sábado, 30 de setembro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 38


O homem de Deus no fundo do poço.

No capítulo anterior vimos que Jeremias foi lesionado, preso em um tipo de prisão especial, que ficava localizada no pátio da guarda real e condenado a comer um pão por dia, durante um longo período.

Agora, o trigésimo oitavo capítulo nos mostra mais uma dura passagem na vida do profeta Jeremias, tendo em vista que foi jogado em uma cisterna com lama até o pescoço e sem água, não obstante a prisão do capítulo 37.

Pois bem. Conforme já discorremos nos capítulos iniciais, Jeremias foi um profeta que viveu entre os anos 627 e 587 antes de Cristo e foi chamado ao ministério profético ainda muito jovem, com 13 anos de idade. Deus viu em sua pessoa alguém capaz de ser obediente à Sua voz. Por quarenta anos ele pregou sobre os pecados e as loucuras que Judá cometia. Em resumo: foi um homem muito usado por Deus.

Mas mesmo sendo um homem íntegro, honesto e escolhido por Deus, teve mais esse momento amargo em sua vida, simplesmente por falar a verdade. Ele não tinha medo de nada, era um incômodo para a liderança de Israel. Sua palavra, vinda do Senhor, denunciava os pecados e a injustiça cometidos especialmente por aqueles que deveriam ser responsáveis pela vida espiritual do povo.

Jeremias foi incumbido por Deus para dizer a Zedequias, rei de Israel, e a todo o povo que a cidade seria sitiada e tomada por Nabucodosor, rei da Babilônia. Porém, como a profecia não agradava aos interesses particulares de ninguém, o profeta foi repudiado, injustiçado e lançado no fundo de uma cisterna: “...assim diz o Senhor: O que ficar nesta cidade morrerá à espada, de fome e de pestilência; mas o que sair aos caldeus viverá; porque a sua alma lhe será por despojo, e viverá. Assim diz o SENHOR: Esta cidade infalivelmente será entregue na mão do exército do rei de babilônia, e ele a tomará...” (versículos 02 e 3).

Pois é. Por causa disso, perseguiram o profeta e o jogaram dentro de um poço. E o pior, o poço estava cheio de lama. Poço este, cheio de ódio, de amargura, de mágoas, de tristeza, de maldades, de calúnias e de contendas: “...então tomaram a Jeremias, e o lançaram na cisterna de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; e desceram a Jeremias com cordas; mas na cisterna não havia água, senão lama; e atolou-se Jeremias na lama...” (versículo 6).

Veja se não é mesmo assim que acontece, meu amigo e minha amiga: Quando estamos fazendo uma grande obra tentam jogar lama em nós, para tentar nos parar, desanimar, desistir, para tirar o nosso foco daquilo que Deus nos confiou.

A Bíblia usa a figura da lama para falar de situações difíceis, especialmente aquelas relacionadas com o pecado.

A vida é cheia de altos e baixos e em algumas vezes, somos jogados por outras pessoas dentro de cisternas e ficamos atados sem poder nos mover diante das calúnias, das injustiças e das agressões. Outras vezes, somos nós mesmos que entramos nas cisternas com nossas próprias pernas.

Quero deixar claro que existem muitos tipos de cisternas em nossas vidas e que nos deixam atolados na lama. Há a cisterna do pecado, do medo, da depressão, da dívida, da murmuração, da crise familiar, do problema conjugal, etc.

Quem está na lama, por qualquer razão, precisa de ajuda para sair de lá. Era o caso de Jeremias. Deus ouviu a voz do profeta dentro daquele poço, ainda que sem forças para pronunciar palavras com a sua boca, Deus ouvia o seu coração e enviou até aquele poço um homem chamado Ebede-Meleque, que significa “servo do rei”. Este homem foi até o poço e lançou uma corda para tirar Jeremias de lá (versículos 7 ao 13).

Pois é. Jeremias foi retirado com uma corda feita de panos e roupas velhas. Essa corda representa a alma ferida do profeta pela incompreensão, pela injustiça, pelas marcas da rejeição, pelas indiferenças, pelas maldades alheias.

Diz a Bíblia que Ebede-Meleque mandou que ele colocasse a corda entre as axilas e sob os pés. Isso significa dizer que Jeremias estava exausto por causa do peso da lama.

Pois é meu amigo e minha amiga. Quando estamos dentro do poço sufocado pelas lamas da vida só tem duas direções para se olhar: para cima e para baixo. Se olhares para baixo só verás lama e não verás saída, mas se olhares para cima verás a Gloria de Deus e o livramento na tua vida.

Por isso, olhe para cima e verás os céus abertos sobre vós e o azul da força de Deus, uma nova esperança. Ele te tira de dentro de qualquer poço desse mundo.

Jeremias era um ungido de Deus, mas infelizmente também esteve no fundo do poço. Foi traído e quase teve sua vida ceifada. Por isso, não estranhe a situação que você está passando, tempos ruins virão para todos nós, faz parte da vida.

Toda dor pela qual passamos, toda tristeza, são oportunidades que Deus nos dá para usarmos a fé. São ações de Deus para moldar o nosso caráter. Depende de nós escolhermos que efeitos essas coisas terão em nossas vidas. Os problemas podem nos trazer pra perto de Deus ou podem nos afundar em um poço de morte. Depende da reação de cada um.

Liberte-se da cisterna em que estás preso. Saia da lama. Use sua fé e saia do fundo do poço. Olhe para o alto. A luz que está na entrada da cisterna é a que vai mudar sua vida! Jesus Cristo. Sempre.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 37

Jeremias na prisão.

Dor, sofrimento e angústia na vida do profeta, retrata este trigésimo sétimo capítulo.

Jeremias sempre foi um homem muito usado por Deus. Temido por sempre dizer a verdade, pagou um preço alto: ser feito prisioneiro.

Pois bem. Como consta no início do capítulo, Jeremias foi procurado pelo rei Zedequias para que este intercedesse por ele, perante Deus: “...contudo mandou o rei Zedequias a Jucal, filho de Selemias, e a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, ao profeta Jeremias, para lhe dizer: Roga agora por nós ao Senhor nosso Deus...” (versículo 3).

Queria o rei ouvir uma palavra de conforto, de paz, mas o homem de Deus não se corrompeu e como sempre, falou o que veio da parte de Deus. Dura palavra o rei ouviu por parte de Jeremias: “...então veio a Jeremias, o profeta, a palavra do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Assim direis ao rei de Judá, que vos enviou a mim para me consultar: Eis que o exército de Faraó, que saiu em vosso socorro, voltará para a sua terra no Egito. E voltarão os caldeus, e pelejarão contra esta cidade, e a tomarão, e a queimarão a fogo...” (versículos 6 ao 8).

Depois de proferir essas palavras, Jeremias caiu fora, pois sabia que as consequências seriam trágicas para a sua vida. O rei e seus súditos não iriam deixar de graça. (Versículo 12).

Mais adiante teve sua liberdade tolhida por um cidadão chamado Jerias, sob a alegação de que ele estaria fugindo para ficar com os inimigos caldeus (versículo 14).

Além de ser preso injustamente, teve sua integridade física atacada, sendo vítima de muitos açoites, durante dias.

Passados alguns dias, pensando o rei que Jeremias iria ficar abalado por causa de tamanha injustiça, finalmente resolveu expedir o alvará de soltura em seu favor, colocando-o em liberdade.

Só que não para por aí não a atitude bizarra desse cidadão e rei chamado Zedequias. Sem que os outros soubessem, foi até a casa de Jeremias com o fito de persuadi-lo a obter favor do Deus Altíssimo. Pois é, queria que Jeremias lhe abençoasse com uma Palavra de Deus: “...E mandou o rei Zedequias soltá-lo; e o rei lhe perguntou em sua casa, em segredo: Há porventura alguma palavra do SENHOR?...” (versículo 17).

Só que, como dito, Jeremias era macho, corajoso e acima de tudo, homem de Deus. Falava sempre o que vinha da parte de Deus. Imediatamente consultou ao Senhor e respondeu ao rei com a seguinte revelação: “...E disse Jeremias: Há. E disse ainda: Na mão do rei de babilônia serás entregue...” (versículo 17).

Quando a pessoa é de Deus não se corrompe; não se deixa levar pelas circunstancias, pelas adversidades. Foi ocaso de Jeremias. Mesmo sabendo das consequências, permaneceu firme na verdade. Não se vendeu, como muitos outros profetas velhos haviam se vendido.

Você acha que naquela época só havia Jeremias de profeta? Claro que não. Havia muitos, mas a maioria se vendeu, se corrompeu, se tornou em profetas velhos. O que não ocorreu com o homem de Deus chamado Jeremias.

Pagou o preço. Resistiu as provações da fé. Depois de ter dito mais uma verdade ao rei, foi preso novamente e condenado a comer somente um pão por dia: “...Então ordenou o rei Zedequias que pusessem a Jeremias no átrio da guarda; e deram-lhe um pão cada dia, da rua dos padeiros, até que se acabou todo o pão da cidade; assim ficou Jeremias no átrio da guarda” (versículo 21).

Pois é meu amigo e minha amiga. O capítulo 37 termina afirmando que a pena imposta a Jeremias foi comer apenas um pão por dia, até que se acabassem. Imagine como devem ter sido dolorosos os dias de cárcere de Jeremias. Ficou recolhido em uma prisão do tipo “especial”, que foi o pátio da guarda, mas imagem só: a pão e água.

Quantos são os cristãos que nos dias de hoje não teriam nem aguentado um dia do sofrimento de Jeremias? Isso serve para que venhamos refletir e verificar o quanto estamos acomodados na fé. Sim estamos vivendo em uma zona de conforto, já que não somos provados nem 0,01%, como foi Jeremias.

Que Deus nos ajude e nos livre dos traíras que professam a mesma fé que nós.


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 36

O capítulo da afronta.

Um absurdo aconteceu neste capítulo. O rei e os seus comparsas rejeitaram a Palavra de Deus e queimaram a bíblia.

Deus havia ordenado a Jeremias que escrevesse em um rolo de um livro uma mensagem de salvação para ser lida na presença de todo o povo.

Nessa palavra havia uma determinação para que cada qual se convertesse do seu mau caminho, com o fito de que fossem perdoados por Deus (versículo 3).

Contudo, a salvação e o arrependimento chegaram tão somente aos cidadãos chamados Micaias, Elnatã, Delaías, Gemarias e alguns príncipes; entretanto, quando a bíblia foi lida por Jeudi, perante o rei e todo o povo, esse cidadão rasgo-a e a jogou no fogo, debochando, assim, da Palavra de Deus: “...E sucedeu que, tendo Jeudi lido três ou quatro folhas, cortou-as com um canivete de escrivão, e lançou-as no fogo que havia no braseiro, até que todo o rolo se consumiu no fogo que estava sobre o braseiro...” (versículo 23).

E a afronta não parou por aí não. O rei mandou prender a Jeremias e seu escrivão Baruque: “...deu ordem o rei a Jerameel, filho de Hamaleque, e a Seraías, filho de Azriel, e a Selemias, filho de Abdeel, que prendessem a Baruque, o escrivão, e a Jeremias, o profeta; mas o Senhor os escondera...” (versículo 26).

Mas como a Palavra era de Deus e os dois homens (Jeremias e Baruque) eram servos Dele, logicamente que a responsabilidade do Altíssimo era toda em protegê-los. E assim foi feito. Deus os livrou das mãos do rei tirano e os escondeu.

Pois bem. Uma segunda Palavra foi escrita, através da direção de Deus, sendo direcionada àqueles rebeldes e truculentos: “...Então veio a Jeremias a palavra do Senhor, depois que o rei queimara o rolo, com as palavras que Baruque escrevera da boca de Jeremias, dizendo: Toma ainda outro rolo, e escreve nele todas aquelas palavras que estavam no primeiro rolo, que queimou Jeoiaquim, rei de Judá...”. (versículos 27 e 28). Notem que eram supostos povos de Deus.

A Palavra era direcionada ao povo Dele. Não era para os estranhos. Mas como acontece desde o início, a rebeldia sempre foi companheira do ser humano, afastando-o de Deus.

Deus foi afrontado pelos seus. Aquele povo rebelde, iniciado por Jeudi e o rei Jeoiaquim. Mas o pior ainda estava por vir sobre a vida desses caboclos malvados. Nos capítulos seguintes, pagaram o preço por terem afrontado o Deus Vivo.

Que sirva de lição para todos nós o ocorrido neste capítulo. Talvez o amigo leitor não tenha rasgado a bíblia fisicamente, mas já a rasgou espiritualmente, quando por algum motivo qualquer rejeitou uma palavra, uma direção, advinda do altar. Isso é rasgar a bíblia espiritualmente.

As vezes não paramos para pensar e nem percebemos que o simples fato de não acolhermos as Palavras escritas na Bíblia Sagrada, através de uma pregação advinda do altar, caracteriza sim o “Rasgar do Rolo do Livro de Deus”, tal qual aconteceu fez Jeudi.

sábado, 16 de setembro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 35

O Teste de Deus.

Passando por este capítulo, percebe-se uma coisa inusitada.  Deus dá uma ordem para que um determinado grupo religioso beba vinho: “...Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à casa do Senhor, a uma das câmaras e dá-lhes vinho a beber...” (versículo 2).

Ora, a princípio quando lemos esse versículo, de cara ficamos sem entender o porquê de beber vinho. Contudo, ao debruçar sobre os demais versículos, logo vemos a resposta para esse meu questionamento humano.

Pois bem. A ordem foi dada a Jeremias para que se dirigisse à casa dos recabitas, que nada mais eram do que uma ordem religiosa nômade fundada por Jonadabe, filho de Recabe, durante o século IX, antes de Cristo e que não moravam em casas (versículos 9 e 10).

Assim foi feito. Jeremias os conduziu até o templo com o fito de que todos bebessem vinho. Ocorre que os recabitas não usavam qualquer produto da videira, ou seja, por tradição e obediência a Jonadabe, nunca haviam tomado vinho. A recusa foi imediata: “…Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou, dizendo: Nunca jamais bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos...” (versículo 6).

Vejam em que situação eles se meteram. Tiveram sua fé provada. Obedecer ou não à voz do profeta, em detrimento de sua convicção religiosa?

Não hesitaram e provaram que eram fiéis no cumprimento de uma palavra. Não estavam desobedecendo a ordem de Deus, pelo contrário, estavam mostrando fidelidade na execução de sua fé.

Note que eles explicaram que estavam em Jerusalém por ocasião do “destino”, ou seja, em face do medo dos exércitos dos caldeus e dos sírios: “...Sucedeu, porém, que, subindo Nabucodonosor, rei de babilônia, a esta terra, dissemos: Vinde, e vamo-nos a Jerusalém, por causa do exército dos caldeus, e por causa do exército dos sírios; e assim ficamos em Jerusalém...” (versículo11).

Eles não eram habitantes de Jerusalém por natureza. Estavam naquela cidade, mas mantinham a fidelidade religiosa. Isso foi o suficiente para agradar a Deus, que por sua vez, os preservou em sua presença diária. Foram privilegiados e recompensados por causa da fidelidade: “...E à casa dos recabitas disse Jeremias: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Pois que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos ordenou, Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará homem a Jonadabe, filho de Recabe, que esteja na minha presença todos os dias...” (versículos 18 e 19).

Veja o quão interessante é esta passagem bíblica contida neste capítulo 35. Não se trata de beber ou não vinho, como havíamos pensado inicialmente. Aqui se trata de fidelidade. Não de corrupção material e espiritual.

Aquela recusa ao vinho não foi em vão. Eles foram recompensados e privilegiados, por meio da fé. Enquanto que os que eram filhos naturais e herdeiros correspondentes de Deus, perderam a benção, porque eram desobedientes ao Soberano: “...Por isso assim diz o Senhor Deus dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre Judá, e sobre todos os moradores de Jerusalém, todo o mal que falei contra eles; pois lhes tenho falado, e não ouviram; e clamei a eles, e não responderam...” (versículo 17).

Por isso meu amigo e minha amiga, não se corrompa espiritualmente. Mantenha a sua fé íntegra na Palavra de Deus. Seja um cristão autêntico e verdadeiro. Não haja como muitos teólogos fariseus, pastores e obreiros que não passam de sepulcros caiados.


Viva a fé genuína na Palavra de Deus. Seja um recabita.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 34

Quando Deus anuncia a perda das bênçãos na vida do ser humano.

Ao meditar nesse capítulo, um temor me sobreveio. Aqui eu pude enxergar e perceber o poder da recusa de Deus na vida do ser humano. Foi o que aconteceu com Zedequias.

Rei de Judá, detentor de poder, ostentação e riquezas. Homem poderoso até receber a notícia de que iria perder tudo que havia conquistado, inclusive que iria ser preso pelo exército de Nabucodonosor.

Pois bem. A Palavra de Deus veio a Jeremias, no momento em que a cidade de Judá estava totalmente sitiada pelos exércitos da colisão babilônica. Não havia saída para Zedequias, a não ser se entregar e ser tratado como preso político.

Deus havia anunciado, por meio de Jeremias, que apesar de tudo, Zedequias teria uma morte limpa, ou seja, sem violência: “...Não morrerás à espada. Em paz morrerás, e conforme as queimas para teus pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim queimarão para ti, e prantear-te-ão, dizendo: Ah, Senhor! Pois eu disse a palavra, diz o Senhor...” (versículos 4 e 5).

Imagine só: O homem era detentor de poder, tinha riquezas e era respeitado. De repente vê o mundo desabando aos seus pés e sua autoridade ser jogada no lixo. Isso é muito forte meu amigo e minha amiga. Serve para mais uma vez aprendermos que não somos nada, apesar de muita gente pensar que é alguma coisa.

Quando Deus derruba, não há quem levante. Zedequias era arrogante e, por conseguinte, desobediente à Palavra de Deus. O Soberano havia dado uma ordem para que ele desse carta de alforria a todos os hebreus. A ordem era para que não houvesse nenhum escravo entre eles: “...A palavra que do Senhor veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez aliança com todo o povo que havia em Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade; Que cada um despedisse livre o seu servo, e cada um a sua serva, hebreu ou hebréia; de maneira que ninguém se fizesse servir deles, sendo judeus, seus irmãos. E obedeceram todos os príncipes, e todo o povo que havia entrado na aliança, que cada um despedisse livre o seu servo, e cada um a sua serva, de maneira que não se fizessem mais servir deles; obedeceram, pois, e os soltaram...” (versículos 8 ao 10).

Assim foi feito. Mas não demorou muito para que Zedequias revogasse esse decreto, fazendo com que a escravidão retornasse àquele povo: “...Mas depois se arrependeram, e fizeram voltar os servos e as servas que haviam libertado, e os sujeitaram por servos e por servas...” (versículo 11).

Um homem revogando o Decreto de Deus, pode? Jamais! Assim era Zedequias. Por causa dessa atitude e de outras, pagou um preço alto. Foi capturado pelo exército inimigo e conduzido até a presença de Nabucodonosor.

Posteriormente foi sentenciado a ver seus filhos morrerem em sua frente, e depois teve seus olhos arrancados e foi levado acorrentado à Babilônia, onde permaneceu preso até sua morte, conforme Deus havia anunciado nos versículos 17 ao 21.

Veja a queda de domínio e de poder de um homem importante. Rei, rico e poderoso. De repente ficou prisioneiro, cego, pobre, fraco e arruinado. Sua morte foi lenta e dramática, já que permaneceu preso até o fim de sua vida.

Imagine como deve ser a vida de quem está encarcerado; não deve ser nada boa, ainda mais se tratando de um preso político.

Diante do exposto, coloquemos nossas “barbas de molho”, para não incorrermos no mesmo erro de Zedequias. Devemos estar atentos, já que a vida é passageira. Nada que existe nessa terra é nosso, somos apenas posseiros e nada mais.

Não devemos jamais achar que somos alguma coisa, pelo contrário, temos que ter a convicção de que estamos aqui nesse mundo de passagem e quando morrermos não iremos levar nada.

Se você é uma pessoa que tem poder, riquezas e fama, não faça desses adjetivos o seu deus. Lembre-se que Deus rejeita os soberbos, assim como rejeitou a Zedequias. E se Ele decretar perda total na tua vida, não haverá outro ser que possa revogar tal decreto. Muito cuidado!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA JEREMIAS - CAPÍTULO 33

Uma atenção especial consta nesse trigésimo terceiro capítulo. E reside no versículo 12: “...Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda neste lugar, que está deserto, sem homem nem animal, e em todas as suas cidades, haverá uma morada de pastores, que façam repousar aos seus rebanhos...”

Talvez o amigo já tenha lido várias vezes este capítulo e não tenha ainda atentado para a particularidade deste versículo.

Aqui o Senhor assegura mudança total e plena da situação nefasta que o homem esteja vivendo, para uma situação plenamente favorável.

É certo e verdadeiro que o cristão passará por seu deserto. Assim como Cristo passou pelo deserto, todos nós um dia iremos passar por ele. Situações nefastas, dificuldades, enfim, dias de aflições todo mundo um dia vai passar.

Mas a garantia que temos, que nos assegura uma saída radical e real dos dias maus, está neste versículo. Deus garante que no mesmo lugar que estamos vivendo, ou seja, não precisa mudar de cidade, estado ou país, a situação vai mudar para melhor. Ele vai transformar essa terra inabitável e deserta, em uma terra habitável e deleitosa, onde possa repousar os seus rebanhos, que somos nós.

O interessante é que o versículo primeiro diz que essa Palavra veio à Jeremias quando ele se encontrava encarcerado no pátio da guarda, ou seja, quando o mundo desabou na cabeça do profeta. “...E veio a palavra do SENHOR a Jeremias, segunda vez, estando ele ainda encarcerado no pátio da guarda...”.

Ali se iniciava o deserto na vida de Jeremias. O encarceramento era a porta de entrada do seu deserto. Deserto esse que se estendeu por vários capítulos, conforme iremos meditar mais adiante.

Mas quando a pessoa é verdadeiramente de Deus ela não se deixa abater pelas dificuldades, pelo contrário, tem a convicção que a resposta vem do altar, mediante o uso da fé.