordem vinda do altar? Acredito que a maioria dos cristãos.

O fato é que nenhuma ordem advinda de Deus é ilógica ou sem sentido. Nós, na nossa insignificância mental, é que não entendemos, a princípio, aquela primeira direção. Contudo, se buscarmos a resposta no altar, com certeza o Todo Poderoso responderá e tirará todas as dúvidas da nossa mente.

Neste capítulo, além de ter aprendido sobre o não entendimento de ordem, que aos olhos humanos parecia sem sentido, aprendi também que Deus é misericordioso para com os que são seus. Apesar de tudo, Ele dá uma segunda chance a todos que O invocar. Faça isso imediatamente.

CAPÍTULO 33

Uma atenção especial consta nesse trigésimo terceiro capítulo. E reside no versículo 12: “...assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda neste lugar, que está deserto, sem homem nem animal, e em todas as suas cidades, haverá uma morada de pastores, que façam repousar aos seus rebanhos...”

Talvez o amigo já tenha lido várias vezes este capítulo e não tenha ainda atentado para a particularidade deste versículo.

Aqui o Senhor assegura mudança total e plena da situação nefasta que o homem esteja vivendo, para uma situação plenamente favorável.

É certo e verdadeiro que o cristão passará por seu deserto. Assim como Cristo passou pelo deserto, todos nós um dia iremos passar por ele. Situações nefastas, dificuldades, enfim, dias de aflições todo mundo um dia vai passar.

Mas a garantia que temos, que nos assegura uma saída radical e real dos dias maus, está neste versículo. Deus garante que no mesmo lugar que estamos vivendo, ou seja, não precisa mudar de cidade, estado ou país, a situação vai mudar para melhor. Ele vai transformar essa terra inabitável e deserta, em uma terra habitável e deleitosa, onde possa repousar os seus rebanhos, que somos nós.

O interessante é que o versículo primeiro diz que essa Palavra veio à Jeremias quando ele se encontrava encarcerado no pátio da guarda, ou seja, quando o mundo desabou na cabeça do profeta. “...E veio a palavra do SENHOR a Jeremias, segunda vez, estando ele ainda encarcerado no pátio da guarda...”.

Ali se iniciava o deserto na vida de Jeremias. O encarceramento era a porta de entrada do seu deserto. Deserto esse que se estendeu por vários capítulos, conforme iremos meditar mais adiante.

Mas quando a pessoa é verdadeiramente de Deus ela não se deixa abater pelas dificuldades, pelo contrário, tem a convicção que a resposta vem do altar, mediante o uso da fé.

CAPÍTULO 34

Quando Deus anuncia a perda das bênçãos na vida do ser humano.

Ao meditar nesse capítulo, um temor me sobreveio. Aqui eu pude enxergar e perceber o poder da recusa de Deus na vida do ser humano. Foi o que aconteceu com Zedequias.

Rei de Judá, detentor de poder, ostentação e riquezas. Homem poderoso até receber a notícia de que iria perder tudo que havia conquistado, inclusive que iria ser preso pelo exército de Nabucodonosor.

Pois bem. A Palavra de Deus veio a Jeremias, no momento em que a cidade de Judá estava totalmente sitiada pelos exércitos da colisão babilônica. Não havia saída para Zedequias, a não ser se entregar e ser tratado como preso político.

Deus havia anunciado, por meio de Jeremias, que apesar de tudo, Zedequias teria uma morte limpa, ou seja, sem violência: “...Não morrerás à espada. Em paz morrerás, e conforme as queimas para teus pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim queimarão para ti, e prantear-te-ão, dizendo: Ah, Senhor! Pois eu disse a palavra, diz o Senhor...” (versículos 4 e 5).

Imagine só: O homem era detentor de poder, tinha riquezas e era respeitado. De repente vê o mundo desabando aos seus pés e sua autoridade ser jogada no lixo. Isso é muito forte meu amigo e minha amiga. Serve para mais uma vez aprendermos que não somos nada, apesar de muita gente pensar que é alguma coisa.

Quando Deus derruba, não há quem levante. Zedequias era arrogante e, por conseguinte, desobediente à Palavra de Deus. O Soberano havia dado uma ordem para que ele desse carta de alforria a todos os hebreus. A ordem era para que não houvesse nenhum escravo entre eles: “...A palavra que do Senhor veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez aliança com todo o povo que havia em Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade; Que cada um despedisse livre o seu servo, e cada um a sua serva, hebreu ou hebréia; de maneira que ninguém se fizesse servir deles, sendo judeus, seus irmãos. E obedeceram todos os príncipes, e todo o povo que havia entrado na aliança, que cada um despedisse livre o seu servo, e cada um a sua serva, de maneira que não se fizessem mais servir deles; obedeceram, pois, e os soltaram...” (versículos 8 ao 10).

Assim foi feito. Mas não demorou muito para que Zedequias revogasse esse decreto, fazendo com que a escravidão retornasse àquele povo: “...Mas depois se arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que haviam libertado, e os sujeitaram por servos e por servas...” (versículo 11).

Um homem revogando o Decreto de Deus, pode? Jamais! Assim era Zedequias. Por causa dessa atitude e de outras, pagou um preço alto. Foi capturado pelo exército inimigo e conduzido até a presença de Nabucodonosor.

Posteriormente foi sentenciado a ver seus filhos morrerem em sua frente, e depois teve seus olhos arrancados e foi levado acorrentado à Babilônia, onde permaneceu preso até sua morte, conforme Deus havia anunciado nos versículos 17 ao 21.

Veja a queda de domínio e de poder de um homem importante. Rei, rico e poderoso. De repente ficou prisioneiro, cego, pobre, fraco e arruinado. Sua morte foi lenta e dramática, já que permaneceu preso até o fim de sua vida.

Imagine como deve ser a vida de quem está encarcerado; não deve ser nada boa, ainda mais se tratando de um preso político.

Diante do exposto, coloquemos nossas “barbas de molho”, para não incorrermos no mesmo erro de Zedequias. Devemos estar atentos, já que a vida é passageira. Nada que existe nessa terra é nosso, somos apenas posseiros e nada mais.

Não devemos jamais achar que somos alguma coisa, pelo contrário, temos que ter a convicção de que estamos aqui nesse mundo de passagem e quando morrermos não iremos levar nada.

Se você é uma pessoa que tem poder, riquezas e fama, não faça desses adjetivos o seu deus. Lembre-se que Deus rejeita os soberbos, assim como rejeitou a Zedequias. E se Ele decretar perda total na tua vida, não haverá outro ser que possa revogar tal decreto. Muito cuidado!

CAPÍTULO 35

O Teste de Deus.

Passando por este capítulo, percebe-se uma coisa inusitada.  Deus dá uma ordem para que um determinado grupo religioso beba vinho: “...Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à casa do Senhor, a uma das câmaras e dá-lhes vinho a beber...” (versículo 2).

Ora, a princípio quando lemos esse versículo, de cara ficamos sem entender o porquê de beber vinho. Contudo, ao debruçar sobre os demais versículos, logo vemos a resposta para esse meu questionamento humano.

Pois bem. A ordem foi dada a Jeremias para que se dirigisse à casa dos recabitas, que nada mais eram do que uma ordem religiosa nômade fundada por Jonadabe, filho de Recabe, durante o século IX, antes de Cristo e que não moravam em casas (versículos 9 e 10).

Assim foi feito. Jeremias os conduziu até o templo com o fito de que todos bebessem vinho. Ocorre que os recabitas não usavam qualquer produto da videira, ou seja, por tradição e obediência a Jonadabe, nunca haviam tomado vinho. A recusa foi imediata: “…Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou, dizendo: Nunca jamais bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos...” (versículo 6).

Vejam em que situação eles se meteram. Tiveram sua fé provada. Obedecer ou não à voz do profeta, em detrimento de sua convicção religiosa?

Não hesitaram e provaram que eram fiéis no cumprimento de uma palavra. Não estavam desobedecendo a ordem de Deus, pelo contrário, estavam mostrando fidelidade na execução de sua fé.

Note que eles explicaram que estavam em Jerusalém por ocasião do “destino”, ou seja, em face do medo dos exércitos dos caldeus e dos sírios: “...Sucedeu, porém, que, subindo Nabucodonosor, rei de babilônia, a esta terra, dissemos: Vinde, e vamo-nos a Jerusalém, por causa do exército dos caldeus, e por causa do exército dos sírios; e assim ficamos em Jerusalém...” (versículo11).

Eles não eram habitantes de Jerusalém por natureza. Estavam naquela cidade, mas mantinham a fidelidade religiosa. Isso foi o suficiente para agradar a Deus, que por sua vez, os preservou em sua presença diária. Foram privilegiados e recompensados por causa da fidelidade: “...E à casa dos recabitas disse Jeremias: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Pois que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos ordenou, Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará homem a Jonadabe, filho de Recabe, que esteja na minha presença todos os dias...” (versículos 18 e 19).

Veja o quão interessante é esta passagem bíblica contida neste capítulo 35. Não se trata de beber ou não vinho, como havíamos pensado inicialmente. Aqui se trata de fidelidade. Não de corrupção material e espiritual.

Aquela recusa ao vinho não foi em vão. Eles foram recompensados e privilegiados, por meio da fé. Enquanto que os que eram filhos naturais e herdeiros correspondentes de Deus, perderam a benção, porque eram desobedientes ao Soberano: “...Por isso assim diz o Senhor Deus dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre Judá, e sobre todos os moradores de Jerusalém, todo o mal que falei contra eles; pois lhes tenho falado, e não ouviram; e clamei a eles, e não responderam...” (versículo 17).

Por isso meu amigo e minha amiga, não se corrompa espiritualmente. Mantenha a sua fé íntegra na Palavra de Deus. Seja um cristão autêntico e verdadeiro. Não haja como muitos teólogos fariseus, pastores e obreiros que não passam de sepulcros caiados.

Viva a fé genuína na Palavra de Deus. Seja um recabita.

CAPÍTULO 36

O capítulo da afronta.

Um absurdo aconteceu neste capítulo. O rei e os seus comparsas rejeitaram a Palavra de Deus e queimaram a bíblia.

Deus havia ordenado a Jeremias que escrevesse em um rolo de um livro uma mensagem de salvação para ser lida na presença de todo o povo.

Nessa palavra havia uma determinação para que cada qual se convertesse do seu mau caminho, com o fito de que fossem perdoados por Deus (versículo 3).

Contudo, a salvação e o arrependimento chegaram tão somente aos cidadãos chamados Micaias, Elnatã, Delaías, Gemarias e alguns príncipes; entretanto, quando a bíblia foi lida por Jeudi, perante o rei e todo o povo, esse cidadão rasgo-a e a jogou no fogo, debochando, assim, da Palavra de Deus: “...E sucedeu que, tendo Jeudi lido três ou quatro folhas, cortou-as com um canivete de escrivão, e lançou-as no fogo que havia no braseiro, até que todo o rolo se consumiu no fogo que estava sobre o braseiro...” (versículo 23).

E a afronta não parou por aí não. O rei mandou prender a Jeremias e seu escrivão Baruque: “...deu ordem o rei a Jerameel, filho de Hamaleque, e a Seraías, filho de Azriel, e a Selemias, filho de Abdeel, que prendessem a Baruque, o escrivão, e a Jeremias, o profeta; mas o Senhor os escondera...” (versículo 26).

Mas como a Palavra era de Deus e os dois homens (Jeremias e Baruque) eram servos Dele, logicamente que a responsabilidade do Altíssimo era toda em protegê-los. E assim foi feito. Deus os livrou das mãos do rei tirano e os escondeu.

Pois bem. Uma segunda Palavra foi escrita, através da direção de Deus, sendo direcionada àqueles rebeldes e truculentos: “...Então veio a Jeremias a palavra do Senhor, depois que o rei queimara o rolo, com as palavras que Baruque escrevera da boca de Jeremias, dizendo: Toma ainda outro rolo, e escreve nele todas aquelas palavras que estavam no primeiro rolo, que queimou Jeoiaquim, rei de Judá...”. (versículos 27 e 28). Notem que eram supostos povos de Deus.

A Palavra era direcionada ao povo Dele. Não era para os estranhos. Mas como acontece desde o início, a rebeldia sempre foi companheira do ser humano, afastando-o de Deus.

Deus foi afrontado pelos seus. Aquele povo rebelde, iniciado por Jeudi e o rei Jeoiaquim. Mas o pior ainda estava por vir sobre a vida desses caboclos malvados. Nos capítulos seguintes, pagaram o preço por terem afrontado o Deus Vivo.

Que sirva de lição para todos nós o ocorrido neste capítulo. Talvez o amigo leitor não tenha rasgado a bíblia fisicamente, mas já a rasgou espiritualmente, quando por algum motivo qualquer rejeitou uma palavra, uma direção, advinda do altar. Isso é rasgar a bíblia espiritualmente.

As vezes não paramos para pensar e nem percebemos que o simples fato de não acolhermos as Palavras escritas na Bíblia Sagrada, através de uma pregação advinda do altar, caracteriza sim o “Rasgar do Rolo do Livro de Deus”, tal qual aconteceu fez Jeudi.

CAPÍTULO 37

Jeremias na prisão.

Dor, sofrimento e angústia na vida do profeta, retrata este trigésimo sétimo capítulo.

Jeremias sempre foi um homem muito usado por Deus. Temido por sempre dizer a verdade, pagou um preço alto: ser feito prisioneiro.

Pois bem. Como consta no início do capítulo, Jeremias foi procurado pelo rei Zedequias para que este intercedesse por ele, perante Deus: “...contudo mandou o rei Zedequias a Jucal, filho de Selemias, e a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, ao profeta Jeremias, para lhe dizer: Roga agora por nós ao Senhor nosso Deus...” (versículo 3).

Queria o rei ouvir uma palavra de conforto, de paz, mas o homem de Deus não se corrompeu e como sempre, falou o que veio da parte de Deus. Dura palavra o rei ouviu por parte de Jeremias: “...então veio a Jeremias, o profeta, a palavra do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Assim direis ao rei de Judá, que vos enviou a mim para me consultar: Eis que o exército de Faraó, que saiu em vosso socorro, voltará para a sua terra no Egito. E voltarão os caldeus, e pelejarão contra esta cidade, e a tomarão, e a queimarão a fogo...” (versículos 6 ao 8).

Depois de proferir essas palavras, Jeremias caiu fora, pois sabia que as consequências seriam trágicas para a sua vida. O rei e seus súditos não iriam deixar de graça. (Versículo 12).

Mais adiante teve sua liberdade tolhida por um cidadão chamado Jerias, sob a alegação de que ele estaria fugindo para ficar com os inimigos caldeus (versículo 14).

Além de ser preso injustamente, teve sua integridade física atacada, sendo vítima de muitos açoites, durante dias.

Passados alguns dias, pensando o rei que Jeremias iria ficar abalado por causa de tamanha injustiça, finalmente resolveu expedir o alvará de soltura em seu favor, colocando-o em liberdade.

Só que não para por aí não a atitude bizarra desse cidadão e rei chamado Zedequias. Sem que os outros soubessem, foi até a casa de Jeremias com o fito de persuadi-lo a obter favor do Deus Altíssimo. Pois é, queria que Jeremias lhe abençoasse com uma Palavra de Deus: “...E mandou o rei Zedequias soltá-lo; e o rei lhe perguntou em sua casa, em segredo: Há porventura alguma palavra do SENHOR?...” (versículo 17).

Só que, como dito, Jeremias era macho, corajoso e acima de tudo, homem de Deus. Falava sempre o que vinha da parte de Deus. Imediatamente consultou ao Senhor e respondeu ao rei com a seguinte revelação: “...E disse Jeremias: Há. E disse ainda: Na mão do rei de babilônia serás entregue...” (versículo 17).

Quando a pessoa é de Deus não se corrompe; não se deixa levar pelas circunstancias, pelas adversidades. Foi ocaso de Jeremias. Mesmo sabendo das consequências, permaneceu firme na verdade. Não se vendeu, como muitos outros profetas velhos haviam se vendido.

Você acha que naquela época só havia Jeremias de profeta? Claro que não. Havia muitos, mas a maioria se vendeu, se corrompeu, se tornou em profetas velhos. O que não ocorreu com o homem de Deus chamado Jeremias.

Pagou o preço. Resistiu as provações da fé. Depois de ter dito mais uma verdade ao rei, foi preso novamente e condenado a comer somente um pão por dia: “...Então ordenou o rei Zedequias que pusessem a Jeremias no átrio da guarda; e deram-lhe um pão cada dia, da rua dos padeiros, até que se acabou todo o pão da cidade; assim ficou Jeremias no átrio da guarda” (versículo 21).

Pois é meu amigo e minha amiga. O capítulo 37 termina afirmando que a pena imposta a Jeremias foi comer apenas um pão por dia, até que se acabassem. Imagine como devem ter sido dolorosos os dias de cárcere de Jeremias. Ficou recolhido em uma prisão do tipo “especial”, que foi o pátio da guarda, mas imagem só: a pão e água.

Quantos são os cristãos que nos dias de hoje não teriam nem aguentado um dia do sofrimento de Jeremias? Isso serve para que venhamos refletir e verificar o quanto estamos acomodados na fé. Sim estamos vivendo em uma zona de conforto, já que não somos provados nem 0,01%, como foi Jeremias. Que Deus nos ajude e nos livre dos traíras que professam a mesma fé que nós.

CAPÍTULO 38

O homem de Deus no fundo do poço.

No capítulo anterior vimos que Jeremias foi lesionado, preso em um tipo de prisão especial, que ficava localizada no pátio da guarda real e condenado a comer um pão por dia, durante um longo período.

Agora, o trigésimo oitavo capítulo nos mostra mais uma dura passagem na vida do profeta Jeremias, tendo em vista que foi jogado em uma cisterna com lama até o pescoço e sem água, não obstante a prisão do capítulo 37.

Pois bem. Conforme já discorremos nos capítulos iniciais, Jeremias foi um profeta que viveu entre os anos 627 e 587 antes de Cristo e foi chamado ao ministério profético ainda muito jovem, com 13 anos de idade. Deus viu em sua pessoa alguém capaz de ser obediente à Sua voz. Por quarenta anos ele pregou sobre os pecados e as loucuras que Judá cometia. Em resumo: foi um homem muito usado por Deus.

Mas mesmo sendo um homem íntegro, honesto e escolhido por Deus, teve mais esse momento amargo em sua vida, simplesmente por falar a verdade. Ele não tinha medo de nada, era um incômodo para a liderança de Israel. Sua palavra, vinda do Senhor, denunciava os pecados e a injustiça cometidos especialmente por aqueles que deveriam ser responsáveis pela vida espiritual do povo.

Jeremias foi incumbido por Deus para dizer a Zedequias, rei de Israel, e a todo o povo que a cidade seria sitiada e tomada por Nabucodosor, rei da Babilônia. Porém, como a profecia não agradava aos interesses particulares de ninguém, o profeta foi repudiado, injustiçado e lançado no fundo de uma cisterna: “...assim diz o Senhor: O que ficar nesta cidade morrerá à espada, de fome e de pestilência; mas o que sair aos caldeus viverá; porque a sua alma lhe será por despojo, e viverá. Assim diz o SENHOR: Esta cidade infalivelmente será entregue na mão do exército do rei de babilônia, e ele a tomará...” (versículos 02 e 3).

Pois é. Por causa disso, perseguiram o profeta e o jogaram dentro de um poço. E o pior, o poço estava cheio de lama. Poço este, cheio de ódio, de amargura, de mágoas, de tristeza, de maldades, de calúnias e de contendas: “...então tomaram a Jeremias, e o lançaram na cisterna de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; e desceram a Jeremias com cordas; mas na cisterna não havia água, senão lama; e atolou-se Jeremias na lama...” (versículo 6).

Veja se não é mesmo assim que acontece, meu amigo e minha amiga: Quando estamos fazendo uma grande obra tentam jogar lama em nós, para tentar nos parar, desanimar, desistir, para tirar o nosso foco daquilo que Deus nos confiou.

A Bíblia usa a figura da lama para falar de situações difíceis, especialmente aquelas relacionadas com o pecado.

A vida é cheia de altos e baixos e em algumas vezes, somos jogados por outras pessoas dentro de cisternas e ficamos atados sem poder nos mover diante das calúnias, das injustiças e das agressões. Outras vezes, somos nós mesmos que entramos nas cisternas com nossas próprias pernas.

Quero deixar claro que existem muitos tipos de cisternas em nossas vidas e que nos deixam atolados na lama. Há a cisterna do pecado, do medo, da depressão, da dívida, da murmuração, da crise familiar, do problema conjugal, etc.

Quem está na lama, por qualquer razão, precisa de ajuda para sair de lá. Era o caso de Jeremias. Deus ouviu a voz do profeta dentro daquele poço, ainda que sem forças para pronunciar palavras com a sua boca, Deus ouvia o seu coração e enviou até aquele poço um homem chamado Ebede-Meleque, que significa “servo do rei”. Este homem foi até o poço e lançou uma corda para tirar Jeremias de lá (versículos 7 ao 13).

Pois é. Jeremias foi retirado com uma corda feita de panos e roupas velhas. Essa corda representa a alma ferida do profeta pela incompreensão, pela injustiça, pelas marcas da rejeição, pelas indiferenças, pelas maldades alheias.

Diz a Bíblia que Ebede-Meleque mandou que ele colocasse a corda entre as axilas e sob os pés. Isso significa dizer que Jeremias estava exausto por causa do peso da lama.

Pois é meu amigo e minha amiga. Quando estamos dentro do poço sufocado pelas lamas da vida só tem duas direções para se olhar: para cima e para baixo. Se olhares para baixo só verás lama e não verás saída, mas se olhares para cima verás a Gloria de Deus e o livramento na tua vida.

Por isso, olhe para cima e verás os céus abertos sobre vós e o azul da força de Deus, uma nova esperança. Ele te tira de dentro de qualquer poço desse mundo.

Jeremias era um ungido de Deus, mas infelizmente também esteve no fundo do poço. Foi traído e quase teve sua vida ceifada. Por isso, não estranhe a situação que você está passando, tempos ruins virão para todos nós, faz parte da vida.

Toda dor pela qual passamos, toda tristeza, são oportunidades que Deus nos dá para usarmos a fé. São ações de Deus para moldar o nosso caráter. Depende de nós escolhermos que efeitos essas coisas terão em nossas vidas. Os problemas podem nos trazer pra perto de Deus ou podem nos afundar em um poço de morte. Depende da reação de cada um.

Liberte-se da cisterna em que estás preso. Saia da lama. Use sua fé e saia do fundo do poço. Olhe para o alto. A luz que está na entrada da cisterna é a que vai mudar sua vida! Jesus Cristo. Sempre.

CAPÍTULO 39

Este capítulo mostra incialmente, com detalhes, como o exército babilônico conseguiu entrar em Jerusalém e tomar a cidade santa. Mas dois detalhes espirituais chamam a atenção neste trigésimo nono capítulo:

 a) o cumprimento da Palavra de Deus acerca da destruição da vida do rei Zedequias e de sua família;

b) a ordem que o diabo deu aos seus “cavalos” para não atingirem Jeremias, o homem de Deus.

Pois bem. Conforme vimos no capítulo 34, versículos 20 e 21, Deus anunciou, por meio de Jeremias, que o rei Zedequias seria preso e que toda a sua família seria morta diante de seus olhos e este fato aconteceu justamente nos versículos 5, 6 e 7 deste capítulo: “...mas o exército dos caldeus os perseguiu, e alcançou a Zedequias nas campinas de Jericó; e eles o prenderam, e fizeram-no subir a Nabucodonosor, rei de babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e o rei o sentenciou. E o rei de babilônia matou em Ribla os filhos de Zedequias, diante dos seus olhos; também matou o rei de babilônia a todos os nobres de Judá...”.

O versículo 7 mostra ainda que Zedequais ficou cego, provando, assim, que a Palavra de Deus não volta atrás: “...E cegou os olhos de Zedequias, e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo a babilônia...”

Observe que ele foi alertado várias vezes por Jeremias, antes da invasão babilônica, que deveria se consertar, pois a cegueira espiritual era um entrave em seu reinado. Mas mesmo assim, não quis dar ouvidos à voz do profeta e por isso perdeu tudo e terminou cego.

Por sua vez, o que me chamou mais a atenção foi o poder de Deus na vida de quem O serve. Note que nos versículos 11 e 12 o próprio diabo, representado pelo rei da Babilônia (que era o invasor da cidade santa), deu ordem para que ninguém fizesse mal a Jeremias: “...mas Nabucodonosor, rei de babilônia, havia ordenado acerca de Jeremias, a Nebuzaradã, capitão da guarda, dizendo: Toma-o, e põe sobre ele os teus olhos, e não lhe faças nenhum mal; antes como ele te disser, assim procederás com ele...”.

Note que o diabo ainda deu ordem para que os soldados obedecessem a Jeremias. Isso é muito forte! Quando a pessoa é de Deus até o diabo é obrigado a reconhecer isso e confessar publicamente.

Todos pagaram o preço da desobediência, exceto o homem de Deus. Isso quer dizer meu amigo e minha amiga, que quando a pessoa não tem “rabo preso” com o diabo, ninguém pode detê-la.

O diabo é obrigado a confessar que você é de Deus e ainda mais, ele dá ordem aos seus “cavalos” para que não lhe toque, porque há impedimento legal. O poder de Deus o impede de agir contra os que são do Altíssimo. Aleluia!

Ao final deste capítulo chegamos a conclusão de que por uma só ação demoníaca, um foi atingido e o outro não. Zedequias teve o mal que merecia e Jeremias o bem que lhe é direito, mal nenhum lhe sobreveio.

E você meu amigo, qual será o teu final? A cegueira de Zedequias ou o livramento de Jeremias? Depende de tua condição espiritual.

CAPÍTULO 40

O poder da escolha.

Como vimos no capítulo anterior, Jerusalém foi totalmente tomada pelo exército babilônico, ocasião em que parte do povo foi assassinada e outra parte foi levada cativa.

Jeremias, homem de Deus, obteve livramento da parte do Soberano e foi levado por Nebuzaradã para a prisão de guerra.

   Neste capítulo, depois de ter passado todo aquele período de guerra, Jeremias obteve a liberdade: “...E o Senhor o trouxe, e fez como havia falado; porque pecastes contra o Senhor, e não obedecestes à sua voz, portanto vos sucedeu isto. Agora, pois, eis que te soltei hoje das cadeias que estavam sobre as tuas mãos...” (versículos 3 e 4).

Posto em liberdade, Jeremias tem uma decisão a tomar: ficar naquela cidade ou partir para outro lugar e refazer a sua vida: “...se te apraz vir comigo para babilônia, vem, e eu cuidarei de ti, mas se não te apraz vir comigo para babilônia, deixa de vir. Olha, toda a terra está diante de ti; para onde parecer bom e reto aos teus olhos ir, para ali vai...” (versículo 4).

Veja que essa decisão não era fácil. A cidade estava toda destruída e a Babilônia seria a alternativa mais lógica para ser a moradia de Jeremias.

Contudo, ele resolveu ficar em Mizpá: “...Assim veio Jeremias a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá; e habitou com ele no meio do povo que havia ficado na terra...” (versículo 6).

Essa era a direção de Deus. Jeremias deveria ficar com Gedalias, que foi nomeado governador da cidade de Judá, logo depois da invasão babilônica. A intenção era facilitar a reocupação do povo judeu na terra dessolada. Daí o motivo da permanência de Jeremias ao lado de Gedalias.

É importante salientar, que além da liberdade, Jeremias ganhou alimento para o caminho e um presente do capitão da guarda: “...E deu-lhe o capitão da guarda sustento para o caminho, e um presente, e o deixou ir...” (versículo 5).

O poder de escolha levou Jeremias a Mizpá, lugar onde todos os judeus voltaram posteriormente para a grande colheita: “...então voltaram todos os judeus de todos os lugares, para onde foram lançados, e vieram à terra de Judá, a Gedalias, a Mizpá; e recolheram vinho e frutas do verão com muita abundância...” (versículo 12).

CAPÍTULO 41

O capítulo da traição.

Diz a Palavra de Deus que Ismael, o grande traidor, armou uma cilada contra o governador e os homens de Deus que iriam oferecer ofertas na igreja.

Pois bem. Conforme vimos nos capítulos anteriores, após a destruição de Jerusalém, o rei Nabucodonosor designou Gedalias como governador dos judeus que foram deixados na terra de Judá.

O mesmo passou a residir em Mizpá e o profeta Jeremias passou a morar ali também. Gedalias havia feito um juramento que não faria mal algum a eles, desde que continuassem a servir o rei Nabucodonosor.

Pois bem. Ismael havia jurado lealdade a Gedalias, mas essa lealdade era só de fachada, posto que esse cidadão tramou um grande plano, violando todas as regras sagradas da lealdade, que culminou com a morte do Governador Gedalias. O assassinato foi motivado por ambição e orgulho.

Este ato de morte também foi uma traição ao povo, porque traria a ira de Nabucodonosor contra o povo cativo que ele havia poupado na guerra: “...Sucedeu, porém, no mês sétimo, que veio Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, de sangue real, e com ele dez homens, príncipes do rei, a Gedalias, filho de Aicão, a Mizpá; e comeram pão juntos ali em Mizpá. E levantou-se Ismael, filho de Netanias, com os dez homens que estavam com ele, e feriram à espada a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, matando assim aquele que o rei de babilônia havia posto por governador sobre a terra...” (Versículos 1 e 2).

Acredito, que o ato de comerem juntos o pão, descrito no versículo 1, era uma falsa forma de renovar aquela aliança sagrada de amizade firmada no início entre o governador e o povo. Na verdade Ismael pretendia era levar os cativos para Amom e vendê-los como escravos. O grupo incluía mulheres, crianças e eunucos.

O ato macabro de Ismael, não parou por aí não. No dia seguinte do assassinato do governador, ele matou mais 70 homens de Deus, dos 80 que iam à igreja oferecer ofertas ao Deus de Israel: “...Sucedeu, pois, no dia seguinte, depois que ele matara a Gedalias, sem ninguém o saber, Que vieram homens de Siquém, de Siló, e de Samaria; oitenta homens, com a barba rapada, e as vestes rasgadas, e retalhando-se; e trazendo nas suas mãos ofertas e incenso, para levarem à casa do Senhor. E, saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de Netanias, desde Mizpá, ia chorando; e sucedeu que, encontrando-os lhes disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão. Sucedeu, porém, que, entrando eles até ao meio da cidade, matou-os Ismael, filho de Netanias, e os lançou num poço, ele e os homens que estavam com ele. Mas houve entre eles dez homens que disseram a Ismael: Não nos mates, porque temos, no campo, tesouros, trigo, cevada, azeite e mel. E ele por isso os deixou, e não os matou entre seus irmãos...” (versículos 4 ao 8).

Veja a crueldade desse homem. Matou os servos de Deus e os jogou dentro de um poço. E depois de cometer tamanhas crueldades, levou o restante do povo cativo, afim de escravizá-los. (versículo 10).

Mas a covardia desse homem não poderia ficar impune. Ao saber do ato macabro de Ismael, o exército da Babilônia seguiu em direção ao mesmo e libertou todo o povo que ele havia levado cativo.  O covarde? Neste capítulo ainda consegue fugir: “...Mas Ismael, filho de Netanias, escapou com oito homens de diante de Joanã, e se foi para os filhos de Amom...” (versículo 15).

Com vimos, a traição sempre esteve presente desde a criação do mundo. A aliança de paz feita entre o governador Gedalias e o povo que ficou cativo, não poderia jamais ter sido quebrada por Ismael, posto que era a garantia de sobrevivência do povo de Deus.

Note que, conforme vimos no capítulo 40, o próprio profeta Jeremias resolveu ficar com Gedalias, em Mizpá, garantindo com isso, a sobrevivência dos que escaparam da guerra.

Por isso meu amigo e minha amiga, nunca confie em ninguém. A traição sempre estará presente aonde houver o ser humano; não importa se você é ou não uma pessoa de Deus. Todos foram vitimados neste capítulo, inclusive os 80 homens que iam para a igreja.

CAPÍTULO 42

O capítulo do arrependimento e da promessa.

Depois de terem passado tantos sofrimentos nas guerras, no cativeiro e na perseguição de Ismael vista no capítulo 41, o povo remanescente de Judá resolveu pedir a ajuda do profeta Jeremias, para que interviesse por eles perante o Senhor.

Uma atitude de desespero e de arrependimento tomou aquele povo: “...Então chegaram todos os capitães dos exércitos, e Joanã, filho de Careá, e Jezanias, filho de Hosaías, e todo o povo, desde o menor até ao maior, E disseram a Jeremias, o profeta: Aceita agora a nossa súplica diante de ti, e roga ao Senhor teu Deus, por nós e por todo este remanescente; porque de muitos restamos uns poucos, como nos veem os teus olhos...” (versículos 1 e2).

Pois é. Foram pedir clemência ao profeta Jeremias. Demostraram arrependimento e disposição em fazer uma aliança de servidão e de obediência à Palavra de Deus: “...Para que o Senhor teu Deus nos ensine o caminho por onde havemos de andar e aquilo que havemos de fazer. Então eles disseram a Jeremias: Seja o Senhor entre nós testemunha verdadeira e fiel, se não fizermos conforme toda a palavra com que te enviar a nós o Senhor teu Deus. Seja ela boa, ou seja má, à voz do Senhor nosso Deus, a quem te enviamos, obedeceremos, para que nos suceda bem, obedecendo à voz do Senhor nosso Deus...” (versículos 3, 5 e 6).

Movido pelas palavras até então sinceras e verdadeiras do povo, Jeremias resolveu interceder pelo povo, perante o Senhor: “...E disse-lhes Jeremias, o profeta: Eu vos tenho ouvido; eis que orarei ao Senhor vosso Deus conforme as vossas palavras; e seja o que for que o Senhor vos responder eu vo-lo declararei; não vos ocultarei uma só palavra...” (versículo 4).

Pois bem. O que mais me marcou nesse capítulo foi saber que Deus, após ver a atitude sincera e verdadeira do povo, se arrependeu de ter feito eles passarem por toda aquela prova e voltou atrás: “...Se de boa mente ficardes nesta terra, então vos edificarei, e não vos derrubarei; e vos plantarei, e não vos arrancarei; porque estou arrependido do mal que vos tenho feito...” (versículo 10).

Ora, temos visto e ouvido falar que Deus não é homem para que minta e nem filho do homem para que se arrependa. Isto está escrito em Números 23. Mas aqui o Próprio Deus falou isso para Jeremias: que havia se arrependido de ter feito mal àquele povo rebelde. Isso é muito glorioso meu amigo!

Não vou entrar nesse debate, porque a direção do Espírito Santo neste capítulo quadragésimo segundo é voltada para o arrependimento do povo rebelde e a promessa de Deus, o que implica em garantia constitucional transcrita na Palavra de Deus, isso é glorioso!

Deus se arrependeu de ter imposto o castigo e estendeu as mãos em direção ao povo afim de livrá-los do mal. Chego até a me arrepiar de tão forte que é essa Palavra.

O povo estava disposto a se livrar da rebeldia e passaram, então, a seguir a orientação advinda do Altar da fé genuína. Consequência? A promessa de Deus na vida deles.

Pois bem. Deus aceitou o arrependimento do povo e lhes assegurou livramento e uma série de vitórias em suas vidas: “...Não temais o rei de babilônia, a quem vós temeis; não o temais, diz o SENHOR, porque eu sou convosco, para vos salvar e para vos livrar da sua mão. E vos concederei misericórdia, para que ele tenha misericórdia de vós, e vos faça voltar à vossa terra...” (versículos 11 e 12).

A promessa era essa: livramento e prosperidade. Vida nova a partir de então. Mas tudo isso dependia de uma condição: OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE DEUS. Eles tinham que ficar ali naquela terra, sendo obedientes. Se quebrassem a aliança e voltassem para o  Egito, as consequências seriam danosas: “...Mas se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra, não obedecendo à voz do Senhor vosso Deus, Dizendo: Não, antes iremos à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali ficaremos, Nesse caso ouvi a palavra do Senhor, ó remanescente de Judá: Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Se vós absolutamente propuserdes a entrar no Egito, e entrardes para lá habitar, Acontecerá que a espada que vós temeis vos alcançará ali na terra do Egito, e a fome que vós receais vos seguirá de perto no Egito, e ali morrereis...” (versículos 13 ao 1).

Havia uma condição sene qua non para o povo: Eles não deveriam jamais pensar em voltar para o Egito.

Pois bem. Ao meditar neste capítulo vimos que se houver um arrependimento sincero e verdadeiro por parte do ser humano, é possível fazer com que Deus tenha misericórdia de nós, a ponto de fazê-LO se arrepender do castigo imposto, trazendo-nos uma nova vida.

A misericórdia e bênçãos de Deus decorrem da obediência à Sua Palavra e Direção. Observem que o povo estava pagando o preço em face da rebeldia à Palavra do Altíssimo, posto que haviam quebrado a aliança feita no passado, em detrimento de uma falsa fé idólatra.

Mas os remanescentes foram inteligentes e usaram a fé racional: resolveram reconhecer que sem Ele não eram nada, por isso, alcançaram a misericórdia do Deus Pai.

Se você meu amigo e minha amiga se encontra pagando o preço por causa da desobediência, acredite, esta palavra te assegura uma chance, uma saída. Deus quer que você se arrependa de seus pecados e se volte para Ele hoje mesmo.

Assim como houve uma saída para os remanescentes de Judá, há uma saída para você também. Você acabou de ver neste capítulo. Basta apenas você se arrepender dos pecados e voltar para os braços do Pai. Ele está só esperando um gesto teu. Aproveita enquanto ainda há tempo.

CAPÍTULO 43

A força dos soberbos.

Com vimos no capítulo anterior, o povo de Israel (os remanescentes de Judá), de livre e espontânea vontade, procurou o profeta Jeremias supostamente arrependidos de seus pecados e dispostos a obedecerem a ordem que viesse de Deus, através do profeta.

Por conta disso, Deus havia se arrependido de castigá-los e prometera perdoá-los e livrá-los do mal, desde que NÃO VOLTASSEM AO EGITO. Isso tinha ficado bem claro e todos haviam dito que iriam obedecer.

Pois bem. Agora, depois de ouvirem a pregação de Jeremias acerca do que eles deveriam fazer para obterem o livramento de Deus, vemos que surgem dois personagens satânicos que levaram o povo a rejeitarem a direção dada por Deus e, por conseguinte, desobedecerem.

Esses cidadãos se chamavam Azarias e Joanã. A bíblia deixa claro que eles eram soberbos e por conta disso, persuadiram o povo a rejeitarem a proposta de Deus, em detrimento à volta ao Egito: “...E sucedeu que, acabando Jeremias de falar a todo o povo todas as palavras do SENHOR seu Deus, com as quais o SENHOR seu Deus lho havia enviado, para que lhes dissesse todas estas palavras, Então falaram Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de Careá, e todos os homens soberbos, dizendo a Jeremias: Tu dizes mentiras; o Senhor nosso Deus não te enviou a dizer: Não entreis no Egito, para ali habitar...” (versículos 1 e 2).

Pois é meu amigo e minha amiga. Antes estavam dispostos a obedecerem a voz de Deus; agora resolveram dar ouvidos à voz dos soberbos Azarias e Joanã. À unanimidade voltaram a terra do Egito, inclusive o profeta Jeremias: “...Aos homens, e às mulheres, e aos meninos, e às filhas do rei, e a toda a alma que Nebuzaradã, capitão da guarda, deixara com Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã; como também a Jeremias, o profeta, e a Baruque, filho de Nerias; E entraram na terra do Egito, porque não obedeceram à voz do Senhor; e vieram até Tafnes...” (versículos 6 e 7).

Como se vê, até o profeta Jeremias, que deu a direção ao povo, deixou se corromper por Azarias e Joanã, posto que também foi com eles à terra do Egito, conforme está bem claro no versículo 7.

Pois bem. Revoltado, Deus apareceu para Jeremias, já na terra do Egito, anunciando-lhe o despejo de Sua cólera perante eles: “...Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, em Tafnes, dizendo: Toma na tua mão pedras grandes, e esconde-as no barro, no forno que está à entrada da casa de Faraó, em Tafnes, perante os olhos dos homens de Judá, E dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu enviarei, e tomarei a Nabucodonosor, rei de babilônia, meu servo, e porei o seu trono sobre estas pedras que escondi; e ele estenderá a sua tenda real sobre elas. E virá, e ferirá a terra do Egito; entregando para a morte, quem é para a morte; e quem é para o cativeiro, para o cativeiro; e quem é para a espada, para a espada. E lançarei fogo às casas dos deuses do Egito, e queimá-los-á, e levá-los-á cativos; e vestir-se-á da terra do Egito, como veste o pastor a sua roupa, e sairá dali em paz. E quebrará as estátuas de Bete-Semes, que está na terra do Egito; e as casas dos deuses do Egito queimará a fogo...” (versículos 8 ao 13).

Não sobraria pedra sobre pedra. A ordem era Nabucodonosor destruir todos os soberbos. Chuva de fogo iria cair sobre aquela cidade egípcia.

Conforme a história mostra, o povo de Israel sempre foi rebelde, soberbo e idólatra. O tempo nos mostra que eles sempre deixaram de adorar o Deus Criador dos Céus e da Terra, para adorar os deuses pagãos deste mundo e isso sempre irritou ao Soberano.

A soberba sempre teve força no meio do povo de Israel, fazendo com que houvesse uma separação entre eles e o Altíssimo. Neste caso, preferiram voltar ao Egito para comerem nas mãos do Faraó, posto que passaram a habitar em Tafnes, terra dos deuses pagãos, a qual seria destruída com uma chuva de fogo, anunciada nos versículos 12 e 13.

O tempo passou e a história se repete. A soberba continua influente no meio do povo evangélico, afastando-os cada vez mais da presença de Deus.

CAPÍTULO 44

Quando o crente sente falta dos prazeres do mundo.

Já no Egito, os hebreus remanescentes mais uma vez não se humilharam diante de Deus: “...Não se humilharam até ao dia de hoje, nem temeram, nem andaram na minha lei, nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e diante de vossos pais...” (versículo 10).

Deus queria que aquele povo se humilhasse diante de Sua presença para assim poder livrá-los daquele sofrimento. Contudo, não deram ouvidos.

Diante disso, Deus mais uma vez virou o rosto para os soberbos: “...Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Eis que eu ponho o meu rosto contra vós para mal, e para desarraigar a todo o Judá...” (versículo 11).

Foi anunciado que eles iriam morrer de fome e de forma violenta: “...E tomarei os que restam de Judá, os quais puseram os seus rostos para entrarem na terra do Egito, para lá habitar e todos eles serão consumidos na terra do Egito; cairão à espada, e de fome morrerão; consumir-se-ão, desde o menor até ao maior; à espada e de fome morrerão; e servirão de execração, e de espanto, e de maldição, e de opróbrio...” (versículo 12).

Mesmo recebendo a Palavra, mais uma vez rejeitaram a direção do Altar: “...quanto à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não obedeceremos a ti...” (versículo 16).

Ao invés de se humilharem perante o Senhor Deus, jogaram na cara de Jeremias que quando estavam no mundo, adorando os outros deuses pagãos eram mais felizes do que naquela ocasião: “...Mas certamente cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à rainha dos céus, e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes, temos feito, nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém; e então tínhamos fartura de pão, e andávamos alegres, e não víamos mal algum. Mas desde que cessamos de queimar incenso à rainha dos céus, e de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo, e fomos consumidos pela espada e pela fome...” (versículos 17 e 18).

Pois bem. É aqui que quero aprofundar um pouco na Palavra.

Veja quão rebeldes eram o povo. A história mostra que a rebeldia sempre esteve aliada aos hebreus. O mesmo acontece hoje. Eles não reconhecem Jesus Cristo como sendo o Filho de Deus, O Messias.

Talvez o amigo leitor pergunte: e o que é que eu tenho a ver com isso? Tudo! Olhe para a história da sua vida. Veja se você não foi ou ainda é essa pessoa soberba, rebelde e destemida.

Quantos são os crentes que hoje sentem falta dos prazeres do mundo? A maioria.

Viver em Cristo significa renúncia, sacrifício, humildade e os evangélicos não atentam para esse detalhe. Consequência? Quando vêm as adversidades, os problemas e as perseguições, logo bate a saudade do tempo em que estavam no mundo.

Assim se comportavam os hebreus. Eles disseram na cara de Jeremias que eram mais felizes quando estavam no mundo, adorando outros deuses, do que quando serviam ao Deus de Israel. Vejam que ingratos, que burros.

A palavra que Jeremias deus para eles, naquela época, a qual se encontra no versículo 23, hoje vai para você meu amigo e minha amiga, que vive se perguntando sobre o porquê de tanto sofrimento em tua vida: “...Porque queimastes incenso, e porque pecastes contra o Senhor, e não obedecestes à voz do Senhor, e na sua lei, e nos seus testemunhos não andastes, por isso vos sucedeu este mal, como se vê neste dia...”.

A resposta está aí. Você vive queimando incensos para os deuses deste mundo e ainda se pergunta porque sofre tanto? Ora meu amigo e minha amiga, use a inteligência e deixe de ser soberbo. Se arrependa imediatamente de seus pecados e se volte de fato e de verdade para o Senhor Jesus Cristo.

Não importa se você está dentro ou fora da igreja. Não se esconda atrás dessa bíblia gigante ou do teu título eclesiástico. A verdade é que se você não nascer da Água e do Espírito, não será salvo e não terá paz.

A morte física e espiritual te espera daqui há algum tempo, caso você continue agindo como os hebreus remanescentes.

CAPÍTULO 45

A grandeza que o homem almeja para si próprio.

Este é um dos menores capítulos do livro de Jeremias, contudo, uma Palavra muito forte se encontra neste tópico. O homem que procura a grandeza para si mesmo.

Pois bem. Neste capítulo Deus fala diretamente com Baruque. Baruque era uma espécie de secretário particular e amigo de Jeremias. Ele era o responsável por escrever num livro as profecias e as palavras que Jeremias determinava.

Naquela ocasião, Baruque se encontrava trabalhando para Jeremias quando essa palavra lhe foi apresentada por Deus: “...A palavra que Jeremias, o profeta, falou a Baruque, filho de Nerias, quando este escrevia, num livro, estas palavras, da boca de Jeremias, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá...” (versículo 1).

Baruque conhecia o Deus de Jeremias, o qual era o seu próprio Deus, por isso que tinha confiança em lhe dirigir as suas orações certo de que Deus o ouviria também.

Naquela ocasião Baruque estava passando por um momento de aflição: “...Ai de mim agora, porque me acrescentou o Senhor tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso...” (versículo 3).

Apesar de ser o secretário especial de Jeremias e ter presenciado com este, vários acontecimentos do povo hebreu, Baruque parecia estar preocupado com o cargo, com as coisas do mundo, ou seja, com a própria glória. Por esse motivo foi reprendido por Deus: “...E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR...” (versículo 5).

Veja que aqui o Senhor explica a Baruque que ele não deveria buscar “coisas particulares” para si próprio. Ele deveria, em primeiro lugar, estar preocupado com a vontade de Deus para a sua vida, e confiar no cuidado do Senhor. Tanto é que no mesmo versículo o Senhor afirma que irá proteger a sua vida por onde ele andasse: “...porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores...”

Pois bem. Ao meditar neste pequeno capítulo, concluímos que na igreja do Senhor existem muitos Baruques. Quantos são os pastores, os obreiros, os presbíteros, evangelistas e até mesmo os membros, que estão preocupados com a sua própria glória? Centenas deles.

A igreja está cheia de pessoas assim. Ocupantes de cargos, mas que estão preocupadas em obter vantagens para si, ou seja, estão pensando em si mesmas.

Devemos atentar para a recomendação que o Próprio Senhor Jesus nos deixou em Mateus 6, 33, onde diz: “que devemos buscar em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua Justiça que, naturalmente, as demais coisas nos seriam acrescentadas”.

Tome muito cuidado com isso, porque se você não atentar para essa observação, a tua queda será inevitável: “...isto diz o Senhor: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra...” (versículo 4).

Graças a Deus que Baruque não caiu nesse engano. Ele simplesmente passou por um momento difícil e logo recobrou a razão, já que de fato era um homem de Deus e que inspirava confiança. E você como tem agido?

CAPÍTULO 46

Castigo para os gentios e para o povo cristão.

A Palavra que Deus falou por intermédio de Jeremias neste capítulo é voltada para os evangélicos e não evangélicos, explico.

Como vimos, o povo de Israel, no capítulo 42, demonstrou estar arrependido e tentou fazer um pacto com Deus, através da intercessão de Jeremias. Disseram que estavam dispostos a obedecer a direção que viesse de Deus, seja ela qual fosse.

Nada disso foi cumprido, posto que, conforme discorremos no capítulo seguinte, por darem ouvidos aos soberbos Azarias e Joanã, voltaram atrás e resolveram discordar da direção do altar, indo morar no Egito.

No capítulo seguinte, Deus havia prometido exterminar todos os desobedientes, uma vez que rejeitaram a Sua Palavra, em detrimento da arrogância e soberba de Azarias e Joanã.

Agora, no capítulo quadragésimo sexto, os hebreus já estando morando no Egito, o Senhor aparece para Jeremias e profere duas palavras: a) a primeira vai para os gentios, ou seja, todos os povos pagãos do Egito, que adoravam as imagens de esculturas: “...A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, o profeta, contra os gentios...” (versículo 1).

Pois bem. No meio do povo rebelde de Deus, estavam também os gentios, identificados como sendo os Egípcios, por isso a primeira advertência seria para eles. Aviso de destruição e de morte veio da parte de Deus: “...Acerca do Egito, contra o exército de Faraó-Neco, rei do Egito, que estava junto ao rio Eufrates em Carquemis, ao qual feriu Nabucodonosor, rei de babilônia, no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá...” (versículo 2).

Como dissemos, no meio desse povo gentio se encontravam os rebeldes israelitas, dentre os quais, haviam medrosos e valentes: “...por que razão vejo os medrosos voltando as costas? Os seus valentes estão abatidos, e vão fugindo, sem olharem para trás; terror há ao redor, diz o Senhor. Não fuja o ligeiro, e não escape o valente; para o lado norte, junto à borda do rio Eufrates tropeçaram e caíram...” (versículos 5 e 6).

Ora, todos eles haviam enfrentado a Palavra de Deus, nos capítulos anteriores e disseram que não temiam ao castigo do Altíssimo. Mostraram-se valentes. Agora, com a presença do espirito da morte, os valentes deram no pé. Não ficou um: “...por que foram derrubados os teus valentes? Não puderam manter-se firmes, porque o Senhor os abateu...” (versículo 15).

Não há quem possa resistir ao poder do Deus Todo Poderoso. Nem gentios e nem evangélicos. Todos são nada diante do Pai. Tanto é que o destino deles seria o cativeiro, a escravidão: “...prepara os utensílios para ires ao cativeiro...” (versículo 19).

b) a segunda palavra veio para os hebreus/evangélicos: “...Tu não temas, servo meu, Jacó, diz o Senhor, porque estou contigo; porque porei termo a todas as nações entre as quais te lancei; mas a ti não darei fim, mas castigar-te-ei com justiça, e não te darei de todo por inocente...” (versículo 28).

Pois bem. Adentrando no mérito da Palavra, logo notamos que no mundo existem dois tipos de pessoas: a) os incrédulos, identificados pela Palavra com gentios e; b) os hebreus, identificados pela Palavra como os evangélicos de hoje.

Ao primeiro grupo, os que se mostram valentes, que confiam na força do seu próprio braço, Deus está dizendo, através desta Palavra, que debalde é tal pensamento.

Isso mesmo. Você que se mostra valentão, que desafia as coisas de Deus; que a todo momento fica debochando da igreja, dos pastores, dos evangélicos. Sim você que se acha o super inteligente e que só acredita na força do teu intelecto. Saiba que o teu fim será trágico. A tua vida será totalmente arruinada pelo próprio Deus de Israel: “...Diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que eu castigarei a Amom de Nô, e a Faraó, e ao Egito, e aos seus deuses, e aos seus reis; ao próprio Faraó, e aos que nele confiam...” (versículo 25).

A tua valentia será reduzida a nada. Assim como aqueles metidos a valentes correram quando chegou a destruição do Egito, assim tu também irás correr quando chegar o teu dia mal.

Com relação ao segundo grupo, os que são supostamente de Deus, mas que se encontram na rebeldia; os supostos evangélicos desobedientes, serão punidos com rigor, com uma pequena atenuante: “...diz o Senhor, porque estou contigo; porque porei termo a todas as nações entre as quais te lancei; mas a ti não darei fim, mas castigar-te-ei com justiça, e não te darei de todo por inocente...” (versículo 28).

Você não sairá de todo inocente dessa guerra. Deus vai fazer justiça na tua vida. A tua rebeldia custará caro, mesmo obtendo no final, absolvição parcial, como está escrito na parte final do versículo 28.

Deus quer de fato e de verdade que você se arrependa e volte para o campo de batalha: A BATALHA DA FÉ: “...preparai o escudo e o pavês, e chegai-vos para a peleja. Selai os cavalos e montai, cavaleiros, e apresentai-vos com elmos; limpai as lanças, vesti-vos de couraças...” (versículos 3 e 4).

Lembra de quando você chegou na igreja? Quando estavas vivendo a fé do primeiro amor? Você era pau pra toda obra. O tempo passou e veja no tipo de crente que você se tornou: rebelde, falastrão, mentiroso, metido, etc.

Olha o que Deus quer fazer contigo: “...Mas não temas tu, servo meu, Jacó, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei mesmo de longe, como também a tua descendência da terra do seu cativeiro; e Jacó voltará, e descansará, e sossegará, e não haverá quem o atemorize...” (versículo 27).

Pese na balança e veja que tipo de castigo você vai ser vitimado: o do primeiro grupo (gentios/incrédulos) ou o dos hebreus/evangélicos. Conserta-te, porque Deus quer te fazer feliz.

CAPÍTULO 47

O poder da espada do Senhor.

Como se vê, a palavra de Deus neste pequeno capítulo é voltada para os filisteus de Gaza, antes da cidade ter sido capturada pelo exército egípcio: “...A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, o profeta, contra os filisteus, antes que Faraó ferisse a Gaza...” (versículo 1).

Inicia com um aviso de destruição e de dor para os Filisteus: “...Assim diz o Senhor: Eis que se levantam as águas do norte, e tornar-se-ão em torrente transbordante, e alagarão a terra e sua plenitude, a cidade, e os que nela habitam; e os homens clamarão, e todos os moradores da terra se lamentarão; Ao ruído estrepitoso dos cascos dos seus fortes cavalos, ao barulho de seus carros, ao estrondo das suas rodas; os pais não atendem aos filhos, por causa da fraqueza das mãos; Por causa do dia que vem, para destruir a todos os filisteus, para cortar de Tiro e de Sidom todo o restante que os socorra; porque o Senhor destruirá os filisteus, o remanescente da ilha de Caftor...” (versículos 2 ao 4).

Por sua vez, nos dois últimos versículos Deus fala do poder da sua espada: “...Ah; espada do Senhor! Até quando deixarás de repousar? Volta para a tua bainha, descansa, e aquieta-te. Mas como te aquietarás? Pois o Senhor deu ordem à espada contra Ascalom, e contra a praia do mar, para onde ele a enviou...” (versículos 6 e 7).

Pois bem.  A espada do Senhor, representa três tipos de terrores (a fome, a guerra e a peste). Neste capítulo ela não se acalmava, antes tinha sede e saia a cumprir aquilo que o Senhor tinha determinado a ela.

Na bíblia vemos que a explicação da espada do Senhor é empregada para delinear o ajuizamento divinal. Note que a ordem era para que a espada não tivesse descanso, logo, conclui-se que os Filisteus não teriam paz nem tão cedo.

Por sua vez, a fraqueza das mãos, mencionada na parte final do versículo terceiro, expõe o pavor sentido pelos pais ao abdicarem seus filhos durante a fuga, nas guerras vividas nos capítulos anteriores: “...ao ruído estrepitoso dos cascos dos seus fortes cavalos, ao barulho de seus carros, ao estrondo das suas rodas; os pais não atendem aos filhos, por causa da fraqueza das mãos...” (versículo 3).

É importante salientar, que em nossa sociedade contemporânea, também vemos pessoas que, assim como os filisteus, têm a oportunidade de aceitar o Senhor Jesus como sendo o Senhor de suas vidas e mesmo assim, recusam-se. consequência? Provam do poder da Espada.

Ao olharmos para o nosso redor, vemos muitas pessoas sendo vítimas da espada do Senhor. Se você meu amigo e minha amiga é uma dessas; nada na tua vida dá certo. As enfermidades, a fome, o desemprego e as perseguições te afligem diariamente, saiba que ninguém pode te livrar dela.

A rebeldia é o fruto da ação dela na tua vida. Somente a misericórdia de Deus é capaz de reduzir o efeito do poder da espada. Se você se humilhar diante da presença Dele; se reconhecer que não és nada diante Dele, com certeza o dono da espada vai fazer cessar os efeitos danosos causados pela ação dela na tua vida.

O mundo continua cheio das maldades, das descrenças, entretanto, se aproveitarmos as oportunidades e conhecimento que a Palavra de Deus nos concede nesses últimos tempos, podemos testemunhar de nossa fé e de tudo que o Senhor tem feito por nós.

Não queira jamais ser vítima da espada do Senhor. As consequências são danosas.

CAPÍTULO 48

A maldição na vida de quem faz a obra de Deus relaxadamente.

A Palavra de Deus neste capítulo é voltada exclusivamente para as pessoas que fazem a obra de Deus, que têm chamado eclesiástico.

Pois bem. Desde que o evangelho foi difundido pelo mundo temos visto dois tipos de pessoas nas igrejas: 1) o evangélico fiel, dedicado, obediente e verdadeiro e; 2) o evangélico de fachada, aquele que faz a obra e as coisas do jeito dele.

Quando Deus chama uma pessoa para fazer a sua obra, com certeza Ele vê nessa pessoa qualidades e caráter íntegro, para em seguida lhe confiar o ministério de sua igreja.  A partir daí Ele a capacita para fazer a obra, com o fito de que esse novo servo seja útil no ministério da salvação. Um ganhador de almas.

Contudo, o tempo vai passando e vai mostrando realmente quem a pessoa é. Se do primeiro grupo ou do segundo.

A pessoa vai sendo usada por Deus, vai conquistando as bênçãos materiais, vai crescendo espiritualmente e materialmente a ponto de lá na frente abandonar aquela obediência à Palavra de Deus, fazendo, assim, a obra do jeito dela.

É justamente para combater esse tipo de pessoa que a Palavra de Deus registrada neste quadragésimo oitavo capítulo está voltada.

A bíblia chega a chamar de maldita, a pessoa que faz a obra de Deus relaxadamente: “...Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente; e maldito aquele que retém a sua espada do sangue...” (versículo 10).

Observe que duas advertências constam neste versículo: quem faz a obra de forma relaxada e quem retém a espada do sangue. Vamos discorrer sobre os dois fatores.

Pois bem. Fazer a obra de Deus de forma relaxada, traz para a vida do obreiro, do pastor ou do presbítero, maldição. Não é Deus quem amaldiçoa a pessoa, é ela mesma quem se amaldiçoa quando resolve, por conta própria, fazer a obra da forma dela, do jeito dela.

Quando ela passa a priorizar suas razões e seus desejos pessoais, ela está se amaldiçoando: “...Porque, por causa da tua confiança nas tuas obras, e nos teus tesouros, também tu serás tomada; e Quemós sairá para o cativeiro, os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente...” (versículo 7).

Não adianta se enganar. Quando se tem um chamado não se pode relaxar. Deus conta com você, logo, não pode haver relaxamento.

O relaxado se auto destrói: “...porque virá o destruidor sobre cada uma das cidades, e nenhuma cidade escapará, e perecerá o vale, e destruir-se-á a campina; porque o Senhor o disse...” (versículo 8).

O segundo fator, é voltado para o que retém a espada do sangue.

Pois bem. Reter a espada do sangue é negligenciar no chamado eclesiástico. Você no início da obra, quando foi chamado, evangelizava todos os domingos; participava de núcleos de orações, de gincanas, ou seja, estava anunciando a Palavra de Deus de forma constante. Agora, com o passar do tempo, negligenciou e reteve a espada do sangue.

Muitas pessoas lá fora não estão sendo evangelizadas porque você não tem mais tempo de levar a Palavra de Deus até elas. Com esse ato negligencial, você está retendo a espada do sangue. O sangue dessa pessoa irá ser cobrado na tua conta.

Deus está mandando você descer da tua glória e voltar a fazer a obra de forma viva e correta: “...Desce da tua glória, e assenta-te em terra seca, ó moradora, filha de Dibom; porque o destruidor de Moabe subiu contra ti, e desfez as tuas fortalezas...” (versículo 18).

Deixa de ser arrogante e soberbo. Deus está te avisando: “...Ouvimos da soberba de Moabe, que é soberbíssimo, como também da sua arrogância, e da sua vaidade, e da sua altivez e do seu orgulhoso coração...” (versículo 29).

As consequências? Estão escritas no versículo 43: “...Temor, e cova, e laço, vêm sobre ti, ó morador de Moabe, diz o Senhor...”.

Observe que o temor do Senhor você já não tem mais, por isso não escuta mais as advertências da Palavra. Os teus ouvidos espirituais estão surdos, por isso a negligência e o relaxamento.

Quando a pessoa foge do temor de Deus, cai em uma cova, é o que está escrito no versículo 44: “...O que fugir do temor cairá na cova, e o que subir da cova ficará preso no laço; porque trarei sobre ele, sobre Moabe, o ano do seu castigo, diz o Senhor...”.

Por isso meu amigo e minha amiga, a palavra deste quadragésimo oitavo capítulo é voltada exclusivamente para a pessoa que faz a obra de Deus, que tem um chamado, que faz parte do ministério da salvação. Não é para qualquer um; é para você mesmo que está fazendo a obra de Deus relaxadamente e, como consequência, se amaldiçoando.

Caia na real, volte à sensatez, antes que seja tarde demais. O recado foi dado.

CAPÍTULO 49

Este capítulo é muito extenso e é dirigido a cinco povos que tinham relações com o povo de Judá.

A primeira profecia foi dirigida contra a capital dos amonitas, neto de Ló. Este povo era amplamente conhecido e temível por usarem de barbarismo quando venciam uma guerra, para com os povos derrotados.

Uma das suas muitas práticas era matar todas as mulheres que fossem grávidas cortando-lhes o ventre ou cegando todos os homens. Eles tinham seu próprio deus, Moloque e achincalhavam Israel, dizendo que Israel perdera o comando da terra que havia sido concedida à tribo de Gade e agora o deus Moloque morava lá: “...Contra os filhos de Amom. Assim diz o SENHOR: Acaso Israel não tem filhos, nem tem herdeiro? Por que, pois, herdou Malcã a Gade e o seu povo habitou nas suas cidades?... (versículo 1).

 Esse povo trouxe contra si o insatisfação de Deus porque mostraram-se pérfidos. Acreditavam em suas riquezas: “...Por que te glorias nos vales, teus luxuriantes vales, ó filha rebelde, que confias nos teus tesouros, dizendo: Quem virá contra mim? (versículo 4).

Pois bem. A segunda parte deste capítulo é a profecia contra Edom. Os edomitas eram os descendentes de Esaú. Infelizmente, Edom acabou se tornando como Sodoma e Gomorra: “...será como a destruição de Sodoma e Gomorra, e dos seus vizinhos, diz o Senhor; não habitará ninguém ali, nem morará nela filho de homem...” (versículo 18).

 Conforme está escrito, os edomitas eram orgulhosos e ousados e por isso foram ameaçados por Deus. Iriam cair em desgraça e perder tudo: “...Quanto à tua terribilidade, enganou-te a arrogância do teu coração, tu que habitas nas cavernas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros; ainda que eleves o teu ninho como a águia, de lá te derrubarei, diz o Senhor...” (versículo 16).

A terceira profecia foi conduzida contra Damasco, a qual era uma velha cidade aramaica na beira do deserto que se desenvolveu por causa de seu oásis fecundo. Esta cidade teve adequados adoradores de Deus, como Naamã e Hazael. No entanto, eles haviam deixado ao verdadeiro Deus. Era a cidade da alegria de Deus: “...Como está abandonada a cidade do louvor, a cidade da minha alegria!... (versículo 25).

A quarta profecia foi proferida contra Quedar e Hazor. A tribo de Quedar era reconhecida por suas ovelhas e gados: “...Acerca de Quedar, e dos reinos de Hazor, que Nabucodonosor, rei de babilônia, feriu. Assim diz o SENHOR: Levantai-vos, subi contra Quedar, e destruí os filhos do oriente. Tomarão as suas tendas, os seus gados, as suas cortinas e todos os seus utensílios, e os seus camelos levarão para si; e lhes clamarão: Há medo por todos os lados...” (versículos 28 e 29).

A última predição foi dita contra Elão, terra que ficava no leste da Babilônia: “...A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, o profeta, contra Elão, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que eu quebrarei o arco de Elão, o principal do seu poder...” (versículos 34 e 35).

Esta profecia foi desempenhada quando Elão tomou o lado dos babilônios, que mais tarde foram sobrepujados pelos assírios. Se os elamitas tivessem se arrependido, Deus os teria restaurado e os abençoado com riqueza, o que não foi o caso..

Pois bem. Como vimos, existem cinco profecias dirigidas para cinco povos, dos quais, espiritualmente falando, nos encaixamos ou fazemos parte de algum deles.

Se você meu amigo e minha amiga é um Amonita, que adora os deuses deste mundo, saiba que o teu fim está próximo. Se és um edomitas, orgulhoso e altivos, sua sentença será a destruição.

Em sendo damasceno, ou seja, aquele que já deu muita alegria ao Senhor, mas hoje não dá mais, saiba que serás vítima do abandono de Deus. Contudo, se és quedariano ou hazoriano, famoso por causa de teus bens e que confias em tuas riquezas, saibas que irás perder tudo. É questão de tempo.

Por fim, se és de Elão e se achas poderoso e prepotente, que não se arrepende de seus pecados, com certeza Deus irá reduzir o teu poder a nada.

Conforme vimos, todas as profecias mencionadas acima eram condicionais. Naquela época, Deus queria que as pessoas se arrependessem e retornassem para Ele. Hoje não é diferente. Ele quer que nos voltemos para Ele, de corpo alma e espírito. Medite e responda para você mesmo: Quem tem sido você?

CAPÍTULO 50

O anúncio da destruição da Babilônia.

Conforme vimos ao longo do presente estudo, o povo hebreu foi tomado pelos babilônicos e levados cativos. Sobraram alguns remanescentes de Judá, a quem Deus havia prometido reconstituí-los futuramente.

A Babilônia foi a grande potência mundial naquela época e o seu poder imperial era temido pela maioria dos povos. Israel sofreu horrores através das mãos de Nabucodonosor.

Agora, neste capítulo, Deus anuncia o fim desse império. A destruição da Babilônia: “...A palavra que falou o SENHOR contra a babilônia, contra a terra dos caldeus, por intermédio de Jeremias, o profeta...” (versículo 1). Chegou a hora do fim.

Pois bem.  Com o passar do tempo, por causa do cativeiro, o povo de Deus que se encontrava na Babilônia ficou perdido e sem direção. Não havia mais um líder espiritual que dirigisse o povo: “...Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar do seu repouso...’ (versículo 6).

Os pastores, a exceção de Jeremias, eram negligentes e isso foi a causa principal para a existência de tantos perdidos espiritualmente. O povo se encontrava desgarrado: “...Cordeiro desgarrado é Israel; os leões o afugentaram; o primeiro a devorá-lo foi o rei da Assíria; e, por último Nabucodonosor, rei de babilônia, lhe quebrou os ossos...” (versículo 17).

Quando Deus apareceu para Jeremias, anunciando o início do fim da Babilônia, Ele foi muito misericordioso para com o povo. A ordem de Deus foi para que todos deixassem a Babilônia, porque o bicho iria pegar; a destruição seria gigantesca: “...Fugi do meio de babilônia, e saí da terra dos caldeus, e sede como os bodes diante do rebanho...” (versículo 8).

Quem resolvesse ficar iria colher os frutos da destruição: “...porque eis que eu suscitarei e farei subir contra a babilônia uma congregação de grandes nações da terra do norte, e se prepararão contra ela; dali será tomada; as suas flechas serão como as de valente herói, nenhuma tornará sem efeito...” (versículo 9).

A bíblia diz que a Babilônia se tornou objeto de espanto para o mundo: “...Como foi cortado e quebrado o martelo de toda a terra! Como se tornou babilônia objeto de espanto entre as nações...” (versículo 23).

Pois bem. Observe que durante todo o livro de Jeremias, só vimos o povo de Deus ser atormentado pelos babilônicos, por isso a ira do Altíssimo foi gigantesca para com esses atormentadores. Deus resolveu se vingar de todos: “...Eis a voz dos que fugiram e escaparam da terra de babilônia, para anunciarem em Sião a vingança do SENHOR nosso Deus, a vingança do seu templo...” (versículo 28).

É importante salientar, que ali existiam milhares de soberbos e durante anos eles achincalharam o povo de Deus. A arrogância era muita e Deus foi justamente em cima de todos os soberbos daquela cidade: “...Eis que eu sou contra ti, ó soberbo, diz o Senhor DEUS dos Exércitos; porque veio o teu dia, o tempo em que te hei de castigar. Então tropeçará o soberbo, e cairá, e ninguém haverá que o levante; e porei fogo nas suas cidades, o qual consumirá todos os seus arredores...” (versículos 31 e 32).

Isso é muito forte meu amigo e minha amiga! Durante dias meditei neste livro, inspirado pelo Espírito Santo, discorrendo sobre vários temas. Agora, chegando quase no final, fico muito alegre e satisfeito ao ver as profecias de Deus contra essa cidade opressora. A queda triunfal da Babilônia. Isso é muito glorioso!

Essa mensagem me faz refletir, fazendo-me acreditar ainda mais na Justiça Divina. Não importa quanto tempo dure, mas um dia ela é feita. Somos um povo escolhido e isso ninguém pode mudar.

Ainda que durante muito tempo tenhamos passado por tempos difíceis, Deus é fiel e justo para reverter a situação. Assim aconteceu com os remanescentes de Judá. O povo escolhido de Deus.

Quem é de Deus será salvo e quem não é, será condenado. Os inimigos do povo de Deus, a exemplo dos idólatras, soberbos, mentirosos, insensatos e poderosos, provarão do poder da Sua Espada: “...A espada virá sobre os caldeus, diz o SENHOR, e sobre os moradores de babilônia, e sobre os seus príncipes, e sobre os seus sábios. A espada virá sobre os mentirosos, e ficarão insensatos; a espada virá sobre os seus poderosos, e desfalecerão. A espada virá sobre os seus cavalos, e sobre os seus carros, e sobre toda a mistura de povos, que está no meio dela; e tornar-se-ão como mulheres; a espada virá sobre os seus tesouros, e serão saqueados...” (versículos 35, 36 e 37).

Assim como Deus decretou o fim da poderosa Babilônia, da mesma forma decretará o fim dos inimigos da nossa vida; nós que somos o povo escolhido, a nação santa de Israel. Pode acreditar, é a garantia constante neste capítulo.

CAPÍTULO 51

A última mensagem de Jeremias. Profecia contra as imagens de esculturas e contra os idólatras.

Neste quinquagésimo primeiro capítulo, a mensagem do Senhor, através de Jeremias, é direcionada, além da continuidade da destruição da Babilônia, para a destruição das imagens de esculturas.

A cidade mãe, como era conhecida, podre por causa da prostituição espiritual; tinha como foco principal, a adoração aos deuses pagãos, através das imagens de esculturas. Anu (o Deus do céu), Enlil (o Deus da terra, do ar e da tempestade) e Ea (o Deus que presidia as águas). Além deles ainda havia Deus-lua, Sin, do Deus-sol, Xamaxe, e da Deusa da fertilidade Ishtar.

Tinha como principal deles, o deus protetor Marduque. O povo era completamente idólatra e esse foi um dos motivos principais para que o povo de Israel também se tornasse idólatra, trazendo a ira do Criado sobre eles.

Toda essa situação irritava a Deus: “...Embrutecido é todo o homem, no seu conhecimento; envergonha-se todo o artífice da imagem de escultura; porque a sua imagem de fundição é mentira, e nelas não há espírito. Vaidade são, obra de enganos; no tempo da sua visitação perecerão...” (versículos 17 e 18).

Logicamente que isso não ia ficar impune. Deus iria se vingar de todos os idólatras e dos deuses pagãos, representados pelas imagens de esculturas: “...Portanto, eis que vêm dias, em que farei juízo sobre as imagens de escultura de babilônia, e toda a sua terra será envergonhada, e todos os seus mortos cairão no meio dela. Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei juízo sobre as suas imagens de escultura; e gemerão os feridos em toda a sua terra...” (versículos 47 e 52).

Pois bem. Apesar de Deus ter cumprido a Sua Palavra e exterminado aquela cidade e todos os idólatras, hoje não a história se repete.

Ao olharmos ao nosso redor, vemos muitos babilônicos/idólatras, se perpetuarem no tempo. A grande meretriz, detentora dos direitos autorais dos deuses pagãos e das imagens de esculturas, hoje atua de forma sorrateira, enganando os incautos, provocando a ira do Senhor.

A Babilônia física caiu, mas a espiritual permanece de pé, provocando a fúria do Senhor com os cultos às imagens de santos.

A mensagem de Jeremias neste capítulo é voltada para esse alerta. Deus está alertando você amigo internauta que gosta de adorar algum tipo de santo, através das imagens de esculturas.

Se você tem em casa alguma imagem de escultura, saiba que Deus abomina esse tipo de coisa e te ordena neste instante que deixes imediatamente essa prática satânica.

Quem é de Deus obedece à Sua Palavra e não age dessa forma. Se você entendeu esta mensagem e de fato e de verdade largar esses deuses católicos, com certeza há uma promessa para você. Deus jamais te abandonará: “...Porque Israel e Judá não foram abandonados do seu Deus, do Senhor dos Exércitos, ainda que a sua terra esteja cheia de culpas contra o Santo de Israel...” (versículo 5).

O Senhor usou a Babilônia como um instrumento para punir o Seu povo quando eles se afastavam dEle. A Bíblia também nos diz que no futuro o Senhor castigará a babilônia espiritual, tal como fez no passado.

Esta foi a última mensagem do profeta Jeremias contida em seu livro, não deixe de aproveitá-la. Amanhã pode ser tarde demais: “...até aqui são as palavras de Jeremias...” (versículo 64).

CAPÍTULO 52

Finalmente chegamos ao último capítulo do estudo do Livro do Profeta Jeremias.  Durante 06 meses estudamos exaustivamente todo o conteúdo do livro de Jeremias e vimos que Jerusalém foi tomada e queimada como ele anunciou.

O sofrimento do povo de Deus, a rebeldia e a idolatria foram constantes nesse período. O rei Zedequias foi preso e seus filhos foram mortos, como Jeremias profetizou.

Por sua vez, este último capítulo relata o estado de sítio e a captura de Jerusalém, a prisão do rei Zedequias e a reabilitação de Joaquim. Acredito, que o autor colocou de propósito este tema no final do livro, com o fito de mostrar que todas as profecias de Jeremias se cumpriram.

Conforme se vê, Zedequias foi obrigado a ver a execução de todos os seus filhos e oficiais: “...E o rei de babilônia degolou os filhos de Zedequias à sua vista, e também degolou a todos os príncipes de Judá em Ribla...” (versículo 10).

 Nabucodonosor também assegurou que esse terrível quadro seria a última coisa que Zedequias veria, pois ele foi cegado, acorrentado e deportado para a Babilônia e acabou lançado na prisão: “...E cegou os olhos a Zedequias, e o atou com cadeias; e o rei de babilônia o levou para babilônia, e o conservou na prisão até o dia da sua morte...” (versículo 11).

O último capítulo mostra ainda, com riquezas de detalhes, como se deu a destruição de Jerusalém, a ida para o cativeiro, o número de pessoas, etc.: “...E no quinto mês, no décimo dia do mês, que era o décimo nono ano do rei Nabucodonosor, rei de babilônia, Nebuzaradã, capitão da guarda, que assistia na presença do rei de babilônia, veio a Jerusalém. E queimou a casa do Senhor, e a casa do rei; e também a todas as casas de Jerusalém, e a todas as casas dos grandes ele as incendiou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou a todos os muros em redor de Jerusalém. E dos mais pobres do povo, e a parte do povo, que tinha ficado na cidade, e os rebeldes que se haviam passado para o rei de babilônia, e o mais da multidão, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou presos. Mas dos mais pobres da terra Nebuzaradã, capitão da guarda, deixou ficar alguns, para serem vinhateiros e lavradores. Quebraram mais os caldeus as colunas de bronze, que estavam na casa do SENHOR, e as bases, e o mar de bronze, que estavam na casa do SENHOR, e levaram todo o bronze para babilônia. Também tomaram os caldeirões, e as pás, e as espevitadeiras, e as bacias, e as colheres, e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava. E tomou o capitão da guarda as bacias, e os braseiros, e as tigelas, e os caldeirões, e os castiçais, e as colheres, e os copos; tanto o que era de puro ouro, como o que era de prata maciça. Quanto às duas colunas, ao único mar, e aos doze bois de bronze, que estavam debaixo das bases, que fizera o rei Salomão para a casa do Senhor, o peso do bronze de todos estes utensílios era incalculável. Quanto às colunas, a altura de cada uma era de dezoito côvados, e um fio de doze côvados a cercava; e era a sua espessura de quatro dedos, e era oca. E havia sobre ela um capitel de bronze; e a altura do capitel era de cinco côvados; a rede e as romãs ao redor do capitel eram de bronze; e semelhante a esta era a segunda coluna, com as romãs. E havia noventa e seis romãs em cada lado; as romãs todas, em redor da rede, eram cem. Levou também o capitão da guarda a Seraías, o sacerdote chefe, e a Sofonias, o segundo sacerdote, e aos três guardas da porta. E da cidade tomou a um eunuco que tinha a seu cargo os homens de guerra, e a sete homens que estavam próximos à pessoa do rei, que se achavam na cidade, como também o escrivão-mor do exército, que alistava o povo da terra para a guerra, e a sessenta homens do povo da terra, que se achavam no meio da cidade. Tomando-os, pois, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou-os ao rei de babilônia, a Ribla. E o rei de babilônia os feriu e os matou em Ribla, na terra de Hamate; assim Judá foi levado cativo para fora da sua terra. Este é o povo que Nabucodonosor levou cativo, no sétimo ano: três mil e vinte e três judeus. No ano décimo oitavo de Nabucodonosor, ele levou cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas pessoas. No ano vinte e três de Nabucodonosor, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou cativas, dos judeus, setecentas e quarenta e cinco pessoas; todas as pessoas foram quatro mil e seiscentas...” (do versículo 12 ao 30).

Já no final, vimos que o novo rei babilônico tratou Joaquim de maneira particularmente gentil. Não somente o libertou da prisão, mas também lhe concedeu uma posição mais elevada que a dos outros reis cativos na Babilônia, a ponto de convidá-lo a sentar-se à mesa real: “...Sucedeu, pois, no ano trigésimo sétimo do cativeiro de Jeoiaquim, rei de Judá, no duodécimo mês, aos vinte e cinco dias do mês, que Evil-Merodaque, rei de babilônia, no primeiro ano do seu reinado, levantou a cabeça de Jeoiaquim, rei de Judá, e tirou-o do cárcere; E falou com ele benignamente, e pôs o seu trono acima dos tronos dos reis que estavam com ele em babilônia; E lhe fez mudar as vestes da sua prisão; e passou a comer pão sempre na presença do rei, todos os dias da sua vida. E, quanto à sua alimentação, foi-lhe dada refeição contínua do rei de babilônia, porção cotidiana, no seu dia, até o dia da sua morte, todos os dias da sua vida...” (versículos 31 ao 34).

A parte final da vida de Joaquim deve ter sido vista como uma ilustração de como seria o renascimento de Israel e Judá, já que durante todo o estudo vimos que o povo foi severamente castigado por causa de seus muitos pecados contra o Senhor.

Isso serve de alerta para todos nós. Sabemos que a Palavra de Deus não falha. O povo gemeu por causa da rebeldia, mas Deus sempre esteve disposto a perdoá-los e trazê-los de volta à terra prometida.

O fim da escravidão e do sofrimento só depende de nós. Pagamos o preço por escolhas erradas. Deus está sempre de braços abertos para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça, cabe a cada um de nós aceitar essa dádiva, enquanto ainda há tempo.

Este estudo me fez crescer espiritualmente e me abriu os olhos espirituais. Espero que também tenha contribuído para a vida espiritual do amigo leitor. Um abraço e até a próxima oportunidade.