segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O MENSAGEIRO DO DIABO - VOCÊ ESTÁ SENDO VÍTIMA DELE?



Existem pessoas que nasceram para serem mensageiras do diabo. Pessoas com essa índole ficam felizes com a desgraça alheia e por isso têm prazer em trazer notícias ruins. Com certeza o amigo leitor deve conhecer um cidadão com essas características macabras.

Principalmente quando as coisas não vão  bem, quando se está vivendo uma fase ruim da vida onde tudo dá errado, sempre nos deparamos com sujeitos dessa qualidade. Não importa se você é uma pessoa boa, um crente, um espírita, um católico, etc. Não tem jeito você irá conviver com um ser dessa natureza, é bíblico.

Pois bem. Relata a Bíblia Sagrada, no antigo testamento, que existia um homem íntegro, fiel, temente a Deus e que se desviava das coisas erradas. Esse homem era podre de rico e tinha uma família abençoada, mas em determinado momento, provou do amargo da vida e perdeu tudo o que tinha. Esse homem se chamava Jó.

Jó era invejado por todos, em face de sua vida próspera, mas infelizmente teve o desprazer de conviver com mensageiros do diabo.

Certo dia, quando os filhos e as filhas de Jó estavam numa festa, na casa do irmão mais velho, um mensageiro veio dizer a Jó que haviam matado os empregados e roubado todo os bois e as jumentas que ele criava e que só ele havia escapado para trazer a má notícia (Jó, cap. 01, vers. 13/14).

Observe que a Palavra de Deus diz claramente que vieram os ladrões e cometeram o crime de latrocínio contra os empregados de Jó e que somente um deles escapou com a finalidade de levar a notícia de desgraça. Esse foi o primeiro mensageiro do diabo que apareceu na vida do homem de Deus.

E a desgraça não parou por aqui não. Narra ainda a Bíblia que enquanto aquele homem ainda estava falando, chegou outro mensageiro de satanás  avisando que  um grande incêndio havia matado as ovelhas e os empregados de Jó e que mais uma vez, ele havia sido o único que tinha escapado para contar aquela desgraça (cap. 01, versículo 16). Foi o segundo mensageiro do diabo que ele conheceu.

Veja meu amigo e minha amiga. Tem gente que é tão azarado que não tem tempo nem de se livrar de uma desgraça para que outra ocorra. Só vive acometido de coisas ruins. É notícia ruim atrás da outra. A convivência com o mensageiro do diabo é comum.

Jó era um homem abençoado,  mas quando a desgraça lhe sobreveio à vida foi uma atrás da outra. Não teve tempo nem de respirar. Será que existem pessoas assim? credito que sim.

O azar era tão grande na vida de Jó que os problemas não pararam por aí não. Outro mensageiro do diabo lhe apareceu em seguida para lhe dizer que um grupo de assassinos havia invadido a sua fazenda e praticado mais um crime de latrocínio, roubando sua criação de camelos e que somente esse empregado havia escapado para anunciar mais essa tragédia (cap. 01, ver. 17). Este foi o terceiro mensageiro do diabo que apareceu na vida de Jó.

Foram tantos os problemas que não dava nem tempo Jó respirar direito. O diabo usou com precisão seus mensageiros para tirar a paz do homem de Deus.

Pra piorar ainda mais a situação, enquanto este último homem ainda estava falando, chegou ainda outro mensageiro e disse: "Amado Jó, seus filhos e suas filhas estavam num banquete, comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho, quando de repente, um vento forte derrubou a casa, soterrando e matando a todos e eu fui o único que escapou para lhe contar"! (cap. 01, vers. 18 e 19). Esse foi o quarto mensageiro do diabo na vida do homem de Deus.

Veja que até então Jó havia perdido todo o seu patrimônio material, mas nessa última notícia macabra, acabou de perder sua família. Quantas desgraças sucessivas não? O homem mais rico daquela época, mas bem sucedido, de uma hora pra outra ficou pobre e sem os filhos. Tudo por causa de uma inveja satânica. A vida de Jó despertava raiva nos outros e isso incendiava o furor em seus adversários. Veja que em todos os episódios o diabo sempre deixava um escapar para levar a mensagem de derrota para Jó.

O mesmo acontece hoje em dia. Quantas são as pessoas que uma hora estavam bem, tinham de tudo e de um momento para o outro só têm recebido notícias ruins? Estão perdendo tudo o que possuíam a ponto de não estarem mais suportando tamanha aflição? É o que chamo de vitimologia[1] dos mensageiros do diabo.

Muitos que leem essa passagem bíblica de Jó, entendem como uma injustiça permitida pelo Divino, já que o próprio texto sagrado revela que Jó era um homem de Deus e que não vivia no pecado, pelo contrário, ele sacrificava em favor dos filhos e de toda a sua família e por isso jamais poderia ser vítima dos mensageiros de satanás.

O que tenho extraído é que não importa quem você seja; não importa a condição financeira, racial, étnica, religiosa ou intelectual. Ninguém está livre de conviver com esse maldito mensageiro do diabo. A sua vida sempre vai despertar inveja no preguiçoso e na pessoa de índole reprovável. Não tem como evitar. O que importa é que se você estiver firme com Deus, com certeza irá sobressair sobre todos os problemas trazidos por esses mensageiros, assim como Jó.

Ele teve um final feliz porque apesar de tudo jamais abandonou a confiança em Deus e isso lhe foi imputado por justiça (capítulo 42, versículos 10 ao 17).

É o que tem a dizer,

Eudes Borges  


[1] Ramo da criminologia que estuda a personalidade das vítimas de crimes ou delitos e seu estatuto psicossocial, além dos efeitos psicológicos nelas provocados pelo crime de que foram alvo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

PRINCÍPIO PRO HOMINE

Pouco se tem falado sobre esse assunto e é por isso que apresento ao amigo leitor um pequeno estudo sobre o Princípio pro homine.

Ocorre quando o direito interno brasileiro conflita com a regra de direito internacional, ou seja, contra uma convenção ou  um tratado internacional.

O Princípio pro homine resolve pra nós esse problema, dizendo o seguinte: "quando houver esse conflito, aplique a norma mais favorável". Quando se tratam então de normas que asseguram o direito, vale a norma que mais amplie o direito do homem.

Quando estivermos diante de restrições ao gozo do direito, deve prevalecer o sentido de que faz menos restrições e que mantenha a maior amplitude do exercício do direito. Isto é o Princípio pro homine (aplique a regra mais favorável).

Pois bem. Quando o conflito do direito interno conflitar com a norma internacional, não importando a hierarquia, se é a própria constituição ou uma lei infraconstitucional, aplicar-se-à o Princípio pro homine (a norma mais favorável).

O próprio Supremo Tribunal Federal disse isso quando acabou com a prisão civil do depositário infiel. Pois é. o Supremo enfrentou o conflito entre a norma brasileira da constituição e uma norma da convenção americana de direitos humanos. Ali a suprema corte disse que vale a norma mais favorável aos direitos.

Qual é a norma mais favorável? A que proíbe prisão civil de depositário infiel. Foi assim que ficou decidido (Súmula vinculante 25).

A própria Constituição brasileira no artigo 5º, § 2º, possibilita aplicar todos os direitos previstos nos tratados internacionais, portanto, é vontade do legislador brasileiro que se apliquem as normas de direitos internacionais.

É aí então que temos legitimidade das normas internacionais. E o Supremo fez isso ao dizer que não cabe mais prisão civil brasileira ao depositário infiel.

Porque? porque a convenção americana proíbe. Pois é. Se fosse só pela constituição brasileira, como era antes, seria possível prisão ao depositário infiel, mas aplicando a norma internacional não é mais possível ter esse tipo de prisão civil. Só cabe prisão civil ao devedor de alimentos. É o que ficou determinado na Súmula vinculante 25 do STF, a partir da aplicação do  e interpretação do Princípio pro homine.

Diante disso, conclui-se que Princípio pro homine  nada mais é do que aplicar  a norma mais favorável quando houver o conflito entre uma lei brasileira e um tratado internacional que verse sobre direitos humanos.

É o que tem a  dizer,


Eudes Borges

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

AS ESPOSAS DO REI DAVI

De acordo com a Bíblia Sagrada Davi foi um homem polígamo. Teve oito esposas e mais de 20 filhos. Mas o interessante dessa história é que cinco delas eram originárias e as demais foram tomadas de outros homens. Vamos aos nomes das cônjuges do rei Davi.

Mical foi a primeira e única esposa singular de Davi. Filha do Rei Saul, casou-se com Davi quando ele ainda não era rei (1ª Samuel capítulo 18, vers. 20 em diante e cap. 19, vers. 11).

Pois bem. Como Saul queria matar Davi porque Deus havia entregue o reinado nas mãos dele, Mical ficou sabendo do plano assassino de seu pai e avisou tudo para ele, que fugiu de madrugada para não morrer e sua esposa ficou, em respeito ao seu pai. Para se vingar, Saul acabou com o casamento entre Davi e Mical, entregando-a para um outro homem chamado Palti. (1ª Samuel, cap. 25. vers. 44).

Mical amava demais a Davi e sofreu muito com a separação. Infelizmente Davi não teve filhos com ela porque o casamento durou pouco tempo.

A segunda esposa de Davi se chamava Abigail. Ora, Abigail foi casada com Nabal, um homem rico e muito avarento que desafiou o rei Davi. Nabal morreu doente e Davi se apoderou da mulher dele e se casou com ela (1ª Samuel cap. 25, versículo 36 em diante).

Desse relacionamento nasceu Quileabe (2ª Samuel, cap. 3, vers. 3).

A terceira esposa de Davi foi Ainoã.  O interessante dessa história é que Ainoã era esposa de Saul (1ª Samuel, cap. 14, vers. 50) e quando ficou viúva, já que Saul se matou, Davi a tomou por mulher (1ª Samuel cap. 25, vers. 43).

Como não podia ser diferente, desse matrimônio nasceu Amnon, a primeira vergonha de Davi (2ª Samuel cap. 3, vers. 2). Amnon cometeu incesto e estuprou a própria irmã Tamá. Por causa disso foi assassinado pelo irmão Absalão (2ª Samuel 13, vers. 7 em diante). Mais um casamento de derrota do rei Davi e o primeiro filho problemático do rei.

O quarto casamento de Davi foi com Eglá e está registrado em 2ª Samuel, cap. 3, vers. 5. O interessante é que a Bíblia não diz como se iniciou esse relacionamento e nem como terminou.

Desse quarto relacionamento nasceu Itreão (2ª Samuel, cap. 3, vers. 5).

O quinto matrimônio de Davi foi com Maaca e está registrado em 2ª Samuel, cap. 3, vers. 3. Desse casamento nasceram dois filhos: Absalão e Tamá. Absalão  foi o segundo filho que envergonhou o pai.

Pois bem. Tamá era uma mulher muito bonita e formosa e foi estuprada pelo irmão Amnon, filho de seu pai com Ainoã. Amnon era o filho mais velho de Davi e possivelmente era quem iria assumir o trono com a morte do rei. Mas essa tragédia já era prevista porque Davi se apoderou da viúva de Saul e por isso coisa boa não poderia vir dessa união.

O rei Davi ficou muito irado quando soube do estupro, mas nada fez porque sempre defendeu o seu filho querido Amnon. Mais outra tragédia familiar estava para acontecer: era a vingança de Absalão.

Por dois anos Absalão tratou Amnom friamente sem lhe dirigir palavra. Ao final deste período ele viu a oportunidade de executar o seu plano premeditado, pois Davi já teria dado o caso do estupro por encerrado.

Pois bem. Absalão resolveu fazer justiça com as próprias mãos e se  vingou de Amnom, matando-o e, por conseguinte, vingando o crime praticado contra sua também irmã.

A Bíblia diz que os irmãos Absalão e Amnon nunca se deram bem. A inveja sempre imperou entre eles, já que Absalão nunca havia aceitado uma possível sucessão do trono por parte do irmão mais velho Amnon.

Depois de cometer o crime de assassinato Absalão se refugiou na casa de seu avô materno Talmai, rei de Gesur.

Davi pranteava a morte do seu filho Amnom todos os dias e perseguiu Absalão por três anos. Ao fim deste período, mediante uma arapuca, Joabe conseguiu que ele perdoasse Absalão, permitindo sua volta a Jerusalém. Esse foi mais um erro fatal cometido por Davi, que pagou caro pela indulgência que mostrou para com este filho.

Passados três anos, Absalão também se rebelou contra o pai, tentando destroná-lo e matá-lo. Com a ajuda Aitofel, homem de confiança de Davi, tentou dar um golpe de estado para assumir o trono.

Pois é. Ele começou a roubar a simpatia do povo se fazendo de amigo de todos e foi para Hebrom e ali se declarou rei, contando com o apoio de muita gente, inclusive do homem de confiança de Davi, Sr. Aitofel.

A partir de então Davi teve que deixar Jerusalém para se proteger e planejar sua resistência. Quando Absalão soube que Davi tinha deixado Jerusalém foi para a cidade e se apoderou do trono de seu pai.

Pra piorar a situação, Absalão cometeu imensa torpeza ao se relacionar sexualmente com as esposas de Davi, em frente de todo o povo de Israel (2ª Samuel, cap. 16, vers. 20/23). Mais uma vergonha para o pai. Mas veja que Absalão era filho de Davi com a viúva de Saul. Só podia dar nisso. Pagou caro pelas besteiras que fez.

Mas essa história não ficou assim. Davi era um homem de guerra e por mais que lhe doesse, era preciso derrotar seu próprio filho Absalão. Joabe, que era o comandante do exército de Davi, organizou a resistência e atraiu Absalão e seus seguidores à floresta de Efraim e ali os derrotou. Absalão fugiu montado numa mula, mas seus belos cabelos ficaram presos nos galhos de uma árvore.

Davi tinha dado ordens para não matarem seu filho, mas não foi obedecido e Absalão foi atingido por Joabe  e depois morto por dez homens. Estava morto o rebelde Absalão. Tudo está escrito em 2ª Samuel do capítulo 13 ao 18.

Fiz questão de escrever um pouco mais sobre esses dois filhos de Davi porque foram filhos da vergonha, de um casamento usurpador que começou errado e só poderia ter trazido consequências trágicas. Amnon e Absalão, dois filhos problemáticos, fruto de casamentos errados de Davi, um homem polígamo.

A sexta esposa de Davi se chamava Hagite. Não se tem muita informação desta mulher, mas alguns registros dão conta de que ela era uma dançarina muito bonita e Davi se encantou por ela. O início do relacionamento está registrado em 2ª Samuel, cap. 3, vers. 4

 Desse casamento nasceu Adonias (2ª Samuel, cap. 3, vers. 4). O terceiro filho problemático de Davi. O que tentou se apoderar do trono de Israel quando seu pai estava velho (1ª Reis, cap. 1).

Diz a Bíblia que com a morte de Amnon e Absalão, Adonias passou a ser o filho mais velho de Davi e o primeiro na ordem sucessiva. Era ele quem deveria assumir o trono quando Davi falecesse.

Acontece que, quando Davi já estava bem velhinho e sem condições físicas de reinar, já que a saúde não permitia, seu filho Adonias vendo aquela situação resolveu usurpar o trono e assumiu o reinado, mesmo sem o consentimento do pai (1ª Reis, cap. 1).

Só que, conforme irei descrever no oitavo casamento de Davi, Betsaba não aceitou essa situação e fez seu esposo jurar por Deus que o rei seria seu filho Salomão. Com isso, Adonias foi destronado e quem assumiu foi realmente seu irmão Salomão.

Por causa disso, Adonias foi assassinado pelo irmão Salomão. Mais uma tragédia na família de Davi. O terceiro filho da perdição. Irmão matando irmão (1ª Reis, cap. 2, vers. 13 ao 25).

O sétimo casamento de Davi ocorreu com Habital. Esse matrimônio está registrado em 2ª Samuel, cap. 3, vers. 4 e da mesma forma a Bíblia não diz como se iniciou esse relacionamento.

Dessa união nasceu Sefatias (2ª Samuel, cap. 3, vers. 4).


E por fim, o oitavo casamento de Davi se deu com Betsaba. Essa mulher era esposa de Urias, soldado fiel de Davi e a que mais o encantou. Veja que Davi já havia se casado sete vezes e mesmo assim não era feliz.

De olho no corpo escultural de Betsaba Davi tramou a morte do esposo da mesma (Urias) para enfim, ter relação sexual com ela e depois se casar.

Dessa relação sexual ilícita nasceu o quarto filho da perdição e a partir daí a vida do rei só piorou, pois Deus não aceitou esse pecado e matou o filho de Davi (2ª Samuel, cap. 11, versículo 26 em diante). Toda a sua família foi destruída pelo mal, como exposto acima.

Desse oitavo e último casamento nasceram: a criança que morreu e que a bíblia não diz o nome, Simeia, Sobabe, Natã e Salomão. (a criança sem nome foi o quarto filho problemático de Davi e Salomão foi o quinto).

Pois bem. Como a vida conjugal e familiar de Davi nunca foi das melhores, já que cinco de seus filhos foram desonra para a sua história, não restou alternativa na escolha de seu sucessor no trono. Ele amava Absalão e Amnon e este último era o possível sucessor monarca já que era o primogênito, mas ambos estavam mortos, conforme foi explicado acima.

Deste modo o caminho ficou livre para Betsaba, que sem sombra de dúvidas influenciou decisivamente Davi na sucessão do trono. Ela queria que seu filho Salomão fosse rei e conseguiu.

Só que Adonias era agora o filho mais velho de Davi e pela lógica seria o seu sucessor no trono. E assim agiu. Sabendo que seu pai estava velho e sem condições físicas para reinar, resolveu usurpar o trono antes que Salomão assumisse (1ª Reis, cap. 1).

Mas Betsaba não queria saber disso. O trono era do filho dela e acabou-se. Era assim que ela queria. Com a ajuda do profeta Natã apelou para os sentimentos de Davi, fazendo-o jurar pelo Deus dele que o rei seria seu filho Salomão. Com isso, Adonias foi destronado e quem assumiu foi realmente seu irmão Salomão e como primeiro ato mandou assassinar Adonias. Mais uma tragédia na família de Davi. Irmão matando irmão (1ª Reis, cap. 2, vers. 13 ao 25).

Observe que, diferentemente do que aconteceu com o seu pai,  Salomão não foi escolhido por Deus para reinar sobre Israel. Ele foi colocado no trono por ocasião do destino, ou seja, com a ajuda de sua mãe Betsaba e do profeta Natã, já que na ordem sucessiva os filhos mais velhos de Davi foram mortos e não puderam reinar em seu lugar.

É importante ainda registrar que de acordo com 1ª Crônicas, capítulo 3, Davi teve 20 filhos, dos quais, alguns foram citados acima.

Diante do exposto, conclui-se que no início Davi era um homem de Deus e por isso foi escolhido para reinar, mas com o passar do tempo agiu praticamente pior que seu antecessor Saul, já que das oito esposas que teve, três delas (Abgail, Ainoã e Betsaba) foram tomadas de outros homens e desses três relacionamentos nasceram filhos perturbados e amaldiçoados que cometeram incesto (Amnon), tentativa de assassinado contra o pai (Absalão), assassinatos entre eles (Absalão e Salomão) e estupros contra as mulheres do pai (Absalão).

O tempo, ao invés de amadurecer, apodreceu a Davi, tornando-o um homem ganancioso, tomador da mulher alheia, polígamo,  indulgente aos filhos e sem condições de castigá-los, quando ele próprio havia falhado desastrosamente na área da imoralidade sexual.

Desviou-se do caminho de Deus quando deixou o poder falar mais alto que a razão e os desígnios do Soberano, já que não valorizou sua primeira esposa Mical, passando a ter várias mulheres, sem nenhum escrúpulo moral, ético e social.

Talvez o amigo leitor faça a seguinte pergunta: "Mas naquela época a poligamia não era a regra"? A resposta é sim, mas poligamia com mulher alheia não meu nobre. Note que a partir do momento que Davi tomou as esposas de Urias, Saul e Nabal, a desgraça lhe sobreveio. Cinco filhos problemáticos nasceram e destruíram seu reinado, sua família e acima de tudo a sua comunhão com Deus.

Oito esposas e nenhum casamento feliz. Um conhecedor da Palavra que se perdeu com o tempo.

É o que tem a dizer,


Eudes Borges

sábado, 13 de fevereiro de 2016

OS VALENTES DE DAVI - A HISTÓRIA CONTADA DE UMA FORMA ATUALIZADA

Muito se tem escrito sobre a história dos valentes de Davi, mas poucos doutrinadores têm entrado em detalhes sobre esses homens e a relação que tinham com o rei. Com o intuito de esclarecer o amigo leitor, trago neste estudo, alguns fatos, de forma mais detalhada e atualizada, para mostrar a importância da lealdade e do comprometimento do ser humano de boa índole.

A história dos valentes de Davi está escrita em dois Livros da Bíblia: 1ª Crônicas e 2ª Samuel. O primeiro, elenca com mais precisão a vida dos valentes e da forma como eles serviam a Davi. Já o segundo, que foi escrito pelo Profeta Samuel, não trás maiores detalhes de suas ações.

Pois bem. Em 1ª Crônicas, cap. 10, fala dos últimos dias do reinado de Saul. Saul foi o primeiro rei da história de Israel e com o passar do tempo deixou de se submeter as ordens de Deus, desviando-se para outra religião e por conta disso foi defenestrado do trono pelo Todo Poderoso.

Ao participar de uma guerra, suicidou-se depois de se ver acuado, derrotado e sem saída. Matou-se com a espada de seu escudeiro de confiança (1ª Crônicas, cap. 10, vers. 4).

Com a morte do rei de Saul, os filisteus tomaram a cidade e habitaram nela (vers.7). Saul teve sua cabeça decapitada e colocada sobre a imagem do deus Dagon (vers. 10). É aqui que começa a história dos valentes.

Diz a Bíblia que ao saber da notícia da morte e decapitação de Saul, alguns homens que faziam parte do exército, denominados de valentes, foram atrás do corpo de Saul e o trouxeram de volta, sem a cabeça (1ª Crônicas, cap. 10, vers. 12).

Por causa da morte de Saul, Davi foi ungido e eleito o novo rei de Israel (1ª Crônicas, cap. 11, vers. 1/3). Davi cresceu em poder porque Deus era com ele e seu reinado floresceu (cap. 11, vers. 9).

A partir de então, formou o seu exército e como toda força armada precisa de líderes e comandantes de confiança, Davi elegeu trinta homens de sua total credibilidade. Eis os nomes deles (2ª Samuel, cap. 23. vers. 2/39):

Asael; Elanã; Sama; Elica; Heles; Ira; Abiezer; Mebunai; Zalmom; Maarai; Helebe; Itai; Benaia; Hidai; Abi-Albom; Azmavete; Eliaba; Jônatas; Aião; Elifelete; Eliã; Hezrai; Paarai; Igal; Bani; Zeleque; Naarai; Ira; Garebe e Urias.

Pois bem. Depois de ter formado o seu exército de confiança partiu para resgatar a arca da aliança, onde a colocou na casa de Obede-Edon (1ª Crônicas, cap. 13, vers. 5/14). Durante sua vida enfrentou várias guerras com a participação de seus valentes.

No meio dos trinta valentes, três se destacavam, eis seus nomes:

1)    JOSEBE-BASSEBETE
Diz a Bíblia em 2ª Samuel, cap. 23, vers. 8, que este comandante da guarda do exército de Davi era muito experiente com sua lança e em uma determinada guerra matou oitocentos homens com essa arma.

2)    ELEAZAR
Era o segundo na sucessão hierárquica do exercito de Davi. Ele era mestre no manuseio da espada. Tipo um espada-man.

Diz a Bíblia em 2ª Samuel, cap. 23, ver. 9/10, que esse guerreiro lutava ao lado de Davi em uma determinada guerra contra os filisteus e não se cansava. Naquele dia ele lutou tanto que teve uma espécie de câimbra na mão, a ponto de mesmo cansado, não conseguiu largar a espada. Foi o dia que Deus lhes proporcionou um grande livramento e uma vitória extraordinária.

O Terceiro comandante da guarda se chamava SAMA.
Ele era mestre em estratégia de guerra. Usava a sua inteligência de combate para pegar o inimigo em armadilhas.

Diz a Bíblia que em uma determinada guerra na cidade de Leí, o povo de Israel enfrentou os filisteus e esse comandante se infiltrou no meio da terra e matou todos os inimigos. Naquele dia também houve uma grande vitória. Deus foi honrado (2ª Samuel, cap. 23, vers. 11/12).

Esses três homens eram tão leais ao rei Davi que arriscaram suas vidas em favor do rei da seguinte forma:

Era o tempo da colheita e Davi estava na fortaleza que ficava localizada na caverna na cidade de Adulão. Adulão estava cercada pelos inimigos de Davi (Filisteus) e ficava vizinha a cidade de Belém.

Davi desejava possuir a cidade de Belém, que estava cercada pelos filisteus, admirando-a de longe, ocasião em que desejou beber a água de um poço que ficava próximo à entrada daquela cidade.

Ao ouvir Davi dizer que queria beber a água daquele poço, os três comandantes leais e fieis citados acima partiram imediatamente para atender o desejo do rei, arriscando as suas vidas perante os inimigos que rodeavam a cidade de Adulão e trouxeram o líquido precioso para ele.

Como Davi não estava com sede coisa nenhuma, já que estava em sua fortaleza e ali havia água, ao ver que os seus súditos cumpriram a missão, recusou bebê-la, achando-se indigno e a ofereceu ao Todo Poderoso como oferta de libação (2ª Samuel, cap. 23, vers. 13/17).

Veja que o próprio Davi se recusou a beber aquela água porque não necessitava dela. Ficou surpreso com a atitude daqueles homens leais que eram compromissados com o seu comandante e rei.

Hoje dificilmente se encontra uma pessoa com as qualidades de Josebe-Bassebete, Eleazar e Sama. Homens leais e obedientes que arriscavam suas vidas em favor da missão que lhes era confiada. Verdadeiros valentes que ficaram marcados e entraram para a história.

Cuida registrar, que ainda se destacaram como valentes de Davi os guerreiros Abisai, que também era nobre e mestre no manuseio de lança. Este homem em uma determinada guerra matou trezentos soldados com sua arma (2ª Samuel, cap. 23, vers. 18/19); Benaia, que também era nobre e mestre com o cajado. Este homem era muito valente e chegou a matar um leão e um gigante egípcio (2ª Samuel, cap. 23, vers. 20/23).

Estes são os feitos desses soldados valentes que demonstraram coragem, força, perseverança, fidelidade, amor e honra, sendo instrumentos de Deus para estabelecer o reinado de Davi.

O mundo está carente de pessoas com essas qualidades. A igreja do Senhor Jesus precisa de pessoas valentes como esses guerreiros que entraram para a história com os seus nomes escritos nos livros dos reis de Israel e principalmente na Bíblia Sagrada.

Hoje temos visto obreiros e pastores carentes dessa valentia, menosprezadores de seus ministérios. Não colocam força naquilo que Deus lhes confia. Relaxos, interesseiros, covardes.

A lealdade e fidelidade mencionada nos valentes de Davi não existe mais na atualidade, o que temos visto são ministros medrosos que se acovardam na primeira luta e perseguição que enfrentam.

Quem dera a obra de Deus tivesse pessoas que, a exemplo de Eleazar, não largasse a espada (missão) que lhe foi confiada e desse a sua vida em favor de seu chamado. E outras a exemplo de Josebe-Bessebete, que usasse a sua lança, que é a autoridade, para ferir o diabo, mandando-o para o seu devido lugar, que é o inferno. E para terminar, pessoas a exemplo de Sama, que fossem mestres na Palavra, para levar a salvação aos que estão perdidos no terreno do inimigo, sem medo de morrer.

Davi foi um homem honrado e feliz porque convivia com pessoas de caráter ilibado, guerreiros e valentes que fizeram sua história e são lembrados até hoje. E você? Valente ou covarde de espírito? Em que exército você se enquadra?

Eis a história dos valentes de Davi.


Eudes Borges

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A ATITUDE DE NEEMIAS FEZ COM QUE ELE NÃO ABANDONASSE A OBRA DE DEUS

Esta palavra vai para você amigo que um dia estava firme com Deus e por causa das palavras alheias, sim, por causa  da interferência de terceiro se deixou abater e hoje está caído, longe do caminho do Senhor Deus.

 Baseado na passagem descrita no Capítulo 06, do Livro do Profeta Neemias, o Espírito Santo me trouxe uma revelação e eu vou dividir com o amigo leitor com o fito de mostrar que quando a pessoa está na fé, firmada na Palavra e, por conseguinte, bem com Deus, nada e ninguém consegue detê-la.

Pois bem. Diz o texto sagrado:

"Tendo ouvido Sambalate, Tobias, Gesém, e o resto dos nossos inimigos que eu tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha nenhuma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: Vem, encontremo-nos, nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? Quatro vezes me enviaram o mesmo pedido; eu, porém, lhes dei sempre a mesma resposta. Então, Sambalate me enviou pela quinta vez o seu moço, o qual trazia na mão uma carta aberta, do teor seguinte: Entre as gentes se ouviu, e Gesém diz que tu e os judeus intentais revoltar-vos; por isso, reedificas o muro, e, segundo se diz, queres ser o rei deles, e puseste profetas para falarem a teu respeito em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá. Ora, o rei ouvirá isso, segundo essas palavras. Vem, pois, agora, e consultemos juntamente. Mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; tu, do teu coração, é que o inventas. Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos. Tendo eu ido à casa de Semaías, disse ele: Vamos juntamente à Casa de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão matar-te; aliás, de noite virão matar-te. Porém eu disse: homem como eu fugiria?  E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei. Então, percebi que não era Deus quem o enviara; tal profecia falou ele contra mim, porque Tobias e Sambalate o subornaram. Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para que eu, assim, viesse a proceder e a pecar, para que tivessem motivo de me infamar e me vituperassem".

De acordo com o que acabamos de ler, Neemias foi um grande homem de Deus e sempre viveu na fé. Por causa isso, Deus contava com ele e lhe deu uma missão: construir o muro em torno da cidade.

Como o comportamento e as atitudes de Neemias chamavam a atenção de todos, já que este fazia a obra de Deus de todo o coração, com toda a sua força, despertou inveja naqueles que se diziam amigos do altar.Três sujeitos chamados Sambalate, Tobias, Gesém, amigos de Neemias, movidos de inveja, tentaram de toda forma parar o homem de Deus.

A primeira revolta dos invejosos foi quando souberam que Neemias havia fechado as brechas em torno do grande muro. Note que quando ficaram sabendo que não havia mais como eles ingressar na cidade pelas brechas, ficaram revoltados e armaram uma cilada para matar o profeta.

Planejaram levá-lo ao vale de Ono com o intuito de matá-lo (versículo 2). Como Neemias era um homem de Deus e estava na fé, na mesma hora percebeu que se tratava de uma cilada e mandou dizer aos invejosos que jamais iria parar o que estava fazendo para ir ao encontro de ninguém. Percebeu a cilada de satanás na mesma hora.

Ora, com isso entendemos que quando a pessoa está na fé, bem com Deus, não importa os convites que venham do mundo, não importa as palavras que ouve, nada consegue parar porque o seu espírito está voltado para a obra que Deus lhe confiou.

Tentaram parar Neemias logo depois que ele fechou as brechas, mas ele foi forte e corajoso para dizer não ao diabo. Percebeu que aquele convite não partia de Deus. Rejeitou a oferta de satanás. Será que o amigo leitor está bem espiritualmente para perceber quando uma proposta vem do diabo ou será que na primeira tentativa ele já conseguiu lhe parar? Será que existem brechas abertas em sua vida ou você já fechou todas para não ser surpreendido pelos inimigos?

O diabo não é burro, mas também não é inteligente porque se fosse não teria perdido a sua salvação. Ele vai continuar tentando até que consiga parar o homem de Deus. Note que mesmo depois das brechas terem sido fechadas ele não desistiu de Neemias e por quatro vezes mandou o mesmo convite mundano para ele e todos foram rejeitados de imediato (versículo 4).

Quantos convite você já recebeu de seus próprios familiares ou amigos com o intuito de tirá-lo da obra? Talvez as tentações estejam lhe sufocando a ponto de você estar prestes a parar a obra que lhe Deus lhe confiou. Mas saiba que se isto está acontecendo é porque o amigo leitor não está na fé, porque se estivesse, daria a mesma resposta que Neemias.

Veja que as propostas do diabo não parou por aí não. Ele não desistiu fácil de Neemias. Pela quinta vez o endemoniado Sambalate enviou uma carta, desta feita contendo uma mentira contra o homem de Deus. A carta dizia que Neemias era um mentiroso e que só estava fazendo aquela grande obra para dar um golpe de estado contra o rei, com o fito de assumir o trono.

Veja que como o diabo não havia conseguido, até então, parar o homem de Deus, usou da mentira caluniosa para intimidá-lo e jogá-lo contra o povo. A mentira mais sagaz que podia acontecer. Mas o que me chamou a atenção nesta cena foi a atitude do homem de Deus diante de mais uma intimidação. Neemias não se intimidou e respondeu a altura dizendo que tudo não passava de uma mentira fantasiosa (versículo 8).

Essa é a atitude de uma pessoa de Deus, não se abalar com as calúnias, injúrias e difamações. Se a pessoa está na fé Deus é com ela e nada lhe abala. Será que a sua reação diante dos problemas e das afrontas tem sido a mesma de Neemias? Reflita e veja se o diabo já não conseguiu lhe parar.

Todo mundo era contra Neemias porque ele estava fazendo a obra de Deus e por causa disso queriam pará-lo a todo preço. Inveja, pura inveja. Ma ele fez uma oração ao Todo Poderoso pedindo forças para que suas mãos não vacilassem (versículo 9).

Como o diabo não conseguiu lhe intimidar com as afrontas mentirosas desta vez usou um suposto crente/sacerdote chamado Semaías, amigo de Neemias que lhe propôs um plano de fuga imediata.

A sugestão de Semaías foi para que Neemias fugisse e se escondesse dentro do templo porque naquela noite os inimigos iriam tentar matá-lo (versículo 10). Mais uma armadilha do diabo com o objetivo de intimidar e parar o profeta.

É aqui que quero fazer um adendo. Note que das outras vezes as intimidações, as invejas, as mentiras e as afrontas partiram de pessoas amigas de Neemias, mas que estavam fora da igreja. Desta feita a intimidação veio de dentro da igreja, do irmão chamado Semaías.

Será que você já passou por isso? Será que esse teu" irmão da fé" não conseguiu te parar com mentiras, enganos ou até mesmo afrontas? Será que você não carrega dentro de si uma mágoa provocada por uma pessoa de dentro da igreja? Veja que Neemias foi afrontado fora e dentro da igreja, mas como era um homem de Deus soube resistir e dizer não.

Veja no versículo 11 qual foi a reação dele. Na mesma hora ele respondeu a Semaías: " homem como eu fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei...' Isso é muito forte meu nobre. Na mesma hora percebeu que tudo se passava de mais um plano diabólico para lhe parar e lhe tirar a vida. Deus lhe reveleou que Semaías havia sido subornado por Tobias e Sambalate (versículo 12). Um crente que se vendeu dentro da igreja. Que vergonha. Quantos Semaías não existem dentro das igrejas hoje em dia? Muitos. Mas Neemias era um homem guerreiro e como tal não fugiu da batalha, pelo contrário a enfrentou porque sabia que Deus o protegia

Esse é o objetivo do diabo. Parar o homem de Deus. Quanto obreiros e pastores que um dia foram escolhidos por Deus para fazer a sua obra, pregar a Palavra da Salvação Eterna e que hoje já não estão mais nessa fé? Foram parados pelo diabo e se encontram estagnados porque nunca foram nascidos do Espírito. A verdade é essa. Quando a pessoa é nascida de Deus não para, não desiste jamais, pelo contrário, parte pra cima do diabo e das adversidades porque sabe que Deus é com ela e que tem que terminar a obra que Ele lhe confiou.

Tenho encontrado crentes desviados que na primeira carta, na primeira afronta do diabo esmoreceram e desistiram da fé. Covardes, fracos de espírito, que voltaram para o mundo como se isso fosse resolver o problema dele. O verdadeiro homem de Deus não retrocede; busca forças em Deus, parte pra cima e vence as adversidades.

Essa passagem bíblica descrita em Neemias capítulo 06 serve pra mostrar a trajetória de um cristão, evangelista, obreiro e pastor comprometido com a obra que Deus lhe confiou e sobretudo com a sua salvação.

Se você parou a obra que Deu lhe confiou ou está pensando em parar, preste atenção e saiba que  essa atitude não irá resolver os seus problemas, pelo contrário, só irá piorar. Siga na mesma direção que Neemias, tome as mesmas decisões e complete a carreira que Deus lhe confiou.

É o que tem a dizer,


Eudes Borges 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O PERÍODO DA GRANDE TRIBULAÇÃO DESCRITO NA BÍBLIA

“...porque haverá, então, GRANDE TRIBULAÇÃO, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. E, se aqueles dias não fossem abreviados, NENHUMA CARNE SE SALVARIA; mas, POR CAUSA DOS ESCOLHIDOS, serão abreviados aqueles dias...” (Mateus, cap. 24)

A citação acima foi proferida pele Filho de Deus no Monte das Oliveira, quando palestrava para os seus discípulos.

Pois bem. O Senhor Jesus, que foi crucificado, morto e que ressuscitou e que está vivo, um dia voltará para levar os que são seus (é o que chamam de levar a sua igreja[1]), conforme podemos conferir no Evangelho de Mateus, cap. 24, vers. 29 ao 31.

Essa volta do Senhor Jesus aqui na terra se dará logo após alguns acontecimentos devastadores que inevitavelmente surgirão, daqui a algum tempo. Esses acontecimentos são chamados e conhecidos na Bíblia como o período da grande tribulação.

Essa grande tribulação se traduz em momentos nefastos que a humanidade irá viver, com consequências terríveis causadas pela natureza e pela crise da economia mundial, que virá nesse período, muito maior do que as que o mundo já enfrentou.

Deus deixou claro alguns sinais que sucedem o período da grande tribulação e da volta do Senhor Jesus para ficarmos atentos quando isso se dará (Mateus, cap. 24, vers. 3/14). Este período é para ser o dia da ira de Deus. Ele irá derramar os vasos de Sua ira sobre a terra e todos serão afetados.

De acordo com o que está escrito no Livro de Daniel, capítulo 9, versículos 26 e 27 e Jesus fez referência a ele em Mateus 24, esse período se iniciará após um líder mundial realizar um pacto de paz com o mundo por sete anos. Na metade do período de sete anos, este homem vai quebrar o pacto, interrompendo o sacrifício e a oferta de cereais, o que se refere especificamente às suas ações no templo reconstruído do futuro.

Em Apocalipse capítulo 13, vers.1/10 vemos ainda mais detalhes sobre as ações da besta e também do tempo que ela vai estar no poder. Na grande tribulação haverá dois grupos de salvos relatados nas escrituras:

1)           O primeiro se refere a alguns que não se dobrarão ao reino do anticristo e se converterão neste período.

2)   O outro será o remanescente de Israel, os 144 mil narrados nas escrituras, que também serão salvos no final da grande tribulação.

O primeiro grupo são os que vencerem a grande tribulação, por não adorarem a besta, nem a sua imagem, e também não receberem a sua marca. Eles também são os escolhidos.

O Apóstolo João no Livro de Apocalipse narra uma visão gloriosa, um grupo com vestiduras brancas, em que o próprio Senhor responde que são os que vêm da grande tribulação, os que se converteram neste período e lavaram suas vestiduras no sangue de Cristo.

Acredito que o propósito de Deus em relação a Israel na grande tribulação é promover a conversão de uma multidão de judeus que entrarão nas bênçãos do reino e experimentarão o cumprimento de todas as alianças de Israel. Serão os remanescentes dos Judeus. O segundo grande propósito da tribulação é derramar juízo sobre homens e nações descrentes.

 Se pararmos para pensar um pouco, logo notaremos que esse processo (sinais) já se iniciou, pois, as guerras, terremotos inesperados e sucessivos são notórios atualmente. A natureza está revolta mais do que antes, o amor da humanidade se esfriou, rumores de guerras são constantes, pais matando filhos e vice-versa, etc.

Jesus está prestes a voltar. Fiquemos atentos.

É o que tem a dizer,

Eudes Borges



[1] Jesus não vem buscar igreja (denominação alguma), Ele vem para levar os que serão salvos, ou seja, as pessoas que o aceitaram aqui na terra.