ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 27 - OITAVA PARTE

 27.8 - Precisamos cortar tudo aquilo que possa nos tirar do propósito de Deus

 Observem que Paulo havia dito para eles não saírem de Creta porque os ventos iriam piorar, a tempestade iria aumentar e isso iria colocar em risco a navegação e a sua própria vida, já que ele estava sendo escoltado em direção a Roma. Ele e uma quantidade grande de presos.

 Mas o centurião preferiu não ouvir o que Paulo estava falando e seguiu a orientação do comandante daquela embarcação e partiu. Entretanto, quando eles chegaram próximo de uma cidade chamada Creta os ventos aumentaram, sobreveio uma tempestade terrível, que levou o navio a pique.

 O vento veio forte, de modo que os marinheiros tentaram fugir em pequenos botes salva-vidas, mas Paulo os advertiu que se alguém pulasse da embarcação Deus não iria salvá-los.

 Quando Paulo disse isso, imediatamente os soldados cortaram os cabos dos botes, porque quando se corta os cabos dos botes não tem como sair do navio.

 Às vezes precisamos cortar tudo aquilo que possa nos tirar do navio. Existem momentos que precisamos tomar decisões radicais e cortar tudo aquilo que possa nos tirar do propósito de Deus.

 Se você está vendo que esse namoro vai te tirar do propósito, corta. Se você está vendo que essa amizade está te tirando do propósito, corta. É melhor você cortar do que pegar um barquinho e sair para o meio do mar e afundar no meio das águas.

 Quando Paulo revelou aos soldados a condição de Deus, imediatamente eles cortaram os cabos dos botes, ou seja, cortaram aquilo que poderia lhes impedir de chegar até o propósito.

 A ordem do Espírito Santo no dia de hoje é para você tirar da tua vida tudo aquilo que está arrancando você do propósito de Deus.

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓTOLOS - CAPÍTULO 27 - SÉTIMA PARTE

 

27.7 - Se você não se alimentar agora não vai conseguir estar preparado para vencer os próximos níveis dos problemas

 Consta nos versículos 33/36 que Paulo exortou a todos para se alimentarem, porque eles já estavam há 14 dias sem comer e beber nada. O vento era tão grande que tirou a vontade de se alimentar daqueles homens.

 Eles estavam tão desesperados com os problemas que estavam passando, que não estavam conseguindo viver de maneira saudável, porque os ventos tiraram o apetite deles.

 Existem ventos que tiram a nossa fome. Existem problemas que tiram a nossa vontade de se alimentar. Dependendo da dor que você está passando, os ventos tiram a tua vontade de continuar sobrevivendo.

 Mas a ordem de Paulo foi para que eles se alimentassem, porque quando o navio chegasse próximo à Ilha de Malta todos os 276 tripulantes teriam que nadar até a praia para sobreviver.

 Quatorze dias sem comer e sem beber; fracos, como é que eles iriam conseguir nadar até a ilha? Sem forças e sem saúde, não teriam condições físicas de irem nadando até a praia.

 A maioria dos cristãos, quando lêem essa passagem, não entende o porquê de Paulo ter mandado eles se alimentarem, mas o Espírito Santo nos revelou que foi justamente para que eles tivessem condições físicas de nadarem (versículo 44).

 Eles teriam um próximo nível. Eles iriam precisar daquele alimento para conseguir ter estrutura para suportar as próximas coisas que iriam acontecer. Se eles não tivessem comido não conseguiriam nadar até a ilha de Malta.

 Existe algo que Deus está te dando agora para que você suporte o que está por vir. Um alimento que está vindo agora, algo que Deus está entregando para você agora, para você ser projetado para alguma coisa que está por vir.

 Então se alimente da Palavra de Deus porque tem algo grande, poderoso e tremendo que Ele está preparando para a tua vida e se você não se alimentar agora não vai conseguir estar preparado para vencer os próximos níveis dos problemas.

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 27 - SEXTA PARTE

 

27.5 – O naufrágio

 Os versículos 27/44 mostram os momentos finais da viagem. O naufrágio do navio.

 Quando chegou a décima quarta noite, a tempestade piorou e eles foram abatidos de um lado para outro no mar Adriático. Por volta da meia noite, os marinheiros pressentiram que estavam próximos a terra.

 Diante disso, começaram a lançar o prumo e perceberam que a profundidade estava diminuindo, o que lhes assegurava que alguma ilha estava próxima. A escuridão era terrível e eles eram jogados de um lado para o outro pela tempestade.

 Com medo de que viessem a bater em alguma rocha, lançaram da popa quatro âncoras e ficaram orando para que amanhecesse logo, porque a escuridão lhes assombrava ainda mais.

 Mas o desespero aumentou e os marinheiros tentaram fugir escondidos em pequenos botes salva-vidas do navio. Então Paulo percebeu a trama e disse ao comandante e aos soldados: “se esses marinheiros não permanecerem no navio, vós não podereis salvar-vos. Deus não se responsabilizará por vocês”.

 E então os soldados, com medo, acreditaram nas palavras de Paulo e cortaram os cabos dos botes salva-vidas e ficaram na dependência de Deus.

 Enquanto amanhecia Paulo rogou que todos se alimentassem, porque a tripulação já estava há 14 dias sem comer e se eles permanecessem fracos, não iriam conseguir escapar do naufrágio nadando. Sem alimentar eles não iriam ter forças para nadar.

 Tendo dito isto, pegou um pão, consagrou a Deus na presença de todos e distribuiu entre os tripulantes. Todos recobraram o ânimo, comeram e recuperaram as energias.

 O versículo 37 deixa claro que o número da tripulação era de duzentas e setenta e seis pessoas ao todo, e agora, por causa de Paulo, estavam sob a responsabilidade de Deus.

 Depois disso jogaram o restante da carga de trigo no mar, para aliviar o peso do navio, e quando amanheceu, avistaram uma enseada, onde havia uma praia.

 Então decidiram levantar as âncoras e deixaram o navio ser levado pelos ventos em direção a praia.

 Mas nem tudo são flores. Nada acontece com facilidade. O versículo 41 relata que o navio passou por um trecho onde as correntes marítimas contrárias se encontravam.

 Por causa disso, o navio ficou encalhado e a popa se abriu ao meio por causa da violência do mar.

 Então os soldados tiveram uma ideia macabra: decidiram que deveriam matar os prisioneiros para que nenhum conseguisse fugir nadando (verso 42).

 Mas o centurião Júlio, querendo salvar a Paulo, impediu-os de fazer essa barbárie e ordenou que os que soubessem nadar pulassem primeiro na água e nadassem até a ilha que estava adiante.

 Quanto aos que não sabiam nadar, que se salvassem agarrados em tábuas e nos destroços do navio. E foi justamente dessa forma que todos conseguiram se salvar.

 Esses 17 versículos nos trazem muitas reflexões:

                              

                                      27.6 - Não pule do barco

 Lembre-se que Paulo havia dito para não saírem de Creta porque os ventos iriam piorar e isso iria colocar em risco a navegação e a sua própria vida.

 Mas o centurião preferiu não ouvir o que Paulo estava falando e seguiu a orientação do comandante daquela embarcação. Entretanto, no meio da viagem os ventos aumentaram, sobreveio uma tempestade terrível, de modo que os marinheiros tentaram fugir em pequenos botes, mas Paulo os advertiu que se alguém pulasse da embarcação Deus não iria salvá-los.

 Mesmo assim os marinheiros se desesperaram, de modo que tentaram fugir do navio. Só que o anjo havia dito que somente haveria livramento para quem ficasse perto de Paulo. Se os marinheiros saíssem do navio morreriam.

 Veja que reflexão essa Palavra nos traz: você está tentando fugir do vento e acha que fugir da tempestade é a melhor escolha? Só que se você tentar fugir do vento você vai se dar mal.

 Você precisa ficar no lugar que Deus quer que você fique. Os marinheiros pensaram que se saíssem do navio iriam escapar da tempestade, só que essa atitude era a mais inviável.

 Os marinheiros não conseguiram raciocinar com inteligência e acharam que fugir em pequenos botes seria a melhor solução, mas o anjo deu uma direção a Paulo para que permanecessem dentro daquele navio e assim foi feito.

 Uma tempestade que tem capacidade de engolir um navio não vai conseguir engolir um barquinho? A questão é que eles não haviam entendido a direção de Deus.

 Por mais que esteja difícil dentro do navio, mesmo assim o melhor lugar a se permanecer é dentro da embarcação. Se pular no mar vai morrer. O anjo falou sobre isso. Só tem livramento pra quem permanecer no navio.

 Cuidado porque o diabo pode estar tentando fazer você pular do barco. Quem sabe o diabo está usando o vento (que são os problemas), pra fazer você tomar outro caminho ou uma decisão errada?

 O teu inimigo quer tirar você do navio e você está achando que se fugir do vento vai ficar muito bem, mas se você fugir vai sair da direção de Deus, vai passar por problemas, por crises e por caminhos errados.

 Se você tentar navegar no mar a chance de sobreviver é muito menor. Por mais que esteja difícil sobreviver dentro do navio, continua dentro dele, porque a direção de Deus é ficar.

 Deus não mandou você sair da igreja. Ele não mandou você abandonar a fé. Fica na direção que o Espírito Santo mandou você ficar, porque só assim terás livramento. Essa é a primeira reflexão desta passagem bíblica.

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 27 - QUINTA PARTE

 

27.4 - O navio pode quebrar, mas a tua vida será preservada por Deus

 Como vimos, Paulo estava sendo levado preso para a Itália, com a finalidade de ser apresentado ao imperador Nero e foi colocado dentro de um navio com mais duzentas e setenta e cinco pessoas.

 Quando chegaram próximo à Creta sobreveio uma tempestade terrível e os tripulantes começaram a ficar desesperados. Eles acham que iriam afundar, mas o texto sagrado afirma que o anjo disse ao Apóstolo Paulo que nenhum daqueles homens iria morrer. Somente o navio iria se perder, como de fato aconteceu.

 As vidas daqueles homens foram preservadas, mas o navio se perdeu. Você está entendendo o que o Espírito Santo está falando através dessa passagem bíblica? Às vezes é necessário perdermos algumas coisas para preservarmos a vida.

 Os bens materiais vão, mas a vida fica. Que Deus leve os navios; que Deus permita que certas coisas saiam da nossa vida, mas que Ele preserve o nosso coração.

 É melhor Deus levar o navio do que permitir que os navios nos firam, nos machuque ou nos destruam. É melhor Deus nos tirar as coisas, do que as coisas nos quebrarem.

 Veja que Deus preservou a vida daqueles homens, mas não preservou o navio.

 Por algumas vezes Deus vai permitir que algumas coisas se percam na nossa vida, mas Ele não permite você se perder. Ele não deixa que nada toque em você. Ele te esconde, te preserva e te protege com a sua poderosa mão.

 Deixe ir o navio. Não fique apegado aos bens materiais. Deixe ir as alianças erradas, deixe ir os caminhos errados, porque na verdade o maior interesse de Deus dentro dessa embarcação é você. O navio pode quebrar, mas a sua vida será preservada por Deus.

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 27 - QUARTA PARTE

 27.3 - É necessário tirar o peso que está dificultando a navegação do teu navio

 A segunda reflexão nos mostra uma viagem nefasta, prevista pelo prisioneiro Paulo, que já havia orientado o centurião responsável pela tripulação, para que não saíssem daquela região, porque previu um risco iminente de morte se prosseguissem com a viagem.

 Entretanto, Júlio seguiu a orientação do comandante do navio e partiu. Conforme vimos nos versículos 9/26, quando chegaram próximo a Creta os ventos aumentaram, sobreveio uma tempestade terrível, que levou o navio a pique.

 Como veremos mais adiante, eles conseguiram escapar do naufrágio, mas até chegarem à Ilha de Malta passaram por uma tempestade muito grande. O vento veio forte, e eles haviam perdido a vontade de comer. A esperança de ser salvo havia ido pro espaço.

 Só que um detalhe muito interessante consta no versículo 15: o vento estava tão intenso, a tempestade era tão grande, que o navio ficou à deriva.

 Você já imaginou o que é remar diante de ventos contrários? É você fazer forças e o barco não sair do lugar. Quanto mais força se afaz, menos força se tem, porque os ventos contrários roubam todas as forças.

 Existem lutas, desertos e ventos que passamos que roubam as nossas forças, que desgastam o nosso coração, que desgastam a nossa mente e o nosso psicológico.

 As tempestades tentam destruir a nossa vida de modo que quanto mais a gente tenta, menos forças temos. Observe que os ventos foram tão intensos que roubaram as forças daqueles homens.

 Contudo, quando perceberam que os ventos eram muito fortes, resolveram jogar no mar a armação do navio (versículo 19). Foi necessário se livrar do peso que estava dificultando a navegação.

 O Espírito Santo está mostrando que é necessário tirar o peso que está dificultando a navegação do teu navio. Quem sabe existem alguns pesos dentro de você que está te impedindo de navegar com segurança. Algumas coisas que estão dificultando a tua vida e você sabe que tem que tirar.

 Alguns pesos que estão atrapalhando a tua vida emocional, a tua vida sentimental. Algumas coisas que estão dentro de você e que precisam ser lançadas ao mar. Enquanto não saírem você vai continuar passando por tempestades.

 Tira da tua mente tudo aquilo que está te impedindo de navegar.  Livra-se dessa amizade, desse namoro que você sabe que não tem a aprovação de Deus; dessa má companhia que está te levando ao naufrágio. Atente ao que o Espírito Santo está te mostrando no dia de hoje.

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 27 - TERCEIRA PARTE

 

27.2 - A voz de Deus nos livra de perdas e de incômodos

 Como vimos nos versículos 9/26, Paulo havia orientado o centurião responsável pela tripulação, para que não saíssem daquela região, porque previu um risco iminente de morte se prosseguissem com a viagem.

 Paulo havia dito para eles não saírem de Creta porque os ventos iriam piorar, a tempestade iria aumentar e isso iria colocar em risco a navegação e a sua própria vida, já que ele estava sendo escoltado em direção a Roma.

 Mas o centurião preferiu não ouvir o que Paulo estava falando e seguiu a orientação do comandante daquela embarcação. Entretanto, quando chegaram próximo à Creta os ventos aumentaram, sobreveio uma tempestade terrível, que levou o navio a pique.

 Conforme ainda iremos detalhar nos versículos 27/44, eles conseguiram escapar do naufrágio, mas até chegarem à Ilha de Malta passaram por uma tempestade muito grande e tiveram muitas perdas materiais.

 Entretanto, se eles estivessem dado ouvido à voz de Deus, por intermédio de Paulo, teriam evitado o incomodo e as perdas.

 A voz de Deus nos livra de perdas e de incômodos. O problema é que às vezes a gente não ouve a voz do Espírito Santo diante de determinados assuntos e por isso passamos por perdas e incômodos.

 Ouvir a voz de Deus é fundamental para que a gente seja livre de certas sentenças, de certas tempestades, de certos ventos que vêm com a intenção de atacar a nossa vida.

 Quem sabe você está passando agora por um cenário que Deus não queria que você passasse. Mas você só está vivendo essa tempestade porque decidiu não ouvir a voz do Espírito Santo.

 Deus queria te livrar de tanta dor, de tanto sofrimento, mas você decidiu não ouvir a voz Dele. Você foi cabeça dura, igual ao comandante da embarcação citada no texto bíblico acima e por isso está quebrando a cara e tendo perdas irreparáveis.

 Volte à sensatez. Deixe de lutar com a força do teu braço. Reconheça que você necessita da misericórdia de Deus e ouça sempre o que Espírito Santo tem para a tua vida.

ESTDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 27 - SEGUNDA PARTE

 

27.1 - E a coisa ficou feia pra todo mundo

 Os versículos 9/26 relatam que a desobediência do centurião colocou a vida de toda a tripulação em risco. O bicho pegou!

 Diz o texto sagrado que como a navegação estava perigosa, Paulo advertiu o centurião Júlio e o comandante, para que não prosseguissem com a viagem, porque havia previsto que uma tragédia terrível iria acontecer no percurso. Era inverno e as condições marítimas não estavam boas.

 Paulo deixou claro que a viagem ia ser trabalhosa, com danos e muitos prejuízos, não só da carga do navio, mas também de toda a tripulação.

 Mas o centurião era cabeça dura e preferiu dar ouvidos ao comandante do navio, do que as palavras de Paulo, que na sua visão, não se passava de um mero prisioneiro.

 Então seguiram com a viagem, com a intenção de chegar ao porto da cidade de Fenice, que também pertencia a Creta.

 Todavia, o que Paulo havia previsto, aconteceu.  O versículo 14 mostra que no meio da viagem, um tufão chamado Euroaquilão, arrastou o navio com muita violência e eles ficaram a deriva.

 Diz o versículo 18, que no dia seguinte, para piorar a situação, uma tormenta se levantou no mar e eles tiveram que aliviar uma parte da carga do navio, jogando-a ao mar.

 A tempestade não parou e já no terceiro dia, tiveram que lançar a armação do navio ao mar, para que o peso da mesma não levasse a embarcação a pique.

 Mesmo assim a chuva não parava e a tempestade só aumentava. Muitos dias de tormenta se passaram, e eles já haviam perdido a esperança de escaparem com vida daquele navio.

 O desespero fez com que toda a tripulação perdesse até a vontade de comer, pois está escrito nos versículos 21/24 que Paulo se colou de pé e disse: “senhores, na verdade, era preciso, terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas aconselho que recobrem o ânimo e comam, porque um anjo do Senhor apareceu para mim nesta noite e me assegurou que por causa de mim, nenhum de vocês vai morrer”.

 O anjo havia lembrado a Paulo que era propósito de Deus que ele pregasse o evangelho ao imperador Nero, como já dissemos no capítulo anterior.

 Por causa de Paulo todos seriam salvos, desde que colocassem em prática o que ele estava lhes dizendo. Havia uma condição: eles deveriam comer e ter fé que tudo ia ser resolvido. Ninguém iria morrer. Somente o navio iria se perder.

 Um simples prisioneiro, que inclusive, já havia advertido o comandante do navio e o centurião para não saírem de Creta, por causa do mal tempo, e que ninguém havia dado créditos às suas palavras, agora era o responsável pelas vidas de toda a tripulação.

 Isso traz algumas reflexões:

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 27 - PRIMEIRA PARTE

 

CAPÍTULO 27

O INÍCIO DA VIAGEM PARA A ITÁLIA

  Os versículos 1/8 relatam o início da viagem de recambiamento do prisioneiro Paulo para a Itália.

 Como vimos no final do capítulo 26, Paulo foi reinquirido pelo rei Agripa II, e seu discurso/defesa, mexeu com todos os integrantes do júri. Entretanto, como ele havia apelado para o tribunal de César, o poderoso Nero, não restou alternativa aos fajutos julgadores, enviá-lo para a Itália.

 Então entregaram Paulo e mais outros prisioneiros a um centurião da corte imperial chamado Júlio e estes seguiram em um navio adramitino, que estava de partida para a Ásia. A viagem seria longa e com muitas escalas.

 A bíblia diz que na viagem, também foi acompanhando Paulo, um homem chamado Aristarco. No dia seguinte fizeram a primeira escala na cidade de Sidon, onde Júlio, o comandante da guarda, tratando-o com muita humanidade e respeito, permitiu que Paulo fosse visitar os amigos daquela cidade, bem como para obter assistência material para a viagem.

 Algumas horas depois, seguiram viagem em outro navio chipriano, porque os ventos estavam contrários e, com muita dificuldade, chegaram no porto de Mirra, antiga cidade da Lícia, localizada onde hoje está a pequena Kale, na Província de Antália da Turquia. Essa era a segunda escala da viagem.

 Algumas horas depois, o centurião fez embarcar os prisioneiros em um outro navio da cidade de Alexandria, que estava de partida para a Itália. Diz o versículo 7 que a viagem nesse novo navio foi muito vagarosa, e durou muitos dias, por causa da situação do mar, que estava muito agitado.

 Então aportaram em Cnido, uma antiga cidade grega da Ásia menor, localizada na região da Cária, onde pararam e pegaram outro navio, que estava sob a jurisdição de Creta, na altura de Salmona.

 As condições marítimas não estavam boas e mesmo assim eles insistiam em seguir viagem e, desta feita, com muita dificuldade, conseguiram atracar em um lugar chamado Bons Portos, perto da cidade de Laseia.

 Observem que desde o início essa viagem tinha problemas. O mar não estava propício e os ventos muito menos. A tempestade estava mostrando que ia dar problema. O que havia começado errado iria terminar errado.

 Isso nos traz uma reflexão: fique atento aos sinais. Se você perceber que as coisas começaram a dar errado, é porque vai terminar errado.

 Se os caras perceberam que os ventos estavam soprando contra e que a tempestade havia se levantado, então por que insistiram na viagem?

 Às vezes Deus manda os sinais para que venhamos ter a sensatez e a humildade de reconhecer que aquilo que estamos fazendo não é o correto.

 Ainda que você pense que está fazendo a coisa certa, nem sempre aquilo vai agradar a Deus, por isso Ele permite as tempestades e os ventos contrários, para que você pare de prosseguir na insanidade.

 Tem gente que é cabeça dura e quer fazer as coisas do jeito dela, por isso quebra a cara com as tempestades. Aí depois fica se questionando: “por que Deus permitiu que isso acontecesse comigo”? Ora, Deus permitiu porque você foi cabeça dura e quis fazer do teu jeito.

 Tem momentos que é hora de parar e de refletir, se aquilo que você está fazendo vai ou não agradar a Deus. Se for contrário à vontade Deus, o Espírito Santo vai falar na hora, ou seja, os sinais virão. Mas se você insistir no erro, assim como o centurião Júlio, as coisas vão ficar feia pro teu lado, como você vai ver nos versículos seguintes.

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 26 - QUARTA PARTE

 

26.3 - Paulo teria sido solto se não tivesse apelado para César

 Os versículos 30/32 mostram o estrago que o testemunho de Paulo fez no inferno.

 Diz o texto sagrado que quando Paulo terminou de falar de Jesus, todos ficaram chocados e regozijados.

 Tanto o governador Pórcio Festo, assim como o rei Agripa II, sua irmã Berenice e todos os que estavam presentes, foram tocados pelo Espírito Santo e se retiraram, falando uns com os outros: “este homem nada tem feito passível de morte ou de prisão”.

 Então o rei Agripa se dirigiu para o governador e disse: “Paulo bem que poderia ser posto em liberdade, se não tivesse apelado para César”.

 Veja o poder do evangelho. Mexeu com todos que estavam presentes. Você acha que Deus não tinha poder de libertar Paulo dali? Lógico que tinha, mas era propósito do Senhor que Paulo se tornasse pregador de reis.

 Como ele havia sido usado no início da jornada para pregar para os mais simples, agora ele havia se transformado em pregador de grandes. Deus queria usá-lo para que evangelho chegasse às fortalezas. Ele tinha que chegar até César.

 Isso nos traz uma reflexão: nada acontece por acaso. Tudo tem um sentido nessa vida. Se as coisas estão acontecendo de uma forma que você não está entendendo, saiba que é propósito de Deus te conduzir a lugares inimagináveis.

 Paulo não imaginava que iria pregar para os grandes, nas fortalezas e nos palácios, mas sabia que tudo aquilo era propósito de Deus. Deixa Jesus te usar e conduzir a tua vida.

 Tem coisas que Deus só vai mostrar quando você começar a caminhar. Se você ficar parado, na dúvida, se lamentando, pode ter certeza que você não vai conseguir nada nessa vida.

 Observe que Abraão saiu da casa de seus pais e nem sabia pra onde ia, não sabia nem a casa que ia ficar, mas você conhece a história desse homem de Deus. Ele foi considerado o pai da fé, um homem que teve tudo e que morreu em ditosa velhice, simplesmente por ter agido a fé.      

Siga em frente porque no meio do caminho Deus vai te mostrar tudo que você precisa ouvir, os lugares que você precisa ir e as promessas que Ele vai cumprir na tua vida.

ESTUDO DO LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS - CAPÍTULO 26 - TERCEIRA PARTE

 

26.2 - O rei que quase se converteu ao evangelho

 Os versículos 24/29 relatam que o testemunho de Paulo quase conquistou a alma do rei Agripa II.

 Diz o texto sagrado que quando Paulo ainda falava, o governador Pórcio Festo deu um grito e lhe interrompeu, chamando-o de louco delirante.

 Contudo, Paulo não se intimidou, e como Ministro da Palavra de Deus, manteve o seu testemunho, porque era notório em todos os lugares em que havia passado. Ele não estava inventado e nem mentido. O testemunho era real e verdadeiro.

 Em seguida, dirigiu-se ao rei Agripa e perguntou se ele acreditava nos profetas.

 A resposta do rei foi surpreendente. Com o coração tocado, disse a Paulo: “por pouco me persuadiste me tornar cristão”.

 Mas Paulo sabia que aquele era o propósito de Deus e lhe respondeu: “assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje escutam a palavra se tornassem tais qual eu sou”.

 Veja que atitude fantástica de Paulo! Mesmo sabendo que poderia ter sua vida ceifada naquele momento, porque estava contendendo com um rei, preferiu usar da autoridade que o Espírito Santo havia lhe constituído para ganhar aquela alma.

 Era propósito de Deus fazê-lo pregador da alta sociedade, coisa que os outros apóstolos não fizeram, porque haviam ficado trancafiados em Jerusalém, com medo da velha igreja e do sistema religioso.

 A bíblia diz que a Palavra de Deus nunca volta vazia. As palavras de Paulo tinham o fogo do Espírito e por isso conseguiu acesso ao coração duro do rei Agripa.

 Isso nos ensina que os ricos estão sedentos de Deus, mas não tem quem pregue. Os cristãos de hoje não têm coragem de falar de Jesus para as pessoas da alta sociedade. Limitam-se apenas em estar nas favelas, porque é mais fácil, e se esquecem que lá no topo do prédio tem um cara que está morrendo com depressão, prestes a se jogar da janela.

 Muitos ricos estão aprisionados em suas próprias depressões. Têm dinheiro, mas não tem paz e somente o evangelho pode lhes libertar. Não tem remédio que cure a depressão, mas a Palavra de Deus cura não só a depressão, mas toda e qualquer doença da alma.

 Por isso meu amigo, o Espírito Santo está lhe cobrando para que você use da mesma autoridade de Paulo. Visite os palácios. Fale de Jesus para os reis e governadores desse mundo, porque esse pessoal precisa desesperadamente do socorro de Deus. O Espírito Santo conta com você.